17 de Junho 2018

A SANTA MISSA

11º Domingo do Tempo Comum – Ano B
Cor: verde

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1ª Leitura: Ez 17, 22-24

 “Elevo a árvore baixa.”

Leitura da profecia de Ezequiel

 22 Assim diz o Senhor Deus: ‘Eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus ramos arrancarei um broto e o plantarei sobre um monte alto e elevado. 23 Vou plantá-lo sobre o alto monte de Israel. Ele produzirá folhagem, dará frutos e se tornará um cedro majestoso. Debaixo dele pousarão todos os pássaros, à sombra de sua ramagem as aves farão ninhos. 24 E todas as árvores do campo saberão que eu sou o Senhor, que abaixo a árvore alta e elevo a árvore baixa; faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço’.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 91(92), 2-3.13-14.15-16(R. cf. 2a)

R.Como é bom agradecermos ao Senhor.

2 Como é bom agradecermos ao Senhor*
e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo!
3 Anunciar pela manhã vossa bondade,*
e o vosso amor fiel, a noite inteira.     R.

13 O justo crescerá como a palmeira,*
florirá igual ao cedro que há no Líbano;
14 na casa do Senhor estão plantados,*
nos átrios de meu Deus florescerão.      R.

15 Mesmo no tempo da velhice darão frutos,*
cheios de seiva e de folhas verdejantes;
16 e dirão: ‘É justo mesmo o Senhor Deus:*
meu Rochedo, não existe nele o mal!’     R.

2ª Leitura: 2Cor 5, 6-10

 “Quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa morada,
nos empenhamos em ser agradáveis ao Senhor.”

Leitura da Segunda Carta de São Paulo apóstolo aos Coríntios

Irmãos: 6 Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor; 7 pois caminhamos na fé e não na visão clara. 8 Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. 9 Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa morada. 10 Aliás, todos nós temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa – prêmio ou castigo – do que tiver feito ao longo de sua vida corporal.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Mc 4, 26-34

 “É a menor de todas as sementes e se torna maior do que todas as hortaliças.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo: 26 Jesus disse à multidão: ‘O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27 Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28 A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29 Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou’. 30 E Jesus continuou: ‘Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31 O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32 Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra’. 33 Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34 E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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São João Nepomuceno

16 de Junho

São João Nepomuceno

João Nepomuceno nasceu na cidade de Nepomuk, em um dos vales da Boêmia, por volta do ano de 1345. Já no ano de 1370 tinha o cargo de notário na Cúria Metropolitana. Nove anos depois, foi ordenado sacerdote e nomeado pároco de São Gall. Não obstante os encargos dessa grave função, continuou seus estudos de direito eclesiástico na Universidade de Praga, na qual obteve o bacharelato. Em 1382, o arcebispo o enviou a Pádua, onde se doutorou em direito canônico, em 1387. Voltando logo em seguida a Praga, foi nomeado cônego da igreja de São Gil, mas ali permaneceu só dois anos. Em agosto de 1390, tornou-se cônego honorário da Catedral de São Vito e vigário geral dessa já então ampla e importante arquidiocese. A partir desse momento, a Providência o transformou em homem público.

Os sermões pregados por São João Nepomuceno produziram notável mudança nos costumes e assim ele foi chamado a desempenhar o cargo de confessor da Rainha. Para isso concorreram sua já conhecida virtude e a segurança doutrinária por ele tantas vezes demonstrada no púlpito.

Se, no entanto, a piedosa rainha colocava-se docilmente sob a direção espiritual de tão virtuoso sacerdote, o mesmo não se passava com o rei. Além de ser dado a violentos acessos de fúria, foi ele tomado por uma infundada desconfiança em relação à fidelidade de sua esposa. Como nada encontrasse para comprovar essa dúvida, mas seu coração mesquinho continuasse apegado a essa fantasiosa idéia, mandou trazer o confessor à sua presença e exigiu-lhe contar em detalhes o que no confessionário lhe confidenciava a rainha. Espantado pela infundada desconfiança, e muito mais pelo inaudito pedido, João Nepomuceno com firmeza o recusou, afirmando categoricamente o princípio da inviolabilidade do segredo da confissão, o mesmo até hoje mantido pela Santa Igreja:

“O que é dito dentro das santas paredes do confessionário é o mais estrito dos segredos. As palavras pelo penitente declinadas ante o sacerdote, sendo a matéria para a absolvição da alma pecadora, ali mesmo morrem. Disso tudo, somente Deus é testemunha, e o sacerdote que algo disso revelasse a um terceiro cometeria um dos mais abomináveis sacrilégios, contra o qual se levantaria imediatamente terrível excomunhão” (1).

