Deus é maior que todos (Jo 10,22-30) Palavra de Deus #619 | 02/05 | Instituto Hesed
Evangelho (Jo 10,22-30)
Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo. Era inverno. Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. Os judeus rodeavam-no e disseram: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”.
Jesus respondeu: “Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um”.
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MISERICÓRDIA: O MAIOR ATRIBUTO DE DEUS
MISERICÓRDIA: O MAIOR ATRIBUTO DE DEUS
O maior atributo de Deus é a sua Misericórdia. Isto é, o amor misericordioso do Pai Eterno é a pedra angular que sustenta toda a Igreja e a humanidade. “Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo” (Ef 2,4-6).
Em Jesus, o Filho de Deus e Nosso Senhor, Deus Pai mostrou-nos Sua Face e fez resplandecer sobre nós a profundeza do mistério do Amor. São João disse em sua carta: “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados” (I Jo 4,10).
Diferente das outras religiões que concentram nas ações humanas a principal forma de contato com Deus, o Cristianismo tem como centro o Deus Verdadeiro que se fez Homem e veio até nós. Afirmar que a Misericórdia é a maior qualidade de Deus não seria possível sem a Encarnação do Verbo, Jesus Cristo.
“Em Cristo Jesus, todos os caminhos que se dirigem ao homem, tais como eles foram confiados, duma vez para sempre à Igreja, conduzem sempre ao encontro do Pai e do seu amor” (São João Paulo II).
Antes da vinda de Jesus, o povo de Deus com seus anciãos e profetas tinham consciência de que eram miseráveis e, portanto, dependiam de Deus. Neste sentido, sempre que se viam expostos a situações difíceis, clamavam por Deus e dele esperavam as bençãos.
“A isto vem juntar-se o fato de que a miséria do homem é também o seu pecado. O povo da Antiga Aliança conheceu esta miséria desde os tempos do êxodo, quando ergueu o bezerro de ouro” (São João Paulo II).
Em resposta aos pecados do povo, o Senhor se revelou como: “Deus compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e em fidelidade” (Ex 34,6).
Segundo Santo Tomás de Aquino: “É próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência”. Neste sentido, podemos dizer que quanto mais experimentamos a misericórdia, mais nos aproximamos do verdadeiro Deus. Os judeus entraram em choque quando Jesus disse que sua “Carne é verdadeiramente uma comida” e, que o seu “Sangue, verdadeiramente uma bebida” (cf. Jo 6,55). Como poderia um Deus dizer que se daria como alimento? Que tipo de união é essa, onde alguém se oferece para o outro viver?
Portanto, é o próprio Jesus, nascido de uma mulher em Nazaré que revela a Misericórdia de Deus. A Misericórdia “é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida (...) é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” afirmou o Papa Francisco. Nossa fé nasceu do drama de uma Pessoa, Nosso Senhor ao tornar-se um conosco e por nós padecer, abriu um caminho de esperança para todos.
Nas palavras de Santa Faustina, a Apóstola da Misericórdia: “O amor de Deus é a flor e a misericórdia o fruto”, fruto porque brota do oceano do amor infinito de Deus, difícil de entendermos tal grandeza.
“Esperamos alcançar tudo o que Jesus nos prometeu, apesar de toda a nossa miséria, porque Jesus é a nossa esperança. E assim, por meio do coração misericordioso, como por uma porta aberta, passarmos ao céu” (Santa Faustina Kowalska).
É do Coração de Jesus que continua a jorrar água e sangue, rios que nos salvam do mal e purificam de todo pecado.
Como lemos no Evangelho: “Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”(Jo 3,16). Nossa fé não busca algo, mas, alguém. Quem O encontra não permanece o mesmo, porque “o seu Coração divino chama o nosso coração; convida-nos a sair de nós mesmos, a abandonar as nossas seguranças humanas para confiar nele e, seguindo o seu exemplo, a fazer de nós mesmos um dom de amor sem reservas” (Bento XVI).
Misericórdia, fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós!
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AS PROMESSAS DA DIVINA MISERICÓRDIA
SANTA FAUSTINA - A SERVA DA MISERICÓRDIA
A ALEGRIA DO TEMPO PASCAL
A ALEGRIA DO TEMPO PASCAL
Assim escreveu São Mateus sobre a manhã da Ressurreição: “E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela” (Mt 28,2). Sempre que ouvimos alguma notícia de tremor ficamos assustados, e com medo, queremos saber por que isso aconteceu e se há possibilidades de ocorrer novamente, não é mesmo? O fato de simplesmente imaginarmos que podemos ser surpreendidos por algo inusitado nos causa pânico e pode nos tirar a paz. No entanto, assim como as mulheres que chegaram de manhãzinha no túmulo foram surpreendidas (cf. Mt 28), o anúncio da Ressurreição nos assusta e encanta mais uma vez.
