SANTA FAUSTINA – A SERVA DA MISERICÓRDIA
“A misericórdia é a flor do amor. Deus é amor e a Misericórdia, a Sua obra; No amor se concebe, na misericórdia se manifesta”. (Diário, 651).
Hoje, dia 5 de outubro, é celebrado pela Igreja a Festa Litúrgica de Santa Faustina, ela é uma das baluartes de nosso Instituto Hesed. Foi escolhida por Deus para ser a grande apóstola e mensageira da Divina Misericórdia:
“No Antigo Testamento, Eu enviava profetas ao Meu povo com ameaças. Hoje estou enviando-te a toda a humanidade com a minha misericórdia. Não quero castigar a sofrida humanidade, mas desejo curá-la, estreitando-a ao Meu misericordioso Coração”.
Helena Kowalska, nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia, era a terceira filha de Stanislaus e Marianna Kowalska, foi criada em um lar marcado pelo catolicismo e desde muito nova, sentiu o chamado de Deus para a sua vida, e várias vezes ouvia a voz do Senhor falando com ela. Faustina relata que aos sete anos de idade recebeu um convite de Deus para a vida religiosa: “… eu senti a graça à vida religiosa desde os sete anos. Aos sete anos de vida ouvi pela primeira vez a voz de Deus em minha alma, ou seja, o convite à vida religiosa, mas nem sempre fui obediente à voz da graça. Não me encontrei com ninguém que pudesse esclarecer essas coisas”. Mesmo em sua juventude, quando teve que trabalhar de empregada doméstica para ajudar no sustento de sua família numerosa e humilde, essa vocação a acompanhou. O seu coração ainda resistia, pois seus pais eram contrários a essa decisão.
De acordo com a própria Santa Faustina, após ter seu pedido negado, passou a viver distraída com as “vaidades da vida”, mas o Senhor possuía uma bela missão para ela e no final sua vontade venceria. Um dia, quando estava com suas irmãs em um baile, na cidade de Lotz, tentando se divertir com outras garotas, ela sentia que sua alma estava infeliz.
“Enquanto todos se divertiam a valer, a minha alma sentia tormentos interiores. No momento em que comecei a dançar, de repente, vi Jesus ao meu lado, Jesus sofredor, despojado de suas vestes, todo coberto de chagas, que me disse estas palavras: Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9).
Depois de ouvir essas palavras, a jovem Helena saiu disfarçadamente do baile e procurou a igreja mais próxima e quando começou a orar ouviu novamente a voz de Deus dizendo: “Vai imediatamente a Varsóvia, e lá entrarás no convento”. Ela imediatamente foi para Varsóvia.
Já em Varsóvia, Faustina foi recusada em vários mosteiros, mas não desistiu e foi aceita na Congregação de Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia no dia 1° de agosto de 1925, para entrar a Madre superiora pediu que ela fosse até a capela falar com Jesus se Ele permitia que ficasse ali, Nosso Senhor disse à Faustina: “Eu te aceito, tu estás no meu Coração”. A Madre acrescentou: “Se o Senhor te aceitou, eu também te aceitarei” (Diário, 14). O convento oferecia reabilitação a mulheres com má vida e a educação de jovens. Algumas semanas depois de entrar no monastério pensou em abandonar a vida religiosa, ela teve então uma visão de Jesus com o rosto desfigurado pelas suas chagas, Santa Faustina perguntou: “Jesus, quem te feriu tanto?”. Jesus respondeu: “Esta é a dor que me causarias se tivesses abandonado este convento. É para cá que eu te trouxe e não para outro; e tenho preparadas para ti muitas bênçãos”. Ela compreendeu então que o plano de Deus era que ficasse ali.
No convento Faustina foi designada para trabalhar como cuidadora de outras irmãs e na cozinha, porém a jovem noviça possuía dificuldades em manusear as panelas, principalmente no momento de escorrer a água das batatas sem deixar que grandes quantidades caíssem, ela pediu então a ajuda de Deus que era para si uma difícil tarefa e Ele respondeu em seu coração que ela não encontraria mais dificuldade alguma para realizar sua função. Naquele mesmo dia Santa Faustina conseguiu escoar a água sem sacrifício e teve uma surpresa quando levantou a tampa e ao invés de ter batatas ali dentro encontrou belíssimas rosas vermelhas, e ouviu do Senhor: “Transformei o teu trabalho tão pesado em buquês das mais belas flores, e o seu perfume eleva-se até o Meu Trono”.
No dia 22 de fevereiro de 1931, Jesus se revela a Santa Faustina de pé, com uma túnica branca e de seu coração emanava dois feixes de luz, um vermelho e outro branco, Ele pediu-lhe então que pintasse uma imagem fiel a imagem que se mostrava para ela e deveria ainda acrescentar a frase “Jesus, eu confio em vós”, o Senhor disse a Faustina que quem venerasse a esse quadro seria salvo. A noviça obedeceu às ordens de Deus com a ajuda de seu confessor, o Padre Michal Sopoćko. Em uma aparição seguindo, Nosso Senhor explicou o significado dos dois raios: “O raio branco significa a Água, que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue, que é a vida das almas”. Depois, ocorreram outras revelações a respeito da Divina Misericórdia, como o Terço, a ladainha, a Festa da Misericórdia, a novena e a hora da misericórdia.
Em 1° de maio de 1933, Santa Faustina Kowalska fez os votos perpétuos, sua missão de apóstola da Divina Misericórdia já havia se tornado claro com as revelações e mensagens que o Cristo lhe dava:
“No Antigo Testamento, Eu enviava profetas ao Meu povo com ameaças. Hoje estou enviando-te a toda a humanidade com a Minha misericórdia. Não quero castigar a sofrida humanidade, mas desejo curá-la, estreitando-a ao Meu misericordioso Coração”.
As mensagens que recebia de Deus foram todas anotadas em um diário.
Santa Faustina sofreu por dez anos de tuberculose, esgotada fisicamente mas em maturidade espiritual e unida a Deus, faleceu no dia 5 de outubro de 1938, tendo apenas 33 anos de idade. Foi beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”; e foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.