Ouvir a Deus e falar Dele

TEMPO COMUM. VIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO. ANO B

– O milagre da cura de um surdo‑mudo.
– Não devemos permanecer calados ante a ignorância religiosa.
– Falar com clareza e simplicidade; também na direção espiritual.

I. A LITURGIA DA MISSA deste domingo é um apelo à esperança, à plena confiança no Senhor. Num momento de tribulação, o profeta Isaías levanta‑se para reconfortar o Povo eleito que vive no desterro1. Anuncia o alegre retorno à pátria. Dizei aos covardes de coração: Sede fortes e não temais; eis que o vosso Deus trará a vingança e a retribuição. Ele próprio virá e vos salvará. E o Profeta vaticina prodígios que terão o seu pleno cumprimento com a chegada do Messias. Descerrar‑se‑ão os olhos dos cegos e abrir‑se‑ão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como os cervos, e desatar‑se‑á a língua dos mudos; as águas jorrarão no deserto e as torrentes na estepe. Com Cristo, todos os homens são curados, e as fontes da graça, sempre inesgotáveis, convertem o mundo numa nova criação.

O Evangelho da Missa2 narra a cura de um surdo‑mudo. O Senhor levou‑o a um lugar à parte, pôs os dedos nos seus ouvidos e tocou‑lhe a língua com saliva. Depois olhou para o céu e disse: “Effetha”, que quer dizer, “abre‑te”. E imediatamente se lhe abriram os ouvidos e se lhe soltou a prisão da língua, e falava claramente.

Os dedos significam a poderosa ação divina3, e a saliva evoca a eficácia que lhe era atribuída para aliviar as feridas. Ainda que a cura tenha resultado das palavras de Cristo, o Senhor quis utilizar nesta ocasião, como aliás em outras, elementos materiais visíveis, para dar a entender de alguma maneira a ação mais profunda que os sacramentos iriam efetuar nas almas4. Desde os primeiros séculos e durante muitas gerações5, a Igreja serviu‑se desses mesmos gestos do Senhor para administrar o Batismo, enquanto orava sobre a criança que era batizada: O Senhor Jesus, que fez ouvir os surdos e falar os mudos, te conceda que a seu tempo possas escutar a sua Palavra e proclamar a fé6.

Nesta cura que o Senhor realizou, podemos ver uma imagem da sua ação nas almas: ela livra o homem do pecado, abre‑lhe os ouvidos para que escute a Palavra de Deus e solta‑lhe a língua para que louve e proclame as maravilhas divinas. É uma ação que tem início no momento do Batismo – por intervenção do Espírito Santo, Digitus paternae dexterae7, o dedo da destra de Deus Pai, como o chama a liturgia –, mas que se prolonga pelo resto da nossa vida. Santo Agostinho, ao comentar esta passagem do Evangelho, diz que a língua de quem está unido a Deus “falará do bem, porá de acordo os que estão desavindos, consolará os que choram... Deus será louvado, Cristo será anunciado”8. É o que nós faremos se tivermos o ouvido atento às contínuas moções do Espírito Santo e a língua preparada para falar de Deus sem respeitos humanos.

II. EXISTE UMA SURDEZ da alma que é pior que a do corpo, porque não há pior surdo do que aquele que não quer ouvir. São muitos os que têm os ouvidos fechados à Palavra de Deus, e são também muitos os que se vão endurecendo cada vez mais ante as inúmeras chamadas da graça. O nosso apostolado paciente, tenaz, cheio de compreensão, acompanhado de oração, fará com que muitos dos nossos amigos ouçam a voz de Deus e se convertam em novos apóstolos que a apregoem por toda a parte.

Não podemos ficar mudos quando devemos falar de Deus e da sua mensagem sem constrangimento algum, antes vendo nisso um título de glória: os pais aos seus filhos, desde a primeira infância e continuando depois, com dom de línguas, na puberdade e na juventude; o amigo ao amigo, com sentido de oportunidade, mas sem receios; o colega de escritório aos que trabalham ao seu lado, com o seu comportamento exemplar e alegre e com a palavra que estimula a sair da apatia; o estudante aos colegas de Universidade com quem convive tantas horas por dia...

