09 de Janeiro
Santo André Corsini
Nascido em Florença, no final do século XIV. Seus pais, Nicolau e Corsini Gema degli Stracciabende pertenciam a famílias da aristocracia da cidade. Ainda muito jovem, André ingressou na Ordem do Carmo e se propôs em observar a mais estrita observância da Regra Carmelita. Distinguiu-se pelo seu amor fraterno, austeridade e rigor na penitência. Como provincial, soube manter o espírito religioso da disciplina, o culto da pobreza e da oração e observância da Regra, cuidando especialmente da formação dos jovens, segundo o espírito e tradição da Ordem, infundindo a todos o zelo apostólico. Durante a peste que assolou a região, se entregou com heroísmo ao cuidado dos enfermos.
No ano 1349 foi nomeado bispo de Fiesole, diocese perto de Florença, onde logo se revelou suas qualidades de bondade e sabedoria com que o Senhor tinha o abençoado. Escolheu para ele, em seu palácio, uma cela reservada, onde ele dormia em uma cama de ramos e onde passava longas horas da noite em oração.
Seus biógrafos apresentam-no como bispo muito leal a Santa Sé. Ele se entregou totalmente à sua diocese. Defendeu com firmeza e fidelidade o patrimônio da Igreja, advogando que os bens da Igreja são dos pobres. Zeloso e reformador da fé e dos costumes. Consciente do principal ofício do ministério sacerdotal, que é adorar a Deus e evangelizar as pessoas conduzindo-os para Deus.
O papa lhe confiava, com frequência, importantes missões para resolver conflitos e tentar apaziguar queixas ou visitar mosteiros relaxados. Morreu em 6 de janeiro de1374. Em seu túmulo, que é mantido na Basílica del Carmen, em Florença, foi gravado este epitáfio: “Admirável pelo exemplo da sua vida e sua eloquência”
Seu culto começou após a sua morte, mas a solenidade da sua canonização foi em 29/4/1629. Na Basílica de São João Laterano, Roma, existe desde 1734 uma linda capela dedicada a ele. Sua festa é celebrada em 9 de janeiro.
Este santo é um dos mais dedicados filhos do Carmelo, proposto pelo Papa Urbano VIII, ao canoniza-lo, como um modelo para bispos e superiores. Amante da sua Ordem, cujo hábito nunca deixou de vesti-lo, mesmo como bispo, para indicar que ele queria viver e morrer como um autêntico religioso carmelita.
Rezava todos os dias, além do ofício divino, os sete salmos penitenciais e as orações dos santos, disciplinando-se em sua continuação. Sua abstinência foi perpétua e sua comida, apesar de pouca, era frequentemente partilhada com os pobres.
Professava particular e filial devoção à Virgem. Reconhecia que ela o tinha salvado da corrupção do mundo sedutor e que devia tudo à sua proteção maternal. Verdadeiro “Mensageiro e Anjo de Deus”, como disse seu primeiro biógrafo, foi um defensor da paz em Florença e Bolonha, e um trabalhador incansável pela salvação das almas.
Sempre soube combinar a sua caridade e benevolência com o zelo incansável pela santificação do clero. Foi a força dos justos com a ternura de um pai. Assim, foi capaz de ver introduzidas na sua diocese uma florescente reforma. Tudo, graças a um enorme trabalho pastoral, uma vida regular de oração e de uma forma mais austera do que o comumente se vivida no claustro.
Ele sempre foi uma estrela guia e pregador incansável a revelar os erros e vaidades do mundo. Seu discurso atingia os corações e muitos vinham de longe para ouvi-lo.
Fonte: http://carmelitas.org.br