MISERICÓRDIA: O MAIOR ATRIBUTO DE DEUS
O maior atributo de Deus é a sua Misericórdia. Isto é, o amor misericordioso do Pai Eterno é a pedra angular que sustenta toda a Igreja e a humanidade. “Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo” (Ef 2,4-6).
Em Jesus, o Filho de Deus e Nosso Senhor, Deus Pai mostrou-nos Sua Face e fez resplandecer sobre nós a profundeza do mistério do Amor. São João disse em sua carta: “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados” (I Jo 4,10).
Diferente das outras religiões que concentram nas ações humanas a principal forma de contato com Deus, o Cristianismo tem como centro o Deus Verdadeiro que se fez Homem e veio até nós. Afirmar que a Misericórdia é a maior qualidade de Deus não seria possível sem a Encarnação do Verbo, Jesus Cristo.
“Em Cristo Jesus, todos os caminhos que se dirigem ao homem, tais como eles foram confiados, duma vez para sempre à Igreja, conduzem sempre ao encontro do Pai e do seu amor” (São João Paulo II).
Antes da vinda de Jesus, o povo de Deus com seus anciãos e profetas tinham consciência de que eram miseráveis e, portanto, dependiam de Deus. Neste sentido, sempre que se viam expostos a situações difíceis, clamavam por Deus e dele esperavam as bençãos.
“A isto vem juntar-se o fato de que a miséria do homem é também o seu pecado. O povo da Antiga Aliança conheceu esta miséria desde os tempos do êxodo, quando ergueu o bezerro de ouro” (São João Paulo II).
Em resposta aos pecados do povo, o Senhor se revelou como: “Deus compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e em fidelidade” (Ex 34,6).
Segundo Santo Tomás de Aquino: “É próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência”. Neste sentido, podemos dizer que quanto mais experimentamos a misericórdia, mais nos aproximamos do verdadeiro Deus. Os judeus entraram em choque quando Jesus disse que sua “Carne é verdadeiramente uma comida” e, que o seu “Sangue, verdadeiramente uma bebida” (cf. Jo 6,55). Como poderia um Deus dizer que se daria como alimento? Que tipo de união é essa, onde alguém se oferece para o outro viver?
Portanto, é o próprio Jesus, nascido de uma mulher em Nazaré que revela a Misericórdia de Deus. A Misericórdia “é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida (…) é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” afirmou o Papa Francisco. Nossa fé nasceu do drama de uma Pessoa, Nosso Senhor ao tornar-se um conosco e por nós padecer, abriu um caminho de esperança para todos.
Nas palavras de Santa Faustina, a Apóstola da Misericórdia: “O amor de Deus é a flor e a misericórdia o fruto”, fruto porque brota do oceano do amor infinito de Deus, difícil de entendermos tal grandeza.
“Esperamos alcançar tudo o que Jesus nos prometeu, apesar de toda a nossa miséria, porque Jesus é a nossa esperança. E assim, por meio do coração misericordioso, como por uma porta aberta, passarmos ao céu” (Santa Faustina Kowalska).
É do Coração de Jesus que continua a jorrar água e sangue, rios que nos salvam do mal e purificam de todo pecado.
Como lemos no Evangelho: “Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”(Jo 3,16). Nossa fé não busca algo, mas, alguém. Quem O encontra não permanece o mesmo, porque “o seu Coração divino chama o nosso coração; convida-nos a sair de nós mesmos, a abandonar as nossas seguranças humanas para confiar nele e, seguindo o seu exemplo, a fazer de nós mesmos um dom de amor sem reservas” (Bento XVI).
Misericórdia, fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós!
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