Os motivos para falar da beleza da fé, da alegria incomparável de possuir a verdade de Cristo são muitos. Mas dentre todos eles destaca‑se a responsabilidade recebida no Batismo9 de não deixar que ninguém perca a fé ante a avalanche de idéias e de erros doutrinais e morais que inunda o mundo e perante os quais muitos se sentem indefesos.

“Os inimigos de Deus e da sua Igreja, manipulados pelo ódio imperecível de satanás, mexem‑se e organizam‑se sem tréguas. “Com uma constância «exemplar», preparam os seus quadros, mantêm escolas, dirigentes e agitadores, e, com uma ação dissimulada – mas eficaz –, propagam as suas idéias e levam – aos lares e aos lugares de trabalho – a sua semente destruidora de toda a ideologia religiosa. “– O que não deveremos fazer nós, os cristãos, para servir o nosso Deus, sempre com a verdade?”10 Vamos permanecer impassíveis?

Peçamos ao Senhor fé e audácia para anunciar com clareza e simplicidade as magnalia Dei11, as maravilhas de Deus de que somos testemunhas, como fizeram os Apóstolos depois do dia de Pentecostes. Santo Agostinho aconselha‑nos: “Se amais a Deus, atraí para que o amem todos os que se reúnem convosco e todos os que vivem na vossa casa. Se amais o Corpo de Cristo, que é a unidade da Igreja, estimulai a todos para que gozem de Deus e dizei‑lhes com Davi: Engrandecei comigo o Senhor e louvemos todos juntos o seu santo nome (Prov 21, 28); e nisto não sejais parcos nem tímidos, mas conquistai para Deus todos os que puderdes e por todos os meios possíveis, conforme a vossa capacidade, exortando‑os, suportando‑os, suplicando‑lhes, conversando com eles e falando‑lhes com toda a mansidão e suavidade da razão de ser das coisas que dizem respeito à fé”12.

Não fiquemos calados quando tantas são as coisas que Deus quer dizer através das nossas palavras.

III. CHEGOU O TEMPO em que se descerrarão os olhos dos cegos, e os ouvidos dos surdos se abrirão, e o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo cantará... Esses prodígios realizam‑se nos nossos dias com uma profundidade muito maior do que aquela que o Profeta tinha previsto; realizam‑se na alma que é dócil ao Espírito Santo.

São Marcos transmite‑nos a palavra aramaica que Jesus utilizou: Effetha, abre‑te! É uma ordem que o Senhor nos faz chegar de muitas maneiras à intimidade da alma, sob a forma de um conselho imperativo do Espírito Santo. A boca deve abrir‑se e a língua deve soltar‑se para falar com clareza sobre o estado da alma na direção espiritual.

Os que dispõem desse meio seguro de progresso espiritual devem ser conscientes da necessidade absoluta de serem muito sinceros, de exporem com simplicidade a sua situação interior, os desejos de santidade que os movem e as tentações do inimigo, as vitórias que alcançam e os desânimos que os assaltam. E o ouvido deve estar desimpedido para escutar atentamente os vários ensinamentos e sugestões que o Mestre lhes quer fazer chegar por esse meio13.

Com essa sinceridade e docilidade, a batalha está sempre ganha, por mais difícil que seja; com a duplicidade, o isolamento e a soberba do critério próprio, está sempre perdida. É o Senhor quem cura e utiliza os meios que quer, sempre desproporcionados. São Vicente Ferrer afirmava que Deus “não concede nunca a sua graça àquele que, tendo à sua disposição uma pessoa capaz de instruí‑lo e dirigi‑lo, despreza esse meio eficacíssimo de santificação, julgando que se basta a si própria e que pelas suas próprias forças pode procurar e encontrar o que é necessário para a sua salvação... Aquele que tiver um diretor e lhe obedecer sem reservas e em todas as coisas – ensina o Santo – chegará mais facilmente à meta do que se estiver sozinho, ainda que possua uma inteligência muito aguda e muitos livros sábios sobre coisas espirituais...”14