Vivemos numa cultura esvaziada do sentido da vida. Tristemente, a maioria das pessoas vivem como se Deus não existisse. Muitos dos nossos familiares amanhecem e adormecem sem fazerem um sinal da cruz. Diante disso, devemos nos perguntar: existe possibilidade para falar de Cristo neste mundo? Vale a pena estremecer a terra com a Alegria que brotou em nossos corações? A resposta é: Sim. “Quando se procura o Senhor, o coração transborda de alegria” (São Josemaria Escrivá). A vida cristã é realmente uma constante procura por Cristo, quando o encontramos temos paz, do contrário, andamos sem rumo e fadigados.
Na oração que invocamos o Espírito Santo, dizemos: “Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra!”. Isto significa que a vontade Deus é de que a face da terra seja renovada. Devemos ver na fadiga e angústia de muitos desse tempo como uma incrível oportunidade de permitir que, por meio de nós, o Senhor continue a Renovar a face da terra. Mas, primeiro é necessário que o nosso coração seja renovado na presença de Deus e, isto só pode ser possível por meio da oração, pois, a “a esperança é sempre uma esperança que reza” (Santo Tomás de Aquino).
Neste tempo Pascal podemos redescobrir o verdadeiro fundamento da nossa esperança e assim correr, como os discípulos fizeram, pelo mundo testemunhando tudo que o Senhor havia feito. Portanto, é no hoje do mundo que podemos anunciar as alegrias da Ressurreição em nosso trabalho, ocupações e particularmente nas nossas famílias. É providencial as dificuldades do nosso tempo, para que o barulho da Ressurreição seja ainda mais forte. Dentro de cada pessoa, existe um homem novo que quer crescer, se expandir e vir para fora por meio de frutos. Deixemos o Espírito Santo frutificar!
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“Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há ressurreição de mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e é vã a vossa fé” (1 Coríntios 15, 12-14).
Nossa fé não é estéril, mas, pelo contrário, acreditamos piamente na mudança do ser humano, cremos ser possível que um coração de pedra se transforme num verdadeiro coração de carne.
Não há dúvidas de que “a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8,19). Por isso, é tempo de fazer viver em nós a esperança, de levar aos que nos são próximos tudo o que Cristo fez ao nosso favor. Seja este o nosso grito:“É a Ele (Jesus) que eu procuro, a Ele, que morreu por nós; é Ele que eu quero, Ele, que ressuscitou por nós” (Santo Inácio de Antioquia).
Cristo Ressuscitou Verdadeiramente! Aleluia!
POR QUE FAZER UMA FORMAÇÃO BÍBLICA?
POR QUE FAZER UMA FORMAÇÃO BÍBLICA?
Para nós católicos, a Bíblia é um dos elementos mais importantes da nossa fé. A Sagrada Tradição, o Sagrado Magistério, a Sagrada Escritura são os três fundamentos da fé católica ao longo de todos os séculos. Se a Palavra de Deus é tão importante assim, nós não podemos ignorar a sua presença e eficácia em nossa vida todos os dias. São Jerônimo nos ensina que “Ignorar a Sagrada Escritura é ignorar a Cristo”.
Mas será que temos uma verdadeira compreensão da importância de aprender a ler a Bíblia como um católico? Para isso, separamos 4 pontos muito importantes que nos ajudam a entender a importância da Bíblia em nossa vida.
1. Aprenda a ler e meditar a Palavra de Deus
A Bíblia não é um objeto de decoração ou um item de colecionador, ou uma mera lembrança. Muito pelo contrário: a Bíblia é para ser lida, meditada, dia e noite. Veja o que diz o Salmo 1: “Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.” (Sl 1, 1-2).
É a leitura e a meditação frequente da Palavra de Deus que vai nos dando forças no caminho espiritual, nos faz crescer no amor a Deus e vencer as maiores batalhas da nossa vida. Se não lemos a Bíblia, especialmente os Evangelhos, não podemos saber quem é Jesus; então não podemos realmente amá-Lo; então, consequentemente, será difícil segui-Lo como seu amigo e discípulo.
2. Memorize versículos importantes
A Palavra de Deus é uma arma de combate espiritual. Com ela podemos vencer as tentações, nos acalmar, rezar para tomar decisões, aconselhar o próximo. Para isso, saber os principais versículos nos ajuda muito.
Jesus é o nosso melhor exemplo! Jejuando por quarenta dias e quarenta noites, o diabo tenta Jesus. A primeira das tentações do diabo foi transformar pedras em pães. Jesus respondeu com estas palavras: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Dt 8,3)” (Mt 4,4). Jesus respondeu assim, porque conhecia muitas passagens da Escritura.
3. Defenda sua fé com a Palavra de Deus
O Apóstolo São Pedro nos ensina em sua Carta: “Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança” (1 Pe 3,15). Para isso, nós podemos nos utilizar muito da Sagrada Escritura, “Porque a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração.” (Hb 4,12).
Devemos aprender a usar a Palavra de Deus para defender a nossa fé em todos os momentos. Se lemos os textos de muitos santos, como, por exemplo, de Santo Tomás de Aquino, vemos que ele defendeu muitas verdades de fé baseando-se fortemente na Bíblia.
4. Encontre sentido e orientação para sua vida
A Palavra de Deus é como uma bússola que nos mostra qual o melhor caminho a seguir. Às vezes nos sentimos cansados, desorientados e não há quem nos compreenda e nos ajude a enxergar o melhor caminho a seguir. Então encontramos na Palavra de Deus os melhores conselhos e o consolo para nossa alma. Jesus nos diz: “Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.” (Mt 7,24).
