27 de Agosto 2018
A SANTA MISSA

21ª Semana do Tempo Comum – Segunda-feira
Memória: Santa Mônica
Cor: Branca
1ª Leitura: 2Ts 1,1-5.11b-12
“O nome de nosso Senhor Jesus Cristo
será glorificado em vós, e vós nele”.
Início da Carta de São Paulo apóstolo aos Tessalonicenses
1 Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses reunida em Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo: 2 a vós, graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3 Devemos agradecer sempre por vós, irmãos, com toda justiça, porque progredis sempre mais na fé e porque aumenta a caridade que tendes uns para com os outros. 4 Assim, nos gloriamos nas igrejas de Deus por causa da vossa perseverança e da vossa fé em todas as perseguições e sofrimentos que suportais. 5 Estes constituem um sinal do justo juízo de Deus, pois servem para serdes julgados dignos do reino de Deus, pelo qual também estais sofrendo. 11b Que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação. Que ele, por seu poder, realize todo o bem que desejais e torne ativa a vossa fé. 12 Assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele, em virtude da graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 95(96), 1-2a.2b-3.4a e 5(R. 3)
R. Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações!
1Cantai ao Senhor Deus um canto novo, +
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! *
2aCantai e bendizei seu santo nome! R.
2b Dia após dia anunciai sua salvação, +
3 manifestai a sua glória entre as nações, *
e entre os povos do universo seus prodígios! R.
4 pois Deus é grande e muito digno de louvor,+
é mais terrível e maior que os outros deuses,*
5 porque um nada são os deuses dos pagãos.
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus. R.
Evangelho: Mt 23, 13-22
“Ai de vós, guias cegos!”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus: 13 Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós porém não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam. 15 Aí de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós. 16 Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo Templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do Templo, então vale!’ 17 Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? 18 Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’ 19 Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? 20 Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. 21 E quem jura pelo Templo, jura por ele e por Deus que habita no Templo. 22 E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Zeferino
26 de Agosto
São Zeferino 
Papa (199-217)
O papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. E os únicos dados de sua vida registrados declaram que, depois do papa Vitor, de origem africana, clero e povo elegeram para a cátedra de Pedro um romano, Zeferino, filho de um certo Abôndio.
Zeferino foi o 14º papa a substituir são Pedro. Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias entre eles próprios, que abalavam a Igreja mais do que os próprios martírios. As heresias residiam no desejo de alguns em elaborar só com dados filosóficos o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.
Mas o papa Zeferino, que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo poder do Espírito Santo, livrou-se dos hereges. Para isso, uniu-se aos grandes sábios da época, como santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.
O papa Zeferino era dotado de inspiração e visão especial. Seu grande mérito foi ter valorizado a capacidade de Calisto, um pagão convertido e membro do clero romano, que depois foi seu sucessor. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos separados daqueles dos pagãos. Isso porque os cristãos não aceitavam cremar seus corpos e também queriam estar livres para tributarem o culto aos mártires.
O papa Zeferino conseguiu que as nobres famílias cristãs, possuidoras de tumbas amplas e profundas, transferissem-nas para a Igreja. Assim, Calisto começou a fazer galerias subterrâneas ligando umas às outras e, nas laterais, foi abrindo túmulos para os cristãos e para os mártires. Todo esse complexo deu origem às catacumbas, mais tarde chamadas de catacumbas de Calisto.
Esse foi o longo pontificado de Zeferino, encerrado pela intensificação às perseguições e pela proibição das atividades da Igreja, impostas pelo imperador Sétimo Severo.
O papa são Zeferino foi martirizado junto com o bispo santo Irineu, em 217, e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.
Texto: Paulinas Internet
Seguir Jesus Cristo
TEMPO COMUM. VIGÉSIMO PRIMEIRO DOMINGO. CICLO B
– Nós, como os Apóstolos, seguimos Jesus para sempre, como meta para que tendem todos os nossos passos.
I. A PRIMEIRA LEITURA da Missa1 relata‑nos o momento em que o Povo de Deus, tendo já atravessado o Jordão, estava a ponto de entrar na Terra Prometida. Josué convocou todas as tribos de Israel em Siquém, e disse‑lhes: Se vos desagrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses, a quem os vossos pais serviram na Mesopotâmia, se aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha casa, serviremos o Senhor. E o povo respondeu: Longe de nós abandonarmos o Senhor [...], porque ele é o nosso Deus.
No Evangelho da Missa2, Jesus também propõe aos seus discípulos uma decisão sobre quem seguir. Depois do anúncio da Eucaristia na sinagoga de Cafarnaum, muitos discípulos abandonaram o Mestre por lhes terem parecido duras de aceitar as suas palavras sobre o mistério eucarístico. Jesus voltou‑se então para os que o tinham seguido dia após dia, e perguntou‑lhes: Quereis vós também retirar‑vos? E Pedro, em nome de todos, disse‑lhe: Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna; e nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus. Os Apóstolos dizem uma vez mais a Cristo que sim. Que seria deles sem Jesus? Para onde dirigiriam os seus passos? Quem satisfaria as ânsias dos seus corações? A vida sem Cristo, então como agora, não tem sentido.