Há um qualificativo que define perfeitamente como deve ser a nossa sinceridade nos assuntos relativos à nossa alma: selvagem. É a sinceridade do homem reto, sem duas caras, que não se importa de ficar mal, que sabe que é uma insensatez fingir ou “dourar a pílula” diante de quem lhe pode dar a orientação certeira para sair dos seus problemas, desde que os conte:

“Tens de amar e procurar a ajuda de quem orienta a tua alma. Na direção espiritual, põe a descoberto o teu coração, por inteiro – podre, se estiver podre! –, com sinceridade, com ânsias de curar‑te; senão, essa podridão não desaparecerá nunca.

“Se recorres a uma pessoa que só pode limpar a ferida superficialmente..., és um covarde, porque no fundo vais ocultar a verdade, com prejuízo para ti próprio”15.

Não nos esqueçamos, por fim, de que os conselhos que recebemos para a nossa orientação espiritual são instrumento da ação do Espírito Santo na nossa alma. E que é por isso – não por nos convencerem ou para fazermos uma experiência – que os escutamos com docilidade, decididos a praticá‑los a todo o custo: “Não te limites a falar ao Paráclito, escuta‑o! [...] Reza‑lhe assim: – Divino Hóspede, Mestre, Luz, Guia, Amor: que eu saiba acolher‑te, e escutar as tuas lições, e inflamar‑me, e seguir‑te, e amar‑te”16.

Na Santíssima Virgem temos o modelo completo desse escutar com o ouvido atento o que Deus nos pede, para pô‑lo em prática com uma disponibilidade total. “Na Anunciação, Maria entregou‑se a Deus completamente, manifestando “a obediência da fé” Àquele que lhe falava mediante o seu mensageiro, prestando‑lhe o “obséquio pleno da inteligência e da vontade” (Const. Dei Verbum, 5)”17. Recorremos a Ela ao terminarmos a nossa oração, pedindo‑lhe que nos ensine a ser muito sinceros, a ouvir atentamente tudo o que nos é dito da parte de Deus, e a pô‑lo em prática com docilidade de crianças.

(1) Is 35, 4‑7; (2) Mc 7, 31‑37; (3) cfr. Ex 8, 19; Sl 8, 4; Lc 11, 20; (4) cfr. M. Schmaus, Teologia dogmática, vol. VI, Os sacramentos; (5) cfr. A. G. Martimort, La Iglesia en oración, 3ª ed., Herder, Barcelona, 1986, pág. 596; (6) cfr. Ritual do Batismo, Batismo das crianças; (7) cfr. Hino Veni Creator; (8) Santo Agostinho, Sermão 311, 11; (9) cfr. Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 33; (10) Josemaría Escrivá, Forja, n. 466; (11) cfr. At 2, 1; (12) Santo Agostinho, Comentário aos Salmos, 33, 6‑7; (13) cfr. R. Garrigou‑Lagrange, As três idades da vida interior, vol. I, pág. 295 e segs.; (14) São Vicente Ferrer, Tratado sobre a vida espiritual, II, 1; (15) Josemaría Escrivá, Forja, n. 128; (16) Josemaría Escrivá, op. cit., n. 430; (17) João Paulo II, Enc. Redemptoris Mater, 25‑III‑1987, 13.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


09 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

23º Domingo do Tempo Comum – Ano B
Cor: Verde

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1ª Leitura: Is 35,4-7a

 “Os ouvidos dos surdos se abrirão
e a boca do mudo gritará de alegria”. 

Livro do Profeta Isaías

4 Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar”. 5 Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. 6 O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos, assim como brotarão águas no deserto e jorrarão torrentes no ermo. 7a A terra árida se transformará em lago, e a região sedenta, em fontes d’água.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 145(146), 7.8-9a.9bc-10(R. 1)

R. Bendize, ó minha alma ao Senhor.
Bendirei ao Senhor toda a vida!

Ou  R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.

O Senhor é fiel para sempre,*
faz justiça aos que são oprimidos;
ele dá alimento aos famintos,*
é o Senhor quem liberta os cativos. R.