A Palavra de Deus nos dá a segurança que precisamos, e podemos acreditar firmemente que Deus jamais deixa de nos orientar no melhor caminho. “permanecerei o mesmo até vossa velhice, eu vos sustentarei até o tempo dos cabelos brancos; eu vos carregarei como já carreguei, cuidarei de vós e eu vos preservarei; a quem podereis comparar-me ou igualar-me? Quem poreis em paralelo comigo, que me seja igual?” (Is 46,4-5)
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A VITÓRIA DE CRISTO É TAMBÉM A NOSSA VITÓRIA
A VITÓRIA DE CRISTO É TAMBÉM A NOSSA VITÓRIA
Tendo ressuscitado, Nosso Senhor Jesus Cristo abriu-nos a porta do Paraíso novamente e, por isso a Igreja canta: “Da morte o Cristo volta, a vida é seu troféu. O inferno traz cativo e a todos abre o céu”(Hino litúrgico). Se na sua Morte, Jesus foi a vítima imaculada por nossos crimes e pecados, ao ressuscitar, Ele se revela como Cordeiro Pascal. A Ressurreição de Cristo certamente é a alegria de toda a humanidade! Ele, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, com sua Luz ilumina toda a Igreja, faz renascer toda esperança, faz reacender toda chama de amor verdadeiro!
Como dizia Dom Rafael Cifuentes: “A vida de Jesus foi como uma imensa fogueira de amor que se alastrava de coração em coração”. Neste sentido, com a sua Ressurreição, Nosso Senhor deixa sempre viva esta chama de amor, passada de geração em geração pelos seus seguidores. Se hoje nos reunimos para celebrar os Mistérios de Cristo é porque nossos irmãos, desde os que conviveram pessoalmente com nosso Mestre, mantiveram seus corações acesos pela chama divina. Depois que o Sepulcro foi aberto não há mais como voltar atrás, Ele Vive e está no meio de nós!
Só um coração inflamado de amor, como o de São Paulo, poderia escrever: “Se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com Ele”(Rm 6,8). Estas palavras não podem passar por nós como o vento, é preciso guardá-las! O Apóstolo das Gentes está afirmando que: Se você morreu com Cristo na Sexta-Feira Santa, você ressuscitou com Ele no Domingo da Ressurreição! Se você seguiu Cristo coberto pelo sofrimento e padecido por tantas ofensas, coragem! Pois, Ele, o mesmíssimo Homem, agora ressuscitou e suas Chagas são gloriosas!
Nós, “sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Ele, para que seja reduzido à impotência o corpo (outrora) subjugado ao pecado, e já não sejamos escravos do pecado” (Rm 6,6). O velho homem crucificado com Cristo, isto é, uma vida carnal voltada apenas para as coisas terrenas, encontrou sua libertação na Pessoa Santíssima de Jesus. Deus, ao descer do Céu, se fez um de nós, deixou-nos um caminho aberto. Agora, enquanto tivermos vida, teremos a possibilidade de ressuscitar dos nossos pecados: “Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus” (Rm 6,11).
Viver para Deus seria impossível para nós, homens e mulheres, sem que estivéssemos no Cristo. Esta é uma verdade que precisa ser novamente aprendida e ensinada ao nosso tempo: Só temos vida, porque a recebemos do Cristo Ressuscitado! Depois da Encarnação de Jesus, só há vida verdadeira dentro do Seu Corpo, ou seja, a Santa Igreja Católica. A Igreja não é uma instituição humana de fiéis, mas, antes de tudo, é o acesso ao Reino Eterno, é a extensão do Homem que Morreu e Ressuscitou! Portanto, dentro da Igreja, “Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” (Rm 14,8).
“O motivo pelo qual o Verbo de Deus, e, portanto, impassível, se submeteu à morte é que, de outra maneira, o homem não podia salvar-se” (Santo Anastácio de Antioquia).
A nossa ressurreição será definitiva no final dos tempos, quando Jesus vier como Verdadeiro Juiz dos vivos e dos mortos. Até lá precisamos da Igreja, por isso, como nos ensina o Catecismo, estamos no tempo da Igreja (cf. CaIC 456-460). Quer dizer que sempre que for necessário seremos ressuscitados por meio do Sacramento da Confissão, fortalecidos pela Santíssima Eucaristia e amparados pelos outros Sacramentos. É deste modo que viveremos, não existe outro! O Protestantismo e outras tantas falsificações do Evangelho, tentam obscurecer a glória da Igreja de Cristo, mas, não conseguiram e jamais conseguirão!
“Cristo foi verdadeiramente crucificado, verdadeiramente sepultado e ressuscitou verdadeiramente. Tudo isso foi para nós um dom da graça, a fim de que, participando da sua paixão através do mistério sacramental, obtenhamos na realidade a salvação” (Das Catequeses de Jerusalém).
