30 de Junho 2018
A SANTA MISSA

12ª Semana do Tempo Comum – Sábado
Cor: verde
1ª Leitura: Lm 2,2.10-14.18-19
“Grite o teu coração ao Senhor,
em favor dos muros da cidade de Sião”.
Leitura do Livro das Lamentações
2 O Senhor destruiu sem piedade todos os campos de Jacó; em sua ira deitou abaixo as fortificações da cidade de Judá; lançou por terra, aviltou a realeza e seus príncipes. 10 Sentados no chão, em silêncio, os anciãos da cidade de Sião espalharam cinza na cabeça, vestiram-se de saco; as jovens de Jerusalém inclinaram a cabeça para o chão. 11 Meus olhos estão machucados de lágrimas, fervem minhas entranhas; derrama-se por terra o meu fel diante da arruinada cidade de meu povo, vendo desfalecerem tantas crianças pelas ruas da cidade. 12Elas pedem às mães: ‘O trigo e o vinho, onde estão?’ E vão caindo como derrubadas pela morte nas ruas da cidade, até expirarem no colo das mães. 13Com quem te posso comparar, ou a quem te posso assemelhar, Ó cidade de Jerusalém? A quem te igualarei, para te consolar, ó cidade de Sião? Grande como o mar é tua aflição; quem poderá curar-te? 14 Teus profetas te fizeram ver imagens falsas e insensatas, não puseram a descoberto a tua malícia, para tentar mudar a tua sorte; ao contrário, deram-te oráculos mentirosos e atraentes. 18 Grite o teu coração ao Senhor, em favor dos muros da cidade de Sião; deixa correr uma torrente de lágrimas, de dia e de noite. Não te concedas repouso, não cessem de chorar as pupilas de teus olhos. 19 Levanta-te, chora na calada da noite, no início das vigílias, derrama o teu coração, como água, diante do Senhor; ergue as mãos para ele, pela vida de teus pequeninos, que desfalecem de fome em todas as encruzilhadas.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 73,1-2. 3-4. 5-7. 20-21 (R. 19b)
R. Não esqueçais até o fim
a humilhação dos vossos pobres.
1 Ó Senhor, por que razão nos rejeitastes para sempre *
e vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais?
2 Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes, +
desta tribo que remistes para ser a vossa herança, *
e do monte de Sião que escolhestes por morada! R.
3 Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína: *
no santuário o inimigo destruiu todas as coisas;
4 e, rugindo como feras, no local das grandes festas, *
lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos. R.
5 Pareciam lenhadores derrubando uma floresta, *
6a o quebrarem suas portas com martelos e com malhos.
7 Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário! *
Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais! R.
20 Recordai vossa Aliança! A medida transbordou, *
porque nos antros desta terra só existe violência!
21 Que não se escondam envergonhados o humilde e o pequeno, *
mas glorifiquem vosso nome o infeliz e o indigente! R.
Evangelho: Mt 8,5-17
“Muitos virão do Oriente e do Ocidente.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo: 5 Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6 ‘Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia.’ 7 Jesus respondeu: ‘Vou curá-lo.’ 8 O oficial disse: ‘Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9 Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um : ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz.’ 10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: ‘Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11 Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12 enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes.’ 13 Então, Jesus disse ao oficial: ‘Vai! e seja feito como tu creste.’ E naquela mesma hora o empregado ficou curado. 14 Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15 Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16 Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17 para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: ‘Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades.’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
29 de junho 2018
A SANTA MISSA

12ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira
Cor: verde
1ª Leitura: 2Rs 25,1-12
“Judá foi deportado para longe de seu país.”
Leitura do Segundo Livro dos Reis
1 No nono ano do reinado de Sedecias, no dia dez do décimo mês, Nobucodonosor, rei da Babilônia, veio atacar Jerusalém com todo o seu exército. Puseram-lhe um cerco e construíram torres de assalto ao seu redor. 2 A cidade ficou sitiada e rodeada de valas até ao décimo primeiro ano do reinado de Sedecias. 3 No dia nove do quarto mês, quando a fome se agravava na cidade e a população não tinha mais o que comer, 4 abriram uma brecha na muralha da cidade. Então o rei fugiu de noite, com todos os guerreiros, pela porta entre os dois muros, perto do jardim real, se bem que os caldeus cercavam a cidade, e seguiram pela estrada que conduz à Araba. 5 Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei e alcançou-o na planície de Jericó, enquanto todo o seu exército se dispersou e o abandonou. 6 Os caldeus prenderam o rei e levaram-no a Rebla, à presença do rei da Babilônia, que pronunciou sentença contra ele. 7 Matou os filhos de Sedecias, na sua presença, vasou-lhe os olhos e, preso com uma corrente de bronze, levou-o para a Babilônia. 8 No dia sete do quinto mês, data que corresponde ao ano dezenove do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nabuzardã, comandante da guarda e oficial do rei da Babilônia, fez a sua entrada em Jerusalém. 9 Ele incendiou o templo do Senhor e o palácio do rei e entregou às chamas todas as casas e os edifícios de Jerusalém. 10 Todo o exército dos caldeus, que acompanhava o comandante da guarda, destruiu as muralhas que rodeavam Jerusalém. 11 Nabuzardã, comandante da guarda, exilou o resto da população que tinha ficado na cidade, os desertores que se tinham passado ao rei da Babilônia e o resto do povo. 12 E, dos pobres do país, o comandante da guarda deixou uma parte, como vinhateiros e agricultores.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 136,1-2. 3. 4-5. 6 (R. 6a)
R. Que se prenda a minha língua ao céu da boca,
se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
1Junto aos rios da Babilônia
nos sentávamos chorando,*
com saudades de Sião.
2Nos salgueiros por ali*
penduramos nossas harpas. R.
3 Pois foi lá que os opressores*
nos pediram nossos cânticos;
nossos guardas exigiam*
alegria na tristeza:
‘Cantai hoje para nós*
algum canto de Sião!’ R.
4 Como havemos de cantar
os cantares do Senhor*
numa terra estrangeira?
5 Se de ti, Jerusalém,
algum dia eu me esquecer,*
que resseque a minha mão! R.
6 Que se cole a minha língua
e se prenda ao céu da boca,*
se de ti não me lembrar!
Se não for Jerusalém*
minha grande alegria! R.
