28 de Setembro 2019
A SANTA MISSA

25ª Semana do Tempo Comum – Sábado
Cor: Verde
1ª Leitura: Zc 2,5-9.14-15ª
“Eis que venho para habitar no meio de ti”
Leitura da Profecia de Zacarias
5 Levantei os olhos e eis que vi um homem com um cordel de medir na mão. 6 Perguntei-lhe: “Aonde vais?” Respondeu-me: “Vou medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e o seu comprimento”. 7 Eis que apareceu o anjo que falava em mim, enquanto lhe vinha ao encontro outro anjo, 8 que lhe disse: “Corre a falar com esse moço, dizendo: A população de Jerusalém precisa ficar sem muralha, em vista da multidão de homens e animais que vivem no seu interior. 9 Eu serei para ela, diz o Senhor, muralha de fogo a seu redor, e mostrarei minha glória no meio dela. 14 Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15a Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Jr 31, 10.11-12ab.13(R. 10d)
R. O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
10 Ouvi, nações, a palavra do Senhor *
e anunciai-a nas ilhas mais distantes:
‘Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, *
e o guardará qual pastor a seu rebanho!’ R.
11 Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó *
e o libertou do poder do prepotente.
12a Voltarão para o monte de Sião, +
entre brados e cantos de alegria *
12b afluirão para as bênçãos do Senhor: R.
13 Então a virgem dançará alegremente, *
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto, *
serei consolo e conforto após a guerra. R.
Evangelho: Lc 9,43b-45
O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.
Eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 43b Todos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia. Então Jesus disse a seus discípulos: 44 ‘Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.’ 45 Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Venceslau
28 de Setembro
São Venceslau


O tempo e o momento
TEMPO COMUM. VIGÉSIMA QUINTA SEMANA. SEXTA‑FEIRA
– Viver o momento presente.
– Realizar com plena atenção as tarefas que temos entre mãos.
– Evitar as preocupações inúteis.
I. PARA NOS APRESENTARMOS diante de Deus Pai com as mãos cheias de fruto, são muitas as tarefas que temos de realizar. A Sagrada Escritura ensina‑nos, numa das Leituras para a Missa de hoje, que tudo tem o seu tempo e o seu momento. As circunstâncias e acontecimentos da vida fazem parte de um plano divino. Mas há ocasiões em que o homem não consegue compreender esse querer de Deus sobre as criaturas e não encontra o tempo oportuno para cada coisa.
Com freqüência, os homens põem o seu interesse em coisas que estão longe do trabalho que têm entre mãos: o pai pode viver alheio aos filhos quando deixa de prestar‑lhes mais atenção, de ajudá‑los nos seus problemas, de ouvi‑los nos seus motivos de alegria ou de preocupação, embora esteja fisicamente presente. O estudante tem por vezes a imaginação fora da matéria que deve estudar e não aproveita um tempo de que depois sentirá falta, talvez com preocupação e angústia.
“O tempo é precioso – dizia Paulo VI –, o tempo passa, o tempo é uma fase experimental do nosso destino decisivo e definitivo. Das provas que dermos de fidelidade aos nossos deveres dependerá o nosso destino futuro e eterno. O tempo é um dom de Deus: é uma interpelação do amor de Deus à nossa livre e – pode dizer‑se – decisiva resposta. Devemos ser avaros do tempo, para empregá‑lo bem, com intensidade no agir, amar e sofrer. Que não exista jamais para o cristão o ócio, o tédio. O descanso sim, quando for necessário (cfr. Mc 6, 31), mas sempre com vistas a uma vigilância que só no último dia se abrirá a uma luz sem ocaso”1.
Uma das Leituras da Missa convida‑nos a aproveitar a vida aos olhos de Deus, estando atentos ao momento presente, o único de que podemos verdadeiramente dispor. Cada tarefa tem o seu tempo: Há um tempo para nascer e um tempo para morrer. Há um tempo para plantar e um tempo para arrancar o que se plantou... Há um tempo para destruir e um tempo para edificar. Há um tempo para chorar e um tempo para rir. Há um tempo para calar‑se e um tempo para falar...2
Perder o tempo é dedicá‑lo a outras tarefas, talvez humanamente interessantes e produtivas, mas diferentes das que Deus esperava que nos ocupassem naquele momento preciso: dedicar ao trabalho ou aos amigos uma horas que se deveriam empregar no lar; ler o jornal quando a ocupação profissional pedia que estivéssemos mergulhados no trabalho... E assim por diante.
E aproveitar o tempo é fazer o que Deus quer que façamos; é viver o momento presente sabendo que a vida do homem se compõe de contínuos presentes, os únicos que podemos santificar.