Nós também dissemos sim, para sempre, a Jesus. Abraçamos a Verdade, a Vida, o Amor. A liberdade que Deus nos outorgou foi por nós dirigida na única direção certa. Naquele dia em que o Senhor pôs os olhos de modo especial em nós, dissemos‑lhe que Ele seria a meta para a qual encaminharíamos os nossos passos; e depois daquele momento, em muitas outras ocasiões, voltamos a dizer‑lhe: Senhor, a quem iríamos? Sem Ti, nada tem sentido.
Hoje é uma boa ocasião para vermos como é a qualidade da nossa entrega ao Senhor, se realmente deixamos de lado com alegria tudo o que nos possa afastar de Deus... “Queres fazer o favor de pensar – eu também faço o meu exame – se manténs imutável e firme a tua opção de vida?; se, ao ouvires essa voz de Deus, amabilíssima, que te estimula à santidade, respondes livremente que sim?”3
Dizer sim ao Senhor em todas as circunstâncias significa também dizer não a outros caminhos, a outras possibilidades. Ele é o Amigo; só Ele tem palavras de vida eterna.
– Os sinais do caminho e a liberdade.
II. À SEMELHANÇA daqueles discípulos que reafirmaram a sua plena adesão a Cristo, muitos homens e mulheres de todas as épocas e raças, depois de terem andado talvez por muito tempo na escuridão, um dia encontraram Jesus e viram aberto e sinalizado o caminho que conduzia ao Céu. O mesmo aconteceu conosco; finalmente a nossa liberdade não servia apenas para irmos de um lado para outro sem rumo fixo, mas para caminhar para um objetivo: Cristo! Então compreendemos o caráter surpreendentemente alegre da liberdade que escolhe Jesus e rejeita o que a separa dEle, porque “a liberdade não se basta a si mesma: precisa de um norte, de um roteiro”4. O norte da nossa liberdade, o que marca constantemente a direção dos nossos passos, é o Senhor, pois sem Ele, a quem iríamos?; em que empregaríamos estes breves dias que Deus nos deu?
Existe alguma coisa que valha a pena sem Ele?
Para muitos, infelizmente, a liberdade significa seguir os impulsos ou os instintos, deixar‑se levar pelas paixões ou por aquilo que lhes agrada num dado momento. Na verdade, estes homens – tantos! – esquecem que “a liberdade é certamente um direito humano irrenunciável e basilar, que, no entanto, não se caracteriza pelo poder de escolher o mal, mas pela possibilidade de realizar responsavelmente o bem, reconhecido e desejado como tal”5. Um homem que tenha um conceito errôneo e pobre da liberdade rejeitará toda a verdade que proponha uma meta válida e obrigatória para todos os homens, porque lhe parecerá um inimigo da sua liberdade6.
Se escolhemos Cristo, se Ele é o verdadeiro objetivo dos nossos atos, veremos como um bem imenso e uma valiosa orientação tudo o que nos indique o modo de avançarmos ao seu encontro ou nos aponte os obstáculos que nos separam dEle. O viajante que se dirige a uma região desconhecida consulta um mapa, pergunta aos que conhecem o caminho e segue os sinais da estrada, e não o faz a contragosto, mas com todo o interesse, pois deseja chegar ao seu destino. Não se sente de maneira nenhuma diminuído na sua liberdade, nem considera uma humilhação depender dos mapas, sinais e guias para chegar aonde pretende. Se estava inseguro ou começava a sentir‑se perdido, as sinalizações que encontra são para ele motivo de alívio e agradecimento.
Não é verdade que geralmente confiamos mais nos mapas ou nas sinalizações da estrada do que no nosso sentido de orientação? Quando aceitamos esses sinais, não experimentamos nenhuma sensação de imposição; recebemo‑los antes como uma grande ajuda, como um novo conhecimento, que não demoramos a converter em coisa própria.
Ora bem, é o que se passa com os Mandamentos de Deus, com as leis e ensinamentos da Igreja, com os conselhos que recebemos na direção espiritual ou que pedimos numa situação difícil... São sinais que, de maneiras diferentes, garantem a nossa liberdade, a livre escolha que fizemos de seguir Jesus, abandonando outros caminhos que não nos levam aonde queremos ir. “A autoridade da Igreja, nos seus ensinamentos de fé ou de moral, é um serviço. É a sinalização do caminho que leva ao Céu. Merece toda a confiança, porque goza de uma autoridade divina. Não se impõe a ninguém. Simplesmente é oferecida aos homens. E cada um pode, se quiser, apropriar‑se dela, torná‑la sua...”7
Não devemos surpreender‑nos se alguma vez esses sinais indicadores de que Deus se serve, nos levam a abandonar caminhos ou avenidas que pareciam mais suaves, para nos conduzirem a outros mais íngremes e difíceis. Ainda que essa escolha possa sofrer os protestos do nosso comodismo, sempre teremos a alegria – também quando sentirmos as asperezas do caminho – de ver que a nossa vida tem um objetivo formidável, escolhido talvez há muito tempo ou há poucas semanas. Vamos em direção ao cume, e ali espera‑nos Cristo.
III. AS SINALIZAÇÕES que o Senhor nos vai dando devem merecer da nossa parte toda a confiança: são brilhantes pontos de luz que iluminam o caminho para que possamos vê‑lo e percorrê‑lo com segurança. Quem procura corresponder sinceramente às graças de Deus nota que, nesse seguimento de Cristo, encontra a liberdade. Ao escutar as moções divinas, pode ver, finalmente, o caminho iluminado: “Não se sentem os mandamentos como uma imposição vinda de fora, mas como uma exigência nascida de dentro, e à qual, portanto, a pessoa se submete de bom grado, livremente, porque sabe que, desse modo, pode realizar‑se plenamente”8. E então toma a decisão absolutamente pessoal de aderir a Cristo e assim realizar a plenitude a que todos fomos chamados.