Diferente das outras religiões que ensinam que para encontrar-se com Deus é necessário ir até ele, o Cristianismo nos aponta para o Verdadeiro Deus que veio até nós. Ele veio! E o mesmo que veio, agora, ressuscitou! Por isso, sua Ressurreição é a nossa ressurreição. Nós, que um dia descemos às águas do Santo Batismo, temos nessa Páscoa a alegria de mais uma vez ressuscitar para uma vida nova. A Igreja estende a alegria pascal por 8 dias, para que tenhamos tempo de descobrir a grandeza do Mistério da Ressurreição.
Alegrem-se cristãos, pois, verdadeiramente, ressuscitastes!
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Todos os sábados fazemos memória da Mãe de Deus e pedimos a ela que nos ajude a crescer na fé. Por que celebramos a memória de Nossa Senhora neste dia da semana? E por que ela pode nos ajudar a crescer na fé? Como nos ensinou São João Paulo II: a Santíssima Virgem é o exemplo daquela que sempre acreditou, desde a Anunciação do anjo Gabriel até a Ressurreição de Jesus. Assim como Abraão, Maria “acreditou, esperando contra toda a esperança” (Rm 4, 18). Mesmo durante o terrível drama do Calvário, a fé da Mãe de Deus permaneceu acesa e iluminando o mundo.
O Sábado Santo é por excelência o dia da fé mariana, uma vez que enquanto os apóstolos duvidaram da Ressurreição de Cristo e muitos outros discípulos corriam para não serem presos, a fé de Nossa Senhora não foi abalada. Na Teologia Católica chamamos este fato de Reductio Mariae, isto significa que a fé de toda a Igreja se manteve acesa, neste dia, na pessoa de Maria. Não se tratava mais de uma comunidade viva na fé, mas, de um coração fiel que não duvidou do que viria no outro dia. O Coração Imaculado de Maria continua a ser o refúgio de toda a Igreja, pois, somente ele pode reacender a chama da Caridade em nossos corações.
“Aqueles que, de geração em geração, no seio de diversos povos e nações, acolhem com fé o mistério de Cristo, Verbo Encarnado e Redentor do mundo, não só se voltam com veneração e recorrem confiadamente a Maria como a sua Mãe, mas na sua fé procuram também o apoio para a própria fé” (São João Paulo II). Na fé da Mãe de Deus, o povo cristão sempre encontrou motivo para voltar a acreditar, não é por acaso que uma das primeiras orações a ela dedicada surgiu nos primeiros séculos do Cristianismo, o Sub tuum praesidium – A Vossa Proteção recorremos:
À Vossa Proteção recorremos, Santa Mãe de Deus.
Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades,
mas livrai-nos sempre de todos os perigos,
ó Virgem gloriosa e bendita.
Com o Corpo de Jesus no sepulcro, o mundo foi envolvido pelas trevas, Maria foi a única luz que esteve acesa sobre a terra. “Não sabemos onde estavam os Apóstolos naquela tarde, enquanto sepultavam o corpo do Senhor. Deviam andar perdidos, desorientados e confusos, sem rumo fixo, cheios de tristeza” (Francisco Carvajal). Podemos dizer que Maria foi o elo que uniu novamente os Apóstolos, fazendo com que eles retornassem à unidade. A primeira prova da Igreja foi sustentada pela fé, esperança e caridade da Santa Mãe de Deus.
As palavras de um santo do século XII, Santo Elredo, nos ajudam a entender a preciosa presença de Maria Santíssima na vida da Igreja: “Então, irmãos, que diremos? Não é ela nossa mãe? Sim, ela é verdadeiramente nossa mãe. Por ela nascemos, não para o mundo, mas para Deus”. Através das virtudes dessa mulher grandiosa, somos mais uma vez regenerados. O santo continua: “Sendo mãe de Cristo, ela é, portanto, mãe de nossa sabedoria, (...) de nossa libertação. É mais nossa mãe do que a mãe do nosso corpo”.
Conforme o ensinamento deixado pelo Papa Bento XV sobre Nossa Senhora, ela esteve tão unida à morte do seu Filho que participou da obra redentora: “Unindo-se a Paixão e a Morte de seu Filho, ela sofreu como se morresse (...) para aplacar a justiça divina; tanto quanto podia, ela imolou seu Filho, de tal modo que se pode dizer que com ele resgatou o gênero humano”. São Pio X a chama de “a reparadora do mundo decaído”, isto quer dizer que ela é a nova mulher. Ao contrário de Eva, a primeira mulher que danou a humanidade por meio do seu “não” a Deus, Maria reparou com o seu “sim” a humanidade inteira.
Nossa Senhora não foi com as mulheres, embalsamar o corpo de Jesus, justamente porque aguardava serenamente o momento da Ressurreição. Esse gesto foi uma consolação para os Apóstolos que estavam dispersos e, para nós, hoje é também uma esperança. Se por algum motivo nos sentimos desesperados, parecendo-nos impossível voltar a crer, é hora de recorrermos a ela, para que mais uma vez essa luz que ilumina a Igreja, nos desperte para a vontade de Deus no momento presente.
Neste sábado, entremos no Coração Imaculado de Maria e com ela aguardemos com alegria e serenidade a Luz de Cristo raiar!
