Santa Ângela Mérici 

27 de janeiro

Santa Ângela Mérici 

Ângela Mérici nasceu em Desenzano del Garda, Norte da Itália, em 1470. Foi no período da Reforma da Igreja, no combate à doutrina luterana, e do Renascimento. Seus pais eram camponeses e muito religiosos. Desde pequena ela demonstrava inclinação à vida religiosa, dando preferência a leituras sobre a vida de santos.

Ângela foi provada na vida desde a infância, ao ficar órfã de pai e mãe, e também perder sua irmãzinha, com quem tinha muita ligação. Foi adotada por um tio, que vivia em outra cidade, mas que também acabou falecendo. Assim, ela volta à sua terra natal. Aos treze anos de idade, passando ainda por muito sofrimento, ingressou num convento da Ordem Terceira de São Francisco de Assis.

Conhecendo bem os males que a Renascença estava fazendo às famílias, funda a congregação das Irmãs Ursulinas, sob inspiração de Nossa Senhora. O nome era para homenagear Santa Úrsula, martirizada no século IV, que com um pequeno grupo de moças, foi morta defendendo a virgindade, a castidade e a religião católica. As irmãs da nova Comunidade se dedicavam à educação, principalmente das jovens, preparando-as para se tornarem mães de família com raízes e fortes bases cristãs.

Ângela começa a perceber que, naquele momento da vida local, as meninas estavam perdidas, sem ter alguém para educá-las e orientá-las sobre os perigos morais, intelectuais, e sobre as novas ideias que faziam com que as pessoas se afastassem de Deus, da fé e da Igreja. Para derrotar as ideias pagãs era necessário restaurar as famílias. Desta forma, Ângela se torna portadora de mensagens inovadoras para a época.

Apesar de ter somente o curso primário, Ângela foi conselheira de bispos, sacerdotes, governadores e doutores. Os conhecimentos adquiridos através dos seus sofrimentos, de sua total entrega à Deus e da vida de penitência meditativa lhe proporcionaram, pela graça do Divino Espírito Santo, o dom do conselho.

Ângela e mais vinte e oito moças começam a ensinar o catecismo em toda a região. As Ursulinas, como eram chamadas, desenvolveram uma nova concepção, revolucionária, numa época em que todos acreditavam que para uma moça obter uma boa formação cristã, ela deveria estar numa clausura.

Ângela discerniu que as Ursulinas deveriam se tornar uma Congregação Religiosa. Conta-se que, antes de dar início a esse projeto, indo à Roma, ela quis realizar uma peregrinação em Jerusalém. Porém, logo que chegou ficou cega e só conseguia ver espiritualmente os lugares sagrados que visitou. Na volta, ao parar numa cidade onde havia um crucifixo milagroso, rezou e recuperou a visão.

Em 1525, depois de um encontro com o Papa Clemente VII, Ângela deu início oficial no processo de fundação da Congregação, que foi implantada definitivamente na Brescia, em 1535.

Neste mesmo local, Ângela morreu em janeiro de 1540, aos 75 anos de idade. Foi canonizada em 1807. Santa Ângela de Mérici é a protetora dos doentes, das pessoas com deficiência, dos males do corpo e da perda dos pais.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br


Conversão de São Paulo

– No caminho de Damasco.
– A figura de São Paulo, exemplo de esperança. Correspondência à graça.
– Ânsia de almas.

A festa da conversão do “Apóstolo das Gentes” encerra o oitavário pela unidade dos cristãos. A graça de Deus converte São Paulo de perseguidor dos cristãos em mensageiro de Cristo. Este fato ensina-nos que a fé tem a sua origem na graça e se apóia na livre correspondência humana, e que o melhor modo de acelerar a unidade dos cristãos consiste em fomentar todos os dias a conversão pessoal.

I. SEI EM QUEM ACREDITEI; e estou certo de que o justo juiz conservará a minha fé até o dia da sua vinda1.

Paulo, grande defensor da Lei de Moisés, considerava os cristãos como o maior perigo para o judaísmo; por isso, dedicava todas as suas energias a perseguir a Igreja nascente. A primeira vez em que aparece nos Atos dos Apóstolos, verdadeira história da primitiva cristandade, vemo-lo presenciando o martírio de Estêvão, o protomártir cristão2. Santo Agostinho faz notar a eficácia da oração de Estêvão pelo seu jovem perseguidor3. Mais tarde, Paulo dirige-se a Damasco, a fim de que, se ali achasse quem seguisse este caminho, fossem homens ou mulheres, os levasse presos a Jerusalém4. O cristianismo tinha-se estendido rapidamente, graças à ação do Espírito Santo e ao intenso proselitismo dos novos fiéis, mesmo nas condições mais adversas: Os que se haviam dispersado iam por toda parte pregando a palavra5.