Do passado só devemos tirar motivos de contrição por tudo aquilo que fizemos mal, de ações de graças pelas ajudas que recebemos do Senhor, e experiência para realizarmos com nova perfeição as nossas tarefas. Por sua vez, os acontecimentos futuros não nos devem preocupar muito, pois ainda não temos a graça de Deus para enfrentá‑los.
“Viver plenamente o momento presente é o pequeno segredo com o qual se constrói, tijolo a tijolo, a cidade de Deus em nós”3. Não possuímos outro tempo que o de agora. Este é o único tempo que – sejam quais forem as circunstâncias que nos acompanhem – podemos e devemos santificar. Hoje e agora, este momento, vivido com intensidade, com amor, com toda a perfeição possível, é o que podemos oferecer ao Senhor. Não o deixemos passar à espera de melhores oportunidades.
II. NÃO CUMPRIR O DEVER que o instante requeria, deixá‑lo para depois, equivale em muitas ocasiões a omiti‑lo. Aproveitai o tempo presente...4, exortava São Paulo aos primeiros cristãos.
Para isso, devemos começar por elaborar uma ordem de prioridades nos nossos afazeres diários, e depois respeitá-la rigorosamente. Preguiçoso é não só aquele que deixa passar o tempo sem fazer nada, mas também quem faz muitas coisas, mas recusa‑se a cumprir a sua obrigação concreta em cada instante: escolhe as suas ocupações conforme o capricho do momento, ou então dedica‑se ao que deve, mas sem energia e disposto a mudar de tarefa à primeira dificuldade. O preguiçoso pode até ser amigo dos “começos”, mas a sua incapacidade para um trabalho contínuo e profundo impede‑o de colocar as “últimas pedras”, de acabar bem o que tinha começado.
“Quem é laborioso aproveita o tempo, que não é apenas ouro; é glória de Deus! Faz o que deve e está no que faz, não por rotina nem para ocupar as horas, mas como fruto de uma reflexão atenta e ponderada” 5.
Viver o hodie et nunc, o “hoje e agora”, leva‑nos a estar atentos à tarefa que temos entre mãos, convencidos de que se trata de uma oferenda ao Senhor e, portanto, requer plena dedicação, como se fosse a última obra que fazemos por Deus. Esta atenção ajudar‑nos‑á a terminar bem os nossos afazeres, por pequenos que possam parecer, porque, oferecidos ao Senhor, passam a ser grandes.
Quem se concentra no momento presente não se sobrecarrega com preocupações inúteis a respeito de doenças, desgraças ou trabalhos que ainda não se apresentaram e que talvez nunca cheguem a apresentar‑se. “Um simples raciocínio sobrenatural seria suficiente para os varrer: se esses perigos não são atuais e esses temores ainda não se verificaram, é obvio que não dispões da graça de Deus necessária para os vencer e aceitar. Se esses receios vierem a cumprir‑se, então não te faltará a graça divina e, com ela, e com a tua correspondência, a vitória, a paz. É natural que não tenhas agora a graça de Deus para venceres os obstáculos e aceitares as cruzes que existem apenas na tua imaginação. É preciso construir a vida espiritual com base num realismo sereno e objetivo”6.
Viver o dia presente, conduzidos pela mão do nosso Pai‑Deus, como bons filhos, livra‑nos de muitas ansiedades e permite‑nos aproveitar bem o tempo. Quantas coisas funestas, que temíamos, simplesmente nunca chegaram a acontecer! O nosso Pai‑Deus cuida dos seus filhos mais do que nós pensamos em algumas ocasiões.
III. É NAS TAREFAS de hoje e agora que podemos enriquecer a nossa vida sobrenatural, pois o cumprimento do dever presente é um apelo contínuo ao espírito de fé, de esperança, à fortaleza e à caridade. E é nelas que podemos praticar as virtudes humanas: a laboriosidade, a ordem, o otimismo, a cordialidade, o espírito de serviço... Não o esqueçamos. O homem que cumpre o seu dever, que “faz o que deve e está no que faz”7, enrijece o caráter, torna‑se mais varonil, enérgico, empreendedor. E todas estas virtudes compõem a base sem a qual não se podem erguer as virtudes cristãs. “Agora é o tempo de misericórdia, então será somente tempo de justiça; por isso, agora é o nosso momento, então será só o momento de Deus”8.