POR QUE JESUS QUIS LAVAR OS PÉS DOS APÓSTOLOS
POR QUE JESUS QUIS LAVAR OS PÉS DOS APÓSTOLOS?
Um dos gestos mais marcantes de Jesus antes de subir o Calvário, é justamente o momento em que lava os pés dos seus discípulos e lhes manda fazer o mesmo. Não podemos deixar que isso passe por nós sem despertar nossos corações para a verdade presente neste gesto do Filho de Deus e Senhor Nosso. Primeiro é preciso entender que todos os gestos e atos que Jesus fez enquanto andou nesta terra são hoje mistérios que revelam coisas profundas. São João Crisóstomo dizia que uma só palavra de Cristo não pode nos enganar, neste sentido, podemos entender que também as atitudes de Cristo não podem nos enganar, ainda que sejam contrárias à nossa razão.
Para os judeus o fato de Jesus, que dizia ser o Filho de Deus e, portanto, o Mestre daqueles que o seguiam, ter-se rebaixado e lavado os pés dos outros homens, foi visto como uma afronta. Segundo a tradição judaica, sempre o menor dentre os outros, ou seja, o que tinha menos poder, deveria ser quem lavasse os pés dos seus superiores. Imaginem só a indignação dos fariseus quando souberam que Jesus tinha lavado os pés dos seus discípulos! Para eles, isso era inconcebível! No entanto, Nosso Senhor que sabia de tudo isso quis assim o fazer, para realmente mostrar que não só suas palavras eram importantes, mas, também as suas atitudes para com os outros.
Lavar os pés era uma prática oriental muito comum e possuía um sentido duplo, ou seja, em primeiro lugar era algo necessário, porque antigamente as pessoas não andavam de tênis e sapatos como andamos hoje, então banhar os pés era uma limpeza mesmo para entrar numa casa. Outra coisa é que a casa sempre foi vista como lugar da família, portanto, um lugar sagrado que para entrar devemos nos purificar. Vemos atitudes semelhantes no Antigo Testamento, como no tempo de Abraão (cf. Gn 18,4; 19,2) e na nação de Israel (cf. Jz 19,21).
Nesta Quinta-Feira Santa, depois de ouvir o evangelho de São João 13,1-15 veremos os Sacerdotes realizando este Rito cumprindo o Mandato do Senhor: “Deis-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (v. 15). O grande doutor da Igreja, São Tomás de Aquino contemplou neste gesto de Jesus três coisas:
O derramar água na bacia é um símbolo do derramamento do Preciosíssimo Sangue de Jesus sobre a Terra.
Pelas palavras: “e começou a lavar” (v. 5), está simbolizada a imperfeição humana.
A tomada por parte de Nosso Senhor, das condenações devidas aos nossos pecados.
No primeiro ponto contemplamos que o Sangue de Jesus tem poder de limpeza e, por isso, pode ser também chamado de água. Segundo Santo Tomás, “a razão por que saiu água, junto de sangue, de seu lado na cruz era para mostrar que aquele sangue podia limpar o pecado”. Como também o fato de derramar água numa bacia, significa que por meio da fé da devoção, Nosso Senhor estampou em nossa alma a memória de sua Paixão.
O segundo ponto a ser meditado é que nós, ainda depois de termos sido batizados, temos coisas que precisam ser limpas. Jesus sabia que nem todos estavam limpos e por isso lavou os seus pés. Nós, enquanto vivermos neste mundo, sempre teremos coisas para purificar. O gesto de Jesus nos faz entender que, “não importa o grau de perfeição de um homem, ele sempre precisa ainda ser aperfeiçoado; ele ainda está contraindo impurezas de algum tipo e em alguma medida” (Santo Tomás de Aquino). Mesmo que alguém se aproxime o mais santamente possível, continuará com os pés cravados no chão da realidade, do contrário, jamais poderá se aproximar Dele.
E, por fim, no terceiro ponto está simbolizado o fato de que Jesus tomou sobre si as penas dos nossos pecados. “Ele não apenas limpou os nossos pecados, mas também tomou sobre si mesmo a punição que eles mereceram. Pois nossas dores e penas não seriam suficientes se não estivessem fundadas no mérito e no poder da Paixão de Cristo” (Santo Tomás de Aquino). Portanto, Nosso Senhor ao enxugar os pés dos discípulos com uma toalha de linho quis nos dizer que a verdadeira toalha que pode enxugar os pés antes sujos é o seu Corpo, ou seja, a Sua Santa Igreja.
Segundo uma antiga máxima espiritual: Quanto mais entramos na luz, mais sujos nos sentimos. No nosso Batismo tomamos o “banho completo”, mas, como não morremos ainda é preciso deixar com que Jesus lave os nossos pés. Ou seja, é na Confissão que “o Senhor lava sempre de novo os nossos pés sujos e prepara-nos para a comunhão convival com Ele” (Bento XVI). Nossa amizade com Jesus será ainda mais verdadeira na medida em que nos deixarmos tocar pelas Mãos do Senhor que antes de tudo quer-nos por inteiros.
Com os pés fincados na realidade, continuemos a seguir Nosso Senhor e jamais impedir que Ele nos lave e purifique!
