02 de Março
Santa Ângela da Cruz
Maria dos Anjos Guerrero e González nasceu em Sevilha em 30 de janeiro de 1846, filha de Francisco Guerrero e Josefina González, casal de modesta condição social, mas cheio de virtudes cristãs. Cresceu em um ambiente muito religioso, ajudando seus pais nos trabalhos manuais, principalmente na costura. De caráter muito dócil e discreta, suscitava profunda admiração em todos que a conheciam.
Ainda pequena teve que deixar a escola para trabalhar em uma fábrica de calçados. Embora tivesse que trabalhar, amava isolar-se para dedicar-se à oração e à mortificação. Em 1871, aos 25 anos, fez um ato particular em que promete ao Senhor viver segundo os conselhos evangélicos.
Na sua longa experiência de oração, vê uma cruz vazia diante da cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, o que lhe inspirou imolar-se em união com Jesus para a salvação das almas. Tocada por uma forte vocação, desejou entrar nas Carmelitas, mas seu diretor espiritual a aconselhou entrar nas Irmãs de Caridade. Devido às precárias condições de saúde foi obrigada a desistir em pouco tempo do Instituto.
Retornando à família, se dedicou às obras de caridade junto aos pobres. Obedecendo aos conselhos do diretor espiritual, começou a escrever um diário espiritual no qual expunha detalhadamente a regra de vida de uma Comunidade de religiosas, que com a sua destacada vocação e com a experiência espiritual que vivia, sentia poder constituir.
Assim, em 1875, deu início em Sevilha à Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz para o cuidado dos enfermos. O seu ideal e o do Instituto era “ser pobre com os pobres para levá-los a Cristo” que constituiu o fundamento da espiritualidade e da missão da Companhia da Cruz.
A Santa Sé aprovou o Instituto em 1904, o qual teve uma rápida difusão, imprimido um impacto enorme na Igreja e na sociedade sevilhana do seu tempo.
Humilde e enérgica, Madre Ângela da Cruz, nome que tomou quando se tornou religiosa, soube infundir no ânimo de suas filhas um crescente espírito de dedicação e de caridade em favor dos necessitados, sendo por isto admirada por todos e chamada pelo povo de “mãe dos pobres”.
Natural e simples, recusou toda glória humana, buscou a santidade com um espírito de mortificação no serviço de Deus e dos irmãos, e com estes sentimentos deixou esta terra no dia 2 de março de 1932, na sua cidade de Sevilha, aos 86 anos de idade.
A causa para sua beatificação foi introduzida junto à Congregação dos Ritos em 10 de fevereiro de 1960. O Papa João Paulo II a beatificou durante sua primeira viagem à Espanha, no dia 5 de novembro de 1982, em Sevilha, o mesmo pontífice, num intervalo de 20 anos, a elevou à honra dos altares, canonizando-a em Madri a 4 de maio de 2003, durante sua quinta viagem em terras espanholas.
Fonte: http://heroinasdacristandade.blogspot.com