São Brás

03 de Fevereiro

São Brás

São Brás nasceu na cidade de Sebaste, Armênia perto do ano 300. Num certo tempo, começou a questionar sobre sua profissão de médico, pois queria servir a Deus, mas não sabia como. Resolveu, então, tornar-se um eremita e ficar em constante oração. Assim, viveu numa gruta por muitos anos.

Logo, sua fama de santo se espalhou por toda a região da Capadócia, pois ele atendia a todos que o procuravam e muitas vezes as pessoas ficaram curadas de suas doenças do corpo e da alma. Até os animais selvagens conviviam em total harmonia com o santo.

Quando o Bispo local morreu, a população de toda a região foi ao seu encontro, pedindo para que ele se tornasse padre para tomar conta do povo de Deus.  Ele aceitou e foi morar na cidade. Estudou e se ordenou padre. E, não muito tempo depois, foi sagrado Bispo. Construiu uma casa para abrigar a Diocese aos pés da gruta em que ele morou, e dali comandava a igreja de toda a região.

O prefeito de Sebaste na Capadócia era um tirano que combatia o cristianismo em toda a região. Ele se chamava Agricola, era amigo do Imperador do oriente Licinius Lacinianus. Que era cunhado de Constantino, Imperador do ocidente, que parou de perseguir os cristãos.

Um dia Agricola mandou seus soldados buscarem feras, leões, tigres, para servirem de espetáculo no martírio dos cristãos presos. Quando os soldados chegaram perto da gruta do santo, viram todo o tipo de animal da floresta convivendo em harmonia com ele. Com espanto geral correram para contar ao prefeito Agricola o que estava acontecendo.

Muito nervoso com o fato o Governador mandou prender São Brás. Ele não se opôs, não tiveram nenhum tipo de resistência. Chegando à presença de Agricola, foi ordenado que São Brás renunciasse a Jesus Cristo e à igreja, e adorasse os seus deuses. São Brás, então, disse que nunca deixaria de adorar a Deus e a Jesus Cristo. Disse ainda que a Igreja jamais acabaria porque era guiada pelo Espírito Santo. Por várias vezes o Prefeito chamou-o para tentar muda-lo de opinião, mas ele nunca cedeu. Muitas pessoas visitavam o Santo na prisão para vê-lo e pedir orações. São Brás, apesar do sofrimento das torturas, atendia a todos com conselhos e orações.

Um dia, uma mãe desesperada o procurou porque seu filho estava quase morrendo com um espinho encravado na garganta. São Brás olhou para o céu, rezou e, em seguida, fez o sinal da cruz na garganta do menino. No mesmo instante, ele ficou milagrosamente curado. Por esse milagre, até os dias de hoje São Brás é invocado para curar os males da garganta.

Em todos os lugares do mundo, quando uma criança ou qualquer pessoa se engasga, a invocação direta ao Santo logo é rezada: "São Brás te proteja." Ou simplesmente: "São Brás."

Nas Igrejas de todo o mundo essa benção é feita especialmente no seu dia, com duas velas cruzadas sobre a garganta dos fiéis, que recebem a benção de São Brás.

Algumas mulheres que foram à prisão ajudar São Brás por causa dos ferimentos das torturas que ele sofrera. Porém, elas foram mortas pelos soldados do Governador após terem jogado em um lago os ídolos dados pelos soldados para que elas renunciassem a Jesus e à igreja. São Brás gritou com os soldados e contra o governador, que também mandou jogar o santo no lago, mas por milagre ele andou sobre as águas e nada lhe aconteceu.

Voltando à terra, o governador enfurecido mandou decapitar São Brás. Assim, ele foi morto tendo sua garganta cortada pela espada. Era o dia 3 de fevereiro de 316. Sua festa é comemorada no dia 3 de fevereiro.

Até 732 o corpo e as relíquias de São Brás ficaram na catedral de Sebaste, na Armênia, depois quando iam ser levadas para Roma, uma tempestade conduziu o barco até a cidade de Maratea, em Potenza, onde os moradores fizeram uma Igreja e posteriormente a Basílica de São Brás, mudando o nome do local para "Monte São Brás".

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br


Apresentação do Senhor

– Maria oferece Jesus ao Pai.
– Iluminar com a luz de Cristo.
– Jesus Cristo, sinal de contradição.

Quarenta dias após o nascimento do seu Filho, Nossa Senhora dirigiu-se ao Templo para oferecê-lo ao Senhor e pagar o resgate simbólico estabelecido na Lei de Moisés. Com toda a piedade e amor, Maria ofereceu o Menino a Deus Pai e deu-nos exemplo de como deve ser o oferecimento das nossas obras a Deus. A Apresentação do Filho está unida à Purificação da Mãe. A Santíssima Virgem quis cumprir o que estava prescrito na Lei, ainda que nunca houvesse entrado naquele Templo criatura alguma tão pura e cheia de graça. Ambos os mistérios estão englobados na liturgia da Missa. Ao longo dos séculos, foi considerada ora festa do Senhor, ora festa mariana. Já era celebrada em Jerusalém em fins do século IV. A partir de então, estendeu-se pelo Oriente e pelo Ocidente, e para a sua celebração fixou-se o dia 2 de fevereiro. A procissão com os círios significa a luz de Cristo anunciada por Simeão no Templo – Luz para iluminar as nações – e propagada através da atuação de cada cristão.

I. E DE REPENTE VIRÁ ao seu Templo o Senhor a quem buscais, o mensageiro da Aliança que desejais: vede-o entrar...1

Quarenta dias após o seu nascimento, Jesus chega ao Templo nos braços de Maria para ser apresentado ao Senhor, como mandava a lei judaica. Só Simeão e Ana, movidos pelo Espírito Santo, reconhecem o Messias naquele Menino. A liturgia recolhe no Salmo responsorial as aclamações que, de modo simbólico, se cantavam muito provavelmente à entrada da Arca da Aliança. Agora atingem a sua mais plena realidade: Portões, abri os vossos dintéis, levantai-vos portas eternas: eis que vem o Rei da glória!2

Depois da circuncisão, era necessário cumprir duas cerimônias, conforme prescrevia a Lei: o filho primogênito devia ser apresentado ao Senhor e depois resgatado; e a mãe devia purificar-se da impureza legal contraída3. Lia-se no Êxodo: ... E o Senhor disse a Moisés: Declara que todo o primogênito me será consagrado. Todo o primogênito dos filhos de Israel, seja homem ou animal, pertence-me sempre. Esta oferenda recordava a libertação milagrosa do povo de Israel do seu cativeiro do Egito. Todos os primogênitos eram apresentados ao Senhor, e depois restituídos ao povo.