8 O Senhor abre os olhos aos cegos*
o Senhor faz erguer-se o caído;
o Senhor ama aquele que é justo*
9a É o Senhor quem protege o estrangeiro.   R.

9bc Ele ampara a viúva e o órfão*
mas confunde os caminhos dos maus.
10 O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará*
para sempre e por todos os séculos!   R. 

2ª Leitura: Tg 2,1-5

 “Não escolheu Deus os pobres deste mundo
para serem herdeiros do Reino?”

Leitura da Carta de São Tiago

1 Meus irmãos: a fé que tendes em nosso Senhor Jesus Cristo glorificado não deve admitir acepção de pessoas. 2 Pois bem, imaginai que na vossa reunião entra uma pessoa com anel de ouro no dedo e bem vestida, e também um pobre, com sua roupa surrada, 3 e vós dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: “Vem sentar-te aqui, à vontade”, enquanto dizeis ao pobre: “Fica aí, de pé”, ou então: “Senta-te aqui no chão, aos meus pés”, 4 não fizestes, então, discriminação entre vós? E não vos tornastes juízes com critérios injustos? 5 Meus queridos irmãos, escutai: não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Mc 7,31-37 

 “Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, 31 Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32 Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33 Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34 Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” 35 Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36 Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37 Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas:
Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Natividade de Nossa Senhora

08 de Setembro

Natividade de Nossa Senhora

A Igreja celebra hoje a festa da natividade de Nossa Senhora. Ignora-se a data exata de seu nascimento, que deve ter ocorrido por volta do ao ano 15 a.C. A festa da natividade de Nossa Senhora é uma das quatro solenidades mais antigas em honra a Nossa Senhora. No Oriente essa festa foi celebrada desde o início do cristianismo e em Roma, a partir do século VII. Na América Latina ela foi introduzida pelo Papa Sérgio I. Ao contrário dos outros santos, de quem se festeja o dia da morte, de Maria se festeja o dia do nascimento porque ela já nasceu santa.

Embora a Bíblia pouco fale sobre a infância de Maria, com certeza oito dias após seu nascimento, em obediência ao costume judaico, ela foi levada ao Templo para ser apresentada. Embora nenhum evangelista fale sobre o nascimento de Maria, todos demonstram a importância e o significado desse acontecimento para a história da salvação, e consequentemente de como seria injusto que Maria, que nasceu para que dela nascesse Deus, não tivesse o seu natalício comemorado com muita festa e muita alegria por toda a Igreja.

O que sabemos sobre o nascimento de Maria está narrado em grande parte nos escritos apócrifos, narração essa feita com riqueza de detalhes, com muita generosidade e até com uma certa ingenuidade. De acordo com esses escritos ela pertencia à família real de Davi por parte de Joaquim, seu pai, e à família do sacerdote Arão por parte de Ana, sua mãe, e quando nasceu seus pais já eram idosos. Dizem ainda os apócrifos que mais tarde, talvez aos três ou quatro anos de idade, ela foi novamente levada ao templo para consagrar-se ao serviço de Deus, e que tendo perdido os pais muito cedo, permaneceu cerca de 12 anos no templo, só saindo de lá para desposar José.

Hoje, quando a Igreja celebra a festa da natividade de Nossa Senhora, nós, como costumam fazer os bons filhos no dia do aniversário da mãe, nos unimos para festejá-la e principalmente para agradecer a Jesus, que no-la deu por mãe. E para homenageá-la – na falta de palavras –  eu tomo emprestado as palavras que São Damião pronunciou num de seus sermões num dia oito de setembro: “Hoje é o dia em que Deus começa a por em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la”. E ele prossegue: “Podemos narrar as façanhas heróicas de um mártir ou as virtudes de um santo, porque são humanas, mas como poderá a palavra mortal, passageira e transitória, exaltar aquela que deu a luz à Palavra Eterna?  Como dizer que o Criador nasce da criatura?”.


08 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

Festa: Natividade de Nossa Senhora
Cor: Branca

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1ª Leitura: Mq 5,1-4a

 “De ti há de sair aquele que dominará em Israel”. 