O próprio Senhor nos convidou a viver com serenidade e intensidade cada jornada, eliminando preocupações inúteis pelo que aconteceu ontem e pelo que pode acontecer amanhã. Não queirais, pois, andar inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã cuidará de si; basta a cada dia o seu cuidado9. É um conselho, e ao mesmo tempo um consolo, que nos leva a não evadir‑nos do momento atual. Viver o momento presente significa abraçá‑lo decididamente para santificá‑lo e afastar muitos pesos desnecessários e – tantas vezes! – muito mais difíceis de carregar aos ombros. Esta sabedoria é própria dos filhos de Deus, que se sabem nas suas mãos, e do sentido comum da experiência cotidiana: Quem observa o vento não semeia, e quem considera as nuvens nunca ceifará10.
“Porta‑te bem «agora», sem te lembrares do «ontem», que já passou, e sem te preocupares com o «amanhã», que não sabes se chegará para ti”11.
Nem o desejo do Céu, nem a meditação sobre os últimos fins do homem – a morte, o Juízo, o Céu e o inferno – podem fazer‑nos esquecer os afazeres desta terra. Já se disse de modos muito diversos que devemos trabalhar para esta terra como se sempre fôssemos viver nela, e ao mesmo tempo trabalhar para a eternidade como se fôssemos morrer ainda hoje. Mais do que isso: devemos ter sempre em conta que é precisamente esta tarefa do momento que vivemos a que nos leva ao Céu. Agora é tempo de edificar: não nos enganemos pensando que o faremos num futuro próximo.
A Virgem, nossa Mãe, ajudar‑nos‑á a dizer faça‑se diante das tarefas de cada instante, com a docilidade com que Ela o disse ao Anjo no momento da Anunciação.
(1) Paulo VI, Homilia, 1.01.1976; (2) Ecl 3, 1‑11; Primeira leitura da Missa da sexta‑feira da 25ª semana do Tempo Comum; (3) Chiara Lubich, Meditações, pág. 61; (4) cfr. Gál 6, 10; (5) São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 81; (6) Salvador Canals, Reflexões espirituais, Quadrante, São Paulo, pág. 104; (7) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 815; (8) São Tomás de Aquino, Sobre o Credo, 7; (9) Mt 6, 34; (10) Ecl 11, 4; (11) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 253.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
27 de Setembro 2019
A SANTA MISSA

25ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira
Memória: São Vicente de Paulo, presbítero
Cor: Branca
1ª Leitura: Ag 1,15b–2,9
“Ainda um momento, e hei de encher de esplendor esta casa”
Leitura da Profecia de Ageu
1,15b No segundo ano do reinado de Dario, 2,1 no dia vinte e um do sétimo mês, fez-se ouvir a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu: 2 “Vai dizer a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote, e ao resto do povo: 3 Há dentre vós algum sobrevivente que tenha visto esta casa em seu primitivo esplendor? E como a vedes agora? Não parece aos vossos olhos uma sombra do que era? 4 Mas agora, toma coragem, Zorobabel, diz o Senhor, coragem, Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote; coragem, povo todo desta terra, diz o Senhor dos exércitos; ponde mãos à obra, pois eu estou convosco, diz o Senhor dos exércitos. 5 Eu assumi um compromisso convosco, quando saístes do Egito, e meu espírito permaneceu no meio de vós: não temais. 6 Isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda um momento, e eu hei de mover o céu e a terra, o mar e a terra firme. 7 Sacudirei todos os povos, e começarão a chegar tesouros de todas as nações, hei de encher de esplendor esta casa, diz o Senhor dos exércitos. 8 Pertence-me a prata, pertence-me o ouro, diz o Senhor dos exércitos. 9 O esplendor desta nova casa será maior que o da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e, neste lugar, estabelecerei a paz, diz o Senhor dos exércitos.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 42(43), 1.2.3.4(R. cf. 5bc)
R. Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador!
1 Fazei justiça, meu Deus, e defendei-me *
contra a gente impiedosa;
do homem perverso e mentiroso *
libertai-me, ó Senhor! R.
2 Sois vós o meu Deus e meu refúgio: *
por que me afastais?
Por que ando tão triste e abatido *
pela opressão do inimigo? R.
3 Enviai vossa luz, vossa verdade: *
elas serão o meu guia;
que me levem ao vosso Monte santo, *
até a vossa morada! R.
4 Então irei aos altares do Senhor, *
Deus da minha alegria.
Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, *
meu Senhor e meu Deus! R.
Evangelho: Lc 9,18-22
Tu és o Cristo de Deus. O Filho do Homem deve sofrer muito.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Aconteceu que, 18 Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: ‘Quem diz o povo que eu sou?’ 19 Eles responderam: ‘Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou.’ 20 Mas Jesus perguntou: ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’ Pedro respondeu: ‘O Cristo de Deus.’ 21 Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22 E acrescentou: ‘O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia.’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Vicente de Paulo
27 de Setembro
São Vicente de Paulo
São Vicente de Paulo nasceu em 24 de abril do ano 1581, em Pouy, no sul da França e foi batizado no mesmo dia. Vicente foi o terceiro filho de Jean de Paul e Bertrande de Moras. Seus pais eram camponeses de fé firme e vigorosa. A própria mãe deu educação religiosa aos seis filhos.