TODA ALMA PRECISA DE SILÊNCIO
TODA ALMA PRECISA DE SILÊNCIO
No mundo de hoje, talvez não haja maior desafio do que ficar em silêncio. Todos os dias sofremos com ataques de barulhos por todos os lados. Não que o barulho seja sempre ruim, mas é verdade que o coração, a mente e a alma humana anseiam por momentos de silêncio. À medida que entramos mais profundamente na Quaresma, mais propriamente na Semana Santa, sabemos que é o período favorável para aprender a cultivar o silêncio.
O Papa Bento XVI afirmou por diversas vezes que “vivemos em uma sociedade na qual parece que cada espaço, cada momento deve ser ‘preenchido’ com projetos, atividades e barulho; muitas vezes não há tempo nem mesmo para ouvir ou conversar. Queridos irmãos e irmãs, não tenhamos medo de fazer silêncio, dentro e fora de nós, se quisermos poder não só perceber a voz de Deus, mas também distinguir a voz de quem está ao nosso lado, a voz dos outros”.
No meio do barulho e da confusão, Deus não pode ser encontrado, mas apenas no centro de um coração penetrado de silêncio. Por isso, nós precisamos urgentemente do silêncio, para que no interior da nossa alma seja possível encontrar o Nosso Amado. Santa Faustina falava que seus momentos prediletos eram o da solidão porque ali ela sabia que estava com Cristo, na sua mais elevada companhia, pois para ela era possível afundar no oceano da divindade do Senhor.
Uma das características mais admiráveis encontradas na vida de Nosso Senhor Jesus Cristo é o silêncio. Todos os mistérios de sua vida têm esta marca: o selo divino do silêncio. O silêncio é algo tão característico da Paixão de Cristo que o profeta comentou sobre isso, dizendo:
“Não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador, Ele não abriu a boca” (Is 53, 7).
Jesus é o modelo perfeitíssimo a qual nós devemos seguir. Se durante a sua Paixão Ele permaneceu em silêncio para ouvir a voz do Pai e contemplar-Lhe a Face, obtendo o auxílio Divino para suportar todos os sofrimentos que passaria até a sua morte na cruz, nós também devemos fazer o mesmo. Precisamos silenciar o barulho do mundo que insiste em nos dispersar, para ouvir a voz do Senhor, para que essa Semana Santa seja realmente vivida com ar de contemplação e amor por Jesus.
Aquele que pratica o silêncio é aquele que consegue criar o verdadeiro equilíbrio em sua vida. No silêncio de nossos corações, Deus fala conosco e derrama Sua graça na forma de sabedoria, temperança, fortaleza e esperança. Por isso, só podemos reagir na efusão deste amor através da caridade. Ele é o oleiro, nós somos o barro, e enquanto Ele nos molda em recipientes que podem suportar o peso do Seu amor, Ele nos enche de silêncio contemplativo até que transborde em nossas obras vivas de misericórdia.
O Cardeal Sarah, em seu livro sobre a luta pelo silêncio nos ensina que: “A caridade nasce do silêncio. Procede de um coração silencioso que sabe ouvir, escutar e acolher. (...) O silêncio é amizade e amor, harmonia interior e paz. Silêncio e paz têm o mesmo batimento cardíaco”. Se você deseja manifestar ainda mais o seu amor por Nosso Senhor, busque com mais frequência nessa Semana Santa visitar Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Nosso Senhor é o único que pode nos ensinar a ouvir com um coração autenticamente amoroso. Um cristão que escuta deve ser como São João descansando a cabeça no peito de Jesus na Última Ceia.
VIVA A SEMANA SANTA INTENSAMENTE
VIVA A SEMANA SANTA INTENSAMENTE
A Semana Santa não é mais uma semana do ano, ou simplesmente uma recordação do que Jesus fez para nos salvar. Antes de tudo, ingressar nestes dias, significa entrar misticamente nas realidades celebradas, mergulhar no mistério e ser por ele banhado, transformado e ter as forças renovadas.
“Na Semana Santa a Igreja celebra os mistérios da salvação, levados a cumprimento por Cristo nos últimos dias da sua vida, a começar pelo seu ingresso messiânico em Jerusalém. O tempo quaresmal continua até à Quinta-feira Santa. A partir da missa vespertina “da Ceia do Senhor” inicia-se o tríduo pascal” (Congregação para o Culto Divino).
Podemos dizer que a porta para esta semana maior é a celebração da Paixão do Senhor, isto é, Domingo de Ramos, onde com os ramos nas mãos adoramos a divindade do Senhor Jesus, que cumprindo a promessa entrou em Jerusalém. É na celebração dos ramos que o povo caminha, fazendo memória da procissão solene que Cristo fez. Santo André de Creta nos exorta:
“O Senhor vem, mas não rodeado de pompa, como se fosse conquistar a glória. Ele não discutirá, diz a Escritura, nem gritará, e ninguém ouvirá sua voz (Mt 12,19; cf. Is 42,2). Pelo contrário, será manso e humilde, e se apresentará com vestes pobres e aparência modesta. Acompanhemos o Senhor, que corre apressadamente para a sua Paixão e imitemos os que foram ao seu encontro”.