Nossa Senhora preparou o seu coração, como só Ela o podia fazer, para apresentar o seu Filho a Deus Pai e oferecer-se Ela mesma com Ele. Ao fazê-lo, renovava o seu faça-se e punha uma vez mais a sua vida nas mãos de Deus. Jesus foi apresentado ao seu Pai pelas mãos de Maria. Nunca se fez nem se tornaria a fazer uma oblação semelhante naquele Templo.

A festa de hoje convida-nos a entregar ao Senhor, uma vez mais, a nossa vida, pensamentos, obras..., todo o nosso ser. E podemos fazê-lo de muitas maneiras. Hoje, nestes minutos de oração, podemos servir-nos das palavras de Santo Afonso Maria de Ligório, invocando Santa Maria como intercessora: “Minha Rainha, seguindo o vosso exemplo, também eu quereria oferecer hoje a Deus o meu pobre coração [...]. Oferecei-me como coisa vossa ao Pai Eterno, em união com Jesus, e pedi-lhe que, pelos méritos do seu Filho, e em vossa graça, me aceite e me tome por seu”4. Por meio de Santa Maria, o Senhor acolherá uma vez mais a entrega que lhe fizermos de tudo o que somos e temos.

II. MARIA E JOSÉ chegaram ao Templo dispostos a cumprir fielmente o que estava estabelecido na Lei. Apresentaram como resgate simbólico a oferenda dos pobres: duas pombas5. E saiu-lhes ao encontro o ancião Simeão, homem justo, que esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo manifestou-lhe o que estava oculto aos outros. Simeão tomou o Menino em seus braços e, louvando a Deus, disse: Agora, Senhor, já podes deixar partir o teu servo em paz, segundo a tua palavra; porque os meus olhos viram a tua salvação, que preparaste ante a face de todos os povos, luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel. É um cântico de alegria. Toda a sua existência consistira numa ardente espera do Messias.

São Bernardo, num sermão dedicado a esta festa, fala-nos de um costume de antiquíssima tradição, de que temos muitos outros testemunhos6: a procissão dos círios. “Hoje – diz-nos o Santo –, a Virgem Maria leva ao templo do Senhor o Senhor do templo. José apresenta a Deus não o seu filho, mas o Filho amado e predileto de Deus; e Ana, a viúva, também o proclama. Estes quatro celebraram a primeira procissão, que depois teria a sua continuação em todos os cantos da terra e por todas as nações”7.

A liturgia desta festa quer manifestar, com efeito, que a vida do cristão é como uma oferenda ao Senhor, traduzida na procissão dos círios acesos que se consomem pouco a pouco, enquanto iluminam. Cristo é profetizado como a Luz que tira da escuridão o mundo sumido em trevas. A luz, na linguagem corrente, é símbolo devida (“dar à luz”, “ver a luz pela primeira vez” são expressões intimamente ligadas ao nascimento), de verdade (“caminhar às escuras” é sinônimo de ignorância e de confusão), de amor (diz-se que o amor “se acende” quando duas pessoas aprendem a querer-se profundamente...). As trevas, pelo contrário, indicam solidão, desorientação, erro... Cristo é aVida do mundo e dos homens, Luz que ilumina, Verdade que salva,Amor que conduz à plenitude... Levar uma vela acesa – na procissão que hoje se realiza onde é possível, antes da Missa – é sinal de se estar desperto, em vigília, de se participar da luz de Cristo, da vibração apostólica que devemos transmitir aos outros.

Seus pais maravilharam-se do que se dizia dEle. Maria, que guardava no seu coração a mensagem do Anjo e dos pastores, escuta novamente admirada a profecia de Simeão sobre a missão universal do seu Filho: a criança que sustenta nos seus braços é a Luz enviada por Deus Pai para iluminar todas as nações: é a glória do seu povo.

É um mistério ligado à oferenda feita no Templo e que nos recorda que a nossa participação na missão de Cristo, que nos foi conferida no batismo, está estritamente ligada à nossa entrega pessoal. A festa de hoje é um convite a darmo-nos sem medida, a “arder diante de Deus, como essa luz que se coloca sobre o candelabro para iluminar os homens que andam em trevas; como essas lamparinas que se queimam junto do altar, e se consomem alumiando até se gastarem”8. Meu Deus, dizemos hoje ao Senhor, a minha vida é para Ti; não a quero se não for para gastá-la junto de Ti. Para que outra coisa haveria de querê-la?

O mesmo São Bernardo recorda-nos que “está proibido apresentar-se ao Senhor de mãos vazias”9. E como nos vemos somente com coisas pequenas para oferecer (o trabalho do dia, um sorriso no meio da fadiga...), devemos considerar na nossa oração “como a Virgem faz acompanhar esta oferenda de tão alto preço com outra de tão pouco valor como eram aquelas pombas que a Lei mandava oferecer, a fim de que tu aprendas a juntar os teus pobres serviços aos de Cristo e, com o valor e preço dos dEle, sejam recebidos e apreciados os teus [...].

“Junta, pois, as tuas orações às dEle, as tuas lágrimas às dEle, as tuas penitências e vigílias às dEle, e oferece-as ao Senhor, para que o que de per si é de pouco preço, por Ele seja de muito valor.

“Uma gota de água, em si mesma, não é senão água; mas lançada numa grande jarra de vinho, ganha outro ser mais nobre e torna-se vinho; e assim as nossas obras, que por serem nossas são de pouco valor, acrescentadas às de Cristo adquirem um preço inestimável, em virtude da graça que nEle nos é dada”10.

III. SIMEÃO ABENÇOOU os pais do Menino e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel, e para sinal de contradição. E uma espada atravessará a tua alma, a fim de que se descubram os pensamentos escondidos nos corações de muitos11.

Jesus traz a salvação a todos os homens; no entanto, para alguns será sinal de contradição, porque se obstinam em rejeitá-lo. “Os tempos em que vivemos confirmam com particular veemência a verdade contida nas palavras de Simeão. Jesus é luz que ilumina os homens e, ao mesmo tempo, sinal de contradição. E se agora [...] Jesus Cristo se revela novamente aos homens como luz do mundo, porventura não se transformou ao mesmo tempo naquele sinal a que, hoje mais do que nunca, os homens se opõem?”12 Ele não passa nunca indiferente pelo caminho dos homens, não passa indiferente agora, neste tempo, pela nossa vida. Por isso queremos pedir-lhe que seja a nossa luz e a nossa Esperança.

