02 de Dezembro 2018

A SANTA MISSA

1º Domingo do Advento – Ano C
Cor: Roxa

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1ª Leitura: Jr 33,14-16

 “Farei brotar de Davi a semente da justiça.”

Leitura do Livro do profeta Jeremias:

14 “Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros para a casa de Israel e para a casa de Judá. 15 Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra. 16 Naqueles dias, Judá será salvo e Jerusalém terá uma população confiante;
este é o nome que servirá para designá-la: ‘O Senhor é a nossa justiça’”.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 24(25), 4bc-5ab.8-9.10.14(R. 1b)

R. Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma! 

Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,*
e fazei-me conhecer a vossa estrada!
5Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação!    R.

8 O Senhor é piedade e retidão,*
e reconduz ao bom caminho os pecadores.
9 Ele dirige os humildes na justiça,*
e aos pobres ele ensina o seu caminho.     R.

10 Verdade e amor são os caminhos do Senhor*
para quem guarda sua Aliança e seus preceitos.
14 O Senhor se torna íntimo aos que o temem
e lhes dá a conhecer sua Aliança.     R. 

2ª Leitura: 1Ts 3,12—4,2

 “Que o Senhor confirme os vossos corações na vinda de Cristo.” 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses

Irmãos: 3,12 O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós. 13 Que assim ele confirme os vossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos. 4,1 Enfim, meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! 2Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Lc 21,25-28.34-36 

“A vossa libertação está próxima.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 25 “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26 Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27 Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28 Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. 34 Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35 pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. 36 Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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TEMPO COMUM. TRIGÉSIMA QUARTA SEMANA. SÁBADO

– O desejo de alcançar o Céu.
– A “divinização” da alma, das suas potências e do corpo glorioso.
– A glória acidental.

I. E MOSTROU-ME UM RIO de água viva, claro como cristal, que saía do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da praça e de um lado e do outro do rio, estava a árvore da vida, que dava doze frutos, cada um no seu mês [...]. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão a sua face; e trarão o seu nome gravado sobre as suas frontes1. A Sagrada Escritura acaba onde começou: no Paraíso. E as leituras deste último dia do ano litúrgico indicam-nos o fim do nosso caminhar aqui na terra: a Casa do Pai, nossa morada definitiva.

Mediante símbolos, o Apocalipse revela-nos a realidade da vida eterna, na qual serão satisfeitos os anelos do homem: a visão de Deus e a felicidade sem fim. São João descreve-nos nesta Leitura o que hão de encontrar aqueles que foram fiéis nesta vida: a água é o símbolo do Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho e é representado por um rio que brota do trono de Deus e do Cordeiro. O nome de Deus na fronte dos eleitos significa que eles pertencem a Deus2. No Céu já não haverá noite: não haverá necessidade de luz da lâmpada, nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará, e eles reinarão pelos séculos dos séculos3.

A morte dos filhos de Deus será somente um passo prévio, a condição indispensável para se reunirem com seu Pai-Deus e permanecerem com Ele por toda a eternidade. Junto dEle, já não haverá noite. À medida que formos crescendo no sentido da filiação divina, perderemos o medo à morte, porque iremos sentindo cada vez mais intensamente o desejo de encontrar-nos com o nosso Pai, que nos espera. Esta vida é somente um caminho para Ele; “por isso, é necessário viver e trabalhar no tempo abrigando no coração a nostalgia do Céu”4.

Muitos homens, no entanto, não têm no coração esta “nostalgia do Céu”, porque se consideram satisfeitos com a sua prosperidade e conforto material e sentem-se como se estivessem em casa própria e definitiva, esquecendo que não temos aqui morada permanentee que o nosso coração foi feito para os bens eternos. Encolheram o coração e encheram-no de coisas de pouco valor, que terão que deixar em breve.

Nós, os cristãos, amamos a vida e tudo o que nela encontramos de nobre: amizade, trabalho, alegria, amor humano. Não podemos, pois, surpreender-nos se, no momento em que tivermos que deixar este mundo, viermos a experimentar um certo temor e desassossego, pois o corpo e a alma foram criados por Deus para estarem unidos e a única experiência que temos é a deste mundo. No entanto, a fé dar-nos-á o consolo inefável de saber que a vida não é tirada, mas transformada; e, desfeito o nosso corpo terreno, é-nos dada no céu uma morada eterna6. Espera-nos a Vida.

Os filhos de Deus ficarão maravilhados ao verem na glória todas as perfeições de seu Pai, das quais tiveram apenas uma antecipação na terra. E sentir-se-ão plenamente em casa, na sua morada definitiva, no seio da Santíssima Trindade7.