Evangelho: Mt 8,1-4
“Se queres, tu tens o poder de me purificar.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
1 Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2 Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: ‘Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.’ 3 Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: ‘Eu quero, fica limpo.’ No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. 4 Então Jesus lhe disse: ‘Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles.’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
TEMPO COMUM. DÉCIMA SEGUNDA SEMANA. QUINTA-FEIRA
– Os frutos da Missa. O sacrifício eucarístico e a vida ordinária do cristão.
I. O CONCÍLIO VATICANO II “recorda-nos que o sacrifício da cruz e a sua renovação sacramental na Missa constituem uma mesma e única realidade, à exceção do modo de oferecer [...], e que, conseqüentemente, a Missa é ao mesmo tempo sacrifício de louvor, de ação de graças, propiciatório e satisfatório”1.
Os fins que o Salvador deu ao seu sacrifício na Cruz costumam sintetizar-se nesses quatro, e alcançam-se em medidas e modos diversos. Os fins que se referem diretamente a Deus, como a adoração ou louvor e a ação de graças, produzem-se sempre infalível e plenamente no seu valor infinito, mesmo sem o nosso concurso, ainda que nenhum fiel assista à celebração da Missa ou assista distraído. Cada vez que se celebra o sacrifício eucarístico, louva-se a Deus Nosso Senhor sem limites, e oferece-se uma ação de graças que o satisfaz plenamente. Esta oblação, diz São Tomás, agrada mais a Deus do que o ofendem todos os pecados do mundo2, pois o próprio Cristo é o Sacerdote principal de cada Missa e também a Vítima que se oferece em todas elas.
Já os outros dois fins do sacrifício eucarístico (propiciação e de petição), que revertem em favor dos homens e que se chamam frutos da Missa, nem sempre atingem efetivamente a plenitude dos efeitos que poderiam alcançar. Os frutos de reconciliação com Deus e de obtenção do que pedimos à sua benevolência poderiam ser também infinitos, porque se baseiam nos méritos de Cristo, mas na realidade nunca os recebemos nesse grau porque nos são aplicados de acordo com as nossas disposições pessoais. Daí a importância de melhorarmos continuamente a nossa participação pessoal no Sacrifício do altar, unindo-nos intimamente ao próprio louvor, ação de graças, expiação e impetração de Cristo Sacerdote.
Neste sentido, o rito externo da Missa (as ações e cerimônias), ao mesmo tempo que significam o sacrifício interior de Jesus Cristo, são também sinal da entrega e da oblação dos fiéis unidos a Ele3: exigem e simultaneamente fomentam a entrega de todo o nosso ser, tanto durante a celebração como ao longo da vida: “Todas as suas obras, preces e iniciativas apostólicas – indica o Concílio Vaticano II –, bem como a vida conjugal e familiar, o trabalho cotidiano, o descanso do corpo e da alma, se praticados no Espírito, e mesmo os incômodos da vida pacientemente suportados, tornam-se «hóstias espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo» (1 Pe 2, 5), hóstias que são piedosamente oferecidas ao Pai com a oblação do Senhor na celebração da Eucaristia”4. Todas as nossas obras e a própria vida adquirem um novo valor, porque tudo passa então a girar em torno da Santa Missa, que se converte no centro do dia.
– A nossa participação na Santa Missa deve ser oração pessoal, união com Jesus Cristo, Sacerdote e Vítima.
II. PARA OBTERMOS CADA DIA mais frutos da Santa Missa, a nossa Mãe a Igreja quer que assistamos a ela não como “espectadores estranhos e mudos”, mas tratando de compreendê-la cada vez melhor, nos seus ritos e orações, participando da ação sagrada de modo consciente, piedoso e ativo, pondo a alma em consonância com as palavras que dizemos e colaborando com a graça divina5.
Devemos, pois, prestar atenção aos diálogos, às aclamações, e viver conscientemente esses elementos externos que também fazem parte da liturgia: as posições do corpo (de joelhos, em pé, sentados), a recitação ou canto de partes comuns (Glória, Credo, Santo, Pai Nosso...), etc.
Muitas vezes, ser-nos-á bastante útil ler no nosso missal as orações do celebrante. Como também o esforço por viver a pontualidade – chegando pelo menos uns minutos antes do começo –, nos ajudará a preparar-nos melhor e será uma atenção delicada com Cristo, com o sacerdote que celebra a Missa e com os que já estão na igreja. O Senhor agradece que também nisto sejamos exemplares. Por acaso não seríamos pontuais se se tratasse de uma audiência importante? Não há nada mais importante no mundo do que a Santa Missa.
Além da participação externa, devemos fomentar a participação interna, pela união com Jesus Cristo que se oferece a si mesmo. Esta participação consiste principalmente no exercício das virtudes: em atos de fé, de esperança e de amor, de humildade, de contrição, ao longo das orações e nos momentos de silêncio: antes do “Confesso a Deus todo-poderoso”, devemos realmente sentir todo o peso dos nossos pecados; no momento da Consagração, podemos repetir, com o Apóstolo São Tomé, aquelas suas palavras cheias de fé e de amor: Meu Senhor e meu Deus, ou outras que a piedade nos sugira.
A nossa participação na Santa Missa deve ser, pois, e antes de mais nada, oração pessoal, o ponto culminante do nosso diálogo habitual com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Diz Paulo VI que esse espírito de oração, “na medida em que for possível a cada um, é condição indispensável para uma participação litúrgica autêntica e consciente. E não somente condição, mas também seu fruto e conseqüência [...]. É necessário, hoje e sempre, mas hoje mais do que nunca, manter um espírito e uma prática de oração pessoal... Sem uma íntima e contínua vida interior de oração, de fé, de caridade pessoal, não podemos continuar a ser cristãos; não podemos participar de uma maneira útil e proveitosa no renascimento litúrgico; não podemos dar testemunho eficaz daquela autenticidade cristã de que tanto se fala; não podemos pensar, respirar, atuar, sofrer e esperar plenamente com a Igreja viva e peregrina... Dizemos a todos vós: orai, irmãos – orate, fratres. Não vos canseis de tentar que surja do fundo do vosso espírito, com o clamor mais íntimo, esse Tu! dirigido ao Deus inefável, a esse misterioso Outro que vos observa, espera e ama. E certamente não vos sentireis desiludidos ou abandonados, antes experimentareis a alegria nova de uma resposta embriagante: Ecce adsum, eis que estou contigo”6.