O Evangelista narra também que Simeão, depois de se referir ao Menino, se dirigiu inesperadamente a Maria, vinculando de certo modo a profecia relativa ao Filho com outra que se relacionava com a mãe: Uma espada atravessará a tua alma13. “Com estas palavras do ancião, o nosso olhar desloca-se do Filho para a Mãe, de Jesus para Maria. É admirável o mistério deste vínculo pelo qual Ela se uniu a Cristo, àquele Cristo que é sinal de contradição14.

Estas palavras dirigidas à Virgem anunciavam que Ela estaria intimamente unida à obra redentora do seu Filho. A espada a que Simeão se refere expressa a participação de Maria nos sofrimentos do Filho; é uma dor indescritível, que atravessa a sua alma. O Senhor sofreu na Cruz pelos nossos pecados; e esses mesmos pecados de cada um de nós forjaram a espada de dor da nossa Mãe. Portanto, temos um dever de reparação e desagravo não só em relação a Jesus, mas também à sua Mãe, que é também Mãe nossa 15.

(1) Mal 3, 1; Primeira leitura da Missa do dia 2 de fevereiro; (2) Sl 23, 7; Salmo responsorialib.; (3) cfr. Ex 13, 2; 12-13; Lev 12, 2-8; (4) Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria Santíssima, II, 6; (5) cfr. Lc 2, 24; (6) cfr. Itinerário da Virgem Eteria, BAC, Madrid, 1986, pág. 271; A. G. Martimort, La Iglesia en oración, Herder, Barcelona, 1986, pág. 978; (7) São Bernardo, Sermão na purificação de Santa Maria, I, 1; (8) Josemaría Escrivá, Forja, n. 44; (9) São Bernardo, Sermão, II, 2; (10) Frei Luís de Granada, Vida de Jesus Cristo, VII; (11) Lc 2, 34-35; (12) K. Wojtyla, Sinal de contradição, Ed. Paulinas, São Paulo, 1979, pág. 228; (13) Lc 2, 35; (14) K. Wojtyla,ib., pág. 232; (15) cfr. Sagrada Bíblia, Santos Evangelhos, nota a Lc 2, 34-35.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


02 de Fevereiro 2020

A SANTA MISSA

Festa: Apresentação do Senhor  
Cor: Branca

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1ª Leitura: Ml 3,1-4

O Senhor a quem buscais, virá ao seu Templo. 

Leitura da Profecia de Malaquias

Assim diz o Senhor: 1 Eis que envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; 2 e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer? Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; 3 e estará a postos, como para fazer derreter e purificar a prata: assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor. 4 Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 23(24),7.8.9.10 (R. 10b)

R. “O Rei da glória é o Senhor onipotente!”

7 “Ó portas, levantai vossos frontões! +
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, *
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”       R.

8 Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” +
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente, *
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”      R.

9 “Ó portas, levantai vossos frontões! +
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, *
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”      R.

10 Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” +
“O Rei da glória é o Senhor onipotente, *
o Rei da glória é o Senhor Deus do universo      R. 

2ª Leitura: Hb 2,14-18

Jesus devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos. 

Leitura da Carta aos Hebreus

14 Visto que os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Jesus participou da mesma condição, para assim destruir, com a sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, 15 e libertar os que, por medo da morte, estavam a vida toda sujeitos à escravidão. 16 Pois, afinal, não veio ocupar-se com os anjos, mas com a descendência de Abraão. 17 Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo. 18 Pois, tendo ele próprio sofrido ao ser tentado, é capaz de socorrer os que agora sofrem a tentação.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Lc 2,22-40 

Meus olhos viram a tua salvação. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

22 Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23 Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor.” 24 Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25 Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26 e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27 Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28 Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30 porque meus olhos viram a tua salvação, 31 que preparaste diante de todos os povos: 32 luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel.” 33 O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34 Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35 Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma.” 36 Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Apresentação do Senhor

02 de Fevereiro

Apresentação do Senhor 

A data de hoje lembra o cumprimento, por Maria e José, de um preceito hebraico. Quarenta dias após dar à luz, a mãe deveria passar por um ritual de 'purificação' e apresentar o filho ao Senhor, no templo. Desde o século quatro essa festa era chamada de 'Purificação de Maria'.

Com a reforma litúrgica de 1960, passou-se a valorizar o sentido da 'apresentação', oferta de Jesus ao Pai, para que seu destino se cumprisse, marcando em consequência a aceitação por parte de Maria do que o Pai preparara para o fruto de sua gestação. A data passou a ser lembrada então como a da 'Apresentação do Senhor'.

No templo, a família foi recebida pelo profeta Simeão e pela profetiza Ana, num encontro descrito por São Lucas no seu evangelho, da seguinte maneira:

'Assim que se completaram os dias da purificação conforme a Lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, segundo está escrito na Lei do Senhor, que 'todo varão primogênito será consagrado ao Senhor' e para oferecerem em sacrifício, segundo o que está prescrito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.

Havia em Jerusalém um homem justo chamado Simeão, muito piedoso, que esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Pelo Espírito Santo foi-lhe revelado que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, veio ele ao templo e, ao entrarem os pais com o Menino Jesus, também ele tomou-o em seus braços, bendizendo a Deus, e disse: 'Agora, Senhor, já podes deixar teu servo morrer em paz segundo a tua palavra, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste ante a face de todos os povos, luz para iluminação das gentes e para a glória do teu povo, Israel'. José e Maria estavam maravilhados com as coisas que se diziam de Jesus. Simeão os abençoou e disse a Maria, sua Mãe: 'Este Menino será um sinal de contradição, para ruína e salvação de muitos em Israel; e uma espada atravessará a tua alma para que se descubram os pensamentos de muitos corações'. (Lc 2,22-35).

Ambos, Simeão e Ana, reconheceram em Jesus o esperado Messias e profetizaram o sofrimento e a glória que viriam para Ele e a família. É na tradição dessa profecia que se baseia também a outra festa comemorada nesta data, a de Nossa Senhora da Candelária, ou da Luz, ou ainda dos Navegantes.

Texto: Paulinas Internet


Santa Veridiana

01 de Fevereiro

Santa Veridiana

Veridiana nasceu no ano 1182 em Castel Fiorentino (Castelo Florentino) na cidade de Florença, região da Toscana, Itália. Era filha de família rica e nobre conhecida como família Attavanti. É certo que sua família estava em decadência na época de sua infância e juventude, mas ainda tinha muito prestígio. Desde criança Veridiana mostrou-se caridosa e atenciosa para com o próximo, principalmente os mais necessitados.