“O homem – ensina o Papa João Paulo II – não pode ser autenticamente livre nem promover a verdadeira liberdade se não reconhecer e viver a transcendência do seu ser sobre o mundo e a sua relação com Deus, pois a liberdade é sempre a do homem criado à imagem do seu Criador [...]. Cristo, Redentor do homem, torna‑nos livres. Se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres, diz o Apóstolo São João (8, 36). E São Paulo acrescenta: Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade (2 Cor 3, 17). Ser libertado da injustiça, do medo, da aflição, do sofrimento, não serviria de nada se se permanecesse escravo no fundo do coração, escravo do pecado. Para ser verdadeiramente livre, o homem deve ser libertado dessa escravidão e transformado numa nova criatura. A liberdade radical do homem situa‑se, pois, num nível mais profundo: o da abertura a Deus pela conversão do coração, já que é no coração do homem que se situam as raízes de toda a sujeição, de toda a violação da liberdade”9.
Enquanto cada um dos dias em que seguimos o Senhor nos faz experimentar com mais força a alegria da nossa escolha e a expansão da nossa liberdade, vemos ao nosso redor como vivem na escravidão os que um dia voltaram as costas a Deus e não quiseram conhecê‑lo.
“Escravidão ou filiação divina: eis o dilema da nossa vida. Ou filhos de Deus ou escravos da soberba, da sensualidade, desse egoísmo angustiante em que tantas almas parecem debater‑se.
“O Amor de Deus marca o caminho da verdade, da justiça e do bem. Quando nos decidimos a responder ao Senhor: a minha liberdade para Ti, ficamos livres de todas as cadeias que nos haviam atado a coisas sem importância, a preocupações ridículas, a ambições mesquinhas”10.
Ao escolhermos Cristo como fim da nossa vida, acabamos por ganhar tudo.
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. Reafirmemos também hoje o nosso seguimento de Cristo, com muito amor, confiantes na sua ajuda cheia de misericórdia; e digamos com plena liberdade: A minha liberdade para Ti. Imitaremos assim Aquela que soube dizer: Eis aqui a escrava do Senhor, faça‑se em mim segundo a tua palavra.
(1) Jos 24, 1‑2; 15‑17; 18; (2) Jo 6, 61‑70; (3) Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 24; (4) ib., n. 26; (5) João Paulo II, Alocução, 6‑VI‑1988; (6) cfr. C. Burke, Consciência e liberdade, págs. 91‑92; (7) ib., págs. 66‑67; (8) João Paulo II, op. cit.; (9) idem, Mensagem para a jornada da Paz, 8‑XII‑1980, 11; (10) Josemaría Escrivá, op. cit., n. 38.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
26 de Agosto 2018
A SANTA MISSA

21º Domingo do tempo comum – Ano B
Cor: Verde
1ª Leitura: Js 24,1-2a.15-17.18b
“Serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus”
Leitura do Livro de Josué
Naqueles dias, 1 Josué reuniu em Siquém todas as tribos de Israel e convocou os anciãos, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus. 2a Então Josué falou a todo o povo: 15 “Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses, a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor”. 16 E o povo respondeu, dizendo: “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir a deuses estranhos. 17 Porque o Senhor, nosso Deus, ele mesmo é quem nos tirou, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da escravidão. Foi ele quem realizou esses grandes prodígios diante de nossos olhos, e nos guardou por todos os caminhos, por onde peregrinamos, e no meio de todos os povos pelos quais passamos. 18b Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 33(34), 2-3.16-17.18-19.20-21.22-23(R. 9a)
R. Provai e vede quão suave é o Senhor!
2 Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,*
seu louvor estará sempre em minha boca.
3 Minha alma se gloria no Senhor;*
que ouçam os humildes e se alegrem! R.
16 O Senhor pousa seus olhos sobre os justos,*
e seu ouvido está atento ao seu chamado;
17 mas ele volta a sua face contra os maus,*
para da terra apagar sua lembrança. R.
18 Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta*
e de todas as angústias os liberta.
19 Do coração atribulado ele está perto*
e conforta os de espírito abatido. R.
20 Muitos males se abatem sobre os justos,*
mas o Senhor de todos eles os liberta.
21 Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege,*
e nenhum deles haverá de se quebrar. R.
22 A malícia do iníquo leva à morte,*
e quem odeia o justo é castigado.
23 Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,*
e castigado não será quem nele espera. R.
2ª Leitura: Ef 5,21-32
“Este mistério é grande, em relação a Cristo e à Igreja.”
Leitura da Carta de São Paulo apóstolo aos Efésios
Irmãos: 21 Vós, que temeis a Cristo, sede solícitos uns para com os outros. 22 As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor. 23 Pois o marido é a cabeça da mulher, do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu Corpo. 24 Mas, como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos seus maridos. 25 Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. 26 Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. 27 Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga, nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. 28 Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29 Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; 30 e nós somos membros do seu corpo! 31 Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. 32 Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho: Jo 6,60-69
“A quem iremos?