Vicente se destacava pela sua inteligência e pelo zelo religioso. Começou a estudar na cidade de Dax, onde mais tarde, foi professor. Estudou teologia na Universidade de Toulouse. Sua ordenação sacerdotal, com apenas dezenove anos, foi no dia 23 de setembro de 1600. Nessa época ele passou por uma forte provação: uma senhora viúva que gostava de ouvi-lo pregar, sabendo que ele era uma pessoa pobre, deixou sua herança para ele, uma propriedade e uma quantia em dinheiro, que estava em posse de um comerciante na cidade de Marselha. O Padre Vicente vai até lá para receber esta herança com a intenção de distribui-la para os pobres.
Ao retornar de Marselha, o navio em que ele viajava sofreu um ataque de piratas turcos. Pe. Vicente tornou-se prisioneiro e foi vendido em Túnis como escravo. Depois, foi vendido a outro homem que, ao morrer, o deixou como escravo herança a um sobrinho fazendeiro. Este tinha sido católico, mas, por medo da perseguição, tornara-se muçulmano.
Uma das três esposas deste fazendeiro ficou encantada com as músicas que Pe. Vicente cantava ao rezar e quis saber o significado daquilo. Ao ser evangelizada por Pe. Vicente, a mulher chamou a atenção do marido dizendo que ele não poderia ter abandonado aquela religião tão linda e séria. O patrão se arrependeu e se converteu. Meses depois, o homem foi com Padre Vicente até à França. Foram escondidos dos muçulmanos, em 1607. Chegando a Avignon encontraram o Vice-Legado do Papa e Vicente recebeu de volta suas credenciais de sacerdote. Seu ex-dono retornou à Igreja Católica, foi admitido num mosteiro e se tornou monge.
Em Roma, Pe. Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico. Foi nomeado Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot, pelo rei Henrique IV. Ele fazia a distribuição das esmolas dadas aos pobres e visitava os doentes no hospital. Padre Vicente cumpria sua missão de sacerdote com tanto amor e zelo, que todos já o tinham como santo. Para o Padre Vicente, cada doente e cada pessoa, por mais miserável, era a própria pessoa de Jesus Cristo e tinha que ser tratada como tal. O Cardeal Pierre de Bérulle, Bispo de Paris, nomeou Vicente de Paulo como vigário de Clichy, um bairro da cidade.
São Vicente fundou a Confraria do Rosário, que se dedicava a visitar e cuidar dos doentes. Por isso, ele se tornou Capelão Geral e Real da França. Depois, ele fundou a Congregação da Missão, dos Padres Lazaristas, que trabalhava para evangelizar os camponeses.
Num apelo feito pelo Pe. Vicente em Châtillon nasceu a Confraria da Caridade, conhecido também como o movimento das Senhoras da Caridade. A primeira religiosa foi uma camponesa, Ir. Margarida Nasseau, que teve orientação de Santa Luísa de Marillac. Depois, oficializou a Confraria das Irmãs da Caridade, atualmente conhecidas como Filhas da Caridade.
Inspirado por seu amor a Deus e aos pobres, Vicente de Paulo organizou muitas obras de caridade, doando-se inteiramente aos irmãos mais necessitados. Ele é considerado o pai dos pobres e também causou muitas mudanças no clero. As Conferências Vicentinas que conhecemos na atualidade tiveram início com Antônio Frederico Ozanam e seus companheiros, no ano de 1833. Essas conferências foram inspiradas por São Vicente de Paulo, e hoje estão espalhadas pelo mundo inteiro. São Vicente estipulou regras e condutas para as visitas aos pobres e doentes, visando à discrição, ao respeito para com os necessitados sem humilhá-los em hipótese alguma, mas, sim, ao contrário, fazendo-se igual a eles.
Para São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o sacerdote mais santo da época. Ele faleceu e foi sepultado na capela da Igreja de São Lázaro, na cidade de Paris. Sua canonização aconteceu em junho de 1737. Em maio de 1885 o Papa Leão XIII o declara patrono das obras de caridade da Igreja Católica Apostólica Romana.
52 anos após a sua morte, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto. Foram testemunhas do fenômeno, dois médicos, autoridades da Igreja e algumas pessoas. Para os dois médicos é impossível este tipo de preservação do corpo ocorrer naturalmente. Seu corpo está exposto na Capela de São Vicente de Paulo, em Paris, aberto à visitação. Seu coração está conservado em um relicário na Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
Fonte: https://cruzterrasanta.com.br
Querer ver o Senhor
TEMPO COMUM. VIGÉSIMA QUINTA SEMANA. QUINTA‑FEIRA
– Limpar o olhar para contemplar Jesus no meio dos afazeres normais.