Leitura da Profecia de Miquéias

Assim diz o Senhor: 1 Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. 2 Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. 3 Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, 4 e ele mesmo será a Paz.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 70(71),6; Sl 12(13),6 (R. Is 61,10)

R. Exulto de alegria no Senhor.

70,6 Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, +
desde o seio maternal, o meu amparo: *
para vós o meu louvor eternamente!   R.

12,6 uma vez que confiei no vosso amor, +
meu coração, por vosso auxílio, rejubile, *
e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!   R. 

Evangelho: Mt 1,1-16.18-23 

 “O que nela foi gerado vem do Espírito Santo”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

1 Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2 Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3 Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; 4 Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson Gerou Salmon; 5 Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. 6 Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido a mulher de Urias. 7 Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8 Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; 9 Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; 10 Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. 11 Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. 12 Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; 13 Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; 14 Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; 15 Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Mató; Mató gerou Jacó. 16 Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18 A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19 José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20 Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22 Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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Santa Regina

07 de Setembro

Santa Regina

Santa Regina viveu no terceiro século. Era filha de uma mulher chamada Clement Alise. Seu pai era um pagão da região de Burgundy, na França. A situação financeira de sua família era boa. Tinham muitos bens. Sua mãe simpatizava com os cristãos, mas não praticava a religião.

Sua mãe faleceu quando Regina era ainda muito nova. Antes de morrer, porém, sua mãe a confiou aos cuidados da empregada que já cuidava dela. Quando o pai de Regina ficou sabendo que a empregada que cuidava de sua filha era cristã, demitiu a empregada e simplesmente expulsou a filha de sua casa. Sem ter para onde ir, Santa Regina encontrou abrigo na casa da mulher que a tinha criado. Esta casa ficava no bairro pobre da cidade. Lá, ela foi acolhida como membro da família e continuou recebendo a formação cristã que a empregada já vinha lhe dando. Para ajudar, ela assumiu um trabalho pouco nobre naquela época: ela foi pastorear ovelhas.

A história de Santa Regina diz que ela era uma jovem portadora de grande beleza. E, por causa de sua beleza, o prefeito da cidade, que se chamava Olybrius, apaixonou-se por ela e pediu sua mão em casamento. O prefeito, porém, era pagão e assumidamente anticristão. E Regina, consolidada na fé cristã, recusou o pedido.

Furioso, o prefeito ordenou que Regina fosse presa acusando-a de desacato a autoridade e bruxaria. Em seguida, ordenou que Regina fosse torturada até o momento em que ela renegasse a fé cristã e oferecesse sacrifícios aos ídolos pagãos que o prefeito cultuava. Santa Regina resistiu às torturas em nome de sua fé e não renegou Jesus Cristo.

Não se conformando com a rejeição de Santa Regina, o prefeito passou a concentrar todas as suas forças no intuito de fazer Regina renegar Jesus Cristo. Por isso, submeteu-a as maiores torturas. Começou com açoites que fizeram sangrar todo o seu corpo. Em seguida, deitou-a em cima de um cavalo feito de madeira que machucava sua coluna e esfolava sua pele. Em seguida, suas unhas foram arrancadas e sua pele foi dilacerada por ganchos enferrujados.

Santa Regina, porém não renegou sua fé e continuou firme. Sua família adotiva sofria, chorava e rezava ao saberem de todas as torturas que Regina sofria. Ao ver que ela ainda estava viva, o prefeito mandou que a levassem novamente à sua cela. Lá, milagrosamente ela ficou curada. Ao saberem deste fato, muitos do povo se converteram a Jesus Cristo.

Sem saber o que fazer, o prefeito deixou-a alguns na prisão, sem comida e sem água. Numa das noites na prisão, Regina teve uma maravilhosa visão da  cruz de Jesus Cristo. Nesse momento, uma voz lhe falou que, muito em breve, ela seria libertada. Santa Regina sentiu uma grande consolação em seu coração.