A nada disso, porém, deu ouvidos o ímpio rei. Cego de furor, mandou brutalmente torturar o fiel confessor. Suportando sofrimentos terríveis, João Nepomuceno manteve-se irredutível e isso só aumentou a fúria do cruel soberano. Por fim, vendo que nada conseguiria tirar de um homem tão firme e compenetrado de sua fé, mandou os esbirros amarrarem-no e atirarem-no de uma das pontes de Praga. Assim, o intrépido sacerdote entregou sua alma a Deus, perecendo afogado nas águas do rio Moldava. Era a noite de 20 de março de 1393.

Uma controvérsia histórica

A trágica morte dum personagem tão conhecido e estimado chocou muitos habitantes da cidade, e o rei, não querendo admitir abertamente a razão pela qual mandara assassinar o Pe. João Nepomuceno, fez constar ser outra a razão de sua atitude.

Havia na Boêmia uma grande e prestigiosa abadia, a de Klandrau. Aproveitando o lapso entre a morte do antigo abade e a eleição de um novo, o monarca tencionava suprimi-la, transformando-a em uma nova sede episcopal, a qual seria entregue a um membro de sua corte. O rei tentou pressionar o vigário geral para apoiá-lo nessa ação. E como ele a isso se teria oposto violentamente, o rei declarou ser essa oposição suficiente para condená-lo à morte.

Embora algumas crônicas oficiais do reino tenham transmitido essa versão, muitas outras referem o verdadeiro motivo (2).

Após ser encontrado, o corpo de João Nepomuceno foi sepultado na própria catedral, onde logo passou a receber do povo as honras devidas a um mártir. Assim, tinha início um forte e saudável movimento de veneração ao sacerdote que morrera em defesa do segredo da Confissão. Estes fatos inclusive foram narrados na carta de acusação ao rei, que o arcebispo João Jenzenstein apresentou ao Papa Bento IX (3).

Beatificação e canonização

O Papa Inocêncio XIII o declarou beato em 1721. Posteriormente, cartas de imperadores, de bispos e de ordens religiosas, às quais se juntavam as das universidades de Viena, Praga e Blatislava, em coro pediam ao Soberano Pontífice a abertura do processo de canonização, e de fato, este foi iniciado em julho de 1722.

Anos depois, em 27 de janeiro de 1725, uma comissão presidida pelo Arcebispo de Praga, formada por algumas dignidades eclesiásticas, além de um professor de medicina e dois cirurgiões, realizou a exumação dos restos mortais do mártir. Na presença dessas autoridades, deu-se um extraordinário acontecimento.

O corpo se encontrava naturalmente desfeito pelo tempo, exceto a língua, a qual estava maravilhosamente conservada, ainda que ressequida. Então, diante de todos, começou a refazer-se, apresentando uma cor rósea como se tratasse de alguém vivo. Admirados, os presentes se puseram de joelhos, e este milagre, realizado em circunstâncias tão solenes e com testemunhas tão categorizadas, foi o quarto dos constantes no processo de canonização.

E assim, em 19 de março de 1729, na Basílica de São João de Latrão, pelas mãos do Papa Bento XIII, era solenemente elevado à honra dos altares São João Nepomuceno, mártir do segredo da Confissão, cuja festa a Igreja comemora no dia 16 de maio. (Revista Arautos do Evangelho, Maio/2007, n. 65, p. 38-39)

Fonte: http://www.arautos.org/secoes/artigos/doutrina/santos/sao-joao-nepomuceno-martir-do-segredo-da-confissao-2-143501


16 de Junho 2018

A SANTA MISSA

10ª Semana do Tempo Comum – Sábado
Cor: verde

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1ª Leitura: 1Rs 19,19-21

 “Eliseu levantou-se e seguiu Elias.”

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias: 19 O profeta Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Safat, lavrando a terra com doze juntas de bois; e ele mesmo conduzia a última. Elias, ao passar perto de Eliseu, lançou sobre ele o seu manto. 20 Então Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias, dizendo: ‘Deixa-me primeiro ir beijar meu pai e minha mãe, depois te seguirei’. Elias respondeu: ‘Vai e volta! Pois o que te fiz eu? 21 Ele retirou-se, tomou a junta de bois e os imolou. Com a madeira do arado e da canga assou a carne e deu de comer à sua gente. Depois levantou-se, seguiu Elias e pôs-se ao seu serviço.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 15 (16), 1-2a e 5.7-8.9-10(R. cf. 5a)

R. O Senhor é a porção da minha herança.

1 Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! +
2a Digo ao Senhor: ‘Somente vós sois meu Senhor.
5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, *
meu destino está seguro em vossas Mãos!    R.