Tu tens palavras de vida eterna.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, 60 muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62 E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63 O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64 Mas entre vós há alguns que não crêem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65 E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66 A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67 Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68 Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
TEMPO COMUM. VIGÉSIMA SEMANA. SÁBADO
– Dar exemplo com a nossa vida. Temos de mostrar com as nossas obras que Cristo vive.
I. LEMOS NO EVANGELHO da Missa 1 que o Senhor previne os seus discípulos contra os escribas e fariseus, que se tinham sentado na cátedra de Moisés e ensinavam ao povo as Escrituras, mas levavam uma vida nada condizente com o que ensinavam: Observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem; mas não imiteis as suas ações, porque dizem e não fazem. E comenta São João Crisóstomo: “Há coisa mais triste do que um mestre, quando o único modo de salvar os seus discípulos é dizer‑lhes que não olhem para a vida daquele que lhes fala?” 2
O Senhor pede a todos uma vida exemplar no meio dos afãs diários e de um apostolado fecundo. Observamos ao nosso redor muitos exemplos admiráveis de santidade, mas temos de rezar para que os governantes, as pessoas de influência, os pais de família, os professores, os sacerdotes e todos os cristãos que de alguma maneira devem ser bons pastores para os outros, sejam cada dia mais santos. O mundo necessita de exemplos vivos.
Em Jesus Cristo dá‑se a plenitude da unidade de vida, a mais profunda união entre as palavras e as obras. As suas palavras expressam a medida das suas obras, que são sempre maravilhosas e perfeitas. Hoje vimos coisas maravilhosas 3, diz a multidão depois de Ele ter perdoado os pecados do paralítico e de o ter curado. Os próprios fariseus exclamavam no seu desconcerto: Que faremos? Este homem faz muitos milagres 4. Mas eles rejeitaram o testemunho que as obras do Senhor proclamavam e tornaram‑se culpados: Se eu não tivesse feito entre eles o que nenhum outro fez, não teriam culpa 5. Em outras ocasiões tinha‑os convidado a crer em virtude das obras que todos o tinham visto fazer: Crede ao menos por causa das minhas obras 6. O Senhor considera as suas obras como um modo de dar a conhecer a sua doutrina: Estas mesmas obras que faço dão testemunho de mim 7. As suas ações e palavras, tanto na sua vida oculta em Nazaré como no seu ministério público, proclamam a verdade única da Revelação.
É com as obras da nossa vida diária, praticadas com heroísmo, que temos de mostrar a todos que Cristo vive.
A vocação de apóstolo – e todos nós a recebemos no momento em que fomos batizados – é a de dar testemunho, com obras e palavras, da vida e doutrina de Cristo: “Vede como se amam”, diziam os romanos dos primeiros cristãos. E as pessoas ficavam edificadas com essa conduta, e os Atos dos Apóstolos contam‑nos que eles eram vistos com simpatia por todo o povo 8. E como conseqüência, o Senhor aumentava cada dia mais o número dos que se haviam de salvar 9.
Muitos deram o supremo testemunho da fé que professavam mediante o martírio. E até esse extremo temos nós de estar dispostos a chegar, se o Senhor no‑lo pede. O mártir, na sua aparente loucura, transformava‑se para todos numa força poderosa que conduzia a Cristo: muitos convertiam‑se ao verem a serenidade e a alegria com que os primeiros cristãos caminhavam para a morte. Daí o nome de mártir, que significa testemunha de Cristo.
Ordinariamente, o Senhor pede de nós esse mesmo testemunho, mas no meio da vida corrente, absorvidos em afazeres similares aos que os outros realizam. “Temos que conduzir‑nos de tal maneira que, ao ver‑nos, os outros possam dizer: este é cristão porque não odeia, porque sabe compreender, porque não é fanático, porque está acima dos instintos, porque é sacrificado, porque manifesta sentimentos de paz, porque ama” 10. Temos que dar este testemunho da nossa fé com o garbo e o heroísmo radical dos primeiros mártires da era cristã.
– Jesus começou a fazer e a ensinar. O testemunho das obras bem feitas e da caridade com todos.
II. O AMOR PEDE OBRAS: coepit Iesus facere et docere 11, Jesus começou a fazer e a ensinar; Ele “proclamou o Reino do Pai, quer pelo testemunho da sua vida, quer pela força da sua palavra” 12. Não se limitou a falar nem quis ser somente o Mestre que ilumina com uma doutrina maravilhosa; pelo contrário, “«coepit facere et docere» – Jesus começou a fazer e depois a ensinar: tu e eu temos que dar o testemunho do exemplo, porque não podemos levar uma dupla vida.
Não podemos ensinar o que não praticamos. Por outras palavras, temos de ensinar aquilo que, pelo menos, lutamos por praticar” 13.
O Senhor, nos seus longos anos de trabalho em Nazaré, ensina‑nos o valor redentor do trabalho e anima‑nos a alcançar o maior prestígio possível dentro da nossa profissão ou estudo: pede‑nos um trabalho bem acabado, intenso, ordenado, sempre pontual, e que tenha essas características por ser executado na sua presença.
Devemos imitá‑lo principalmente na forma de tratar a todos. A caridade foi o sinal distintivo que o Senhor nos deixou, e é por ela que nos reconhecerão como discípulos de Cristo: Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros 14. Junto com o prestígio profissional, é, além disso, o meio imprescindível de sermos eficazes no apostolado.