De modo muito particular, temos Deus junto de nós e em nós no momento da Comunhão, em que a participação na Santa Missa chega ao seu momento culminante. “O efeito próprio deste sacramento – ensina São Tomás de Aquino – é a conversão do homem em Cristo, para que diga com o Apóstolo: Não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”7.
– Preparação para assistir à Missa. O apostolado e o sacrifício eucarístico.
III. ANTES DA SANTA MISSA, devemos preparar a nossa alma para nos aproximarmos do acontecimento mais importante que se dá cada dia no mundo. A Missa celebrada por qualquer sacerdote, no lugar mais recôndito, é o evento mais importante que acontece naquele instante sobre a terra, ainda que não esteja presente uma única pessoa sequer. É a coisa mais grata a Deus que os homens lhe podem oferecer; é a ocasião por excelência de agradecer-lhe os muitos benefícios que dEle recebemos, de pedir-lhe perdão por tantos pecados e faltas de amor... e de solicitar-lhe tantas coisas espirituais e materiais de que necessitamos.
“Quem não tem coisas a pedir? Senhor, esta doença... Senhor, essa tristeza... Senhor, essa humilhação que não sei suportar por teu amor... Queremos o bem, a felicidade e a alegria das pessoas da nossa casa; oprime-nos o coração a sorte dos que padecem fome e sede de pão e de justiça, dos que experimentam a amargura da solidão, dos que, no fim dos seus dias, não recebem um olhar de carinho nem um gesto de ajuda.
“Mas a grande miséria que nos faz sofrer, a grande necessidade a que queremos pôr remédio é o pecado, o afastamento de Deus, o risco de que as almas se percam para toda a eternidade. Levar os homens à glória eterna no amor de Deus: esta é a nossa aspiração fundamental ao participarmos da Missa, como foi a de Cristo ao entregar a sua vida no Calvário”8. Desta maneira, também o nosso apostolado se integra na Santa Missa e dela sai fortalecido.
Os minutos de ação de graças depois da Missa completarão esses momentos tão importantes do dia, e terão uma influência direta no trabalho, na família, na alegria com que tratamos a todos, na segurança e na confiança com que vivemos o resto do dia. A Missa vivida assim nunca será um ato isolado; será alimento de todas as nossas ações e lhes dará umas características peculiares.
E na Santa Missa encontramos sempre a nossa Mãe, Santa Maria. “Como poderíamos tomar parte no Sacrifício do altar sem recordar e invocar a Mãe do Sumo Sacerdote e Mãe da Vítima? Nossa Senhora participou tão intimamente do sacerdócio do seu Filho, durante a sua vida na terra, que devia ficar para sempre unida ao exercício desse sacerdócio. Assim como esteve presente no Calvário, está presente na Missa, que é prolongamento necessário da Cruz do Senhor. No Calvário, Nossa Senhora assistia o seu Filho que se oferecia ao Pai; no altar, assiste a Santa Igreja que se oferece com a sua Cabeça. Ofereçamos Jesus pelas mãos de Nossa Senhora”9. Procuremos ter presente a nossa Mãe Santa Maria durante a Santa Missa, e Ela nos ajudará a participar da imolação do seu Filho com outra piedade e recolhimento.
(1) Missal Romano, Ordenação geral, Proêmio, 2; (2) cfr. São Tomás, Suma Teológica, III, q. 48, a. 2; (3) cfr. Pio XII, Enc. Mediator Dei, 20-XI-1947; (4) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 34; (5) cfr. Conc. Vat. II, Const. Sacrossanctum Concilium, 11, 48; (6) Paulo VI, Alocução, 14-VIII-1969; (7) São Tomás, In IV Sent., d. 12, q. 2, a. 1; (8) Josemaría Escrivá, Amar a Igreja, pág. 79-80; (9) P. Bernadot, Nossa Senhora na minha vida, Agir, Rio de Janeiro, 1946, pág. 180.
Fonte: livro “Falar com Deus”, de Francisco Fernández Carvajal.
28 de Junho 2018
A SANTA MISSA

12ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira
Memória: Santo Ireneu, bispo e mártir
Cor: vermelha
1ª Leitura: 2Rs 24, 8-17
“O rei da Babilônia levou prisioneiros para Babilônia Joaquim
e todos os homens capazes de empunhar armas.”
Leitura do Segundo Livro dos Reis
8 Joaquim tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noesta, filha de Elnatã, de Jerusalém. 9 E ele fez o mal diante do Senhor, segundo tudo o que seu pai tinha feito. 10 Naquele tempo, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia, marcharam contra Jerusalém e a cidade foi sitiada. 11 Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio em pessoa atacar a cidade, enquanto seus soldados a sitiavam. 12 Então Joaquim, rei de Judá, apresentou-se ao rei da Babilônia, com sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus eunucos. E o rei da Babilônia os fez prisioneiros. Isto aconteceu no oitavo ano do seu reinado. 13 Nabucodonosor levou todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, havia fabricado para o templo do Senhor, conforme o Senhor havia anunciado. 14 Levou para o cativeiro Jerusalém inteira, todos os príncipes e todos os valentes do exército, num total de dez mil exilados, e todos os ferreiros e serralheiros; só deixou a população mais pobre do país. 15 Deportou Joaquim para Babilônia, e do mesmo modo exilou de Jerusalém para a Babilônia a rainha-mãe, as mulheres do rei, seus eunucos e todos os nobres do país. 16 Todos os homens fortes, num total de sete mil, os ferreiros e os serralheiros em número de mil, todos os homens capazes de empunhar armas, foram conduzidos para o exílio pelo rei da Babilônia. 17 E, em lugar de Joaquim, ele nomeou seu tio paterno, Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 78 (79), 1-2.3-5.8-9(R. 9b)
R. Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!
1 Invadiram vossa herança os infiéis, +
profanaram, ó Senhor, o vosso templo, *
Jerusalém foi reduzida a ruínas!
2 Lançaram aos abutres como pasto *
os cadáveres dos vossos servidores;
e às feras da floresta entregaram *
os corpos dos fiéis, vossos eleitos. R.
3 Derramaram o seu sangue como água +
em torno das muralhas de Sião, *
e não houve quem lhes desse sepultura!
4 Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, +
um objeto de desprezo e zombaria *
para os povos e àqueles que nos cercam.