Quando jovem, muito fervorosa, quis consagrar sua virgindade a Deus, para poder servi-lo melhor e dedicar-se à caridade. Nesse tempo, um tio bastante rico seu confiou-lhe a administração de seus bens. Ela só aceitou com a condição de poder continuar praticando a caridade e ajudando aos necessitados. Certa vez, num tempo de grande fome, seu tio vendeu uma grande quantidade de grãos a um comerciante. Porém, Veridiana tinha dado quase tudo aos pobres. Quando seu tio soube, ficou furioso e deu apenas vinte e quatro horas para que ela devolvesse tudo. Veridiana rezou pedindo socorro a Deus, pois não tinha como recuperar quase nada do que dera. Então, no dia seguinte, sem explicação, todos os mantimentos estavam lá. O comprador levou tudo muito satisfeito.

Após esta experiência do socorro divino, Veridiana decidiu fazer uma peregrinação a dois centros importantes para a espiritualidade cristã: o túmulo de São Tiago de Compostela na Espanha, e Roma. Essa peregrinação foi decisiva para a vida de Santa Veridiana. Tanto que, quando voltou à sua terra natal, após meses de peregrinação, decidiu viver somente para Deus, dedicando toda a sua existência à oração, aos exercícios espirituais, à penitência e à solidão.

Santa Veridiana comunicou sua decisão a amigos e parentes. Estes, para manter a santa por perto, construíram uma cela muito simples e pobre onde ela passou a viver. A cela ficava bem perto do Oratório de Santo Antônio. Ali, Santa Veridiana viveu por trinta e quatro anos de oração, penitência e solidão. A cela tinha somente uma janela pequenina. Através dessa janela Santa Veridiana recebia suas refeições e visitas. Através da janela ela também assistia à missa no Oratório. Os alimentos que recebia eram muito simples e em pouca quantidade, sendo suficientes para que ela não viesse a morrer de fome.

Santa Veridiana viveu trinta e quatro anos na cela onde livremente escolheu viver, sendo feliz na doce presença de Deus. Na cela também, ela venceu fraquezas pessoais e tentações diabólicas. Por isso, ela é representada apresentando uma cruz a duas serpentes. Santa Veridiana também aconselhava pessoas que a procuravam com problemas diversos. Ela atendia a todos sempre que podia. Todos voltavam com o coração confortado.

Sua fama de santidade atraiu não só os peregrinos locais, como também outros santos. São Francisco de Assis foi um deles. O pobrezinho de Assis, sabendo da santidade de Veridiana, visitou-a, abençoou-a em sua cela e a acolheu como membro da Ordem Terceira no ano 1221. Por isso ela é representada com um hábito franciscano.

A morte de Santa Veridiana teve um sinal marcante de sua santidade. No dia 1 de fevereiro do ano 1242, todos os sinos do Castelo Florentino, onde ela nascera e vivera, começaram a tocar sozinhos, ao mesmo tempo. Não demorou para que os habitantes compreendessem que aqueles sinos anunciavam a morte de Santa Veridiana. Então, correram à sua cela e encontraram-na morta. Velaram-na com muito sentimento e sepultaram-na perto da cela onde passara a maior parte de sua vida.

O culto oficial a Santa Veridiana foi aprovado em 1533 pelo papa Clemente VII. Por causa de sua opção pela reclusão, o povo a aclamou protetora do presídio feminino da cidade de Florença. Depois, passou a ser protetora dos presídios femininos e intercessora por todas as presidiárias, pois encontrou a Deus, felicidade e paz na prisão. A devoção a Santa Veridiana até hoje é muito popular em toda a região da Toscana, Itália.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br


A Correção Fraterna

TEMPO COMUM. TERCEIRA SEMANA. SÁBADO

– O dever da correção fraterna. A sua eficácia sobrenatural.
– A correção fraterna era praticada com freqüência entre os primeiros cristãos. Falsas desculpas para não fazê-la. Ajuda que prestamos.
– Virtudes que se devem viver ao fazer a correção fraterna. Modo de recebê-la.

I. JÁ NO ANTIGO TESTAMENTO a Sagrada Escritura nos mostra como Deus se serve freqüentemente de homens cheios de fortaleza e de caridade para fazer notar a outros o seu afastamento do caminho que conduz ao Senhor. O Livro de Samuel apresenta-nos o profeta Natã, enviado por Deus ao rei Davi1 para falar-lhe dos pecados gravíssimos que este havia cometido. Apesar da evidência desses pecados tão graves (adultério com a mulher do seu fiel servidor, cuja morte provocou) e de que o rei fosse um bom conhecedor da Lei, “o desejo havia-se apoderado de todos os seus pensamentos e a sua alma estava completamente adormecida, como que num torpor. Necessitou da luz e das palavras do profeta para tomar consciência do que tinha feito” 2. Naquelas semanas, Davi vivia com a consciência adormecida pelo pecado.

Para fazê-lo perceber a gravidade do seu delito, Natã expôs-lhe uma parábola: Havia numa cidade dois homens; um rico e outro pobre. O rico tinha muitos rebanhos de ovelhas e de bois; o pobre só tinha uma ovelhinha que havia comprado; ia criando-a e ela crescia com ele e com os seus filhos, comendo do seu pão e bebendo da sua taça, dormindo nos seus braços: era para ele como uma filha. Certo dia, chegou uma visita à casa do rico e este, não querendo perder uma ovelha ou um boi para dar de comer ao seu hóspede, subtraiu a ovelha do pobre e preparou-a para o seu hóspede. Davi pôs-se furioso contra aquele homem e disse a Natã: Pela vida de Deus! Aquele que fez isso é réu de morte!

Natã respondeu então ao rei: Tu és esse homem. E Davi tomou consciência dos seus pecados, arrependeu-se e desafogou a sua dor num salmo que a Igreja nos propõe como modelo de contrição. Começa assim: Tem piedade de mim, ó Deus, segundo a tua bondade; e conforme a imensidão da tua misericórdia, apaga a minha iniqüidade... 3 Davi fez penitência e foi grato a Deus. Tudo graças a uma advertência oportuna e cheia de fortaleza.