Por isso, podemos exclamar: “Mas se nós não morremos! Mudamos de casa e nada mais. Com a fé e o amor, nós os cristãos temos esta esperança; uma esperança certa. A morte não é mais do que um até logo. Deveríamos morrer despedindo-nos assim: até logo!”8

II. OS SANTOS do Deus altíssimo receberão o reino e entrarão na sua posse por todos os séculos dos séculos9. No Céu, tudo nos há de parecer inteiramente jovem e novo, de uma novidade tão impressionante que o antigo universo terá desaparecido como um livro que se enrola10. No entanto, não sentiremos estranheza. O Céu será a morada que mesmo o coração mais depravado sempre desejou no âmago do seu ser. Será a nova comunidade dos filhos de Deus, que terão alcançado por fim a plenitude da sua adoção. Estaremos com novos corações e vontades novas, com os nossos corpos transfigurados depois da ressurreição.

E esta felicidade em Deus não excluirá as relações pessoais genuínas. “No Céu há lugar para todos os amores humanos verdadeiros, autenticamente pessoais: o amor dos esposos, o amor entre pais e filhos, a amizade, o parentesco, a nobre camaradagem... Vamos todos caminhando pela vida e, à medida que os anos passam, são cada vez mais numerosos os seres queridos que nos esperam do outro lado da barreira da morte. Esta converte-se numa realidade menos temerosa, até alegre, quando vamos sendo capazes de perceber que é a porta do nosso verdadeiro lar, onde nos esperam aqueles que nos precederam marcados com o sinal da fé. O nosso lar comum não é um túmulo frio; é o seio de Deus”11.

Custa-nos imaginar o que será a nossa vida no Céu, em companhia do nosso Pai-Deus, porque nesta vida os pontos de referência que podemos achar são de uma pobreza desoladora. O Antigo Testamento descreve a vida no Céu evocando a terra prometida, onde não haverá sede e cansaço, mas superabundância de bens. Não padecerão fome, nem terão sede, e não os afligirão o calor nem o sol, porque Aquele que tem compaixão deles os governará e os levará às fontes das águas12. Jesus, em quem a Revelação chega à plenitude, insiste repetidas vezes nesta felicidade perfeita e interminável. A sua mensagem é de alegria e de esperança neste mundo e naquele que está por vir.

A alma e as suas potências, bem como o corpo depois da ressurreição, ficarão como que divinizados, sem que isso suprima a diferença infinita entre a criatura e o seu Criador.

Além de contemplarem a Deus tal como é em si mesmo, os bem-aventurados conhecem em Deus, de modo perfeitíssimo, as criaturas especialmente relacionadas com eles, e deste conhecimento obtêm também uma alegria imensa. São Tomás afirma que os bem-aventurados conhecem em Cristo tudo o que diz respeito à beleza e à integridade do mundo enquanto parte do universo. Por serem membros da comunidade humana, conhecem também tudo o que foi objeto do seu carinho ou interesse na terra. E, como criaturas elevadas à ordem da graça, têm um conhecimento claro das verdades da fé relativas à salvação: a encarnação do Senhor, a maternidade divina de Maria, a Igreja, a graça e os sacramentos13.

“Pensa como é grato a Deus Nosso Senhor o incenso que se queima em sua honra; pensa também quão pouco valem as coisas da terra que, mal começam, já acabam... Pelo contrário, um grande Amor te espera no Céu: sem traições, sem enganos: todo o amor, toda a beleza, toda a grandeza, toda a ciência...! E sem enjoar: saciar-te-á sem saciar”14.

III. NO CÉUveremos a Deus e nEle teremos uma felicidade infinita, conforme a santidade e os méritos adquiridos nesta terra. Mas a misericórdia de Deus é tão grande, é tanta a sua generosidade, que quis que os seus eleitos encontrassem também no Céu um novo motivo de felicidade nos legítimos bens criados a que o homem aspira; é o que os teólogos chamam glória acidental.

Incluem-se nesta bem-aventurança a companhia de Jesus Cristo, a quem veremos glorioso e que reconheceremos depois de tantos momentos de conversa com Ele na nossa oração, depois de tantas Comunhões..., a companhia da Virgem Maria, nossa Mãe, de São José, dos Anjos – em particular do nosso Anjo da Guarda – e de todos os santos. Experimentaremos uma especial alegria ao encontrarmos aqueles que mais amamos na terra: pais, irmãos, parentes, amigos..., pessoas que influíram de uma maneira decisiva na nossa salvação...