5 Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? +
Conservareis eternamente a vossa ira? *
Como fogo arderá a vossa cólera? R.
8 Não lembreis as nossas culpas do passado, +
mas venha logo sobre nós vossa bondade, *
pois estamos humilhados em extremo. R.
9 Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! +
Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! *
Por vosso nome, perdoai nossos pecados! R.
Evangelho: Mt 7, 21-29
“A casa construída sobre a rocha e a casa construída sobre a areia.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21 Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?’ 23 Então eu lhes direi publicamente: ‘Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.24 Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26 Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!’ 28 Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29 De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
TEMPO COMUM. DÉCIMA SEGUNDA SEMANA. QUARTA-FEIRA
– Os frutos bons só podem vir de uma árvore sã. Os falsos mestres.
I. O SENHOR INSISTE em múltiplas ocasiões no perigo dos falsos profetas, que levarão muitos à ruína espiritual1. No Antigo Testamento também se mencionam estes maus pastores que causam estragos no Povo de Deus. Assim, o profeta Jeremias denuncia a impiedade daqueles que profetizam em nome de Baal e desorientam o meu povo de Israel... Transmitem-vos vãos oráculos; contam-vos fantasias, e não as palavras do Senhor... Não enviei tais profetas; são eles que correm; nem jamais lhes falei; e, no entanto, proferem oráculos2.
Não demoraram também a aparecer no seio da Igreja. São Paulo chama-os falsos irmãos e falsos apóstolos3, e põe de sobreaviso os primeiros cristãos para que os evitem; São Pedro chama-os falsos doutores4. Nos nossos dias, também têm proliferado os mestres do erro; têm semeado em abundância más sementes e têm sido causa de desconcerto e de ruína para muitos.
No Evangelho da Missa de hoje, o Senhor adverte-nos5: Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com pele de ovelha, mas por dentro são lobos vorazes. É muito grande o mal que causam às almas, pois os que se aproximam deles em busca de luz encontram trevas, e, quando procuram fortaleza, encontram incerteza e debilidade.
O próprio Senhor nos previne que tanto os verdadeiros como os falsos enviados de Deus serão conhecidos pelos seus frutos: Pelos seus frutos os conhecereis, diz-nos Jesus. Porventura colhem-se uvas dos espinhos ou figos dos abrolhos? Assim toda a árvore boa dá bons frutos, e a árvore má dá frutos maus. Não pode uma árvore boa dar maus frutos, nem uma árvore má dar frutos bons. Nesta passagem do Evangelho, o Senhor põe-nos de sobreaviso para que estejamos vigilantes e sejamos prudentes com os falsos doutores e com as suas doutrinas enganosas, pois nem sempre será fácil distingui-las. Quantas vezes a má doutrina se apresenta revestida de uma aparência de bondade e de bem! Quantas vezes se apresenta como a única interpretação correta do Evangelho, forçando o sentido das palavras, o magistério da Igreja e a realidade histórica! Mas os frutos estão à vista: esses falsos enviados desunem o rebanho, separam-no do tronco fecundo da Igreja e muitas vezes acabam eles próprios por desertar. Devemos rezar sempre para que o Senhor abrevie esses tempos de prova que às vezes permite e fortaleça sempre a sua Igreja enviando-lhe bons pastores.
– O relacionamento com Deus e as obras do cristão.
II. AS ÁRVORES BOAS dão frutos bons. E a árvore é boa quando por ela corre seiva boa. A seiva do cristão é a própria vida de Cristo, a santidade pessoal, que não se pode suprir com nenhuma outra coisa. Por isso, não devemos separar-nos nunca dEle: Quem está unido comigo, e eu com ele, esse dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer6. No relacionamento com Jesus, aprendemos a ser eficazes, a estar alegres, a compreender, a amar de verdade, a ser, enfim, bons cristãos.
A vida em união com Cristo ultrapassa necessariamente o âmbito individual do cristão em benefício dos outros: daí brota a fecundidade apostólica, já que “o apostolado, seja qual for, é uma superabundância da vida interior”7, da união vital com o Senhor. Lembremo-nos, porém, de que “esta vida de união íntima com Cristo se nutre dos auxílios espirituais comuns a todos os fiéis, muito especialmente da participação ativa na sagrada liturgia. Os leigos devem servir-se desses auxílios de tal forma que, ao cumprirem devidamente as suas obrigações no meio do mundo, nas circunstâncias ordinárias da sua vida, não separem a união com Cristo da sua vida privada, antes cresçam intensamente nessa união realizando as suas tarefas em conformidade com a Vontade de Deus”8.
O trato com Jesus na Sagrada Eucaristia, a participação na Santa Missa – verdadeiro centro da vida cristã –, a oração pessoal e a mortificação, terão umas manifestações concretas à hora de realizarmos as nossas obrigações, ao entrarmos em contacto com outras pessoas, católicas ou não, e ao cumprirmos os nossos deveres cívicos e sociais. Se descuidássemos esta profunda união com Deus, a eficácia apostólica com aqueles com quem nos relacionamos ir-se-ia reduzindo até extinguir-se, e os frutos se tornariam amargos, indignos de serem apresentados a Deus. “Entre aqueles para quem é um fardo recolher-se no seu coração (Jer 12, 11) ou que não querem fazê-lo – indicava São Pio X –, não faltam os que reconhecem a conseqüente pobreza da sua alma, e se desculpam com o pretexto de que se entregaram totalmente ao serviço das almas. Mas enganam-se. Tendo perdido o costume de tratar com Deus, quando falam dEle aos homens ou dão conselhos de vida cristã, estão totalmente vazios do espírito de Deus, de modo que a palavra do Evangelho parece como que morta neles”9.
Não é infreqüente então que – no melhor dos casos – só se dêem conselhos rasteiros, sem conteúdo sobrenatural, ou doutrinas próprias, quando se deveria dar a doutrina do Evangelho. Se se descuida a piedade pessoal, não se produzem as obras que Deus espera de cada cristão. Da abundância do coração fala a boca10; e se Deus não está no coração, como se poderão comunicar as palavras de vida que procedem dEle?