No dia seguinte, o prefeito, vendo que Santa Regina estava curada,  começou a torturá-la de novo. Dessa vez, porém, com mais fúria ainda. Ele mandou que ela fosse queimada com tochas nas laterais de seu corpo. Depois, mandou que ela fosse crucificada. Ainda uma última vez, ele quis que Santa Regina renegasse a fé, mas ela não cedeu. Então, ele mandou que ela fosse decapitada.

Muitas pessoas testemunharam a força e a fé de Santa Regina diante do martírio. E muitas se converteram ao presenciarem seu testemunho de fé. E Deus, que ama e defende seus santos, também quis dar um sinal em favor de Santa Regina diante de todos. De fato, antes de Santa Regina ser decapitada, uma pomba totalmente branca pousou sobre sua cabeça.

O carrasco fazia a pomba sair dali, mas a ave símbolo da paz voltava à cabeça de Santa Regina. O povo pediu que o prefeito reconsiderasse, mas este não cedeu. Então, finalmente, o carrasco decapitou Santa Regina e ela foi libertada para a felicidade eterna como lhe tinha sido prometido na visão do dia anterior.

Fonte: Site - cruzterrasanta.com.br


07 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

22ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 1Cor 4,1-5

 “O Senhor manifestará os projetos dos corações”.

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos: 1 Que todo o mundo nos considere como servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. 2 A este respeito, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis. 3 Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por algum tribunal humano. Nem eu me julgo a mim mesmo. 4 É verdade que a minha consciência não me acusa de nada. Mas não é por isso que eu posso ser considerado justo. 5 Quem me julga é o Senhor. Portanto, não queirais julgar antes do tempo. Aguardai que o Senhor venha. Ele iluminará o que estiver escondido nas trevas e manifestará os projetos dos corações. Então, cada um receberá de Deus o louvor que tiver merecido.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 36,3-4. 5-6. 27-28. 39-40 (R. 39a)

R. A salvação de quem é justo vem de Deus.

Confia no Senhor e faze o bem, *
e sobre a terra habitarás em segurança.
Coloca no Senhor tua alegria, *
e ele dará o que pedir teu coração.    R.

5 Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino; *
confia nele, e com certeza ele agirá.
6 Fará brilhar tua inocência como a luz, *
e o teu direito, como o sol do meio-dia.     R.

27 Afasta-te do mal e faze o bem, *
e terás tua morada para sempre.
28 Porque o Senhor Deus ama a justiça, *
e jamais ele abandona os seus amigos.    R.

39 A salvação dos piedosos vem de Deus; *
ele os protege nos momentos de aflição.
40 O Senhor lhes dá ajuda e os liberta, +
defende-os e protege-os contra os ímpios, *
e os guarda porque nele confiaram.     R. 

Evangelho: Lc 5,33-39 

 “Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles.
Então, naqueles dias, eles jejuarão”. 

 – O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 33 Os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem.” 34 Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35 Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão.” 36 Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37 Ninguém coloca vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. 38 Vinho novo deve ser colocado em odres novos. 39 E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor.”

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Santo Eleutério

06 de Setembro

Santo Eleutério 

Santo Eleutério era um homem de enorme simplicidade

São Gregório de Tours, que foi um dos primeiros historiadores da Igreja da França, narrou que na infância enquanto Eleutério brincava com os amiguinhos, um deles lhe disse que iria chegar a ser um bispo. Não foi um aviso profético. Certamente foi um gracejo maldoso, pois na sua época, as responsabilidades desta função geralmente incluíam ameaças de morte.

Eleutério nasceu no ano de 456 na cidade de Tournai, e viveu num período conturbado da história da França, que ainda estava sendo evangelizada, e sentia o domínio dos povos do norte europeu. Foi alvo de sucessivas invasões, ora dos visigodos ora dos burgundis, ainda não pagãos, que só obedeciam à força militar, identificada na pessoa do rei ou dos generais. Assim, tornou-se, em parte, um território dos Francos, cujo rei era Clodoveo, ainda pagão.

Eleutério seguiu a carreira eclesiástica, desenvolvendo sua ação pastoral neste campo.