Além disso, como cada homem, cada mulher, conserva a sua própria individualidade e as suas faculdades intelectuais, também seremos capazes de adquirir outros conhecimentos, servindo-nos das nossas potências15. Por isso, será motivo de alegria a chegada de novas almas ao Céu, o progresso espiritual das pessoas queridas que ficaram na terra, o fruto dos nossos trabalhos apostólicos ao longo da vida, a fecundidade sobrenatural das contrariedades e dificuldades enfrentadas no serviço ao Mestre... Esta glória acidental irá aumentando até o dia do Juízo final16. E depois do Juízo universal, acrescentar-se-á a tudo isso a posse do nosso corpo, ressuscitado e glorioso.

É bom e necessário fomentar a esperança do Céu: consola-nos nos momentos mais duros e ajuda-nos a manter firme a virtude da fidelidade. É tanto o que nos espera dentro de pouco tempo que se entendem muito bem as contínuas advertências do Senhor para que permaneçamos vigilantes e não nos deixemos envolver pelos assuntos da terra de tal maneira que esqueçamos os do Céu. No Evangelho da Missa17, o último do ano litúrgico, Jesus diz-nos: Velai, pois, para que não suceda que os vossos corações se embotem pelos excessos do comer e do beber, e pelos cuidados desta vida, e para que aquele dia não vos apanhe de surpresa... Vigiai, pois..., para que possais manter-vos de pé diante do Filho do homem.

Pensemos com freqüência nestas outras palavras do Senhor: Vou preparar-vos um lugar18. No Céu, temos a nossa casa definitiva, muito perto de Jesus e de sua Mãe Santíssima. Aqui estamos só de passagem. “E quando chegar o momento de rendermos a nossa alma a Deus, não teremos medo da morte. A morte será para nós uma mudança de casa. Virá quando Deus quiser, mas será uma libertação, o princípio da Vida com maiúscula. Vita mutatur, non tollitur (Prefácio I de defuntos) [...]. A vida não nos é tirada, mas transformada. Começaremos a viver de um modo novo, muito unidos à Santíssima Virgem, para adorar eternamente a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, que é o prêmio que nos está reservado”19.

Amanhã começa o Advento, o tempo da espera e da esperança. Esperemos Jesus permanecendo muito perto de Maria.

(1) Apoc 22, 1-6; Primeira leitura da Missa do sábado da trigésima quarta semana do Tempo Comum, ano II; (2) cfr. Sagrada Bíblia, vol. XII, Apocalipse; (3) Apoc 22, 5; (4) João Paulo II, Alocução, 22.10.85; (5) Hebr 13, 14; (6) Missal Romano, Prefácio de defuntos; (7) cfr. B. Perquin, Abba, Padre, pág. 343; (8) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, em Folha informativa, n. I, pág. 5; (9) Dan 7, 18; Primeira leitura do sábado da trigésima quarta semana do Tempo Comum, ano I; (10) Apoc 6, 14; (11) Camilo Lopez-Pardo, Sobre la vida y la muerte, Rialp, Madrid, 1973, pág. 358; (12) Is 49, 10; (13) cfr. São Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 89, a. 8; (14) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 995; (15) cfr. São Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 89, ad 1, ad 3, aa. 5 e 6; III, q. 67, a. 2; (16) cfr. Catecismo Romano, I, 13, n. 8; (17) Lc 21, 34-36; (18) Jo 14, 2; (19) Alvaro del Portillo, Homilia, 15.08.89, em Romana, n. 9, 7.12.89, pág. 243.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal

01 de Dezembro 2018

A SANTA MISSA

34ª Semana do Tempo Comum – Sábado 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ap 22,1-7

 “Não haverá mais noite porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles”.

 Leitura do Livro do Apocalipse de São João

A mim, João, 1 o anjo do Senhor mostrou-me um rio de água viva, o qual brilhava como cristal. O rio brotava do trono de Deus e do Cordeiro. 2 No meio da praça, de cada lado do rio, estão plantadas árvores da vida; elas dão frutos doze vezes por ano; em cada mês elas dão fruto; suas folhas servem para curar as nações. 3 Já não haverá maldição alguma. Na cidade estará o trono de Deus e do Cordeiro e seus servos poderão prestar-lhe culto. 4 Verão a sua face e o seu nome estará sobre suas frontes. 5 Não haverá mais noite: não se precisará mais da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles e eles reinarão para toda a eternidade. 6 Então o anjo disse-me: ‘Estas palavras são dignas de fé e verdadeiras, pois o Senhor, o Deus que inspira os profetas, enviou o seu Anjo, para mostrar aos seus servos o que deve acontecer muito em breve. 7 Eis que eu venho em breve. Feliz aquele que observa as palavras da profecia deste livro’.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 94 (95),1-2. 3-5. 6-7 (R. 1Cor 16,22b. Ap 22,20c)

R. Amém! Vem, ó Senhor Jesus! Amém!

Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos!    R.