Examinemos hoje como é a nossa oração: a constância e a pontualidade com que a fazemos, o empenho com que procuramos afastar as distrações, o esforço por fazê-la no lugar mais adequado, o recurso à Virgem Maria, a São José, ao Anjo da Guarda, para que nos ajudem a manter um diálogo vivo e pessoal com Deus, o propósito diário com que encerramos esses minutos de meditação. Examinemos também como é o nosso interesse em viver na presença de Deus enquanto caminhamos pela rua, enquanto trabalhamos, na família, por meio de pequenos atos interiores com que elevamos o coração ao Senhor. Lembremo-nos: a seiva não se vê, mas não haverá frutos se a seiva deixar de circular.
– Os frutos amargos do laicismo. Reconduzir todas as coisas a Cristo.
III. ASSIM COMO O HOMEM que exclui Deus da sua vida se converte em árvore má que dá maus frutos, a sociedade que pretende desalojar Deus dos seus costumes e das suas leis produz males sem conta e gravíssimos danos para os cidadãos que a integram. “Sem religião, é impossível que os costumes de um Estado sejam bons”11. Surge então o fenômeno do laicismo, que quer substituir a honra devida a Deus e à moral baseada em princípios transcendentes, por ideais e princípios de conduta meramente humanos, que acabam por ser infra-humanos. Ao mesmo tempo, pretende-se relegar Deus e a Igreja para o interior das consciências e ataca-se com agressividade a Igreja, o Papa, quer diretamente ou em pessoas e instituições fiéis ao seu Magistério.
Não é raro então que “onde o laicismo consegue subtrair o homem, a família e o Estado ao influxo regenerador de Deus e da Igreja, apareçam sinais cada vez mais evidentes e terríveis da corruptora falsidade do velho paganismo. Coisa que acontece também naquelas regiões onde durante séculos brilharam os fulgores da civilização cristã”12. Esses sinais produzidos pela secularização são evidentes em muitos países, mesmo de grande tradição e raízes cristãs, onde esse processo progride a olhos vistos: divórcio, aborto, aumento alarmante do consumo de drogas, criminalidade, desprezo da moralidade pública... O homem e a sociedade desumanizam-se e degradam-se quando não têm a Deus como Pai, um Pai cheio de amor, que sabe dar leis para a própria conservação da natureza humana e para que as pessoas encontrem a sua dignidade e alcancem o fim para que foram criadas.
Perante frutos tão amargos, nós, os cristãos, devemos corresponder com generosidade à chamada recebida de Deus para ser sal e luz onde estivermos. Devemos mostrar com obras que o mundo é mais humano, mais alegre, mais honesto e mais limpo quando está mais perto de Deus. Vale a pena viver a vida tanto mais quanto mais estiver informada pela luz de Cristo.
Jesus incita-nos continuamente a não permanecer inativos, a não perder a menor ocasião de dar um sentido mais cristão, mais humano, às pessoas e ao ambiente em que estamos. Ao terminarmos a nossa oração, perguntamo-nos hoje: que posso eu fazer na minha família, na minha escola, na Universidade, na fábrica, no escritório, para que o Senhor esteja presente nesses lugares?
E pedimos a São José a firmeza de espírito necessária para levarmos todas as realidades humanas a Cristo. Olhemos com esperança para o exemplo da sua vida, pois dela “depreende-se a grande personalidade humana de José: em nenhum momento surge aos nossos olhos como um homem apoucado ou assustado perante a vida; pelo contrário, sabe enfrentar os problemas, ultrapassar as situações difíceis, assumir com responsabilidade e iniciativa as tarefas que lhe são confiadas”13.
Com a graça de Deus e a intercessão do Santo Patriarca, esforçar-nos-emos com constância por dar fruto abundante no lugar em que Deus nos colocou.
(1) Cfr. Mt 24, 11; Mc 13, 22; Jo 10, 12; (2) cfr. Jer 23, 9-40; (3) Gál 2, 4; 2 Cor 11, 26; 1 Cor 11, 13; (4) 2 Pe 2, 1; (5) Mt 7, 15-20; (6) Jo 15, 5; (7) Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 239; (8) Conc. Vat. II, Decr. Apostolicam actuositatem, 4; (9) São Pio X, Enc. Haerent animo, 4-VIII-1908; (10) cfr. Lc 6, 45; (11) Leão XIII, Enc. Immortale Dei, 1-XI-1885; (12) Pio XII, Enc. Summi pontificatus, 20-X-1939, 23; (13) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 40.
Fonte: livro “Falar com Deus”, de Francisco Fernández Carvajal.
27 de Junho 2018
A SANTA MISSA

12ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira
Cor: verde
1ª Leitura: 2Rs 22,8-13; 23,1-3
“O rei leu diante do povo o conteúdo do livro da Aliança
que tinha sido achado na casa do Senhor;
e concluiu a aliança diante do Senhor”.
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias: 8O sumo-sacerdote Helcias disse ao secretário Safã: ‘Achei o livro da Lei na casa do Senhor!’ Helcias deu o livro a Safã, que também o leu. 9Então o secretário Safã foi à presença do rei e fez-lhe um relatório nestes termos: ‘Os teus servos juntaram o dinheiro que se achou no templo e entregaram-no aos empreiteiros encarregados do templo do Senhor’. 10Em seguida, o secretário Safã comunicou ao rei: ‘O sacerdote Helcias entregou-me um livro’. E Safã leu-o diante do rei. 11Ao ouvir as palavras do livro da Lei. o rei rasgou as suas vestes. 12E ordenou ao sacerdote Helcias, a Aicam, filho de Safã, a Acobor, filho de Miquéias, ao secretário Safã e a Asaías, ministro do rei: 13‘Ide e consultai o Senhor a meu respeito, a respeito do povo e de todo o Judá, sobre as palavras deste livro que foi encontrado. Grande deve ser a ira do Senhor que se inflamou contra nós, porque nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, nem puseram em prática tudo o que nos fora prescrito’. 23,1Então o rei mandou que se apresentassem diante dele todos os anciãos de Judá e de Jerusalém. 2E subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, do maior ao menor. Leu diante deles todo o conteúdo do livro da Aliança que tinha sido achado na casa do Senhor. 3De pé, sobre o seu estrado, o rei concluiu a aliança diante do Senhor, obrigando-se a seguir o Senhor e a observar seus mandamentos, preceitos e decretos, de todo o seu coração e de toda a sua alma, cumprindo as palavras da Aliança escritas naquele livro. E todo o povo aderiu à Aliança.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 118, 33. 34. 35. 36. 37. 40 (R.