Paulo dirigia-se a Damasco respirando ameaças de morte contra os discípulos do Senhor; mas Deus tinha outros planos para aquele homem de grande coração. E estando já perto da cidade, por volta do meio-dia, de repente viu-se rodeado de uma luz refulgente que vinha do céu; e caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Respondeu ele: Quem és tu, Senhor? E Ele: Eu sou Jesus, a quem tu persegues6. E a seguir veio a pergunta fundamental de Saulo, que era já fruto da sua conversão e que marcava o caminho da entrega: Que devo fazer, Senhor?7 Paulo já é outro homem. Num instante, viu tudo a uma luz absolutamente clara, e a fé leva-o à disponibilidade total em relação aos planos de Deus. Que devo fazer de agora em diante?, o que esperas de mim?

Muitas vezes, talvez quando mais longe estávamos, o Senhor quis voltar a entrar profundamente na nossa vida e manifestou-nos esses planos grandes e maravilhosos que tem sobre cada homem, sobre cada mulher. “Deus seja louvado!, dizias de ti para ti depois de terminares a tua Confissão sacramental. E pensavas: é como se tivesse voltado a nascer.

“Depois, prosseguiste com serenidade: «Domine, quid me vis facere?» – Senhor, que queres que eu faça? “– E tu mesmo te deste a resposta: – Com a tua graça, por cima de tudo e de todos, cumprirei a tua Santíssima Vontade: «Serviam!» – eu te servirei sem condições!”8 Repetimo-lo agora uma vez mais. Já o dissemos tantas vezes, em tons tão diversos! Serviam! Com a tua ajuda, eu te servirei sempre, Senhor.

II. VIVO NA FÉ do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim9. Sempre recordaremos esses instantes em que Jesus, talvez inesperadamente, nos deteve no nosso caminho para dizer-nos que desejava entrar no nosso coração. São Paulo nunca esqueceu esse momento único em que se encontrou pessoalmente com Cristo ressuscitado: no caminho de Damasco..., indica várias vezes, como se dissesse: ali começou tudo. Noutros momentos, menciona que esse foi o instante decisivo da sua existência. Por último, depois de todos, foi também visto por mim, como por um aborto10.

A vida de São Paulo é um apelo à esperança, pois “quem dirá, sob o peso das suas faltas: «Eu não posso vencer-me», quando [...] o perseguidor dos cristãos se transformou em propagador da doutrina deles?”11 Essa mesma eficácia continua a operar hoje nos corações. Mas a vontade do Senhor de curar-nos e converter-nos em apóstolos no lugar onde trabalhamos e onde vivemos precisa da nossa correspondência; a graça de Deus é suficiente, mas é necessária a colaboração do homem, como no caso de São Paulo, porque o Senhor quer contar com a nossa liberdade. Comentando as palavras do Apóstolo – não eu, mas a graça de Deus em mim –, Santo Agostinho sublinha: “Quer dizer, não eu sozinho, mas a graça de Deus comigo; e, por isso, nem a graça de Deus sozinha, nem ele só, mas a graça de Deus com ele”12.

Contar sempre com a graça levar-nos-á a nunca desanimar, apesar de experimentarmos constantemente a inclinação para o pecado, os defeitos que não acabam de desaparecer, as fraquezas e mesmo as quedas. O Senhor chama-nos continuamente a uma nova conversão e temos que pedir com perseverança a graça de estar sempre começando, atitude que nos leva a percorrer com paz e alegria o caminho que conduz a Deus e que mantém em todos os momentos a juventude do coração.

Mas é necessário que correspondamos nesses momentos bem precisos em que, como São Paulo, diremos a Jesus: Senhor, que queres que eu faça?, em que coisas devo lutar mais?, que coisas devo mudar? É necessário – escreve Santa Teresa – “encontrar forças de novo para servir, e procurar não ser ingratos, pois é com essa condição que o Senhor as dá. Se não usarmos bem dos seus tesouros e do alto estado em que nos põe, Ele no-los tornará a tomar e ficaremos muito mais pobres; e Sua Majestade dará as jóias a quem as preze e tire proveito delas para si e para outros”13.