Um dos maiores bens que podemos prestar àqueles a quem mais queremos e a todos, é a ajuda, muitas vezes heróica, da correção fraterna. No convívio diário, observamos que os nossos familiares, amigos ou conhecidos – como, aliás, nós mesmos – podem chegar a formar hábitos que destoam de um bom cristão e que os afastam de Deus. Podem ser faltas de laboriosidade habituais, impontualidades, modos de falar que beiram a murmuração ou a difamação, brusquidões, impaciências... Podem ser também faltas de justiça nas relações de trabalho, atitudes pouco exemplares no modo de viver a sobriedade ou a temperança, gula, embriaguez, gastos de pura ostentação, desperdícios de dinheiro no jogo ou nas loterias, amizades ou familiaridades que põem em perigo a fidelidade conjugal ou a castidade... É fácil compreender que uma correção fraterna feita a tempo, oportuna, cheia de caridade e de compreensão, a sós com o interessado, pode evitar muitos males: um escândalo, um dano irreparável à família...; ou, simplesmente, pode ser um estímulo eficaz para que a pessoa em questão corrija um defeito e se aproxime mais de Deus.

Esta ajuda espiritual nasce da caridade e é uma das suas principais manifestações. Por vezes, é também uma exigência da virtude da justiça, quando existe para com a pessoa que deve ser corrigida uma especial obrigação de prestar-lhe essa ajuda.

Devemos pensar com freqüência se não nos omitimos nesta matéria. “Por que não te decides a fazer uma correção fraterna? – Sofre-se ao recebê-la, porque custa humilhar-se, pelo menos no começo. Mas, fazê-la, custa sempre. Bem o sabem todos. – O exercício da correção fraterna é a melhor maneira de ajudar, depois da oração e do bom exemplo” 4.

II. A CORREÇÃO FRATERNA tem sabor evangélico; os primeiros cristãos praticavam-na freqüentemente, tal como o Senhor a tinha estabelecido – Vai e corrige-o a sós 5 –, e ocupava um lugar muito importante nas suas vidas6, pois conheciam a sua eficácia. São Paulo escreve aos fiéis de Tessalônica: Se alguém não obedecer ao que dizemos nesta carta..., não o olheis como inimigo, antes corrigi-o como a um irmão 7. Na Epístola aos Gálatas, o Apóstolo diz que a correção fraterna deve ser feitacom espírito de mansidão 8.

O Apóstolo São Tiago incentiva da mesma forma os primeiros cristãos a praticá-la, recordando-lhes a recompensa que o Senhor lhes dará: Se algum de vós se desviar da verdade e um outro conseguir reconduzi-lo, saiba que quem converte um pecador do seu extravio salvará a alma dele da morte e cobrirá a multidão dos seus próprios pecados 9. Não é uma recompensa pequena. Não podemos desculpar-nos e repetir as palavras de Caim: Por acaso sou eu o guardião do meu irmão? 10

Entre as desculpas que podemos dar no nosso coração para não fazer ou para adiar a correção fraterna, está antes de mais nada o medo de entristecer aquele que a deve receber. É paradoxal que o médico não deixe de dizer ao paciente que, se quer ser curado, deve sofrer uma dolorosa operação, e nós, cristãos, relutemos às vezes em dizer àqueles que nos rodeiam que está em jogo a saúde da sua alma. “É grande o número dos que, para não desagradarem ou para não impressionarem uma pessoa que tenha entrado nos últimos dias e nos momentos extremos da sua existência terrena, lhe silenciam o seu estado real, causando-lhe desse modo um mal de dimensões incalculáveis. Mas é mais elevado o número daqueles que vêem os seus amigos no erro ou no pecado, ou prestes a cair num ou noutro, e permanecem mudos, e não mexem um dedo para lhes evitar esses males. Poderíamos considerar amigo a quem se comportasse conosco desse modo? Certamente que não. E, no entanto, as pessoas à nossa volta adotam freqüentemente essa atitude para não nos magoarem” 11.

Com a prática da correção fraterna, cumpre-se verdadeiramente o que nos diz a Sagrada Escritura:O irmão ajudado pelo seu irmão é como uma cidade amuralhada 12. Nada nem ninguém pode derrotar uma caridade bem vivida. Com essa demonstração de amor cristão, não são só as pessoas que melhoram, mas toda a sociedade. Evitam-se ao mesmo tempo críticas e murmurações que tiram a paz da alma e conturbam as relações entre os homens. A amizade, se for verdadeira, torna-se mais profunda e autêntica com a correção fraterna; e cresce também a amizade com Cristo.

III. QUANDO SE PRATICA a correção fraterna, deve-se viver uma série de virtudes sem as quais não estaríamos diante de uma autêntica manifestação de caridade. “Quando tiveres de corrigir, faze-o com caridade, no momento oportuno, sem humilhar... e com ânimo de aprender e de melhorares tu mesmo naquilo que corriges” 13, tal como Cristo a praticaria se estivesse no nosso lugar, com a mesma delicadeza, com a mesma firmeza.

Às vezes, uma certa irritabilidade e falta de paz interior pode levar-nos a ver nos outros defeitos que na realidade são nossos. “Devemos corrigir, pois, por amor; não com o desejo de ferir, mas com a intenção carinhosa de conseguir que a pessoa se emende [...]. Por que a corriges? Porque te irrita teres sido ofendido por ela? Queira Deus que não. Se o fazes por amor-próprio, nada fazes. Se é o amor que te move, atuas bem” 14.

humildade ensina-nos, mais talvez do que qualquer outra virtude, a encontrar as palavras certas e o modo de falar que não ofende, ao recordar-nos que nós também precisamos de muitas ajudas semelhantes. A prudência leva-nos a fazer a advertência com prontidão e no momento mais adequado; esta virtude é-nos necessária para levarmos em conta o modo de ser da pessoa e as circunstâncias por que está passando: “como os bons médicos, que não curam de uma só maneira” 15, não dão a mesma receita a todos os pacientes.

Depois de corrigirmos alguém, não devemos deixar-nos impressionar se parece que não reage, antes é preciso ajudá-lo ainda um pouco mais com o exemplo, com a oração e a mortificação por ele, e com uma maior compreensão.

Quando somos nós que recebemos uma correção, devemos aceitá-la com humildade e em silêncio, sem nos desculparmos, reconhecendo a mão do Senhor nesse bom amigo, que o é pelo menos a partir daquele momento; com um sentimento de gratidão viva, porque alguém se interessou de verdade por nós; com a alegria de pensar que não estamos sós no esforço por dirigir sempre os nossos passos para Deus.

“Depois de teres recebido com provas de carinho e de reconhecimento as advertências que te fazem, procura segui-las como um dever, não só pelo benefício que representa corrigir-se, mas também para fazeres ver à pessoa que te advertiu que não foram em vão os seus esforços e que tens muito em conta a sua benevolência. O soberbo, ainda que se corrija, não quer aparentar que seguiu os conselhos que lhe deram, porque os despreza; quem é verdadeiramente humilde tem por ponto de honra submeter-se a todos por amor a Deus, e vive os sábios conselhos que recebe como vindos do próprio Deus, seja qual for o instrumento de que Ele se tenha servido” 16.