R. Ensinai-me a viver vossos preceitos, ó Senhor!
33Ensinai-me a viver vossos preceitos; *
quero guardá-los fielmente até o fim! R.
34Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei, *
e de todo o coração a guardarei. R.
35Guiai meus passos no caminho que traçastes, *
pois só nele encontrarei felicidade. R.
36Inclinai meu coração às vossas leis, *
e nunca ao dinheiro e à avareza. R.
37Desviai o meu olhar das coisas vós, *
dai-me a vida pelos vossos mandamentos! R.
40Como anseio pelos vossos mandamentos! *
Dai-me a vida, ó Senhor, porque sois justo! R.
Evangelho: Mt 7,15-20
“Pelos seus frutos vós os conhecereis”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. 16ós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? 17Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. 18Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. 19Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. 20Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
26 de Junho 2018
A SANTA MISSA

12ª Semana do Tempo Comum – Terça-feira
Cor: verde
1ª Leitura: 2Rs 19,9b-11.14-21.31-35a.36
“Protegerei esta cidade e a salvarei
em atenção a mim mesmo e ao meu servo Davi”.
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias: 9aSenaquerib, rei da Assíria, enviou de novo mensageiros a Ezequias para dizer-lhe: 10Não te seduza o teu Deus, em quem confias, pensando: Jerusalém não será entregue nas mãos do rei dos assírios. 11Porque tu mesmo tens ouvido o que os reis da Assíria fizeram a todas as nações e como as devastaram. Só tu te vais salvar?’ 14Ezequias tomou a carta da mão dos mensageiros e leu-a. Depois subiu ao templo do Senhor, estendeu a carta diante do Senhor15e, na presença do Senhor, fez a seguinte oração: ‘Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins! Tu és o único Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste o céu e a terra.16Inclina o teu ouvido, Senhor e ouve. Abre, Senhor, os teus olhos e vê. Ouve todas as palavras de Senaquerib, que mandou emissários para insultar o Deus vivo. 17É verdade, Senhor, que os reis da Assíria devastaram as nações e seus territórios; 18lançaram os seus deuses ao fogo, porque não eram deuses, mas obras das mãos dos homens, de madeira e pedra, por isso os puderam destruir. 19Mas agora, Senhor, nosso Deus, livra-nos de suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus’. 20Então Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: ‘Assim fala o Senhor, Deus de Israel: Ouvi a prece que me dirigiste a respeito de Senaquerib, rei da Assíria. 21Eis o que o Senhor disse dele: A virgem filha de Sion despreza-te e zomba de ti. A filha de Jerusalém meneia a cabeça nas tuas costas. 31Pois um resto sairá de Jerusalém, e sobreviventes, do monte Sião. Eis o que fará o zelo do Senhor Todo-poderoso. 32Por isso, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Ele não entrará nesta cidade, nem lançará nenhuma flecha contra ela, nem a assaltará com escudo, nem a cercará com trincheira alguma. 33Pelo caminho, por onde veio, há de voltar, e não entrará nesta cidade, diz o Senhor. 34Protegerei esta cidade e a salvarei em atenção a mim mesmo e ao meu servo Davi’. 35aNaquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e exterminou no acampamento assírio cento e oitenta e cinco mil homens. 36Senaquerib, rei da Assíria, levantou acampamento e partiu. Voltou para Nínive e aí permaneceu.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 47,2-3a. 3b-4. 10-11 (R. Cf. 9d)
R. O Senhor estabelece sua cidade para sempre.
2Grande é o Senhor e muito digno de louvores *
na cidade onde ele mora;
3aseu Monte santo, esta colina encantadora *
é a alegria do universo. R.
3bMonte Sião, no extremo norte situado, *
és a mansão do grande Rei!
4Deus revelou-se em suas fortes cidadelas *
um refúgio poderoso. R.
10Recordamos, Senhor Deus, vossa bondade *
em meio ao vosso templo;
11com vosso nome vai também vosso louvor *
aos confins de toda a terra. R.
Evangelho: Mt 7,6.12-14
“Tudo quanto quereis que os outros vos façam,
fazei também a eles”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo Segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram!
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
25 de Junho 2018
A SANTA MISSA

12ª Semana do Tempo Comum – Segunda-feira
Cor: verde
1ª Leitura: 2Rs 17,5-8.13-15a.18
“O Senhor rejeitou Israel para longe da sua face,
restando apenas a tribo de Judá”.
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias: 5Salmanasar, rei da Assíria invadiu todo o país. E, chegando a Samaria, sitiou-a durante três anos. 6No nono ano de Oséias, o rei da Assíria tomou Samaria e deportou os habitantes de Israel para a Assíria, estabelecendo-os em Hala e nas margens do Habor, rio de Gozã, e nas cidades da Média. 7Isto aconteceu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os tinha tirado do Egito, libertando-os da opressão do Faraó, rei do Egito, porque tinham adorado outros deuses. 8Eles seguiram os costumes dos povos que o Senhor havia expulsado diante deles, e as leis introduzidas pelos reis de Israel. 13O Senhor tinha advertido seriamente Israel e Judá por meio de todos os profetas e videntes, dizendo: ‘Voltai dos vossos maus caminhos e observai meus mandamentos e preceitos, conforme todas as leis que prescrevi a vossos pais e que vos comuniquei por intermédio de meus servos, os profetas’. 14Eles, porém, não prestaram ouvidos, mostrando-se tão obstinados como seus pais, que não tinham acreditado no Senhor, seu Deus. 15aDesprezaram as suas leis e a aliança que tinha feito com seus pais, e os testemunhos com que os havia garantido. 18O Senhor indignou-se profundamente contra os filhos de Israel e rejeitou-os para longe da sua face, restando apenas a tribo de Judá.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 59, 3. 4-5. 12-13 (R. 7b)
R. Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!
3 Rejeitastes, ó Deus, vosso povo *
e arrasastes as nossas fileiras; *
vós estáveis irado: voltai-vos! R.
4 Abalastes, partistes a terra, *
reparai suas brechas, pois treme.
5 Duramente provastes o povo, *
e um vinho atordoante nos destes. R.
12 se vós, Deus, rejeitais vosso povo *
e não mais conduzis nossas tropas?
Dai-nos, Deus, vosso auxílio na angústia; *
nada vale o socorro dos homens!
13 Mas com Deus nós faremos proezas, *
e ele vai esmagar o opressor. R.