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram.    R.

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, +
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão.    R. 

Evangelho: Lc 21,34-36  

“Ficai atentos a fim de terdes força
para escapar de tudo o que deve acontecer”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34 Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35 pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. 36 Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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30 de Novembro 2018

A SANTA MISSA

34ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira 
Festa: Santo André, apostolo
Cor: Vermelho

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1ª Leitura: Rm 10,9-18

“A fé vem da pregação
e a pregação se faz pela palavra de Cristo”.

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos

Irmãos, 9se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10Écrendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: “Todo  aquele que nele crer não ficará confundido”. 12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.14Mas como invocá-lo, sem antes crer nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? 15E como pregar, sem ser enviado para isso? Assim é que está escrito: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. 16Mas nem todos obedeceram à Boa Nova. Pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?” 17Logo, a fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: Será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois “a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo”.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial – Sl 18(19A),2-3.4-5 (R. 5a)

 R. Seu som ressoa e se espalha em toda terra.

2 Os céus proclamam a glória do Senhor, *
e o firmamento, a obra de suas mãos;
3 o dia ao dia transmite esta mensagem, *
a noite à noite publica esta notícia.    R.

4 Não são discursos nem frases ou palavras, *
nem são vozes que possam ser ouvidas;
5 seu som ressoa e se espalha em toda a terra, *
chega aos confins do universo a sua voz.   R.

 

Evangelho – Mt 4,18-22  

“Imediatamente deixaram as redes e o seguiram”.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, 18 quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19 Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20 Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21 Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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– O primeiro encontro com Jesus.
– Apostolado da amizade.
– A chamada definitiva. Desprendimento e prontidão no seguimento do Senhor.

O Apóstolo Santo André era natural de Betsaida, irmão de Simão e pescador como ele. Foi discípulo de São João Batista e depois um dos primeiros a conhecer Jesus; foi ele que levou Pedro ao encontro do Mestre e que, na multiplicação dos pães, disse ao Senhor que havia um rapaz com uns pães e uns peixes. Conforme a Tradição, pregou o Evangelho na Grécia e morreu na Acaia, numa cruz em forma de xis.

I. FORAM E VIRAM onde habitava, e ficaram com Ele naquele dia. Era cerca da hora décima1. André e João foram os primeiros Apóstolos chamados por Jesus, conforme nos relata o Evangelho. O Mestre iniciou o seu ministério público e já no dia seguinte começou a chamar aqueles que permaneceriam ao seu lado. São João Batista encontrava-se em companhia dos seus discípulos quando, vendo Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus2. E os dois discípulos foram atrás do Senhor. Jesus voltou-se e, vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Eles disseram: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? Jesus disse-lhes: Vinde e vede. Na realidade, era um amável convite para que o acompanhassem.

Durante aquele dia, Jesus falou-lhes certamente de mil coisas cheias de sabedoria divina e encanto humano; e os dois ficaram para sempre unidos à sua Pessoa. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e tinham seguido Jesus. O Apóstolo São João, passados muitos anos, pôde anotar no seu Evangelho a hora do encontro: Era então cerca da hora décima, das quatro da tarde. Nunca esqueceu aquele momento em que Jesus lhes disse: Que buscais? André também se lembraria sempre daquele encontro definitivo.

Nunca se esquece o encontro decisivo com Jesus. Aceitar a chamada do Senhor, passar a pertencer ao círculo dos mais íntimos, é a maior graça que se pode receber neste mundo.

Constitui esse dia feliz, inesquecível, em que somos invadidos pelo convite claro do Mestre – um dom imerecido, valiosíssimo, porque vem de Deus –, que dá sentido à vida e ilumina o futuro.

Há chamadas de Deus que são um convite doce e silencioso; outras, como a de São Paulo, fulminantes como um raio que rasga as trevas; e outras, enfim, em que o Mestre simplesmente nos põe a mão sobre o ombro e diz: Tu és meu! Segue-me! Então o homem, cheio de alegria, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo3, pois nele está o seu tesouro. Descobriu, entre os muitos dons da vida – como um especialista que procura pérolas finas4 – a pérola de maior valor5.

Vinde e vede. Foi no relacionamento pessoal com o Senhor que André e João conheceram por experiência direta aquilo que as meras palavras não lhes teriam permitido entender por completo6. É na oração pessoal, na intimidade com Cristo, que chegamos a conhecer os múltiplos convites e apelos do Senhor para que o sigamos mais de perto. Agora, enquanto falamos com Ele, podemos perguntar-nos se temos o ouvido atento à sua voz inconfundível, se estamos respondendo plenamente àquilo que Ele nos pede, porque Cristo passa ao nosso lado e nos chama. Ele continua presente no mundo, tão real como há vinte séculos, e procura colaboradores que o ajudem a salvar almas. Vale a pena dizer “sim” a essa missão divina.