Ao terminarmos a nossa oração, recorramos à Santíssima Virgem, Mater boni consilii, Mãe do bom conselho, para que nos ajude a viver sempre que for necessário essa prova de amizade verdadeira, de apreço sincero por aqueles com quem temos um contacto mais freqüente, que é a correção fraterna.

(1) Cfr. 2 Sam 12, 1-17; (2) São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 60, 1; (3) Sl 50; (4) São Josemaría Escrivá, Forja, n. 641; (5) cfr. Mt 18, 15; (6) cfr. Didaqué, 15, 13; (7) 2 Tess 3, 14-15; (8) Gál 6, 1; (9) Ti 5, 19-20; (10) Gên 4, 9; (11) S. Canals, Reflexões espirituais, pág. 133; (12) Prov 18, 19; (13) São Josemaría Escrivá, Forja, n. 455; (14) Santo Agostinho, op. cit.; (15) São João Crisóstomo, op. cit., 29; (16) Leão XIII, Prática da humildade, 41.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal.


01 de Fevereiro 2020

A SANTA MISSA

3ª Semana do Tempo Comum – Sábado 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 2Sm 12,1-7a.10-17 

‘Pequei contra o Senhor’. 

Leitura do Segundo Livro de Samuel

Naqueles dias: 1 O Senhor mandou o profeta Natã a Davi. Ele foi ter com o rei e lhe disse-lhe: ‘Numa cidade havia dois homens, um rico e outro pobre. 2 O rico possuía ovelhas e bois em grande número. 3 O pobre só possuía uma ovelha pequenina, que tinha comprado e criado. Ela crescera em sua casa junto com seus filhos, comendo do seu pão, bebendo do mesmo copo, dormindo no seu regaço. Era para ele como uma filha. 4 Veio um hóspede à casa do homem rico, e este não quis tomar uma das suas ovelhas ou um dos seus bois para preparar um banquete e dar de comer ao hóspede que chegara. Mas foi, apoderou – se da ovelhinha do pobre e preparou-a para o visitante’. 5 Davi ficou indignado contra esse homem e disse a Natã: ‘Pela vida do Senhor, o homem que fez isso merece a morte! 6 Pagará quatro vezes o valor da ovelha, por ter feito o que fez e não ter tido compaixão’. 7a Natã disse a Davi: ‘Esse homem és tu! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 10 Por isso, a espada jamais se afastará de tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher do hitita Urias para fazer dela a tua esposa. 11 Assim diz o Senhor: Da tua própria casa farei surgir o mal contra ti e tomarei as tuas mulheres, sob os teus olhos, e as darei a um outro, e ele se aproximará das tuas mulheres à luz deste sol. 12 Tu fizeste tudo às escondidas. Eu, porém, farei o que digo diante de todo o Israel e à luz do sol’. 13 Davi disse a Natã; ‘Pequei contra o Senhor’. Natã respondeu-lhe: ‘De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado. de modo que não morrerás! 14 Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento o filho que te nasceu morrerá’. 15 E Natã voltou para a sua casa. O Senhor feriu o filho que a mulher de Urias tinha dado a Davi e ele adoeceu gravemente. 16 Davi implorou a Deus pelo menino e fez um grande jejum. E, voltando para casa, passou a noite deitado no chão. 17 Os anciãos do palácio insistiam com ele para que se levantasse do chão; mas ele não o quis fazer nem tomar com eles alimento algum.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 50, 12-13. 14-15. 16-17 (R. 12a)

R. Criai em mim um coração que seja puro!

12 Criai em mim um coração que seja puro, *
dai-me de novo um espírito decidido.
13 ó Senhor, não me afasteis de vossa face, *
nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!       R.

14 Dai-me de novo a alegria de ser salvo *
e confirmai-me com espírito generoso!
15 Ensinarei vosso caminho aos pecadores, *
e para vós se voltarão os transviados.       R.

16 Da morte como pena, libertai-me, *
e minha língua exaltará vossa justiça!
17 Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, *
e minha boca anunciará vosso louvor!         R. 

Evangelho: Mc 4,35-41  

Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem? 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

35 Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: ‘Vamos para a outra margem!’ 36 Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37 Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38 Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: ‘Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?’ 39 Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!’ O ventou cessou e houve uma grande calmaria. 40 Então Jesus perguntou aos discípulos: ‘Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?’ 41 Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: ‘Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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31 de Janeiro 2020

A SANTA MISSA

3ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira 
Memória: São João Bosco, presbítero
Cor: Branca

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1ª Leitura: 2Sm 11,1-4a.5-10a.13-17 

Tu me desprezaste e tomaste como esposa a mulher de Urias. (Cf. 2Sm 12,10) 

Leitura do Segundo Livro de Samuel

1 No ano seguinte, na época em que os reis costumavam partir para a guerra, Davi enviou Joab com os seus oficiais e todo o Israel, e eles devastaram o país dos amonitas e sitiaram Rabá. Mas Davi ficou em Jerusalém. 2 Ora, um dia, ao entardecer, levantando-se Davi de sua cama, pôs-se a passear pelo terraço de sua casa e avistou dali uma mulher que se banhava. Era uma mulher muito bonita. 3 Davi procurou saber quem era essa mulher e disseram-lhe que era Betsabéia, filha de Eliam, mulher do hitita Urias. 4a Então Davi enviou mensageiros para que a trouxessem. Ela veio e ele deitou-se com ela. 5 Em seguida, Betsabéia voltou para casa. Como ela concebesse, mandou dizer a Davi: ‘Estou grávida’. 6 Davi mandou esta ordem a Joab: ‘Manda-me Urias, o hitita’. E ele mandou Urias a Davi. 7 Quando Urias chegou, Davi pediu-lhes notícias de Joab, do exército e da guerra. 8 E depois disse-lhe: ‘Desce à tua casa e lava os pés’. Urias saiu do palácio do rei e, em seguida, este enviou-lhe um presente real. 9 Mas Urias dormiu à porta do palácio com os outros servos do seu amo, e não foi para casa. 10a E contaram a Davi, dizendo-lhe: ‘Urias não foi para sua casa’. 13 Davi convidou-o para comer e beber à sua mesa e o embriagou. Mas, ao entardecer, ele retirou-se e foi-se deitar no seu leito, em companhia dos servos do seu senhor, e não desceu para a sua casa. 14 Na manhã seguinte, Davi escreveu uma carta a Joab e mandou-a pelas mãos de Urias. 15 Dizia nela: ‘Colocai Urias na frente, onde o combate for mais violento, e abandonai-o para que seja ferido e morra’. 16 Joab, que sitiava a cidade, colocou Urias no lugar onde ele sabia estarem os guerreiros mais valentes. 17 Os que defendiam a cidade, saíram para atacar Joab, e morreram alguns do exército, da guarda de Davi. E morreu também Urias, o hitita.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 50, 3-4. 5-6a. 6bc-7. 10-11 (R. Cf. 3a)

R. Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

3 Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! *
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
4 Lavai-me todo inteiro do pecado, *
e apagai completamente a minha culpa!      R.