Devemos também refletir a sua doutrina no modo sobrenatural com que procuramos enfrentar a doença que se apresenta quando menos a esperávamos, nas situações de aperto econômico, se o Senhor o permite..., no modo de nos distrairmos e na alegria habitual, mesmo que nos custe muito sorrir. Cristo será o maior motivo do cristão para estar sempre alegre. E essa alegria – fruto da paz da alma – será um sinal convincente de que Cristo vive:
"Antes de tentarmos fazer santos todos aqueles a quem amamos, é preciso que os tornemos felizes e alegres: nada prepara melhor a alma para a graça do que a alegria".
“Sabes perfeitamente [...] que, quando tens entre as mãos os corações daqueles que queres tornar melhores e os sabes atrair com a mansidão de Cristo, já percorreste metade do teu caminho apostólico. Quando te têm afeto e confiam em ti, quando se mostram contentes, o terreno está preparado para a sementeira. Os seus corações abrem‑se, como terra boa, para receberem o branco trigo da tua palavra de apóstolo, de educador [...].
“Nunca percamos de vista que o Senhor prometeu a sua eficácia às caras alegres, aos modos afáveis e cordiais, à palavra clara e persuasiva que dirige e forma sem magoar: Bem‑aventurados os mansos porque possuirão a terra. Não devemos esquecer nunca que somos homens que tratam com outros homens, mesmo quando queremos fazer bem às almas. Não somos anjos. E por isso a nossa fisionomia, o nosso sorriso, os nossos modos são elementos que condicionam a eficácia do nosso apostolado” 15.
O bom exemplo, consequência de uma autêntica vida de fé, sempre arrasta. Não se trata de dar testemunho de nós mesmos, mas do Senhor. É preciso atuar de tal maneira que, “através das ações do discípulo, se possa descobrir o rosto do Mestre” 16, e que possamos dizer como São Paulo: Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo 17.
– Só o exemplo não basta: é preciso dar doutrina, aproveitando todas as ocasiões e criando‑as.
III. FAZER E ENSINAR, exemplo e doutrina. “Não basta fazer para ensinar – escreve São João Crisóstomo –; e isto não sou eu quem o diz, mas o próprio Cristo: Quem fizer e ensinar – diz – será chamado grande (Mt 5, 19). Se o mero fazer fosse ensinar, a segunda parte do ensinamento do Senhor seria supérflua, pois bastaria dizer: Quem fizer; ao distinguir as duas coisas, dá‑nos a entender que, na perfeita edificação das almas, as obras têm a sua parte e as palavras a sua, e que uma e outra se requerem mutuamente” 18.
Não se trata de coisas contrapostas nem separadas: falar é um sinal, uma notícia de Cristo; e viver também é um sinal, um modo de ensinar, que confirma a veracidade do primeiro. O apostolado “não consiste somente no testemunho de vida; o verdadeiro apóstolo procura ocasiões para anunciar Cristo com a palavra, quer aos não crentes para levá‑los à fé, quer aos fiéis para instruí‑los, confirmá‑los e estimulá‑los a uma vida mais santa” 19. Que pode significar para um pagão a boa conduta de um cristão, se não lhe fala do tesouro que encontrou? Não damos exemplo de nós mesmos, mas de Cristo. Somos suas testemunhas no mundo; e uma testemunha não o é de si mesma: dá testemunho de uma verdade ou de uns acontecimentos que deve ensinar. Viver a fé e proclamar a sua doutrina é o que Jesus nos pede.
Se procurarmos ao longo dos dias as menores ocasiões de falar, não desperdiçando uma única oportunidade que se nos apresente, faremos com que o Senhor seja conhecido. A nossa tarefa consiste, em boa parte, em tornar alegre e amável o caminho que conduz a Cristo. E chegaremos a consegui‑lo se nos empenharmos em formar um pequeno rebanho de amigos que seja objeto da nossa solicitude apostólica constante. Com a freqüência oportuna, falaremos a esses amigos da maravilha que é descobrir em Cristo o resumo e o ápice de todos os ideais, da paz, da segurança e da eficácia que se obtêm quando nos propomos imitá‑lo e segui‑lo de perto.
Quando aquela mulher do povo, maravilhada com a doutrina de Jesus, elogia a Mãe do Senhor, Jesus responde: Bem‑aventurados antes aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática 20. Ninguém cumpriu essa recomendação do Senhor como Maria Santíssima; a Ela, que é para nós exemplo amável de todas as virtudes, nos confiamos para cumprirmos os nossos propósitos de dar exemplo na conduta diária. E confiamos‑lhe também a nossa decisão de falar simples e destemidamente de Deus aos nossos amigos, como Ela falou ao dirigir‑se ao servos das bodas de Canã: Fazei o que Ele vos disser 21. Porque é isso em última análise o que temos de acabar por dizer, de uma maneira ou de outra, passo a passo, aos nossos colegas e amigos.
(1) Mt 23, 1‑12; (2) São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 72, 1; (3) Lc 5, 26; (4) Jo 11, 47; (5) Jo 15, 24; (6) Jo 14, 11; (7) Jo 5, 36; (8) At 2, 47; (9) ib.; (10) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 122; (11) At 1, 1; (12) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 35; (13) Josemaría Escrivá, Forja, n. 694; (14) Jo 13, 35; (15) S. Canals, Reflexões espirituais, 3ª ed., Quadrante, São Paulo, 1988, págs. 56‑57; (16) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 105; (17) 1 Cor 4, 16; (18) São João Crisóstomo, Sobre o sacerdócio, 4, 8; (19) Conc. Vat. II, Decr. Apostolicam actuositatem, 6; (20) Lc 11, 28; (21) Jo 2, 5.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
25 de Agosto 2018
A SANTA MISSA

20ª Semana do Tempo Comum – Sábado
Cor: Verde
1ª Leitura: Ez 43,1-7a
“A glória do Senhor entrou no Templo”.