– A Santíssima Humanidade do Senhor, fonte de amor e de fortaleza.
– Jesus espera‑nos no Sacrário.
I. NO EVANGELHO DA MISSA de hoje, São Lucas diz‑nos que Herodes desejava encontrar‑se com Jesus: Et quaerebat videre eum, procurava alguma maneira de vê‑lo1. Chegavam‑lhe freqüentes notícias do Mestre e queria conhecê‑lo.
Muitas das pessoas que aparecem ao longo do Evangelho mostram o seu interesse em ver Jesus. Os Magos apresentam‑se em Jerusalém com a pergunta nos lábios: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?2 E a seguir declaram o seu propósito: Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá‑lo: um propósito bastante diferente do de Herodes. Encontraram‑no no regaço de Maria. Noutra ocasião, uns gentios chegados a Jerusalém aproximaram‑se de Filipe e disseram‑lhe: Queremos ver Jesus3. E, em circunstâncias bem diversas, a Virgem, acompanhada de uns parentes, desceu de Nazaré a Cafarnaum porque desejava ver Jesus. Podemos imaginar o interesse e o amor que levaram Maria a querer encontrar‑se com o seu Filho?
Herodes não soube ver o Senhor, apesar de tê‑lo tão perto. Chegou até a ter oportunidade de ser ensinado por João Batista – que apontava com o dedo o Messias que já estava entre eles –, e, ao invés de seguir‑lhe os ensinamentos, mandou matá‑lo.
Aconteceu com Herodes o mesmo que com aqueles fariseus a quem Jesus dirige a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e não entendereis, olhareis com os olhos e não vereis. Porque o coração deste povo embotou‑se, e eles endureceram os ouvidos e fecharam os olhos...4
Pelo contrário, os Apóstolos tiveram a imensa sorte de gozar da presença do Messias, e de com Ele ter tudo o que podiam desejar. Ditosos os vossos olhos porque vêem, e os vossos ouvidos porque ouvem5, diz‑lhes o Mestre. Os grandes Patriarcas e os maiores Profetas do Antigo Testamento nada tinham visto em comparação com o que agora os seus discípulos podiam contemplar. Moisés tinha contemplado a sarça ardente como símbolo do Deus Vivo6. Jacó, depois da sua luta com aquele misterioso personagem, pôde dizer: Eu vi a Deus face a face7; e a mesma coisa Gedeão: Vi o Senhor face a face8... mas essas visões eram obscuras e pouco precisas em comparação com a claridade daqueles que vêem Cristo face a face: Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram...9 A glória de Estêvão – o primeiro que deu a vida pelo Mestre – consistirá precisamente em ver os céus abertos e Jesus sentado à direita do Pai10.
Jesus vive e está muito perto dos nossos afazeres normais. Temos de purificar o nosso olhar para contemplá‑lo. O seu rosto amável será sempre o principal motivo para sermos fiéis nos momentos difíceis e nas tarefas de cada dia. Temos que dizer‑lhe muitas vezes, com palavras dos Salmos: Vultum tuum, Domine, requiram...11, procuro, Senhor, a tua face... sempre e em todas as coisas.
II. QUEM BUSCA, ENCONTRA12. A Virgem e São José procuraram Jesus durante três dias, e por fim o encontraram13. Zaqueu, que também desejava vê‑lo, fez o que estava ao seu alcance e o Mestre adiantou‑se‑lhe fazendo‑se convidar para almoçar em sua casa14. As multidões ansiosas de estar com Ele tiveram a alegria de vê‑lo e ouvi‑lo15. Ninguém que de coração sincero tenha saído à busca de Cristo ficou frustrado.
Herodes, como se veria mais tarde na Paixão, procurava ver Jesus por curiosidade, por capricho... e assim não é possível encontrá‑lo. Quando Pilatos lho remeteu, Herodes, ao ver Jesus, ficou muito satisfeito, pois havia muito tempo que desejava vê‑lo, por ter ouvido muitas coisas acerca dele, e esperava vê‑lo fazer algum milagre. E fez‑lhe muitas perguntas, mas ele nada lhe respondeu16. Jesus não lhe disse nada, porque o Amor nada tem a dizer à frivolidade. Ele vem ao nosso encontro para que nos entreguemos, para que correspondamos ao seu Amor infinito.