7 Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, *
e até de noite me adverte o coração.
8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, *
pois se o tenho a meu lado não vacilo.    R.

9 Eis por que meu coração está em festa, +
minha alma rejubila de alegria, *
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
10 pois não haveis de me deixar entregue à morte, *
nem vosso amigo conhecer a corrupção.    R.

Evangelho: Mt 5, 33-37

 “Eu vos digo: não jureis de modo algum.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus díscipulos: 33 Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso’, mas ‘cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. 34 Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. 36 Não jures tão pouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. 37 Seja o vosso ‘sim’: ‘Sim’, e o vosso ‘não’: ‘Não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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Bem-Aventurada Albertina  Berkenbrock

15 de Junho

Bem-Aventurada Albertina  Berkenbrock 

Albertina foi uma menina que ousou ser santa.” Foi com essas palavras que Dom Jacinto Bergmann, bispo da diocese de Tubarão – Santa Catarina -, referiu-se a ela na cerimônia de sua beatificação.

Nasce no dia 11 de abril de 1919, Albertina Berkenbrock, em um simples povoado de São Luís, município de Imaruí no Estado de Santa Catarina. Filha de um casal de agricultores – Henrique Berkenbrock e Josefa Boeing, esses fervorosos católicos oriundos de famílias alemães. Foi com eles que Albertina aprendeu as verdades da fé, a rezar, a frequentar a igreja e a respeitar os mandamentos de Deus. Albertina cultivou em si uma especial devoção a Virgem Maria e a São Luiz Gonzaga. Não abria mão de recitar diariamente o rosário com a família, e preparou-se com tanta alegria e entusiasmos para a Primeira Eucaristia que recebeu no dia 16 de agosto de 1928.

Foi neste ambiente simples, belo, acolhedor e cristão de sua família que Albertina cresceu. Ajudava com amor os seus pais nos trabalhos da roça e em casa. Era dócil, obediente, incansável, e paciente.

Conta-se que sua caridade era grande. Gostava de acompanhar as meninas mais pobres, de jogar com elas e com elas dividir o pão que trazia de casa para comer no intervalo das aulas. Teve especial caridade com os filhos do seu assassino, que trabalhava na casa do seu pai. Muitas vezes Albertina deu de comer a ele e aos filhos pequenos, com os quais se entretinha alegremente. Albertina, apesar de seus 12 anos, aparentava mais idade e tinha um corpo já bastante desenvolvido. Era alta e forte, acostumada ao sol e aos trabalhos da roça. Tinha cabelos louros, olhos verde-escuros. Era uma bonita moça.

Tudo corria normalmente até o dia 15 de junho de 1931.

Seu pai pediu-lhe que procurasse um boi que perdera-se pelos pastos. Ela obediente se colocou no caminho a procura daquele boi. Encontrou portanto com um homem de apelido ‘Maneco Palhoça’, que trabalhava para a sua família. Ela perguntou a ele se sabia onde estaria o boi perdido. Ele indicou um lugar distante, e lá a surpreendeu, tentando estuprá-la, porém, não teve o êxito.

A jovem Albertina, com apenas 12 anos, resistiu bravamente, pois não queria pecar!

E por não ter conseguir o que queria, este homem pegou-a pelo cabelo, jogou-a ao chão e cortou seu pescoço, matando-a imediatamente.

Seu corpo ficou manchado de sangue… Sua pureza e virgindade, porém, ficaram intactas. Podemos ver que Albertina testemunhou com a vida a frase de São Domingos Sávio: “Antes morrer do que pecar.

Aos 12 anos de idade, no dia 15 de junho de 1931, Albertina foi assassinada porque quis preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher por causa da fé e da fidelidade a Deus. E ela o fez heroicamente como verdadeira mártir.

O cardeal Saraiva Martins, no dia 20 de Outubro de 2007, na Catedral Diocesana de Tubarão, leu o decreto de Bento XVI, que inscrevia oficialmente Albertina no catálogo dos bem-aventurados.

Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, rogai por nós!


15 de Junho 2018

A SANTA MISSA

10ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira
Cor: verde

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1ª Leitura: 1Rs 19, 9a.11-16

 “Sai e permanece no monte à espera do Senhor”.