Leitura da Profecia de Ezequiel
1 O homem conduziu-me até a porta da casa do Senhor que dá para o nascente, 2 e eu vi a glória do Deus de Israel, vinda do oriente; um ruído a acompanhava, semelhante ao ruído de águas caudalosas, e a terra brilhava com a sua glória. 3 A visão era idêntica à visão que tive quando ele veio destruir a cidade, bem como à visão que tive junto ao rio Cobar; e eu caí com o rosto no chão. 4 A glória do Senhor entrou no Templo pela porta que dá para o nascente. 5 Então o espírito raptou-me e me levou para dentro do pátio interno e eu vi que o Templo ficou cheio da glória do Senhor. 6 Ouvi alguém falando-me de dentro do Templo, enquanto o homem esteve de pé junto a mim. 7a Ele me disse: “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, é o lugar em que coloco a planta dos meus pés, o lugar onde habitarei para sempre no meio dos israelitas”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 84,9ab-10. 11-12. 13-14 (R. Cf 10b)
R. A glória do Senhor habitará em nossa terra.
9aQuero ouvir o que o Senhor irá falar:*
9bé a paz que ele vai anunciar;
10 Está perto a salvação dos que o temem, *
e a glória habitará em nossa terra. R.
11 A verdade e o amor se encontrarão,*
a justiça e a paz se abraçarão;
12 da terra brotará a fidelidade,*
e a justiça olhará dos altos céus. R.
13 O Senhor nos dará tudo o que é bom,*
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
14 a justiça andará na sua frente*
e a salvação há de seguir os passos seus. R.
Evangelho: Mt 23,1-12
“Eles falam, mas não praticam”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo: 1 Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 2 “Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3 Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4 Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. 5 Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. 6 Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas; 7 Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. 8 Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9 Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10 Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11 Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12 Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.”
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
24 de Agosto 2018
A SANTA MISSA

Festa: São Bartolomeu, apóstolo
Cor: Vermelha
1ª Leitura: Ap 21,9b-14
“A muralha da cidade tinha doze alicerces,
e sobre eles estavam escritos
os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”.
Leitura do Livro do Apocalipse de São João
9b Um anjo falou comigo e disse: “Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro”. 10 Então me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11 brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12 Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13 Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente. 14 A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 144(145),10-11.12-13ab.17-18 (R. cf. 12a)
R. Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!
10Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, *
e os vossos santos com louvores vos bendigam!
11Narrem a glória e o esplendor do vosso reino *
e saibam proclamar vosso poder! R.
12 Para espalhar vossos prodígios entre os homens *
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
13a O vosso reino é um reino para sempre, *
13b vosso poder, de geração em geração. R.
17 É justo o Senhor em seus caminhos, *
é santo em toda obra que ele faz.
18 Ele está perto da pessoa que o invoca, *
de todo aquele que o invoca lealmente. R.
Evangelho: Jo 1,45-51
“Aí vem um israelita de verdade,
um homem sem falsidade.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
45 Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”. 46 Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” 47 Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48 Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49 Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50 Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51 E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
Convidados ao banquete das bodas
TEMPO COMUM. VIGÉSIMA SEMANA. QUINTA‑FEIRA
– É o próprio Cristo quem nos convida.
– Preparar bem a Comunhão; fugir da rotina.
– Amor a Jesus Sacramentado.
I. MUITAS PARÁBOLAS DO EVANGELHO encerram uma chamada insistente de Jesus a todos os homens, a cada um conforme umas circunstâncias determinadas. Hoje, o Senhor fala‑nos de um rei que preparou um banquete para celebrar as núpcias do seu filho, e mandou os seus criados chamar os convidados 1.
A imagem do banquete era familiar ao povo judeu, pois os Profetas tinham anunciado que O Senhor prepararia um banquete extraordinário para todos os povos quando chegasse o Messias: preparará para todos um banquete de manjares deliciosos, um festim de vindima, de carnes gordas e medulosas, de vinhos velhos sem depósito 2. Este banquete significa a plenitude de bens sobrenaturais que a Encarnação e a Redenção nos trariam, bem como o dom inestimável da Sagrada Eucaristia.
Jesus põe de relevo nesta parábola como muitas vezes correspondemos com frieza e indiferença à generosidade de Deus: Ele mandou os seus criados chamar os convidados, mas estes não quiseram comparecer. O Senhor relatou a parábola com pena, pois tinha diante dos olhos as inúmeras desculpas que os homens lhe dariam ao longo dos séculos. Os alimentos preparados com tanto esmero ficam abandonados na mesa do festim e o salão permanece vazio, porque Jesus não coage ninguém.
O rei enviou novamente os seus criados: Dizei aos convidados: Eis que o meu banquete já está preparado, os meus bois e animais cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às núpcias. Mas os convidados não fizeram caso nenhum: foram um para os seus campos, outros para os seus negócios. E houve quem não só se recusasse a comparecer, mas se se insurgisse contra o convite, pois alguns lançaram mão dos servos que o rei enviara e, depois de os terem ultrajado, mataram‑nos. Reagiram com violência aos convites do Amor.