Chegou de fato a ser eleito bispo, o primeiro da diocese de Tournai, da qual foi o desbravador, que com imenso sacrifício, mas vencendo as dificuldades, fixou as bases para a futura grandeza daquela diocese. Somou-se ao incessante esforço da Igreja da França pela conversão dos povos recém-migrados, começando com o rei Clodoveo e a rainha Clotilde, que ele conseguiu converter com ajuda do amigo, também santo, bispo Remígio, de Reims.

Naquela época, era muito difícil organizar uma diocese com estruturas mínimas de clero, igrejas, centro de evangelização. O trabalho mais árduo era criar o espírito pacífico entre os habitantes da região, que viveram grande parte do tempo em confrontos por um pedaço de terra onde sobreviver. Além disto, havia a complicada questão das conversões em massa, que se desencadeava a partir da conversão do rei. Confundindo nação com religião, a maioria da população queria se converter também. Deste modo, as conversões não eram bem feitas, a maioria era puramente exterior, ou apenas uma questão de política, não modificavam o interior das pessoas.

Mas, o bispo Eleutério conseguiu com poucos padres e monges, fazer uma evangelização sólida e bem feita, durante os dez anos que dirigiu aquela Igreja. Foi um verdadeiro operário de Cristo, tenaz, zeloso, enérgico, vigilante contra as heresias e bondoso na tarefa de conversão dos pagãos. Mesmo assim, Eleutério foi vítima de uma conspiração, morrendo como mártir em 531, na sua querida Tournai.

Os restos mortais deste humilde bispo, foram guardados numa urna na Catedral de Tournai e o local se tornou meta de peregrinação. A cidade de Tournai esta situada hoje na Bélgica e se destaca como uma das maiores dioceses do mundo. A igreja canonizou Santo Eleutério designando o dia 20 de fevereiro para a sua festa, data em que a Catedral foi dedicada a ele.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Zenóbio, Leão de Catânia e Nilo.

Fonte: http://www.franciscanos.org.br


06 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

22ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 1Cor 3,18-23

 “Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo,
e Cristo é de Deus”. 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos: 18 Ninguém se iluda: Se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de verdade; 19 pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus. Com efeito, está escrito: “Aquele que apanha os sábios em sua própria astúcia”, 20 e ainda: “O Senhor conhece os pensamentos dos sábios; sabe que são vãos”. 21 Portanto, que ninguém ponha a sua glória em homem algum. Com efeito, tudo vos pertence: 22 Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, tudo é vosso, 23 mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 23,1-2. 3-4ab. 5-6 (R. 1)

R. Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.

1 Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,*
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
2 porque ele a tornou firme sobre os mares,*
e sobre as águas a mantém inabalável.    R.

3 “Quem subirá até o monte do Senhor,*
quem ficará em sua santa habitação?”
4a “Quem tem mãos puras e inocente coração,*
4b quem não dirige sua mente para o crime.    R.

5 Sobre este desce a bênção do Senhor*
e a recompensa de seu Deus e Salvador”.
6 “É assim a geração dos que o procuram,*
e do Deus de Israel buscam a face”.    R. 

Evangelho: Lc 5,1-11 

 “Deixaram tudo e O seguiram.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 1 Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2 Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. 3 Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. 4 Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. 5 Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes’. 6 Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. 7 Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. 8 Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” 9 É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10 Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens.” 11 Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Santa Teresa de Calcutá