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias, o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb, e passou a noite numa gruta. O Senhor dirigiu-lhe a palavra, dizendo: “Sai e permanece no monte à espera do Senhor”. Então, o Senhor passou. Diante d’Ele, uma forte rajada de vento fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, sentiu-se um terramoto; mas o Senhor não estava no terramoto. Depois do terramoto, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira brisa. Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou à entrada da gruta. Ouviu então uma voz que lhe dizia: “Que fazes tu aqui, Elias?”. Ele respondeu: “Ardo em zelo por Vós, Senhor, Deus do Universo, porque os filhos de Israel abandonaram a vossa aliança, derrubaram os vossos altares e mataram à espada os vossos profetas. Fiquei eu só, mas procuram tirar-me a vida”. Disse-lhe o Senhor: “Vai pelo caminho do deserto e regressa a Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei de Aram; depois, Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel; e Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar”.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 26 (27), 7-8.9.13-14 (R. cf. 8b)

R. Eu procuro, Senhor, a luz do vosso rosto.

Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica,
tende compaixão de mim e atendei-me.
Diz-me o coração: “Procurai a sua face”.
A vossa face, Senhor, eu procuro.     R.

Não escondais de mim o vosso rosto,
nem afasteis com ira o vosso servo.
Não me rejeiteis nem me abandoneis,
meu Deus e meu Salvador.      R.

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.     R.

 

Evangelho: Mt 5, 27-32

 “Todo aquele que tiver olhado para uma mulher com maus desejos
já cometeu adultério”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não cometerás adultério’. Mas Eu digo-vos: Todo aquele que tiver olhado para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela em seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, porque é melhor perder-se um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado na geena. E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor perder-se um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado na geena. Também foi dito: ‘Quem repudiar a sua mulher dê-lhe um certificado de repúdio’. Mas Eu digo-vos: Todo aquele que repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, expõe-na a cometer adultério. E aquele que se casar com uma repudiada comete adultério.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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TEMPO COMUM. DÉCIMA SEMANA. QUINTA-FEIRA

– Extirpar o que estorva. Renúncia ao próprio eu. Corredenção.

I. JESUS CONVOCOU A MULTIDÃO e os seus discípulos e disse-lhes: Quem quiser vir após mim negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a vida por mim e pelo Evangelho, esse a salvará1.

O Senhor já havia ensinado que, para sermos seus discípulos, era preciso que nos desprendêssemos dos bens materiais2; agora pede um desprendimento mais profundo: a renúncia ao que se é, ao próprio eu, ao que a pessoa tem de mais íntimo. Mas, no discípulo de Cristo, esse ato de entrega traz consigo uma afirmação: deixar de viver para si mesmo a fim de que Cristo viva em mim3.

A “vida em Cristo”, por quem tudo sacrifiquei...4, escreve São Paulo aos cristãos de Filipos, é uma realidade da graça. Toda a existência cristã é uma afirmação: de vida, de amor, de amizade. Eu vim – diz-nos Jesus – para que tenham vida e a tenham em abundância5. Oferece-nos a filiação divina, a participação na vida íntima da Santíssima Trindade. E o que estorva esta admirável promessa é o apegamento ao eu, à comodidade, ao bem-estar, ao êxito pessoal...

Por isso é necessária a mortificação, que não é algo negativo, mas desprendimento do eu para que Jesus esteja em nós. Daí o paradoxo: “para Viver é preciso morrer”6: morrer para nós mesmos, para ter vida sobrenatural. Se viverdes segundo a carne, morrereis; se, porém, com o espírito mortificardes as obras da carne, vivereis7.

“para Viver é preciso morrer”

Se alguém quiser vir após mim... Para correspondermos ao convite de Jesus que passa ao nosso lado, devemos “morrer cada dia um pouco”, negar-nos: negar ao homem velho que trazemos dentro de nós8 as obras que nos separam de Deus ou dificultam o crescimento da amizade com Ele; submeter as inclinações desordenadas, as paixões, que após o pecado original e os pecados pessoais já não estão devidamente sujeitas à vontade; ser donos de nós mesmos e orientar os nossos passos numa determinada direção: “Somos como um homem que leva um asno; ou ele conduz o asno ou o asno o conduz a ele. Ou governamos as paixões ou elas nos governarão”9. Quando não há mortificação, “é como se o «espírito» se fosse reduzindo, encolhendo, até converter-se num pontinho... E o corpo aumenta, agiganta-se, até dominar. – Foi para ti que São Paulo escreveu: «Castigo o meu corpo e o reduzo à escravidão, não seja que, tendo pregado aos outros, venha eu a ser reprovado»”10.