II. DISSE ANDRÉ a seu irmão Simão: Encontramos o Messias! (que significa Cristo). E levou-o a Jesus7.

O encontro com Jesus deixou André com a alma cheia de felicidade e de alegria; uma alegria nova que tinha de comunicar a alguém imediatamente, como se não a conseguisse reter. A primeira pessoa que procurou foi seu irmão Simão, e deve ter-lhe falado da sua descoberta com muito entusiasmo: Encontramos o Messias!, disse-lhe com essa ênfase especial de quem está convencido, pois conseguiu que Pedro, talvez cansado depois de uma jornada de trabalho, fosse até o Mestre, que já o esperava: E levou-o a Jesus.

Esta é a nossa tarefa: levar a Cristo os nossos parentes, amigos e conhecidos, falando-lhes com essa convicção pessoal que arrasta.

Esse anúncio é próprio da alma “que se enche de felicidade com a sua aparição e que se apressa a anunciar aos outros algo tão grande. Essa é a prova do verdadeiro e sincero amor fraternal: o intercâmbio de bens espirituais”8. Verdadeiramente, quem encontra Cristo, encontra-o para todos.

Nós vimos tratando intimamente com Cristo, que um dia – talvez há não poucos anos! – passou perto da nossa vida: “Como André, também nós, pela graça de Deus, descobrimos o Messias e o significado da esperança que devemos transmitir a todos”9. O Senhor serve-se com freqüência dos laços do sangue, da amizade..., para chamar outras almas. Esses vínculos podem abrir a porta do coração dos nossos parentes e amigos, talvez fechados para Cristo devido aos preconceitos, à ignorância, ao medo ou à preguiça. Quando a amizade é verdadeira, não são necessários grandes esforços para falar de Cristo: a confidência surgirá naturalmente. Entre amigos, é fácil trocar pontos de vista, comunicar descobertas... Seria tão pouco natural que não falássemos de Cristo, sendo Ele a descoberta mais importante que fizemos na vida e o motor de todas as nossas ações!

A amizade, com a graça de Deus, pode ser o caminho – natural e divino ao mesmo tempo – para um apostolado profundo, capilar, feito um a um. As palavras cheias de esperança e de alegria farão com que muitos venham a descobrir que Cristo está perto, como o descobriu Pedro, como talvez nós mesmos o tenhamos descoberto. “Um dia – não quero generalizar; abre o teu coração ao Senhor e conta-lhe a tua história –, talvez um amigo, um simples cristão igual a ti, te fez descobrir um panorama profundo e novo, e, ao mesmo tempo, antigo como o Evangelho. Sugeriu-te a possibilidade de te empenhares seriamente em seguir a Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenhas perdido então a tranqüilidade e não a tenhas recuperado, convertida em paz, enquanto livremente, porque te apeteceu – que é a razão mais sobrenatural –, não respondeste sim a Deus. E veio a alegria, forte, constante, que só desaparece quando te afastas dEle”10 – essa alegria que só encontramos quando seguimos os passos do Mestre, e da qual desejamos que muitos participem.

III. ALGUM TEMPO mais tarde, caminhando Jesus ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar (porque eram pescadores), e disse-lhes: Segui-me, e eu vos farei pescadores de homens. E eles, imediatamente, deixaram as redes e seguiram-no11.

É a chamada definitiva, culminância daquele primeiro encontro com o Mestre. André, como os outros Apóstolos, respondeu imediatamente. São Gregório Magno, ao comentar essa chamada definitiva de Jesus àqueles pescadores e a forma como lhe corresponderam, desfazendo-se de tudo o que possuíam, ensina que o reino dos céus “vale tudo quanto tens”12. Diante de Jesus que passa, não podemos ficar com nada. Pedro e André deixaram muito, “já que ambos deixaram o desejo de possuir”13. O Senhor necessita de corações limpos e desprendidos. E cada cristão deve viver esse espírito de entrega, de acordo com a sua vocação. Não pode haver nada na nossa vida que não seja de Deus. Que havemos de reservar para nós, quando o Mestre está tão perto, quando o vemos e convivemos com Ele todos os dias?

Este desprendimento permitir-nos-á acompanhar Jesus que prossegue o seu caminho com passo rápido; não seria possível acompanhá-lo com demasiados fardos. O passo de Deus pode ser ligeiro, e seria triste que ficássemos para trás por causa de quatro bugigangas que não valem a pena.