Depois de passar por Betânia (cf. Jo 12) e ter um encontro com os seus amigos (cf. Mt 20), especialmente através da unção dos seus pés (cf. Lc 7), Jesus entrou novamente em Jerusalém, amaldiçoou a figueira (cf. Mc 11) e purifica o Templo enquanto planejam sua Morte (cf. Mt 26). Na segunda-feira, Judas se prepara para trair Jesus (cf. Jo 13). Nos dias seguintes até a quinta-feira, o drama vivenciado por Nosso Senhor se intensificou, resultando na quinta-feira santa, onde Jesus dá aos seus discípulos o mandato de fazer o mesmo que Ele fez: “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” ( Jo 13,15).
Com a Missa da tarde da Ceia do Senhor inicia-se o Tríduo Pascal, que se findará na noite santa da Vigília Pascal: “Na última ceia, com rito e aparato solene, celebra a nova páscoa e provê a sua continuação mediante a divina instituição da eucaristia; no dia seguinte, elevado entre o céu e a terra, oferece o sacrifício salutar de sua vida; de seu peito rasgado faz, de certo modo, jorrar os sacramentos que distribuem às almas os tesouros da redenção. Fazendo isso, tem por único fim a glória do Pai e a crescente santificação do homem” (Papa Pio XII). Todas as celebrações têm por finalidade o aumento da santificação pessoal de cada fiel que participa dos ritos, ouve atentamente a palavra anunciada e guarda no coração as verdades proferidas.
No final da celebração da Instituição da Eucaristia, a Igreja canta o grande hino eucarístico Pange Lingua composto por Santo Tomás de Aquino. O terceiro versículo nos remete à Sagrada Ceia do Senhor:
Na noite daquela Última Ceia,
Sentado com Sua banda escolhida,
Ele, a Vítima Pascal comendo,
Primeiro cumpre o mandamento da Lei;
Então, como alimento para todos os seus irmãos,
se dá com suas próprias mãos.
Terminada a celebração da Missa do “lava pés” um grande silêncio toma conta da Igreja, pois, chegou o momento de permanecer com Jesus (cf. Jo 15) até o momento derradeiro. A Sexta-Feira Santa é marcada pelo silêncio, oração e jejum, é um dia especial para nos unirmos à Cruz de Jesus. Às 15h o silêncio da Igreja será interrompido com o Sacerdote cantando e erguendo três vezes a Santa Cruz: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a Salvação do mundo!” e o povo responderá: “Vinde adoremos!”. Nosso Senhor Jesus Cristo ao morrer, salvou todos os pecadores, ou seja, todos nós. Como escreveu São Pedro: Jesus “carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça" (1 Pd 2, 24). O Papa Bento XVI disse que a verdade da Sexta-Feira Santa é que: “na cruz o Redentor restituiu-nos a dignidade que nos pertence, tornou-nos filhos adoptivos de Deus que nos criou à sua imagem e semelhança. Permaneçamos, portanto, em adoração diante da Cruz”.
O sábado é marcado pela celebração da Vigília Pascal, onde o novo círio pascal, presença do Ressuscitado no meio da Igreja, entrará nas mãos do celebrante que dirá por três vezes: “Eis a luz de Cristo!” e povo dará: “Graças a Deus!”. Nos ensina São João Paulo II que “a palavra «morte» pronuncia-se com um nó na garganta. Embora a humanidade durante tantas gerações se tenha de algum modo habituado à realidade da morte e à sua inevitabilidade, ela é, todavia, cada vez alguma coisa que perturba”, mas, nesta noite nasce daquele aparente temor uma grande Expectativa, “o dia e a noite da expectativa do Dia que o Senhor fez”.
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Mergulhemos profundamente no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus e então celebraremos a Páscoa com os corações ardentes e viveremos a verdadeira alegria cristã.
CADA DIA DA SEMANA SANTA COM OS OLHOS FIXOS EM JESUS
CADA DIA DA SEMANA SANTA COM OS OLHOS FIXOS EM JESUS
A Semana Santa é verdadeiramente um caminho, assim como é a vida cristã propriamente. Se pararmos para meditar, veremos que a nossa história é permeada pela constante ação de Deus: entramos no Corpo de Cristo, isto é, a Igreja, por meio do nosso Batismo, somos confirmados no Crisma, recebemos o perdão dos nossos pecados por meio da Confissão, comungamos o Corpo e Sangue do Senhor por meio da Eucaristia, se as forças nos faltarem, podemos receber a Unção dos Enfermos e, nos consagramos a Deus por meio da Ordem ou através do Matrimônio. Sete são os Sacramentos, sete serão os dias que teremos pela frente, e uma só é a Verdade que sustenta todo este edifício: Jesus Cristo, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.
“O Verbo era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1,9-10).
O Domingo de Ramos marca o início desta Semana Maior e, na primeira oração da Missa pedimos ao Pai que nos conceda aprender o ensinamento da Paixão de seu Filho e ressuscitar com Ele em sua glória. “A liturgia do Domingo de Ramos põe na boca dos cristãos este cântico: Levantai, portas, os vossos dintéis: levantai-vos, portas antigas, para que entre o Rei da glória. Quem permanece recluído na cidadela do seu egoísmo não descerá ao campo de batalha” (São Josemaria Escrivá). Para chegarmos no próximo Domingo, o Dia da Ressurreição, é necessário morrer e, para morrer devemos lutar, descendo do alto de nossas vaidades e falsas seguranças para caminhar com o Cristo.