Ou governamos as paixões ou elas nos governarão”

É o mesmo São Paulo que nos indica outro motivo para a penitência: Eu agora alegro-me nos sofrimentos que padeço por vós, e completo na minha carne o que falta à paixão de Jesus Cristo pelo seu corpo que é a Igreja11. Por acaso a Paixão de Cristo não foi suficiente por si só para nos salvar?, pergunta-se Santo Afonso Maria de Ligório. Não há dúvida de que não faltou nada do seu valor e foi plenamente suficiente para salvar todos os homens. Contudo, para que os méritos da Paixão nos sejam aplicados, devemos cooperar da nossa parte, aceitando com paciência os trabalhos e tribulações que Deus nos mande, para nos assemelharmos a Jesus12.

Quando seguimos o Senhor com uma mortificação generosa, nós somos os primeiros a beneficiar-nos dessa participação nos sofrimentos de Cristo13. Mas, além disso, a eficácia sobrenatural da penitência estende-se à nossa família, aos amigos, aos colegas, a essas pessoas que queremos aproximar de Deus, a toda a Igreja e ao mundo inteiro.

– Convite da Igreja à penitência. A sua influência na oração. Sentido penitencial das sextas-feiras.

II. “A IGREJA, AO MESMO TEMPO que reafirma a primazia dos valores religiosos e sobrenaturais da penitência (valores capazes como nenhum outro de devolver hoje ao mundo o sentido de Deus e da sua soberania sobre o homem, e o sentido de Cristo e da sua salvação), convida todos os homens a acompanhar a conversão interior do espírito com o exercício voluntário de obras externas de penitência”14. A dor, a doença, qualquer tipo de sofrimento físico ou moral, oferecidos a Deus com espírito penitente, ao invés de serem algo inútil e prejudicial, ganham para o homem um sentido redentor “para a salvação dos seus irmãos e irmãs. Portanto, o sofrimento não só é útil aos outros, como realiza até um serviço insubstituível. Mais do que qualquer outra coisa, torna presente na história da humanidade a força da Redenção”15.

A Igreja recorda-nos freqüentemente a necessidade da mortificação. E quis de modo particular que, num dia da semana – a sexta-feira, em lembrança do dia da Paixão do Senhor e de tudo o que sofreu por nós –, considerássemos a necessidade e os frutos da negação de nós mesmos e nos propuséssemos alguma mortificação especial: abstinência de carne ou alguma coisa que nos custe um pouco (trabalho mais bem feito, um gesto de maior dedicação no seio da família...), ou uma prática piedosa (uma leitura espiritual, o terço, a Visita ao Santíssimo, o exercício piedoso da Via-Sacra...), ou alguma obra de misericórdia (fazer companhia a um doente, uma esmola...). Mas não devemos contentar-nos apenas com esta manifestação semanal de penitência; o Senhor espera que saibamos negar-nos diariamente em pequenas coisas, que vivificarão a alma e tornarão fecundo o apostolado.

– Alguns campos de mortificação. Condições.

III. DEVEMOS TER PRESENTES em primeiro lugar as chamadas mortificações passivas: oferecer com amor um contratempo inesperado ou uma incomodidade que não depende da nossa vontade: calor, frio, dor, uma espera que se prolonga mais do que havíamos previsto, uma resposta brusca que nos desconcerta...

Juntamente com as mortificações passivas, devemos praticar aquelas que tendem a facilitar a convivência: esforço por sermos pontuais, escutar os outros com verdadeiro interesse, falar quando se produz um silêncio incômodo, vencer os estados de ânimo para sermos sempre afáveis, viver com delicadeza as normas habituais da cortesia, tais como agradecer, pedir desculpas... E as mortificações no trabalho, que é também outro bom campo para o espírito de sacrifício: intensidade, ordem, perfeito acabamento de cada tarefa, a ajuda discreta aos outros...

E ainda a mortificação da inteligência (evitar atitudes críticas, domínio da curiosidade, juízos ponderados) e da vontade (a luta denodada contra o amor-próprio e contra os caprichos, o cumprimento do dever hoje e agora, sem nunca deixar a tarefa por terminar...). E a mortificação ativa dos sentidos: da vista, do paladar, do ouvido... E a mortificação da sensibilidade, da ânsia de viver confortavelmente, de “passar bem” como primeiro objetivo da vida... E a mortificação interior, dos movimentos de ira, de desagrado, de queixa, de tristeza, dos pensamentos inúteis, particularmente quando se apresentam na oração, na Santa Missa, no trabalho...