5 Eu reconheço toda a minha iniquidade, *
o meu pecado está sempre à minha frente.
6a Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, *
e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!       R.

6b Mostrais assim quanto sois justo na sentença, *
6c e quanto é reto o julgamento que fazeis.
7 Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade *
e pecador minha mãe me concebeu.       R.

10 Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, *
e exultarão estes meus ossos que esmagastes.
11 Desviai o vosso olhar dos meus pecados *
e apagai todas as minhas transgressões!      R. 

Evangelho: Mc 4,26-34 

É a menor de todas as sementes e se
torna maior do que todas as hortaliças 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo: 26 Jesus disse à multidão: ‘O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27 Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28 A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29 Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou’. 30 E Jesus continuou: ‘Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31 O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32 Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra’. 33 Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34 E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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A Fidelidade a Graça

TEMPO COMUM. TERCEIRA SEMANA. SEXTA-FEIRA

– A graça de Deus sempre dá os seus frutos, se nós não lhe opomos obstáculos.
– Os frutos da correspondência.
– Evitar o desalento pelos defeitos que não desaparecem e pelas virtudes que não se alcançam. Recomeçar muitas vezes.

I. O EVANGELHO DA MISSA de hoje apresenta-nos uma pequena parábola que só é relatada por São Marcos 1. O Senhor fala-nos nela do crescimento da semente lançada à terra; uma vez semeada, cresce independentemente de que o dono do campo durma ou esteja acordado, e sem que ele saiba como isso se dá. Assim é a semente da graça que cai nas almas; se não lhe levantam obstáculos, se lhe é permitido crescer, dá o seu fruto necessariamente, sem depender de quem semeia ou de quem rega, mas de Deus que dá o crescimento 2.

Considerar freqüentemente que “a doutrina, a mensagem que devemos propagar, tem uma fecundidade própria e infinita que não é nossa, mas de Cristo” 3, dá-nos uma grande confiança na nossa atuação apostólica. E, na própria vida interior, também nos cumula de esperança, pois nos dá a saber que a graça de Deus, se nós não a dificultamos, realiza silenciosamente na alma uma profunda transformação, quer durmamos, quer estejamos acordados, a toda a hora, fazendo brotar no nosso interior – talvez agora mesmo, nestes minutos de oração – resoluções de fidelidade, de correspondência, de entrega.

O Senhor oferece-nos constantemente a sua graça para nos ajudar a ser fiéis, isto é, a cumprir o dever de cada momento. Da nossa parte, resta-nos aceitar essas ajudas e cooperar com elas generosamente e com docilidade. Dá-se na alma algo de semelhante ao que acontece com o corpo: os pulmões necessitam continuamente de aspirar oxigênio para renovar o sangue; quem não respira morre asfixiado. Pois bem, quem não recebe docilmente a graça que lhe é dada por Deus em cada momento, acaba por morrer de asfixia espiritual 4.

Receber a graça com docilidade é empenhar-se em realizar aquilo que o Espírito Santo sugere na intimidade do coração: quando nos incita, por exemplo, a cumprir o dever até o fim, primordialmente naquilo que se refere aos compromissos espirituais; a esforçar-nos decididamente por alcançar uma meta mais alta em determinada virtude; a aceitar com elegância sobrenatural e simplicidade uma contradição que talvez se prolongue.

Quanto maior for a nossa fidelidade a essas graças, melhor nos prepararemos para receber outras, maior a facilidade que teremos para realizar boas obras, maior a alegria que experimentaremos na nossa vida, porque a alegria sempre está estreitamente relacionada com a correspondência à graça.

II. A DOCILIDADE ÀS INSPIRAÇÕES do Espírito Santo é necessária para conservarmos a vida da graça e para obtermos frutos sobrenaturais. Como o Senhor nos diz na parábola que meditamos, a semente tem a força necessária para germinar, crescer e dar frutos no nosso coração.

Mas, em primeiro lugar, é necessário deixar que chegue à alma, recebê-la no nosso interior, acolhê-la sem a calcar ou marginalizar, pois “as oportunidades de Deus não esperam. Chegam e passam. A palavra de vida não aguarda; se não nos apossamos dela, será levada pelo demônio, que não é preguiçoso, que tem os olhos sempre abertos e está sempre preparado para saltar e levar o dom não utilizado” 5. A resistência à graça produz na alma o mesmo efeito que “o granizo sobre a florada de uma árvore que prometia frutos abundantes; as flores são afetadas e o fruto não chega a amadurecer” 6. A vida interior debilita-se e morre.

O Espírito Santo concede-nos inúmeras graças para evitarmos o pecado venial deliberado, bem como essas faltas que, sem serem propriamente um pecado, desagradam a Deus. Os santos foram sempre os que com maior delicadeza souberam corresponder a essas ajudas sobrenaturais. Nós também recebemos incontáveis graças para santificar as ações da vida ordinária. Chegam-nos sob a forma de pequenas inspirações, de um rebate de consciência, da sugestão para uma reconciliação, para um ato de caridade com alguém que não o espera, de um impulso que leva a concluir o trabalho começado, de uma luz inesperada sobre algum aspecto defeituoso da nossa maneira de ser... Se formos fiéis da manhã até à noite a esses auxílios, os nossos dias terminarão repletos de atos de amor a Deus e ao próximo, tanto nos momentos agradáveis como naqueles em que nos sentimos cansados, com menos forças e ânimo: todos são bons para dar fruto.

Uma graça traz outra consigo – a quem tem, dar-se-lhe-á, líamos ontem no Evangelho da Missa 7 –, e a alma vai-se fortalecendo no bem à medida que o pratica. Cada dia é um grande presente que Deus nos faz para que o cumulemos de amor numa correspondência alegre, contando com obstáculos e com o impulso divino para superá-los e convertê-los em ocasião de santidade e de apostolado. Todas as coisas são bem diferentes quando as realizamos por amor e para o Amor.