Podemos ver Jesus quando desejamos purificar a nossa alma no sacramento da Confissão, quando não deixamos que os bens passageiros – mesmo os lícitos – tomem conta do nosso coração como se fossem definitivos, pois – como ensina Santo Agostinho – “o amor às sombras deixa os olhos da alma mais fracos e incapazes de ver o rosto de Deus. Por isso, quanto mais o homem dá gosto à sua debilidade, mais se introduz na escuridão”17.
Vultum tuum, Domine, requiram..., procuro, Senhor, a tua face... A contemplação da Santíssima Humanidade do Senhor é fonte inesgotável de amor e de fortaleza no meio das dificuldades da vida.
Temos de aproximar‑nos muitas vezes das cenas do Evangelho, e considerar sem pressas que o mesmo Jesus de Betânia, de Cafarnaum, Aquele que acolhe a todos... é quem está presente no Sacrário e se sensibiliza com as nossas confidências.
No mesmo sentido, podem servir‑nos as imagens que representam o Senhor, para podermos ter uma recordação viva da sua presença, como o fizeram os santos. “Entrando um dia no oratório – escreve Santa Teresa de Jesus –, vi uma imagem que ali tinham trazido para guardar [...]. Era de Cristo muito chagado e tão devota que, olhando‑a, perturbei‑me toda de vê‑lo assim, porque representava bem o que passou por nós. Foi tanto o que senti por ter agradecido tão mal aquelas chagas, que o meu coração parecia partir‑se. E lancei‑me a Ele com um grandíssimo derramamento de lágrimas, suplicando‑lhe que me fortalecesse já de uma vez para não ofendê‑lo”18.
Este amor, que de alguma maneira tem de nutrir‑se dos sentidos, é fortaleza para a vida e um bem extraordinário para a alma. Há coisa mais natural do que procurar num retrato, numa imagem, o rosto dAquele que tanto se ama? A mesma Santa Teresa exclamava: “Desventurados os que por culpa própria perdem este bem! Parece que não amam o Senhor, porque, se o amassem, alegrar‑se‑iam de ver o seu retrato, como nesta vida dá contentamento ver o daquele a quem se quer bem”19.
III. IESU, QUEM VELATUM nunc aspicio...20 "Jesus, a quem agora contemplo escondido, rogo‑Vos se cumpra o que tanto desejo: que, ao contemplar‑Vos face a face, seja eu feliz vendo a vossa glória", rezamos no hino Adoro te devote.
Um dia, com a ajuda da graça, veremos Cristo glorioso, cheio de majestade, vir ao nosso encontro para nos receber no seu Reino. Reconhecê‑lo‑emos como o Amigo que nunca nos falhou, a quem procuramos servir mesmo nas coisas mais pequenas. Embora amemos muito este mundo em que vivemos e que é o lugar onde nos devemos santificar, podemos no entanto dizer com Santo Agostinho: “A sede que tenho é a de chegar a ver o rosto de Deus; sinto sede na peregrinação, sinto sede no caminho; mas saciar‑me‑ei quando chegar”21. O nosso coração só experimentará a plenitude com a posse dos bens de Deus.
Mas já temos Jesus conosco. Na Sagrada Eucaristia, temos Cristo completo: o seu Corpo glorioso, a sua Alma humana e a sua Pessoa divina, que se fazem presentes pelas palavras da Consagração. A sua Santíssima Humanidade, escondida sob os acidentes eucarísticos, encontra‑se presente no que tem de mais humilde, de mais comum conosco – o seu Corpo e o seu Sangue, se bem que em estado glorioso –, e de um modo especialmente acessível: sob as aparências do pão e do vinho.
Particularmente no momento da Comunhão e ao fazermos a Visita ao Santíssimo, temos de ir ao encontro do Senhor com um grande desejo de vê‑lo, de encontrar‑nos com Ele, como Zaqueu, como aquelas multidões que tinham postas nEle todas as suas esperanças, como os cegos, os leprosos... Melhor ainda, com o empenho ansioso com que o procuraram Maria e José.
Às vezes, pelas nossas misérias e falta de fé, pode ser‑nos difícil divisar o rosto amável de Jesus. É então que devemos pedir a Nossa Senhora um coração limpo, um olhar claro, um maior desejo de purificação. Pode acontecer‑nos o mesmo que aos Apóstolos depois da Ressurreição: estavam certos de que era o Senhor, tão certos que não se atreviam a perguntar‑lhe: Nenhum dos discípulos ousava perguntar‑lhe: Quem és tu?, sabendo que era o Senhor22. Era algo tão grande encontrar Jesus vivo – o mesmo de sempre – depois de vê‑lo morrer numa Cruz! É tão extraordinário encontrarmos Jesus vivo no Sacrário! Peçamos ao Senhor que nos limpe, que nos aumente a fé.