A nossa mortificação e penitência deve ter uma série de qualidades. Em primeiro lugar, deve ser alegre. “Às vezes – comentava aquele doente consumido de zelo pelas almas –, o corpo reclama um pouco, queixa-se. Mas procuro também transformar «esses queixumes» em sorrisos, porque se mostram muito eficazes”16. Se formos mortificados, hão de brotar no nosso semblante muitos sorrisos e gestos amáveis, não só no meio da dor e da doença, como a cada pequeno ato de renúncia.

Deve ser contínua, que nos leve à presença de Deus onde quer que nos encontremos, façamos o que fizermos. Não se trata de cumprirmos um ritual de pequenas mortificações isoladas, mas de aproveitarmos todas as ocasiões que se nos deparem, com espírito positivo, de tal maneira que possamos dizer que a mortificação é para nós como o bater do coração.

Deve ser discreta, amável, cheia de naturalidade, que se note com simplicidade pelos seus efeitos na vida ordinária, mais do que por umas manifestações aparatosas e pouco normais num cristão normal.

Por último, deve ser humilde e cheia de amor, porque o que nos move à penitência é a contemplação de Cristo na Cruz, a quem desejamos unir-nos com todo o nosso ser; não queremos nada, se não nos leva a Ele.

Na mortificação, tal como no Calvário, encontramos Maria. Ponhamos nas suas mãos os propósitos concretos deste tempo de oração. Peçamos-lhe que nos ensine a compreender verdadeiramente a necessidade de uma vida mortificada.

(1) Mc 8, 34-39; (2) cfr. Lc 14, 33; (3) Gal 2, 20; (4) Fil 3, 8; (5) Jo 10, 10; (6) cfr. Josemaría Escrivá, Caminho, n. 187; (7) Rom 8, 13; (8) Ef 4, 21; (9) E. Boylan, Amor supremo, pág. 113; (10) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 841; (11) Col 1, 24; (12) cfr. Santo Afonso Maria de Ligório, Reflexões sobre a Paixão, 10; (13) cfr. Paulo VI, Const. Apost. Paenitemini, 17-II-1966, II; (14) ib.; (15) João Paulo II, Carta Apost. Salvifici doloris, 11-II-1984, 27; (16) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 253.

Fonte: livro “Falar com Deus”, de Francisco Fernández Carvajal.

Santa Iolanda

14 de Junho

Santa Iolanda

Iolanda, ou Helena, como foi chamada depois pelos súditos poloneses, nasceu no ano de 1235. Era filha de Bela IV, rei da Hungria, que era terciário franciscano. Sua familia teve diversos santos: é irmã da bem-aventurada Cunegundes e sobrinha de santa Isabel da Hungria, também da Ordem Terceira. A tradição franciscana acompanhou a linhagem desde seus primórdios, pois a família descendia de santa Edwiges, santo Estêvão e são Ladislau.

Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes, que se casara com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau, o Casto. Por tradição familiar e social da época, Iolanda deveria também se casar com alguém da terra e, anos depois, escolheu outro Boleslau, o duque de Kalisz, conhecido como “o Pio”. Foi uma época de muita alegria para o povo polonês, que viu nas duas estrangeiras pessoas profundamente bondosas, cristãs, justas e caridosas. Pena que tenha sido uma época não muito longa, pois alguns anos depois o quarteto foi desmanchado pela fatalidade.
Primeiro morreu o rei, ficando Cunegundes viúva. Logo o mesmo aconteceu com Iolanda. Ela já tinha então três filhas, das quais duas se casaram e uma terceira retirou-se para o convento das clarissas de Sandeck, onde já se encontrava Cunegundes. As duas logo seriam seguidas por Iolanda.
Muitos anos se passaram e as três damas cristãs continuavam naquele lugar, fazendo do silêncio do claustro o terreno para um fecundo período de meditação e oração. Quando morreu Cunegundes, em 1292, Iolanda deixou aquele mosteiro e foi mais para o Ocidente, para o convento das clarissas de Gniezno, fundado por seu marido. Ali terminou seus dias como superiora, no dia 14 de junho de 1298.
Em 1827, o papa Urbano VIII autorizou sua beatificação.

