A ALEGRIA DO TEMPO PASCAL

Assim escreveu São Mateus sobre a manhã da Ressurreição: “E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela” (Mt 28,2). Sempre que ouvimos alguma notícia de tremor ficamos assustados, e com medo, queremos saber por que isso aconteceu e se há possibilidades de ocorrer novamente, não é mesmo? O fato de simplesmente imaginarmos que podemos ser surpreendidos por algo inusitado nos causa pânico e pode nos tirar a paz. No entanto, assim como as mulheres que chegaram de manhãzinha no túmulo foram surpreendidas (cf. Mt 28), o anúncio da Ressurreição nos assusta e encanta mais uma vez.

Vivemos numa cultura esvaziada do sentido da vida. Tristemente, a maioria das pessoas vivem como se Deus não existisse. Muitos dos nossos familiares amanhecem e adormecem sem fazerem um sinal da cruz. Diante disso, devemos nos perguntar: existe possibilidade para falar de Cristo neste mundo? Vale a pena estremecer a terra com a Alegria que brotou em nossos corações? A resposta é: Sim. Quando se procura o Senhor, o coração transborda de alegria” (São Josemaria Escrivá). A vida cristã é realmente uma constante procura por Cristo, quando o encontramos temos paz, do contrário, andamos sem rumo e fadigados. 

Na oração que invocamos o Espírito Santo, dizemos: “Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra!”. Isto significa que a vontade Deus é de que a face da terra seja renovada. Devemos ver na fadiga e angústia de muitos desse tempo como uma incrível oportunidade de permitir que, por meio de nós, o Senhor continue a Renovar a face da terra. Mas, primeiro é necessário que o nosso coração seja renovado na presença de Deus e, isto só pode ser possível por meio da oração, pois, a “a esperança é sempre uma esperança que reza” (Santo Tomás de Aquino).

Neste tempo Pascal podemos redescobrir o verdadeiro fundamento da nossa esperança e assim correr, como os discípulos fizeram, pelo mundo testemunhando tudo que o Senhor havia feito. Portanto, é no hoje do mundo que podemos anunciar as alegrias da Ressurreição em nosso trabalho, ocupações e particularmente nas nossas famílias. É providencial as dificuldades do nosso tempo, para que o barulho da Ressurreição seja ainda mais forte. Dentro de cada pessoa, existe um homem novo que quer crescer, se expandir e vir para fora por meio de frutos. Deixemos o Espírito Santo frutificar!

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“Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há ressurreição de mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e é vã a vossa fé” (1 Coríntios 15, 12-14). 

Nossa fé não é estéril, mas, pelo contrário, acreditamos piamente na mudança do ser humano, cremos ser possível que um coração de pedra se transforme num verdadeiro coração de carne.

Não há dúvidas de que “a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8,19). Por isso, é tempo de fazer viver em nós a esperança, de levar aos que nos são próximos tudo o que Cristo fez ao nosso favor. Seja este o nosso grito:“É a Ele (Jesus) que eu procuro, a Ele, que morreu por nós; é Ele que eu quero, Ele, que ressuscitou por nós” (Santo Inácio de Antioquia).

Cristo Ressuscitou Verdadeiramente! Aleluia!