Ele passa sempre perto de nós e chama-nos: umas vezes, na juventude, outras na maturidade ou mesmo quando falta pouco para partirmos desta vida, como podemos observar na parábola dos trabalhadores que foram contratados a diversas horas do dia para trabalhar na vinha14. Em qualquer caso, é necessário responder a essa chamada com a alegria estremecida de que os Evangelistas nos dão notícia ao recordarem a chamada que receberam. É o mesmo Jesus quem passa agora e quem nos convida a segui-lo.

Conta a tradição que Santo André morreu louvando a cruz, pois ela o levava definitivamente para junto do seu Mestre. “Ó cruz boa, que foste glorificada pelos membros do Senhor, cruz por tão longo tempo desejada, ardentemente amada, procurada sem descanso e oferecida aos meus ardentes desejos [...], devolve-me ao meu Mestre, para que por ti me receba Aquele que por ti me redimiu”15. Se virmos Jesus por trás dela, nada nos importarão os maiores sacrifícios.

(1) Jo 1, 39; (2) Jo 1, 37; (3) Mt 13, 44; (4) Mt 13, 45; (5) J. L. R. Sanchez de Alva, El evangelio de San Juan, 3ª ed., Madrid, 1987, nota a Jo 1, 35-51; (6) São Tomás, Comentário ao Evangelho de São João; (7) Jo 1, 41-42; Antífona da comunhão da Missa do dia 30 de novembro; (8) Liturgia das Horas, Segunda Leitura; São João Crisóstomo, Homilias sobre o Evangelho de São João, 19, 1; (9) João Paulo II, Homilia, 30-XI-1982; (10) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 1; (11) Mt 4, 18-20; (12) São Gregório Magno, Homilias sobre os Evangelhos, I, 5, 2; (13) ib.; (14) cfr. Mt 20, 1 e segs.; (15) Paixão de Santo André.

Fonte: Livro "Falar com Deus"de Francisco Fernández Carvajal

São Saturnino

29 de Novembro

São Saturnino 

Eglise Notre-Dame du Taur - Le martyre de Saint Saturnin par Jean-Louis BÉZARD

São Saturnino nasceu em Cartago, África. Foi bispo de Tolouse e é um dos santos mais populares na França e na Espanha. É também considerado o padroeiro das corridas. Tudo o que se sabe sobre ele consta das atas de sua paixão, escritas entre os anos 439 e 450. Por volta do ano 250, ele fixou residência na cidade de Tolouse. Nesse tempo não havia ainda muitas comunidades cristãs, e os templos pagãos viviam repletos de pessoas que faziam sacrifícios aos deuses. Conta-se que ele caminhava todos os dias até uma pequena capela onde costumava fazer suas orações. Para chegar à capela, ele era obrigado a passar em frente ao Capitólio, o templo principal dos romanos, dedicado ao deus Júpiter, e a quem os pagãos ofereciam touros para obter respostas para os seus pedidos. Os sacerdotes do templo começaram a se irritar com aquela passagem diária, achando que a presença de Saturnino nas imediações do templo, inibia e emudecia os deuses. Certo dia, instigado pelos sacerdotes, o povo cercou Saturnino e lhe impôs sacrificar um touro sobre o altar de Júpiter. O bispo negou-se a fazê-lo, declarando que não tinha medo dos raios de Júpiter, simplesmente porque Júpiter não existia. Enfurecidos, os pagãos o pegaram, amarraram-no ao pescoço de um touro, e fustigaram o animal que enraivecido, desceu correndo as escadas do Capitólio, levando consigo o bispo. São Saturnino teve os membros despedaçados e morreu logo depois. Seu corpo foi jogado e abandonado no meio de uma estrada, porém foi mais tarde recolhido por duas piedosas mulheres que o sepultaram. Sobre seu túmulo, um século mais tarde, Santo Hilário construiu uma capela de madeira que foi posteriormente destruída. No século VI as relíquias do bispo mártir foram encontradas e no lugar foi erguida uma igreja dedicada a ele.

O mundo de hoje que parece se haver transformado num grande Capitólio, não adora Júpiter, mas em compensação adora o deus dinheiro, o deus consumo, o deus sexo, o deus lucro, deuses mais perigosos do que Júpiter, porque capazes de embotar as consciências, subverter a verdade e corromper a honra das pessoas. Para os adoradores desses deuses, os cristãos são também uns tolos e um empecilho ao progresso. Por isso hoje São Saturnino nos convida a destronar esses deuses que escravizam e matam as pessoas e a proclamar que o único e verdadeiro Deus é aquele que ao mundo se manifestou na pessoa de seu filho Jesus.