Fonte:espiritualidade.daaz.com.br


14 de Junho 2018

A SANTA MISSA

10ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira
Cor: verde

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1ª Leitura: 1Rs 18, 41-46

 Elias orou e o céu deu a chuva. (Tg 5,18)

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias:41 Elias disse a Acab: ‘Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído de muita chuva’. 42 Enquanto Acab subia para comer e beber, Elias subiu ao cume do Carmelo, prostrou-se por terra e pôs o rosto entre os joelhos. 43 E disse ao seu servo: ‘Sobe e observa na direção do mar’. Ele subiu, observou e disse:  ‘Não há nada’. Elias disse-lhe de novo: ‘Volta sete vezes’. 44 É sétima vez o servo disse: ‘Eis que sobe do mar uma nuvem, pequena como a mão de um homem’. Então Elias disse-lhe: ‘Vai dizer a Acab que prepare o carro e desça, para que a chuva não o detenha’. 45 Nesse meio tempo, o céu cobriu-se de nuvens escuras, soprou o vento e a chuva caiu torrencialmente. Acab subiu para o seu carro e partiu para Jezrael. 46 A mão do Senhor esteve sobre Elias; e ele, cingindo os rins, correu adiante de Acab até a entrada de Jezrael.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 64,10abcd. 10e-11. 12-13 (R. 2a)

R. Ó Senhor que o povo vos louve em Sião!

10a Visitais a nossa terra com as chuvas,*
10b e transborda de fartura.
10c Rios de Deus que vêm do céu derramam águas,*
10d e preparais o nosso trigo.      R.

10e É assim que preparais a nossa terra:*
11 vós a regais e aplainais,
os seus sulcos com a chuva amoleceis*
e abençoais as sementeiras.     R.

12 O ano todo coroais com vossos dons,*
os vossos passos são fecundos;
transborda a fartura onde passais,*
13 brotam pastos no deserto.
As colinas se enfeitam de alegria.     R.

 

Evangelho: Mt 5,20-26

“Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20 Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21 Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22 Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno. 23 Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.25 Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26 Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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13 de Junho 2018

A SANTA MISSA

10ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira
Memória: Santo Antônio de Pádua, presbítero e doutor
Cor: branca

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1ª Leitura: 1Rs 18, 20-39

 “Para que este povo reconheça que tu, Senhor, és Deus,
e que és tu que convertes os seus corações!”

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias: 20 Acab convocou todos os filhos de Israel e reuniu os profetas de Baal no monte Carmelo. 21 Então Elias, aproximando-se de todo o povo, disse: ‘Até quando andareis mancando com os dois pés? Se o Senhor é o verdadeiro Deus, segui-o; mas, se é Baal, segui a ele’. O povo não respondeu uma palavra.  22 Então Elias disse ao povo: ‘Eu sou o único profeta do Senhor que resta, ao passo que os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta.  23 Dêem-nos dois novilhos; que eles escolham um novilho e, depois de cortá-lo em pedaços, coloquem-no sobre a lenha, mas sem pôr fogo por baixo. Eu prepararei depois o outro novilho e o colocarei sobre a lenha e tampouco lhe porei fogo. 24 Em seguida, invocareis o nome de vosso deus e eu invocarei o nome do Senhor. O Deus que ouvir, enviando fogo, este é o Deus verdadeiro’. Todo o povo respondeu, dizendo: ‘Ótima proposição.’ 25 Elias disse então aos profetas de Baal: ‘Escolhei vós um novilho e começai, pois sois maioria. E invocai o nome de vosso deus, mas não lhe ponhais fogo’. 26 Eles tomaram o novilho que lhes foi dado e prepararam-no. E invocavam o nome de Baal desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: ‘Baal, ouve-nos!’ Mas não se ouvia voz alguma e ninguém que respondesse. E dançavam ao redor do altar que tinham levantado. 27 Ao meio-dia, Elias zombou deles, dizendo: ‘Gritai mais alto, pois sendo um deus, tem suas ocupações. Porventura ausentou-se ou está de viagem; ou talvez esteja dormindo e é preciso que o acordem’. 28 Então eles gritavam ainda mais forte, e retalhavam-se, segundo o seu costume, com espadas e lanças, até o sangue escorrer. 29 Passado o meio-dia, entraram em transe até a hora do sacrifício vespertino. Mas não se ouviu voz nenhuma, nem resposta nem sinal de atenção. 30 Então Elias disse a todo o povo: ‘Aproximai-vos de mim’. Todo o povo veio para perto dele. E ele refez o altar do Senhor que tinha sido demolido. 31 Tomou doze pedras, segundo o número das doze tribos dos filhos de Jacó, a quem Deus tinha dito: ‘Teu nome será Israel’, 32 e edificou com as pedras um altar ao nome do Senhor. Fez em redor do altar um rego, capaz de conter duas medidas de sementes. 33 Empilhou a lenha, esquartejou o novilho e colocou-o sobre a lenha, 34 e disse: ‘Enchei quatro talhas de água e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha’. Depois, disse: ‘Outra vez’. E eles assim fizeram uma segunda vez. E acrescentou: ‘Ainda uma terceira vez’. E assim foi feito. 35 A água correu em voltar do altar e o rego ficou completamente cheio. 36 Chegada a hora do sacrifício, o profeta Elias aproximou-se e disse: ‘Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que é por ordem tua que fiz estas coisas. 37 Ouve-me, Senhor, ouve-me, para que este povo reconheça que tu, Senhor, és Deus, e que és tu que convertes os seus corações!’ 38 Então caiu o fogo do Senhor, que devorou o holocausto, a lenha, as pedras e a poeira, e secou a água que estava no rego. 39 Vendo isto, o povo todo prostrou-se com o rosto em terra, exclamando: ‘É o Senhor que é Deus, é o Senhor que é Deus!’