Na Segunda-Feira Santa vemos o mesmo Jesus que entrou triunfante em Jerusalém sendo negado por um dos seus: Pedro. Quando o Sinédrio analisava a situação de Jesus, Pedro negou Jesus: “Não conheço este homem de quem falais” (Mc 14,71). Logo em seguida, caiu em si e se arrependeu de ter negado o Senhor, nos mostrando que os nossos pecados não devem nos desanimar nunca, pois, um arrependimento sincero é sempre oportunidade para um novo encontro com Jesus. “Pedro levou uma hora para cair, mas levanta-se num minuto e sobe mais alto do que estava antes da sua queda” (Georges Chevrot).
Na Terça-Feira Santa encontramos Nosso Senhor com suas mãos atadas diante de Pilatos, pois, chegou o momento de sua condenação. Com o coração endurecido, Judas entrega o Filho de Deus nas mãos dos que o odiavam, nos mostrando do que somos capazes de fazer se não pedimos a Deus que nos socorra. Esta cegueira foi notada por Santo Agostinho, que dizia: “Oh cegueira ímpia! Parece-lhes que ficarão contaminados com uma casa estranha, e não temem ficar impuros com um crime”. Aprendemos, portanto, que com o pecado não se brinca, porque se contra ele não lutarmos, seremos por ele destruídos.
Na Quarta-Feira Santa andamos um pouco mais com Jesus, que depois de uma noite de escarnecimentos, continua o caminho do Calvário. Nosso Senhor já estava coroado com os espinhos, sua dor aumentou ainda mais quando colocaram a Cruz às suas costas. Simão de Cirene o ajuda por um momento, este auxílio ajudou Jesus a recuperar suas forças e continuar subindo o Calvário. Neste caminho doloroso também se encontrou com sua Mãe e, por ela foi olhado com grande amor (cf. Jo 19,20). Os santos “descobriram que, quando já não se vê a cruz em si, mas aos ombros de Jesus que passa e vem ao nosso encontro, a dor, os sofrimentos e a contrariedade deixam de ser algo de sinal negativo” (Francisco Carvajal).
Na Quinta-Feira Santa, Nosso Senhor celebrou sua Última Ceia com os seus Apóstolos e Instituiu a Divina Eucaristia e o Sacerdócio católico. Dessa forma Jesus antecipa sacramentalmente o sacrifício que consumará no dia seguinte. Ele se dá na Eucaristia para nos fortalecer, para não nos deixar abandonados. Assim, entendemos o mandamento novo deixado, ou seja, que “a caridade é o caminho para seguir a Deus mais de perto” (Santo Tomás de Aquino).
Na Sexta-Feira Santa, Jesus morre na Cruz e no alto do Calvário pede perdão pelos maldosos que judiaram Dele. Cristo Crucificado é escândalo para muitos do seu tempo, mas, para nós é motivo de salvação. “Tudo o que Ele padeceu é o preço do nosso resgate” dizia Santo Agostinho. A Redenção de Cristo é um dom que não merecemos, mas, que nos atingiu a todos. O silêncio da Igreja é habitado por uma certeza: a de que o Homem morto na Cruz irá ressurgir! O cristão não vive de incertezas, ele vive de uma confiança inabalável.
O Sábado Santo, é o momento em que a Fé da Igreja se reduz na pessoa de Maria Santíssima. Ela permaneceu firme, não duvidou momento algum de que Seu Filho ressuscitaria, pois, afinal de contas, Ele havia prometido isso. O olhar da Igreja se volta para a sepultura do Corpo de Cristo, que foi preparado e depositado no túmulo novo por Nicodemos e José de Arimatéia. De acordo com São João Damasceno, “Nossa Senhora é descanso para os que trabalham, consolo para os que choram, remédio para os doentes, porto para aqueles que a tempestade maltrata, perdão para os pecadores, doce alívio para os que estão tristes, socorro para os que lhe imploram”. É ao lado desta tão boa Mãe que nos preparamos para a Grande Notícia.
Por fim, no primeiro Dia da semana, Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. “O Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia. A Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos” canta a antífona de entrada da Missa do dia. A Ressurreição de Cristo é a chave que precisamos para entender todo o caminho percorrido. “Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo – é por graça que fostes salvos! Juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus” (Ef 2,4-6). A alegria toma conta dos nossos corações! Verdadeiramente o Filho de Maria, venceu a morte e nos deu vida nova!
Chegou o momento de fazermos companhia a Jesus que somente por amor, se entregou. Peçamos à Maria, Virgem Dolorosíssima, que por suas lágrimas, Cristo vença em nós! Peçamos a São José, Pai Fidelíssimo de Jesus, que nos auxilie neste caminho e ao nosso anjo da guarda que nos ajude a viver frutuosamente esta Semana Santa! Assim Seja.