Fonte: VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro


29 de Novembro 2018

A SANTA MISSA

34ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ap 18,1-2.21-23; 19,1-3.9a

 “Caiu! Caiu Babilônia, a grande!” 

Leitura do Livro do Apocalipse de São João

Eu, João, 1 vi outro anjo descendo do céu. Tinha grande poder, e a terra ficou toda iluminada com a sua glória. 2 Ele gritou com voz poderosa: ‘Caiu! Caiu Babilônia, a grande! Tornou-se morada de demônios, abrigo de todos os espíritos maus, abrigo de aves impuras e nojentas. 21 Nessa hora, um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma grande pedra de moinho e atirou-a ao mar, dizendo: ‘Com esta força será lançada Babilônia, a Grande Cidade, e nunca mais será encontrada. 22 E o canto de harpistas e músicos, de flautistas e tocadores de trombeta, em ti nunca mais se ouvirá; e nenhum artista de arte alguma em ti jamais se encontrará; e o canto do moinho em ti nunca mais se ouvirá; 23 e a luz da lâmpada em ti nunca mais brilhará; e a voz do esposo e da esposa em ti nunca mais se ouvirá, porque os teus comerciantes eram os grandes da terra, e com magia tu enfeitiçaste todas as nações. 19,1 Depois disso, ouvi um forte rumor, de uma grande multidão no céu, que clamava: ‘Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus, 2 porque seus julgamentos são verdadeiros e justos. Sim, Deus julgou a grande prostituta que corrompeu a terra com sua prostituição, e vingou nela o sangue dos seus servos’. 3 E repetiram: ‘Aleluia! A fumaça dela fica subindo para toda a eternidade!’ 9a E um anjo me disse: ‘Escreve: Felizes são os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro.’

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 99 (100),2. 3. 4. 5 (R. Ap 19,9a)

R. São bem-aventurados os que foram convidados
para a Ceia Nupcial das bodas do Cordeiro!

Aclamai o Senhor, ó terra inteira, +
servi ao Senhor com alegria, *
ide a ele cantando jubilosos!    R.

3 Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, +
Ele mesmo nos fez, e somos seus, *
nós somos seu povo e seu rebanho.    R.

4 Entrai por suas portas dando graças, +
e em seus átrios com hinos de louvor; *
dai-lhe graças, seu nome bendizei!    R.

5 Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, +
sua bondade perdura para sempre, *
seu amor é fiel eternamente!    R. 

Evangelho: Lc 21,20-28 

 “Jerusalém será pisada pelos infiéis,
até que o tempo dos pagãos se complete”. 

 – O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20 Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21 Então, os que estiverem na Judeia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. 22 Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. 23 Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. 24 Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações. e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26 Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27 Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28 Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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São Tiago das Marcas

28 de Novembro

São Tiago das Marcas

São Tiago de Marca nasceu em 1391, na aldeia de Marca de Antona, com o nome de Domingos. Muito inteligente, estudou Direito na Universidade de Perúgia, tendo iniciado sua vida profissional, como professor dos filhos de um rico senhor.

Quando este foi para Florença, a fim de ocupar um alto cargo na magistratura, Tiago o acompanhou, como seu auxiliar. Foi neste emprego que Tiago teve oportunidade de entrar em contato com as realidades do mundo e encontrou seu verdadeiro caminho. De início pensou em entrar para a Congregação dos Cartuxos, mas, quando voltava para sua cidade, a fim de resolver alguns problemas familiares, parou em Assis e, aí tomou a decisão de ingressar na Ordem dos Frades franciscanos Menores. Tinha ele então 22 anos de idade.

São Tiago de Marca dedicou toda sua vida à pregação de missões populares, chegando a percorrer, em 50 anos, grande parte da Europa. Realizou também algumas missões delicadas que lhe foram confiadas por alguns Papas, mas não aceitou a indicação para bispo de Milão.

Viveu uma vida de radical austeridade e deixou numerosos escritos. Grande comunicador, ficava nos lugares apenas o tempo suficiente para cumprir sua missão, ora pregando, ora construindo mosteiros, ora restabelecendo a regra franciscana nos conventos já existentes. Para combater a usura e avareza dos negociantes e mercadores desonestos que roubavam e oprimiam o povo com empréstimos a juros altíssimos, ele fundou, em algumas cidades, uma espécie de banco popular, com juros mínimos.

São Tiago de Marca nutria uma verdadeira paixão pelos pobres e oprimidos, mas era severíssimo com os erros morais e éticos. Seguindo os passos de São Bernardino de Sena, seu mestre, e das mãos de quem recebeu o hábito franciscano, foi um grande propagador da devoção ao Santíssimo Nome de Jesus. Morreu no dia 28 de novembro de 1476 e foi canonizado em 1726.