Senhor, que queres que eu faça? Se pronunciarmos estas palavras com o coração – como uma jaculatória – muitas vezes ao dia, Jesus nos dará luzes e nos manifestará esses pontos em que o nosso amor se deteve ou não avança como Deus deseja.

III. SEI EM QUEM ACREDITEI... Estas palavras explicam toda a vida posterior de São Paulo. Conheceu o Senhor, e desde esse momento todas as outras coisas são como uma sombra, em comparação com essa inefável realidade. Nada tem já algum valor se não é em Cristo e por Cristo. “A única coisa que temia era ofender a Deus; o resto não o preocupava. Por isso mesmo, a única coisa que desejava era ser fiel ao seu Senhor e dá-lo a conhecer a todos os povos”14. É o que nós desejamos, a única coisa que queremos.

Paulo converte-se a Deus de todo o coração, e o mesmo ímpeto com que antes perseguia os cristãos, põe-no agora, aumentado e fortalecido pela graça, a serviço do grandioso ideal que acaba de descobrir. Tomará como própria a mensagem que os outros Apóstolos receberam e que o Evangelho da Missa nos transmite: Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a todas as criaturas15. Paulo aceitou esse compromisso e fez dele a razão da sua vida. “A sua conversão consistiu precisamente nisto: em ter aceitado que Cristo, a quem encontrou no caminho de Damasco, entrasse na sua existência e a orientasse para um único fim: o anúncio do Evangelho. Eu sou devedor tanto aos gregos como aos bárbaros, tanto aos sábios como aos ignorantes... Pois não me envergonho do Evangelho, que é virtude de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rom 1, 13-16)”16.

Sei em quem acreditei... Por Cristo, Paulo enfrentará riscos e perigos sem conta, sobrepor-se-á continuamente à fadiga, ao cansaço, aos aparentes fracassos da sua missão, aos temores, desde que possa conquistar almas para Deus. Cinco vezes recebi dos judeus quarenta açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas; uma vez fui apedrejado; três vezes naufraguei; um dia e uma noite passei perdido no alto mar. Nas minhas freqüentes viagens, sofri perigos de rios, perigos de ladrões, perigos dos da minha raça, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias prolongadas, em fome e em sede, em freqüentes jejuns, no frio e na nudez. E além dessas coisas, que são exteriores, tenho os meus cuidados de cada dia: a preocupação por todas as igrejas. Quem desfalece que eu não desfaleça? Quem é escandalizado que eu não me abrase?17

Paulo centrou a sua vida no Senhor. Por isso, apesar de tudo o que padeceu por Cristo, poderá dizer no fim da sua vida, quando se encontrar quase sozinho e um pouco abandonado: Estou inundado de alegria em todas as minhas tribulações... A felicidade de Paulo, como a nossa, não consistiu na ausência de dificuldades, mas em ter encontrado Jesus e em tê-lo servido com todo o coração e com todas as forças.

Terminamos esta meditação com uma oração da liturgia da Missa: Ó Deus, que instruístes o mundo inteiro pela pregação do Apóstolo São Paulo, dai-nos, ao celebrarmos hoje a sua conversão, que caminhemos para Vós seguindo os seus exemplos, e sejamos no mundo testemunhas do Evangelho. Pedimos a nossa Mãe Santa Maria que nos ajude a não fugir a essas graças bem concretas que o Senhor nos concede para que, ao longo da vida, voltemos a começar uma vez e outra.

(1) 2 Tim 1, 12; 4, 8; Antífona de entrada da Missa do dia 25 de janeiro; (2) cfr. At 7, 60; (3) cfr. Santo Agostinho, Sermão 315; (4) At 9, 2; (5) At 8, 4; (6) At 9, 3-5; (7) At 22, 10; (8) São Josemaría Escrivá, Forja, n. 238; (9) Gal 2, 20; Antífona da comunhão, ib.; (10) 1 Cor 15, 8-10; (11) São Bernardo, Primeiro sermão sobre a conversão de São Paulo, 1; (12) Santo Agostinho, Sobre a graça e o livre arbítrio, 5, 12; (13) Santa Teresa, Vida, 10; (14) Liturgia das Horas, Segunda leitura; São João Crisóstomo, Segunda homilia sobre os louvores de São Paulo; (15) Mc 16, 15; (16) João Paulo II, Homilia, 25-I-1987; (17) 2 Cor 11, 24-29; (18) Oração coleta, ib.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


Conversão de São Paulo

25 de Janeiro

Conversão de São Paulo

Com sua conversão - que a Igreja latina, desde o século VI, comemora conjuntamente com a festa litúrgica deste dia - são Paulo recebeu diretamente de Cristo a missão de evangelizar os povos. O milagroso evento teve profunda repercussão na história da Igreja. Um de seus mais ativos perseguidores tornou-se o mais zeloso e incansável missionário.