Evangelho: Mt 7,1-5
“Tira primeiro a trave do teu próprio olho”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
1 ‘Não julgueis, e não sereis julgados. 2 Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes. 3 Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer ao teu irmão: ‘deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5 Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
TEMPO COMUM. DÉCIMO SEGUNDO DOMINGO. CICLO B
– A tempestade no lago. O Senhor nunca nos deixará sozinhos no meio das dificuldades.
I. EM DUAS OCASIÕES, conforme lemos no Evangelho, a tempestade surpreendeu os Apóstolos no lago de Genesaré, enquanto navegavam em direção à margem oposta por indicação do Senhor. No Evangelho da Missa deste domingo1, São Marcos narra que Jesus estava com eles na barca e aproveitou esses momentos para descansar, depois de um dia particularmente intenso de pregação. Recostou-se na popa sobre um cabeçal, provavelmente um saquinho de couro recheado de lã, simples e grosseiro, que essas barcas levavam para descanso dos marinheiros. Como os anjos do Céu contemplariam o seu Rei e Senhor com o corpo apoiado sobre a dura madeira, restaurando as forças! Aquele que governa o Universo estava esgotado de cansaço!
Entretanto, os discípulos, vários deles homens do mar, pressentiram a tempestade, que desabou muito rapidamente e com grande violência: As ondas lançavam-se sobre a barca, de sorte que estava prestes a inundar-se. Enfrentaram a situação, mas o mar embravecia-se mais e mais, e o naufrágio parecia iminente. Então, como último recurso, recorreram a Jesus. Acordaram-no com um grito de angústia: Mestre, olha que perecemos!
E o Senhor teve que intervir. E Ele, despertando, increpou os ventos e disse ao mar: Cala-te, emudece. E acalmou-se o vento, e fez-se completa calmaria. E a paz chegou também ao coração daqueles homens assustados.
Por vezes, levanta-se uma grande tempestade à nossa volta ou dentro de nós. E a nossa pobre barca parece não poder resistir mais. Pode dar-nos a impressão de que Deus permanece em silêncio, e as ondas precipitam-se sobre nós: fraquezas pessoais, dificuldades profissionais ou econômicas, doenças, problemas dos filhos ou dos pais, calúnias, ambiente adverso, infâmias...; mas “se tiveres presença de Deus, por cima da tempestade que ensurdece, brilhará sempre o sol no teu olhar; e por baixo das ondas tumultuosas e devastadoras, reinarão na tua alma a calma e a serenidade”2.
O Senhor nunca nos deixará sós. Devemos aproximar-nos dEle e dizer-lhe a todo o momento, com a confiança de quem o tomou por Mestre, de quem quer segui-lo sem nenhuma condição: Senhor, não me largues! E passaremos as tribulações junto dEle, e as tempestades deixarão de inquietar-nos.
– Se somos de verdade apóstolos no meio do mundo, devemos contar com as incompreensões. O discípulo não é mais do que o mestre.
II. JESUS PÔS-SE EM PÉ, increpou o vento e disse ao lago: Cala-te, emudece! Foi um milagre impressionante, que ficaria gravado para sempre na alma dos Apóstolos; eles jamais esqueceriam a visão de um mar absolutamente calmo, submisso à voz de Jesus, depois daquelas grandes ondas. Decorridos muitos anos, quando tiveram que enfrentar todas as provas que o Senhor lhes anunciara, a evocação desse episódio deve ter-lhes devolvido muitas vezes, na sua oração pessoal, a serenidade ameaçada.
Certa vez, em que iam a caminho de Jerusalém, Jesus disse-lhes que estava prestes a cumprir-se o que os Profetas haviam vaticinado a respeito do Filho do homem: Será entregue aos gentios, escarnecido, insultado e cuspido; e depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida, e ao terceiro dia ressuscitará3. Ao mesmo tempo, preveniu-lhes que eles também passariam por momentos duros de perseguição e de calúnia, porque não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu amo. Se ao amo da casa chamaram Belzebu, quanto mais aos seus domésticos4.
Jesus quis persuadir aqueles primeiros de que entre Ele e a sua doutrina e o mundo como reino do pecado não havia possibilidade de entendimento5; recordou-lhes que não deviam admirar-se de serem tratados assim:
Se o mundo vos odeia, sabei que antes do que a vós me odiou a mim6.
E por isso, explica São Gregório, “a hostilidade dos perversos soa como louvor para a nossa vida, porque demonstra que temos ao menos um pouco de retidão por sermos uma presença incômoda para os que não amam a Deus: ninguém pode ser grato a Deus e aos inimigos de Deus ao mesmo tempo”7. Por conseguinte, se soubermos ser fiéis, haverá ventos, ondas e tempestades, mas Jesus voltará a dizer ao lago embravecido: Cala-te, emudece!
Nos começos da Igreja, os Apóstolos não demoraram a experimentar, juntamente com frutos muito abundantes, as ameaças, as injúrias, a perseguição8. Mas não se importaram com o ambiente, favorável ou adverso, mas sim de que Cristo fosse conhecido por todos e os frutos da Redenção chegassem até o último recanto da terra. A pregação da doutrina do Senhor, que do ponto de vista humano era escândalo para uns e loucura para outros9, foi capaz de penetrar em todos os ambientes, transformando as almas e os costumes.
De então para cá, mudaram muitas daquelas circunstâncias que os Apóstolos enfrentaram, mas outras continuam a ser as mesmas, e ainda piores; o materialismo, a ânsia desmedida de comodidade e de bem-estar, a sensualidade, a ignorância, voltam a ser vento impetuoso e forte ressaca em muitos ambientes. E a isso soma-se a tentação de adaptar a doutrina de Cristo aos tempos, com graves deformações da essência do Evangelho.
Se quisermos ser apóstolos no meio do mundo, deveremos contar com alguns que não quererão entender-nos – às vezes, na nossa própria casa ou entre amigos de longa data –, e teremos de ganhar maior firmeza de ânimo, porque ir contra a corrente não é uma atitude cômoda. Teremos que trabalhar com decisão, com serenidade, sem nos importarmos com a reação daqueles que – em não poucos aspectos – se identificaram com os costumes do novo paganismo e por isso estão praticamente incapacitados para entender um sentido transcendente e sobrenatural da vida.