Hoje, nesse nosso mundo que não difere muito do mundo daquele tempo, São Tiago de Marca que soube tão bem conjugar oração e ação, nos lembra que é impossível viver uma fé desligada das realidades da vida. Hoje, como ele o fez, somos convidados a trabalhar em favor de uma sociedade em que prevaleça a igualdade de direitos, a solidariedade e a justiça; a tomar posição firme em favor dos que vivem à mercê da ganância dos ricos e poderosos e a denunciar todo sistema econômico que privilegia o comércio e o lucro em vez do trabalho e do ser humano.

Fonte: VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro


28 de Novembro 2018

A SANTA MISSA

34ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ap 15,1-4

“Entoavam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro”. 

Leitura do Livro do Apocalipse de São João Eu, João,

1 vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos, com as sete últimas pragas. Com elas o furor de Deus ia-se consumar. 2 Vi também como que um mar de vidro misturado com fogo. Sobre este mar estavam, de pé, todos aqueles que saíram vitoriosos do confronto com a besta, com a imagem dela e com o número do nome da besta. Seguravam as harpas de Deus. 3 Entoavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: ‘Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! 4 Quem não temeria, Senhor, e não glorificaria o teu nome? Só tu és santo! Todas as nações virão prostrar-se diante de Ti, porque tuas justas decisões se tornaram manifestas.’

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 97 (98), 1. 2-3ab. 7-8. 9 (R. Ap 15,3b)=

Como são grandes e admiráveis vossas obras, 
ó Senhor e nosso Deus onipotente!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo *
alcançaram-lhe a vitória.    R.

2 O Senhor fez conhecer a salvação, *
e às nações, sua justiça;
3a recordou o seu amor sempre fiel *
3b pela casa de Israel.     R.

7 Aplauda o mar com todo ser que nele vive, *
o mundo inteiro e toda gente!
8 As montanhas e os rios batam palmas *
e exultem de alegria.    R.

9 na presença do Senhor, pois ele vem, *
vem julgar a terra inteira.
Julgará o universo com justiça *
e as nações com equidade.    R.

Evangelho: Mt 22, 34-40

 

“Amarás o Senhor teu Deus, e ao teu próximo como a ti mesmo”.

 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo:
34 Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo,
35 e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo:
36 ‘Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?’
37 Jesus respondeu: ‘`Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’
38 Esse é o maior e o primeiro mandamento.
39 O segundo é semelhante a esse: `Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’.
40 Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos.

 

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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27 de Novembro 2018

A SANTA MISSA

34ª Semana do Tempo Comum – Terça-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ap 14,14-19

 “Chegou a hora da colheita.
A seara da terra está madura!” 

Leitura do Livro do Apocalipse de São João

Eu, João, 14 na minha visão, vi uma nuvem branca e sentado na nuvem alguém que parecia um ‘filho de homem’. Tinha na cabeça uma coroa de ouro e, nas mãos, uma foice afiada. 15 Saiu do Templo um outro anjo, gritando em alta voz para aquele que estava sentado na nuvem: “Lança tua foice, e ceifa. Chegou a hora da colheita. A seara da terra está madura!” 16 E aquele que estava sentado na nuvem lançou a foice, e a terra foi ceifada. 17 Então saiu do templo que está no céu mais um anjo. Também ele tinha nas mãos uma foice afiada. 18 E saiu, de junto do altar, outro anjo ainda, aquele que tem o poder sobre o fogo. Ele gritou em alta voz para aquele que segurava a foice afiada: “Lança a foice e colhe os cachos da videira da terra, porque as uvas já estão maduras.” 19 E o anjo lançou a foice afiada na terra, e colheu as uvas da videira da terra. Depois, despejou as uvas no grande lagar do furor de Deus.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 95 (96),10. 11-12. 13 (R. 13b)

R. O Senhor vem julgar nossa terra.

10Publicai entre as nações: ‘Reina o Senhor!’ +
Ele firmou o universo inabalável, *
e os povos ele julga com justiça.  R.

11 O céu se rejubile e exulte a terra, *
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
12 os campos com seus frutos rejubilem *
e exultem as florestas e as matas    R.

13 na presença do Senhor, pois ele vem, *
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça, *
e os povos julgará com lealdade.    R.

Evangelho: Lc 21,5-11 

 “Não ficará pedra sobre pedra”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 5 Algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6 ‘Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.’ 7 Mas eles perguntaram: ‘Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer? 8 Jesus respondeu: ‘Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ – e ainda: ‘O tempo está próximo.’ Não sigais essa gente! 9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim.’ 10 E Jesus continuou: ‘Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11 Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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