(1) Lc 9, 7‑9; (2) Mt 2, 3; (3) Jo 12, 21; (4) Mt 13, 14‑15; (5) Mt 13, 16; (6) cfr. Êx 3, 2; (7) Gên 32, 31; (8) Ju 6, 22; (9) Mt 13, 17; (10) At 7, 55; (11) Sl 26, 8; (12) Mt 7, 8; (13) cfr. Lc 2, 48; (14) cfr. Lc 19, 1 e segs.; (15) cfr. Lc 6, 9 e segs.; (16) Lc 23, 8‑9; (17) Santo Agostinho, O livre arbítrio, 1, 16, 43; (18) Santa Teresa, Vida, 9, 1; (19) ibid., 6; (20) Hino Adoro te devote; (21) Santo Agostinho, Comentário aos Salmos, 41, 5; (22) Jo 21, 12.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
26 de Setembro 2019
A SANTA MISSA

25ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: Ag 1,1-8
“Edificai a casa e ela me será aceitável”
Início da profecia de Ageu
1 No segundo ano do reinado de Dario, no sexto mês, no primeiro dia, foi dirigida a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote: 2 “Isto diz o Senhor dos exércitos: Este povo diz: Ainda não chegou o momento de edificar a casa do Senhor”. 3 A palavra do Senhor foi assim dirigida, por intermédio do profeta Ageu: 4 “Acaso para vós é tempo de morardes em casas revestidas de lambris, enquanto esta casa está em ruínas? 5 Isto diz, agora, o Senhor dos exércitos: Considerai com todo o coração, a conjuntura que estais passando: 6 tendes semeado muito, e colhido pouco; tende-vos alimentado, e não vos sentis satisfeitos, bebeis e não vos embriagais; estais vestidos e não vos aqueceis; quem trabalha por salário, guarda-o em saco roto. 7 Isto diz o Senhor dos exércitos: Considerai, com todo o coração, a difícil conjuntura que estais passando: 8 mas subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa;
ela me será aceitável, nela me glorificarei, diz o Senhor.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 149, 1-2.3-4.5-6a e 9b
R. O Senhor ama seu povo de verdade.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *
e o seu louvor na assembleia dos fiéis!
2 Alegre-se Israel em Quem o fez, *
e Sião se rejubile no seu Rei! R.
3 Com danças glorifiquem o seu nome, *
toquem harpa e tambor em sua honra!
4 Porque, de fato, o Senhor ama seu povo *
e coroa com vitória os seus humildes. R.
5 Exultem os fiéis por sua glória, *
e cantando se levantem de seus leitos;
6a com louvores do Senhor em sua boca *
9beis a glória para todos os seus santos. R.
Evangelho: Lc 9,7-9
Eu mandei degolar João.
Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 7 O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8 Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9 Então Herodes disse: ‘Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?’ E procurava ver Jesus.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Cosme e São Damião
26 de Setembro
São Cosme e São Damião
São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã. E ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas.
Cosme e Damião foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes.
Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência.
Além disso, eles não cobravam por seus serviços médicos. Por esta razão espalhou-se a ideia de que os dois gêmeos médicos não gostavam de dinheiro. Não era bem isso. Na verdade, os dois eram grandes almas que sabiam dar ao dinheiro o seu devido lugar. Eles queriam curar as pessoas no corpo e na alma, levando a elas também os ensinamentos e a salvação de Jesus Cristo. Por este motivo, São Cosme e São Damião são os padroeiros dos médicos, das faculdades de medicina e dos farmacêuticos
Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso, eles foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. O imperador odiava os cristãos porque eles desprezavam os deuses romanos e adoravam somente Jesus Cristo.
Cosme e Damião foram tirados violentamente do local onde atendiam os doentes e levados ao tribunal. Lá, foram acusados de feitiçaria, por curarem os doentes e de pregarem uma seita proibida. Ao serem questionados sobre isso, responderam: Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, e pelo seu poder. Ele é o Filho de Deus que veio a este mundo para salvar e para curar. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.
Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas. Tudo foi preparado, então, para a execução da pena. A pena foi executada por carrascos experientes. Os santos irmãos gêmeos, porém, não morreram. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Cosme e Damião não paravam de louvar a Deus por estarem sendo dignos de sofrerem por Jesus Cristo. Os pacientes que eram atendidos por eles, que ainda não tinham se convertido, se converteram ao verem essas coisas. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças.
Cosme e Damião foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé. A festa de Cosme e Damião é celebrada no dia 26 de setembro.