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 15 (16), 1-2a.4.5 e 8.11(R. 1)

R. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

1 Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! +
2a Digo ao Senhor: ‘Somente vós sois meu Senhor.     R.

4 Multiplicam, no entanto, suas dores *
os que correm para os deuses estrangeiros;
seus sacrifícios sangüinários não partilho, *
nem seus nomes passarão pelos meus lábios.     R.

5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, *
meu destino está seguro em vossas mãos!
8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, *
pois se o tenho a meu lado não vacilo.      R.

11 Vós me ensinais vosso caminho para a vida; +
junto a vós, felicidade sem limites, *
delícia eterna e alegria ao vosso lado!     R.

Evangelho: Mt 5, 17-19

 “Aquele que praticar e ensinar os mandamentos,
este será considerado grande.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17 Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18 Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19 Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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Santo Antônio de Pádua

13 de Junho

Santo Antônio de Pádua

Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa, nasceu em Lisboa, em 1195, com o nome de Fernando de Bulhões. Cedo manifestou o desejo de ser padre, contrariando a vontade do pai que desejava vê-lo seguindo a carreira militar. Fernando entrou para a Ordem dos Agostinianos, mas um dia, ao receber no mosteiro alguns padres franciscanos, decidiu tornar-se franciscano.

Em 1220 ordenou-se padre. Desejava ir, como missionário, para a África e chegou a viajar para Marrocos, mas como tinha a saúde frágil, após três meses, doente e frustrado, foi obrigado a tomar o navio de volta para Portugal. Uma violenta tempestade desviou o navio, que ancorou no sul da Itália. Daí, a convite de frei Graciano foi para o norte da Itália, e depois para a França onde morou por algum tempo. Ao retornar desse país, fixou-se em Pádua. Antônio gostava da vida simples e, no início, foi um obscuro cozinheiro.

Um dia, porém, seus superiores descobriram seus extraordinários dotes oratórios e o enviaram pela França e Itália, para pregar a Palavra de Deus e combater os erros doutrinários de seu tempo. Essa missão foi exercida com tamanho vigor e eficiência que ele foi apelidado de “O Martelo dos Hereges”.

Apesar de ser considerado um dos maiores pregadores da época, o que ele gostava mesmo era do contato com o povo, e nunca hesitava em tomar o partido dos mais fracos, contra a exploração e tirania dos poderosos. Por ser um profundo conhecedor da Sagrada Escritura foi apelidado de “Arca do Testamento”.

Antônio viveu 25 anos em Portugal e 11 entre Itália e França. Morreu no dia 13 de junho de 1231, no convento de Arcella, no momento em que suas pregações atingiam o auge, inclusive com forte conteúdo social. Antes de completar um ano de sua morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX e, em 1946, o Pio X o proclamou Doutor da Igreja. Santo Antônio é invocado pelo povo como santo casamenteiro e para achar objetos perdidos. Sua popularidade no Brasil deve-se aos franciscanos portugueses.

Hoje com Antônio, o português de Lisboa que virou italiano de Pádua, o franciscano de Pádua que virou santo, e o santo que virou cidadão do mundo, aprendemos algumas lições: mais essencial que partilhar o pão material, que recuperar objetos perdidos, que romper as duras  prisões, é lutar por uma sociedade onde todos possam ganhar o próprio sustento; é ajudar o povo a recuperar sua dignidade de cidadão; é destruir as algemas do individualismo; é abrir as portas das prisões políticas e econômicas que imobilizam os pobres e os impedem de serem agentes de seu próprio destino.