Jesus convida‑nos a uma maior intimidade com Ele, a uma maior entrega e confiança. E chama‑nos todos os dias para que compareçamos à mesa que nos preparou.
É Ele quem convida, e quem, além disso, se dá a si próprio como manjar, pois este grande banquete é também figura da Comunhão.
Jesus é o alimento sem o qual não podemos subsistir, é “o remédio para a nossa necessidade cotidiana” 3, fora do qual a nossa alma se debilita e morre. Oculto sob as aparências do pão, espera todos os dias que nos aproximemos dEle para recebê‑lo com amor e agradecimento: O banquete está preparado, diz‑nos a cada um... Mas são muitos os que se ausentam, os que não avaliam suficientemente o supremo bem da Sagrada Eucaristia; deixam de atender ao convite do Senhor por motivos banais.
“Considera – exorta‑nos São João Crisóstomo – que grande honra te foi feita, de que mesa participas. Aquele que os anjos olham com tremor e que não se atrevem a olhar de frente pelo resplendor que irradia, é o mesmo de quem nos alimentamos, com quem nos fundimos e nos tornamos um mesmo corpo e carne” 4.
Os ausentes são numerosos, e por isso o Senhor espera que ao menos nenhum dos seus íntimos falte ao festim. Com uma intensidade que nem sequer podemos imaginar, deseja que estejamos presentes para recebê‑lo com muito amor e alegria. E envia‑nos em busca de outros: Ide às encruzilhadas das ruas e, a quantos encontrardes, convidai‑os para as núpcias. Espera muitos, e envia‑nos para que, mediante um apostolado amável, paciente, eficaz, mostremos a tantos amigos e conhecidos a enorme alegria que é ter encontrado o Senhor. Foi o que provavelmente fizeram conosco: “Ouvi de onde fostes chamados: de um cruzamento de caminhos. E o que éreis então? Coxos e mutilados da alma, que é muito pior do que sê‑lo do corpo” 5. Mas o Senhor teve misericórdia de nós e quis chamar‑nos à sua intimidade.
II. NÃO PODEMOS apresentar-nos diante do Senhor de qualquer maneira. O rei entrou para ver os que estavam à mesa, e reparou num homem que não trazia a veste nupcial. E disse‑lhe: Amigo, como foi que entraste aqui sem a veste nupcial? 6
Trazemos dentro de nós hábitos, atitudes, erros e facetas do nosso caráter que talvez não estejam à altura da subida honra que Jesus nos faz. Temos de examinar‑nos; não nos apresentemos diante do Senhor vestidos de farrapos. “Quando na terra se recebem pessoas investidas em autoridade, preparam‑se luzes, música, trajes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não deveremos preparar‑nos? Já nos ocorreu pensar como nos comportaríamos, se só pudéssemos comungar uma vez na vida?” 7 Passaríamos a noite acordados, saberíamos bem o que diríamos ao Senhor, que pedidos lhe faríamos...; todos os preparativos nos pareceriam poucos... Assim devemos recebê‑lo todos os dias.
O convidado que não tinha o traje nupcial certamente foi à festa cheio de alegria, mas não teve em conta tudo o que o convite exigia. Não podemos receber o Senhor de qualquer maneira: sem saber bem o que fazemos, e sobretudo sem estar em graça. A nossa Mãe a Igreja adverte‑nos que “ninguém que tenha consciência de pecado mortal, por muito contrito que pareça estar, deve aproximar‑se da Sagrada Eucaristia sem prévia Confissão sacramental” 8.
Tão alto dom requer ainda que nos preparemos remota e proximamente do melhor modo possível: pela Confissão freqüente, que é um grande meio de preparar a Comunhão freqüente, ainda que não tenhamos faltas graves; pelas obras de penitência, que nos purificam; pelos atos sempre multiplicados de humildade, que amortecem e deslocam o nosso “eu”, e criam espaço para Deus.
Comungar com freqüência nunca deve significar comungar com tibieza. E cai na tibieza quem não se prepara, quem não emprega todos os meios ao seu alcance para evitar que o Senhor o encontre distraído quando vier ao seu coração. Seria uma grande falta de delicadeza aproximar‑se da Comunhão com a imaginação posta em outras coisas. Sabemos que nunca estaremos suficientemente preparados para receber como convém Aquele que desce à nossa alma, pois a nossa pobre morada é limitada; mas precisamente por isso devemos exceder‑nos nesses preparativos de pureza interior que estão ao nosso alcance: “Se qualquer pessoa de alta dignidade ou que ocupa um alto posto, ou algum amigo rico e poderoso anunciasse que vinha visitar‑nos em casa, com que cuidado limparíamos e esconderíamos tudo o que pudesse chocar essa pessoa ou amigo! Comece por lavar as manchas e sujeiras quem realizou más ações, se quer preparar para Deus uma morada na sua alma” 9.
III. PREPARASTE A MESA para mim... 10 Que alegria pensar que o Senhor nos dá tantas facilidades para o recebermos!
Que alegria saber que Ele deseja que o recebamos! “O encontro eucarístico é um encontro de amor” 11.
E para podermos comungar com amor, sempre com mais amor, é de grande utilidade esforçarmo‑nos por viver na presença de Deus durante o dia, procurando a união com o Senhor no meio dos nossos deveres cotidianos, desagravando‑o sempre que erramos, pondo o coração nEle em cada um dos nossos atos, de tal maneira que o nosso dia seja uma permanente comunhão espiritual.