05 de Setembro

Santa Teresa de Calcutá 

Madre Teresa de Calcutá nasceu em 1910, em Skoplje, antiga Iugoslávia, filha de pais albaneses, com o nome de Agnes, que em português se traduz por Inês. Aos 12 anos, entrou na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda. Aos 19, movida por uma profunda compaixão pelo povo, dada a situação de extrema pobreza reinante em Calcutá e outras regiões da Índia, decidiu ir para aquela cidade e dedicar sua vida aos mais pobres entre os pobres. Os moradores de rua, os famintos, os leprosos, os portadores de HIV, as vítimas da fome e das guerras eram os preferidos dessa freira pequena, aparentemente frágil, mas de gestos grandes, fortes e decididos, que diante de nenhum obstáculo se detinha quando se tratava de cuidar, de curar, de levar esperança aos mais fracos e marginalizados da sociedade. Em 1950 Madre Teresa fundou a Congregação das Missionárias da Caridade, cujo carisma é “saciar a sede de Jesus na cruz, por amor às almas”, indo ao encontro dos mais pobres lá onde eles sofrem e choram suas dores. Creches, abrigos para pessoas abandonadas, albergues para pacientes de Aids, distribuição de refeições diárias a crianças e adultos famintos, assistência aos doentes, principalmente aos mais repugnantes, são algumas das atividades desenvolvidas pelas Missionárias da Caridade. Madre Teresa foi reconhecida como “cidadã honorífica” da Índia, país onde apenas 2,3% dos habitantes são cristãos. Ela, e antes dela apenas Gandhi e Nehru, foi a terceira pessoa na história daquele país, a ter funerais de Chefe de Estado. Em 1977 a pequena grande freira albanesa, que estava plenamente convencida que só o amor podia conduzir à paz, ganhou o cobiçado Prêmio Nobel da Paz. Quando ela faleceu, em cinco de setembro de 1977, a Congregação das Missionárias da Caridade, cujos mais de quatro mil membros pertenciam a 79 diferentes nacionalidades, já contava com 565 casas e estava presente em 124 países, inclusive no Brasil. Madre Teresa de Calcutá foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003.

Para esse nosso mundo rico em barulho de canhões e pobre em gestos de paz, pobre em solidariedade e partilha e rico em ganância e egoísmo, Madre Teresa de Calcutá, a prêmio Nobel da Paz, a pequena freira que buscou no silêncio da oração a força para fazer do serviço aos pobres e doentes a razão de sua vida, traz hoje uma mensagem: não há prêmio maior a que uma pessoa possa aspirar, que revelar com seu coração humano, o coração de Deus aos mais desprezados e marginalizados da sociedade.


05 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

22ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 1Cor 3,1-9

 “Nós somos cooperadores de Deus,
e vós sois lavoura de Deus, construção de Deus”. 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

1 Irmãos, não pude falar-vos como a pessoas espirituais. Tive que vos falar como a pessoas carnais, como a crianças na vida em Cristo. 2 Pude oferecer-vos somente leite, não alimento sólido, pois ainda não éreis capazes de tomá-lo. E nem atualmente sois capazes de receber alimento sólido, 3 visto que ainda sois carnais. As rivalidades e rixas que existem aí, no meio de vós, acaso não mostram que sois carnais e que procedeis de acordo com os impulsos naturais? 4 Quando um declara: “Eu sou de Paulo”, e outro : “Eu sou de Apolo”, não estais procedendo como pessoas simplesmente naturais? 5 Pois, o que é Apolo? O que é Paulo? – Não passam de servidores, pelos quais chegastes à fé. E cada um deles exerce seu serviço segundo o dom recebido de Deus. 6 Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é que fazia crescer. 7 De modo que nem o que planta, nem o que rega são, propriamente, importantes. Quem é importante é aquele que faz crescer: Deus. 8 Aquele que planta e aquele que rega formam uma unidade, mas cada um receberá o seu próprio salário, proporcional ao seu trabalho. 9 Com efeito, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois lavoura de Deus, construção de Deus.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 32,12-13. 14-15. 20-21 (R. 12b)

R. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

12 Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, *
e a nação que escolheu por sua herança!
13 Dos altos céus o Senhor olha e observa; *
ele se inclina para olhar todos os homens.    R.

14 Ele contempla do lugar onde reside *
e vê a todos os que habitam sobre a terra.
15 Ele formou o coração de cada um *
e por todos os seus atos se interessa.     R.

20 No Senhor nós esperamos confiantes, *
porque ele é nosso auxílio e proteção!
21 Por isso o nosso coração se alegra nele, *
seu santo nome é nossa única esperança.     R.

Evangelho: Lc 4,38-44 

 “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus
também a outras cidades,
porque para isso é que eu fui enviado”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 38 Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39 Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40 Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava. 41 De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus.” Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias. 42 Ao raiar do dia, Jesus saiu, e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo que os deixasse. 43 Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado.” 44 E pregava nas sinagogas da Judeia.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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