'Não sou digno de ser chamado apóstolo', escreve sobre si mesmo, recordando à primeira comunidade cristã os tempos de hostilidade de sua juventude. Acrescenta, em seguida, com legítima ufania: 'mais do que qualquer outro, lutei'.

Eis suas credenciais de apóstolo: viu Jesus ressuscitado; pode, pois, testemunhá-lo; foi chamado e enviado para pregar o Evangelho, como o outros apóstolos.

'Quem és, Senhor?': está implícita na pergunta de Saulo - caído por terra, por causa da grande luz divina, a caminho de Damasco -, a prova de sua boa-fé. E a resposta é igualmente repleta de significado: 'Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo'. Foi revelada a Paulo a misteriosa verdade do Corpo místico da Igreja.

A sequencia também desvenda o segredo dessa alma generosa, intolerante àqueles que reputa traidores e hereges: 'A ti é difícil recalcitrar contra o aguilhão'.

Paulo, de fato, fora atingido pelo 'aguilhão' da graça, e aquela profusão de luz, que o deixou momentaneamente cego, abriu-lhe os olhos para a obra redentora de Cristo. O milagre da graça condensara naquele raio fulgurante toda a teologia paulina - pão substancioso a ser dividido com os irmãos, oralmente e por escrito. Cada uma das cartas dirigidas às várias comunidades desenvolve os grandes temas dessa mensagem divina.

Em 36, Saulo estava presente quando foi lapidado o primeiro mártir cristão, Estêvão, mas ele não tomou parte nisso, pois era ainda 'muito moço', dizem os Atos dos Apóstolos. Em 62, Paulo escreve que já era 'velho'. Daí se pode deduzir que tenha nascido entre os anos 6 e 10 e tenha sido decapitado em 69 - sua atividade apostólica desenvolve-se num período de vinte anos, seis dos quais transcorridos na prisão.

Do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas.


25 de Janeiro 2020

A SANTA MISSA

2ª Semana do Tempo Comum – Sábado 
Cor: Verde

[slz_tabs tab_text_color="#000000" tab_active_text_color="#86653c"]

1ª Leitura: 2Sm 1,1-4.11-12.19.23-27

Como tombaram os fortes na batalha! 

Início do Segundo Livro de Samuel

Naqueles dias: 1 Davi regressou da derrota que infligiu aos amalecitas, e esteve dois dias em Siceleg. 2 No terceiro dia, apareceu um homem, que vinha do acampamento de Saul, com as vestes rasgadas e a cabeça coberta de pó. Ao chegar perto de Davi, prostrou-se por terra e fez-lhe uma profunda reverência. 3 Davi perguntou-lhe: ‘Donde vens?’ Ele respondeu: ‘Salvei-me do acampamento de Israel’. 4 ‘Que aconteceu?’, perguntou-lhe Davi. ‘Conta-me tudo!’ Ele respondeu: ‘As tropas fugiram da batalha, e muitos do povo caíram mortos. Até Saul e o seu filho Jônatas pereceram!’ 11 Então Davi tomou suas próprias vestes e rasgou-as, e todos os que estavam com ele fizeram o mesmo. 12 Lamentaram-se, choraram e jejuaram até à tarde, por Saul e por seu filho Jônatas, e por causa do povo do Senhor e da casa de Israel, porque haviam tombado pela espada. 19 ‘Tua glória, ó Israel, jaz ferida de morte sobre os teus montes. Como tombaram os fortes! 23 Saul e Jônatas, amados e belos, nem vida nem morte os puderam separar, mais velozes que as águias, mais fortes que os leões. 24 Filhas de Israel, chorai sobre Saul. Ele vos vestia de púrpura suntuosa e ornava de ouro os vossos vestidos. 25 Como tombaram os fortes em plena batalha! Jônatas foi morto sobre as tuas alturas. 26 Choro por ti, meu irmão Jônatas. Tu me eras tão querido; tua amizade me era mais cara que o amor das mulheres. 27 Como tombaram os fortes, como pereceram as armas de guerra!’

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 79, 2-3. 5-7 (R. 4b)

R. Resplandecei a vossa face, e nós seremos salvos!.

2 Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. *
Vós, que a José apascentais qual um rebanho!
Vós, que sobre os querubins vos assentais, +
aparecei cheio de glória e esplendor *
3 ante Efraim e Benjamim e Manassés!
Despertai vosso poder, ó nosso Deus, *
e vinde logo nos trazer a salvação!      R.