Ao terminarmos estes minutos de oração, podemos fazer nossa esta oração que uma noite o Papa João Paulo II dirigiu a Jesus presente na Hóstia Santa: “Senhor Jesus! Apresentamo‑nos diante de Ti sabendo que nos chamas e que nos amas tal como somos. Tu tens palavras de vida eterna; e nós acreditamos e conhecemos que Tu és o Cristo, Filho de Deus (Jo 6, 69). A tua presença na Eucaristia começou com o sacrifício da Última Ceia e continua como comunhão e doação de tudo o que és. Aumenta a nossa fé [...]. Tu és a nossa esperança, a nossa paz, o nosso Mediador, irmão e amigo. O nosso coração enche‑se de gozo e de esperança ao saber que vives sempre intercedendo por nós (Hebr 7, 25). A nossa esperança traduz‑se em confiança, gozo de Páscoa e caminho contigo para o Pai em marcha acelerada.
“Queremos sentir como Tu sentes, e avaliar as coisas como Tu as avalias. Porque Tu és o centro, o princípio e o fim de tudo. Apoiados nesta esperança, queremos infundir no mundo esta escala de valores evangélicos, pela qual Deus e os seus dons salvíficos ocupam o primeiro lugar no coração e nas atitudes da vida concreta.
“Queremos amar como Tu, que dás a vida e te comunicas com tudo o que és. Quereríamos dizer com São Paulo: O meu viver é Cristo (Fil 1, 21). A nossa vida não tem sentido sem Ti. Queremos aprender a «estar com quem sabemos que nos ama», porque «com tão bom amigo presente, tudo se pode sofrer» [...].
“Deste‑nos a tua Mãe como Mãe nossa, para que nos ensine a meditar e adorar no coração. Ela, recebendo a Palavra e pondo‑a em prática, tornou‑se a mais perfeita Mãe” 12.
(1) Mt 22, 1‑14; (2) Is 25, 6; (3) Santo Ambrósio, Sobre os sagrados mistérios do altar, 4, 44; (4) São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 82, 4; (5) ib.; (6) Mt 22, 11‑12; (7) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 91; (8) Dz 880, 693; (9) São Gregório Magno, Homilia 30 sobre os Evangelhos; (10) Sl 22; Salmo responsorial da Missa da quinta‑feira da vigésima semana do TC; (11) João Paulo II, Alocução, Madrid, 31‑X‑1982; (12) João Paulo II, op. cit.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
23 de Agosto 2018
A SANTA MISSA

Festa: Santa Rosa de Lima, virgem
Cor: Branca
1ª Leitura: 2Cor 10,17-11,2
“Eu vos desposei a um único esposo,
apresentando-vos a Cristo como virgem pura”.
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos: 17 Quem se gloria, glorie-se no Senhor. 18 Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda e não aquele que se recomenda a si mesmo. 11,1 Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2 Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 148,1-2.11-13a.13c-14 (R. Aleluia ou cf. 12a.13a)
R. Vós jovens, vós moças e rapazes,
louvai todos o nome do Senhor!
Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
1Louvai o Senhor Deus nos altos céus, *
louvai-o no excelso firmamento!
2Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, *
louvai-o, legiões celestiais! R.
11 Reis da terra, povos todos, bendizei-o, *
e vós, príncipes e todos os juízes;
12 e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, +
anciãos e criancinhas, bendizei-o! *
13a Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos. R.
13c A majestade e esplendor de sua glória *
ultrapassam em grandeza o céu e a terra.
14 Ele exaltou seu povo eleito em poderio *
ele é o motivo de louvor para os seus santos.
É um hino para os filhos de Israel, *
este povo que ele ama e lhe pertence. R.
Evangelho: Mt 13,44-46
“Vende todos os seus bens e compra aquele campo”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44 “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45 O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46 Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
22 de Agosto 2018
A SANTA MISSA

Memória: Nossa Senhora Rainha
Cor: Branca
1ª Leitura: Is 9, 1-6
“Foi-nos dado um filho.”
Leitura do Livro do Profeta Isaías
1 O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. 2 Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3 Pois o jugo que oprimia o povo, – a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais – tu os abateste como na jornada de Madiã. 4 Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas. 5 Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz. 6 Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar estas coisas.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 112(113),1-2.3-4.5-6.7-8
R. Bendito seja o nome do Senhor,
agora e por toda a eternidade!
1 Louvai, louvai, ó servos do Senhor, *
louvai, louvai o nome do Senhor!
2 Bendito seja o nome do Senhor, *
agora e por toda a eternidade! R.
3 Do nascer do sol até o seu ocaso, *
louvado seja o nome do Senhor!
4 O Senhor está acima das nações, *
sua glória vai além dos altos céus. R.
5 Quem pode comparar-se ao nosso Deus, +
ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono *
6 e se inclina para olhar o céu e a terra? R.
7 Levanta da poeira o indigente *
e do lixo ele retira o pobrezinho,
8 para fazê-lo assentar-se com os nobres, *
assentar-se com os nobres do seu povo. R.
Evangelho: Lc 1, 26-38
“Eis que conceberás e darás à luz um filho.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 26 O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria 28 O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29 Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30 O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33 Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34 Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35 O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37 porque para Deus nada é impossível”. 38 Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!