Com a serenidade e a fortaleza que nascem do trato íntimo com o Senhor, seremos rocha firme para muitos. Em nenhum momento podemos esquecer que, particularmente nos nossos dias, “o Senhor necessita de almas fortes e audazes, que não pactuem com a mediocridade e penetrem com passo firme em todos os ambientes”10: nos grêmios profissionais, nos claustros universitários, nos sindicatos, numa conversa informal.
Como exemplo concreto, é de especial importância a influência das famílias na vida social e pública. Elas próprias devem ser “as primeiras a procurar que as leis não apenas não ofendam, mas sustentem e defendam positivamente os direitos e deveres da família”, promovendo assim uma verdadeira “política familiar”11. Não podemos permanecer inativos, enquanto os inimigos de Deus querem apagar todo o rasto que assinale o destino eterno do homem.
– Atitude perante as dificuldades.
III. “«AS TRÊS CONCUPISCÊNCIAS (cfr. 1 Jo 2, 16) são como três forças gigantescas que desencadearam um enorme redemoinho de luxúria, de autocomplacência orgulhosa da criatura nas suas próprias forças e de ânsia de riquezas» (Mons. Escrivá, Carta, 14-II-1974, n. 10). [...] E vemos, sem pessimismos nem encolhimentos, que [...] essas forças alcançaram um desenvolvimento sem precedentes e uma agressividade monstruosa, a tal ponto que «uma civilização inteira cambaleia, impotente e sem recursos morais» (ib.)”12. Perante essa situação, não é lícito permanecermos imóveis. O amor de Cristo nos urge..., diz-nos São Paulo na segunda Leitura da Missa13. A caridade, a extrema necessidade de tantas criaturas, é o que nos insta a um incansável trabalho apostólico em todos os ambientes, cada um no seu, ainda que deparemos com incompreensões e mal-entendidos provenientes de pessoas que não querem ou não podem entender-nos.
“Caminha [...] in nomine Domini, com alegria e passo firme no nome do Senhor. Sem pessimismos! Se surgirem dificuldades, mais abundante será a graça que nos chega de Deus; se surgirem mais dificuldades, mais eficaz será a graça de Deus que nos desce do Céu; se houver muitas dificuldades, haverá muita graça de Deus. A ajuda divina é proporcional aos obstáculos que o mundo e o demônio levantam ao trabalho apostólico. Por isso, até me atreveria a afirmar que convém que haja dificuldades, porque assim teremos mais ajuda de Deus: Onde abundou o pecado, superabundou a graça (Rom 5, 20)”14.
Aproveitaremos essas ocasiões para purificar a intenção, para estar mais unidos ao Mestre, para nos fortalecermos na fé. A nossa atitude há de ser a de perdoar sempre e manter a serenidade, pois o Senhor está com cada um de nós. “Cristão, na tua nave dorme Cristo – recorda-nos Santo Agostinho –, desperta-o, que Ele admoestará a tempestade e far-se-á a calma”15. Tudo é para nosso proveito e para o bem das almas. Por isso, basta-nos estar na companhia do Senhor para nos sentirmos seguros. A inquietação, o medo e a covardia nascem quando a nossa oração murcha. Deus sabe bem tudo o que se passa conosco. E se for necessário, admoestará os ventos e o mar, e far-se-á uma grande bonança. E também nós ficaremos maravilhados, como os Apóstolos.
A Santíssima Virgem não nos abandona em nenhum momento: “Se se levantarem os ventos das tentações – diz São Bernardo –, olha para a estrela, chama por Maria [...]. Não te extraviarás se a segues, não desesperarás se lhe rogas, não te perderás se nela pensas. Se ela te sustenta, não cairás; se te protege, nada terás a temer; se te guia, não te fatigarás; se te ampara, chegarás ao porto”16.
(1) Mc 4, 35-40; (2) Josemaría Escrivá, Forja, n. 343; (3) Lc 18, 31-33; (4) Mt 10, 24; (5) cfr. Sagrada Bíblia, Santos Evangelhos, EUNSA, nota a Jo 15, 18-19; (6) Jo 15, 18; (7) São Gregório Magno, in Ezechielem homiliae, 9; (8) cfr. At 5, 41-42; (9) cfr. 1 Cor 1, 23; (10) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 416; (11) João Paulo II, Encíclica Familiaris consortio, n. 44; (12) A. del Portillo, Carta, 25-XII-1985, n. 4; (13) 2 Cor 5, 14-17; (14) A. del Portillo, Carta, 31-V-1987, n. 22; (15) Santo Agostinho, Sermão 361, 7; (16) São Bernardo, Homilias sobre a Virgem Maria, 2.
Fonte: livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal.
24 de Junho 2018
A SANTA MISSA

Natividade de São João Batista – Solenidade
Cor:branca
1ª Leitura: Is 49,1-6
“Eu te farei luz das nações,
para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.
Leitura do Livro do Profeta Isaías
1Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome;2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: ‘Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado’. 4E eu disse: ‘Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa’. 5E agora diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6Disse ele: ‘Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra’.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 138,1-3.13-14ab.14c-15 (R. 14a)
R. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor,
porque de modo admirável me formastes!
1Senhor, vós me sondais e conheceis, +
2sabeis quando me sento ou me levanto; *
de longe penetrais meus pensamentos;
3percebeis quando me deito e quando eu ando, *
os meus caminhos vos são todos conhecidos. R.
13Fostes vós que me formastes as entranhas, *
e no seio de minha mãe vós me tecestes.
14aEu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, *
14bporque de modo admirável me formastes! R.
14cAté o mais íntimo, Senhor me conheceis; *
15nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis,
quando eu era modelado ocultamente, *
era formado nas entranhas subterrâneas. R.
2ª Leitura : At 13,22-26
“Antes que Jesus chegasse, João pregou um batismo de conversão”.
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo disse: 22Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade’. 23Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus. 24Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25Estando para terminar sua missão, João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias’. 26Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho: Lc 1,57-66.80
“O seu nome é João”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
57Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60A mãe porém disse: ‘Não! Ele vai chamar-se João.’ 61Os outros disseram: ‘Não existe nenhum parente teu com esse nome!’ 62Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: ‘João é o seu nome.’ 64No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. 66E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: ‘O que virá a ser este menino?’ De fato, a mão do Senhor estava com ele. O menino ia crescendo e o seu espírito fortalecia-se. 80E foi habitar no deserto até ao dia em que se manifestou a Israel.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!