III. “O HOMEM LANÇA a semente na terra quando forma no seu coração um bom propósito [...]; e a semente germina e cresce sem que ele o perceba, porque, ainda que não possa notar o seu crescimento, a virtude, uma vez concebida, caminha para a perfeição, e a terra frutifica por si mesma: com a ajuda da graça, a alma do homem levanta-se espontaneamente para fazer o bem. Não esqueçamos, contudo, que a terra primeiro produz o talo, depois a espiga e por fim o trigo” 8. A vida interior necessita de tempo, cresce e amadurece como o trigo no campo.

A fidelidade aos impulsos que o Senhor nos quer dar também se manifesta em evitarmos o desalento pelas nossas faltas e a impaciência ao vermos que talvez continue a custar-nos dedicar uns minutos diários à oração mental, arrancar um defeito ou lembrar-nos mais vezes de Deus enquanto trabalhamos.

O lavrador é paciente: não desenterra a semente nem abandona o campo por não encontrar o fruto esperado no tempo que ele julgava suficiente para colhê-lo. O lavrador sabe muito bem que deve trabalhar e esperar, contar com o frio e com os dias ensolarados; sabe que a semente vai amadurecendo sem que ele perceba como, e que o tempo da colheita não deixará de chegar.

“Em geral, a graça atua como a natureza: por graus. Não podemos propriamente antecipar-nos à ação da graça: mas, naquilo que depende de nós, temos de preparar o terreno e cooperar, quando Deus no-la concede.

“É mister conseguir que as almas apontem muito alto: empurrá-las para o ideal de Cristo; levá-las até às últimas conseqüências, sem atenuantes nem paliativos de espécie alguma, sem esquecer que a santidade não é primordialmente questão de braços. Normalmente, a graça segue as suas horas, e não gosta de violências.

“Fomenta as tuas santas impaciências..., mas não percas a paciência” 9, tal como não a perde o lavrador na sua sabedoria de séculos. Aprendamos a “apontar muito alto” na santidade e no apostolado, esperando o tempo oportuno, sem nunca desanimar, retomando muitas vezes os nossos propósitos audazes.

Devemos ser cada vez mais conscientes de que a superação de um defeito ou a aquisição de uma virtude não depende normalmente de esforços violentos e esporádicos, mas da continuidade humilde na luta, da constância em tentar e voltar a tentar, contando com a misericórdia infinita do Senhor. Não podemos deixar de ser fiéis às graças por impaciência. “É preciso que tenhamos paciência com todos – diz São Francisco de Sales –, mas, em primeiro lugar, conosco próprios”10.

Nada é irremediável para quem espera no Senhor; nada está perdido; sempre há possibilidade de perdão e de tornar a começar: humildade, sinceridade, arrependimento... e tornar a começar, correspondendo ao Senhor, que está mais empenhado do que nós em que vençamos os obstáculos. Há uma profunda alegria de cada vez que recomeçamos. E teremos que fazê-lo muitas vezes ao longo da nossa passagem pela terra, porque sempre teremos faltas, deficiências, fragilidades e pecados.

Sejamos humildes e pacientes. Deus conta com os nossos fracassos, mas espera também muitas pequenas vitórias ao longo dos nossos dias; vitórias que se alcançam sempre que somos fiéis a uma inspiração, a uma moção do Espírito Santo, por pequena que seja.

(1) Mc 4, 26-32; (2) cfr. 1 Cor 3, 5-9; (3) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 159; (4) cfr. R. Garrigou-Lagrange, Las tres edades de la vida interior, vol. I, pág. 104; (5) Card. J. H. Newman, Sermão para o domingo da Sexagésima. Chamadas da graça; (6) R. Garrigou-Lagrange, op. cit., pág. 105; (7) Mc 4, 25; (8) São Gregório Magno, Homilias sobre Ezequiel, 2, 3; (9) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 668; (10) São Francisco de Sales, Cartas, frag. 139, in Obras selectas de San Francisco de Sales, BAC, Madrid, 1959, II, pág. 774.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal.


São João Bosco

31 de Janeiro

São João Bosco

“Um só é meu desejo: que sejam felizes no tempo e na eternidade”, escreveu pouco antes de sua morte São João Bosco, cuja memória litúrgica é recordada neste dia 31 de janeiro. O fundador da Congregação Salesiana (os Salesianos) ficou também conhecido como patrono e mestre da juventude.

João Melchior Bosco Occhiena nasceu 16 de agosto de 1815 na aldeia del Becchi, perto de Morialdo em Castelnuovo (norte da Itália), em uma família muito humilde. Quando tinha dois anos, seu pai morreu e sua mãe, a Serva de Deus Margarida Occhiena, sendo analfabeta e pobre, foi responsável pela educação dos seus filhos.

Aos nove anos, João Bosco teve um sonho no qual viu uma multidão de meninos que brigavam e blasfemavam. Ele tentou silenciá-los com os punhos. Então, apareceu Jesus Cristo e lhe disse que devia ganhar os meninos com a mansidão e a caridade e que sua professora seria a Virgem Maria. A Mãe de Deus disse: “A seu tempo compreenderá tudo”.

Não conseguiu entender este sonho inicialmente, mas Deus mesmo o foi esclarecendo de diferentes maneiras com o tempo.

Dom Bosco teve que estudar e trabalhar ao mesmo tempo, com seu desejo de ser sacerdote. Ingressou no seminário de Chieri e conheceu São José Cafasso, que lhe mostrou as prisões e os bairros onde havia jovens necessitados. Foi ordenado sacerdote em 1841.

Iniciou o oratório salesiano, no qual todo domingo se reunia com centenas de meninos. No começo, esta obra não tinha um lugar fixo, até que conseguiram se estabelecer no bairro periférico de Valdocco. Depois de uma enfermidade que quase lhe custou a vida, prometeu trabalhar até o final por Deus através dos jovens.

São João Bosco se dedicou inteiramente a consolidar e estender sua obra. Deu alojamento a meninos abandonados, ofereceu oficinas de aprendizagem e, sendo um sacerdote pobre, construiu uma igreja em honra a São Francisco de Sales.

Em 1859, fundou os Salesianos, tomando como modelo São Francisco de Sales. Mais adiante, fundou as Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Além disso, construiu a Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Turim, e a Basílica do Sagrado Coração, em Roma, somente com doações.

Partiu para a Casa do Pai um 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado em 1924.

Fonte: https://www.acidigital.com