Fonte: https://cruzterrasanta.com.br
25 de Setembro 2019
A SANTA MISSA

25ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: Esd 9,5-9
“Na nossa escravidão, Deus não nos abandonou”
Leitura do Livro de Esdras
5 Na hora da oblação da tarde, eu, Esdras, levantei-me da minha prostração. E, com as vestes e o manto rasgados, caí de joelhos, estendi as mãos para o Senhor, meu Deus. 6 E disse: “Meu Deus, estou coberto de vergonha e confusão ao levantar a minha face para ti, porque nossas iniquidades multiplicaram-se acima de nossas cabeças e nossas faltas se acumularam até o céu. 7 Desde os tempos de nossos pais até este dia, uma grande culpa pesa sobre nós: por causa de nossas iniquidades, nós, nossos reis e nossos sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis estrangeiros, à espada, ao cativeiro, à pilhagem e à vergonha, como acontece ainda hoje. 8 Mas agora, por um breve instante, o Senhor nosso Deus concedeu-nos a graça de preservar dentre nós um resto, e de permitir que nos fixemos em seu lugar santo. Assim o nosso Deus deu brilho aos nossos olhos e concedeu-nos um pouco de vida no meio de nossa servidão. 9 Pois éramos escravos, mas em nossa servidão o nosso Deus não nos abandonou. Antes, conseguiu para nós o favor dos reis da Pérsia, deu-nos bastante vida para podermos reconstruir o templo de nosso Deus e restaurar suas ruínas, e concedeu-nos um abrigo seguro em Judá e em Jerusalém.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Tb 13, 2.3-4a.4bc.5.8(R. 2a)
R. Bendito seja Deus que vive eternamente!
2 Vós sois grande, Senhor, para sempre, *
e vosso reino se estende nos séculos!
Porque vós castigais e salvais, *
fazeis descer aos abismos da terra,
e de lá nos trazeis novamente: *
de vossa mão nada pode escapar. R.
3 Vós que sois de Israel, dai-lhe graças *
e por entre as nações celebrai-o!
O Senhor dispersou-vos na terra *
4a para narrardes sua glória entre os povos, R.
4b E fazê-los saber, para sempre, *
4c que não há outro Deus além dele. R.
5 Castigou-nos por nossos pecados, *
seu amor haverá de salvar-nos.
Compreendei o que fez para nós, *
dai-lhe graças, com todo o respeito! R.
8 Bendizei o Senhor, seus eleitos, *
fazei festa e alegres louvai-o! R.
Evangelho: Lc 9,1-6
Enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 1 Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, 2 enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. 3 E disse-lhes: ‘Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas. 4 Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo. 5 Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles.’ 6 Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas em todos os lugares.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Cléofas
25 de Setembro
São Cléofas 
Seu nome, Cléofas, no hebraico antigo, pode ser também Alfeu. A partir daí, temos as informações dos historiadores que pesquisaram as origens dos santos. Segundo eles, a vida de são Cléofas esteve sempre muito ligada à de Jesus Cristo. Primeiro, porque se interpreta que Cléofas seja o pai de Tiago, o Menor; de José; de Simão e de Judas Tadeu, que são primos do Senhor. Maria, mãe de todos eles, no evangelho do apóstolo João, é chamada de esposa de Cléofas e irmã da Mãe Santíssima. E que também fosse irmão de são José, pai adotivo de Jesus. Sendo assim, confirma-se o parentesco. Cléofas, na verdade, era tio de Jesus Cristo.
A segunda graça conseguida por Cléofas, além do parentesco com Jesus, foi ter visto o Cristo ressuscitado. Quando voltava para Emaús, depois das celebrações pascais, na companhia de mais um discípulo, encontraram, na estrada, um homem, a quem ofereceram hospitalidade. Cléofas e o discípulo estavam frustrados, assim como os outros apóstolos, naquela hora de provação: ‘Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel, mas…’
Foi então que o desconhecido fez penetrar a luz da Boa-Nova, explicando-lhes as Escrituras e aceitando o convite para ficar, pois a noite estava por cair. Só no momento em que o estranho homem repartiu o pão que os alimentaria, perceberam tratar-se de Jesus ressuscitado, pois o gesto foi idêntico ao da última ceia.
Cléofas foi perseguido por seus conterrâneos por causa de sua fé inabalável no Messias ressuscitado. Segundo são Jerônimo, o grande Doutor da Igreja, o martírio de são Cléofas aconteceu pelas mãos dos judeus, que o detestavam por sua inconveniente pregação cristã.
Já no século IV, a casa de são Cléofas tinha sido transformada em uma igreja. A Igreja confirmou seu martírio pela fé no Cristo e inseriu no calendário litúrgico o seu nome, no dia 25 de setembro, para ser celebrado por todo o mundo cristão.
Texto: Paulinas Internet