16 de Julho
Nossa Senhora do Carmo
Hoje a Igreja celebra Nossa Senhora, sob o título de Nossa Senhora do Carmo ou do Monte Carmelo, e que é venerada no Brasil desde os tempos do descobrimento.
Seu culto começou no século XIII, e a partir do século XVIII já havia se estendido por toda a Igreja, propagado pelos carmelitas. A Ordem dos Carmelitas considera o profeta Elias seu patriarca, mas não tem um fundador específico. A Sagrada Escritura fala de um monte de 600 metros de altura, existente entre a Samaria e a Galiléia, chamado Monte Carmelo, palavra que em hebraico significa “Vinha do Senhor”. Nesse monte, segundo a Sagrada Escritura, o profeta Elias enfrentou os profetas de Baal e defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro.
Por volta do século XII, alguns eremitas retiraram-se para o Monte Carmelo e fundaram aí uma Ordem que ficou conhecida como Ordem dos Carmelitas. O então Patriarca de Jerusalém deu-lhes uma regra baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora e na vida contemplativa e mística.
No século XII os muçulmanos invadiram a Terra Santa, mataram e perseguiram os eremitas do Monte Carmelo. Os que conseguiram escapar fugiram para a Europa. Motivado pelo carisma da Ordem, São Simão Stock, um inglês que nutria um amor muito grande por Maria Santíssima, logo se juntou a eles, e no ano 245 foi eleito superior geral da Ordem.
Nossa Senhora do Carmo é festejada hoje porque segundo uma antiga tradição, foi no dia 16 de julho de 1251, que Simãp Stock, enquanto rezava e pedia a Nossa Senhora um sinal de maternal carinho e proteção para com a Ordem Carmelita, violentamente perseguida, recebeu de suas mãos o escapulário, como penhor de proteção.
A Ordem do Carmo ou dos Carmelitas, nos seus dois setores, masculino e feminino, foi no século XVI reformada por Santa Teresa e São João da Cruz, ficando dividida em dois ramos: a dos Carmelitas Calçados e dos Carmelitas Reformados ou Descalços.
Hoje somos todos chamados a nos entregar aos cuidados maternos de Maria, e a ver no escapulário de Nossa Senhora do Carmo, não um amuleto, nem um talismã que nos livra de todos os perigos, nem tampouco um passaporte visado para o céu, mas um sinal de nosso acolhimento à salvação que nos foi assegurada por Jesus, e que vai se tornando realidade na medida em que acolhemos as exigências de fraternidade e justiça do mundo e rejeitamos tudo o que impede que o homem viva de acordo com a sua dignidade de filho de Deus.