5 Até quando, ó Senhor, vos irritais, *
apesar da oração do vosso povo?
6 Vós nos destes a comer o pão das lágrimas, *
e a beber destes um pranto copioso.
7 Para os vizinhos somos causa de contenda, *
de zombaria para os nossos inimigos.      R. 

Evangelho: Mc 3,20-21  

Os parentes de Jesus diziam que estava fora de si. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo: 20 Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21 Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

[/slz_tabs]

24 de Janeiro 2020

A SANTA MISSA

2ª Semana do Tempo Comum – feira 
Memória: São Francisco de Sales, bispo e doutor
Cor: Branca

[slz_tabs tab_text_color="#000000" tab_active_text_color="#86653c"]

1ª Leitura: 1Sm 24,3-21 

Não levantarei a mão contra ele,
pois é o ungido do Senhor. 

Leitura do Primeiro Livro de Samuel

Naqueles dias: 3 Saul tomou consigo três mil homens escolhidos em todo o Israel e saiu em busca de Davi e de seus homens, até aos rochedos das cabras monteses. 4 E chegou aos currais de ovelhas que encontrou no caminho. Havia ali uma gruta, onde Saul entrou para satisfazer suas necessidades. Davi e seus homens achavam-se no fundo da gruta, 5 e os homens de Davi disseram-lhe: ‘Este certamente é o dia do qual o Senhor te falou: ‘Eu te entregarei o teu inimigo, para que faças dele o que quiseres’. Então Davi aproximou-se de mansinho e cortou a ponta do manto de Saul. 6 Mas logo o seu coração se encheu de remorsos por ter feito aquilo, 7 e disse aos seus homens: ‘Que o Senhor me livre de fazer uma coisa dessas ao ungido do Senhor, levantando a minha mão contra ele, o ungido do Senhor’. 8 Com essas palavras, Davi conteve os seus homens, e não permitiu que se lançassem sobre Saul. Este deixou a gruta e seguiu seu caminho. 9 Davi levantou-se a seguir, saiu da gruta e gritou atrás dele: ‘Senhor, meu rei!’ Saul voltou-se e Davi inclinou-se até o chão e prostrou-se. 10 E disse a Saul: ‘Por que dás ouvidos às palavras dos que te dizem que Davi procura fazer-te mal? 11 Viste hoje com teus próprios olhos que o Senhor te entregou em minhas mãos, na gruta. Renunciando a matar-te! poupei-te a vida, porque pensei: Não levantarei a mão contra o meu senhor, pois ele é o ungido do Senhor, 12 e meu pai. Presta atenção, e vê em minha mão a ponta do teu manto. Se eu cortei este pedaço do teu manto e não te matei, reconhece que não há maldade nem crime em mim, que não pequei contra ti. Tu, porém, andas procurando tirar-me a vida. 13 Que o Senhor seja nosso juiz e que ele me vingue de ti. Mas eu nunca levantarei a minha mão contra ti. 14 ‘Dos ímpios sairá a impiedade’, diz o antigo provérbio; por isso, a minha mão não te tocará. 15 A quem persegues tu, ó rei de Israel? A quem persegues? Um cão morto! E uma pulga! 16 Pois bem! O senhor seja juiz e julgue entre mim e ti. Que ele examine e defenda a minha causa, e me livre das tuas mãos’. 17 Quando Davi terminou de falar, Saul lhe disse: ‘É esta a tua voz, ó meu filho Davi? E começou a clamar e a chorar 18 Depois disse a Davi: ‘Tu és mais justo do que eu, porque me tens feito bem e eu só te tenho feito mal. 19 Hoje me revelaste a tua bondade para comigo, pois o Senhor me entregou em tuas mãos e não me mataste. 20 Qual é o homem que, encontrando o seu inimigo, o deixa ir embora tranquilamente? Que o Senhor te recompense pelo bem que hoje me fizeste. 21 Agora, eu sei com certeza que tu serás rei, e que terás em tua mão o reino de Israel’.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 56, 2.3.-4.6.11 (R. 2a)

R. Piedade, Senhor, tende piedade.

2 Piedade, Senhor, piedade, *
pois em vós se abriga a minh’alma!
De vossas asas, à sombra, me achego, *
até que passe a tormenta, Senhor!     R.

3 Lanço um grito ao Senhor Deus Altíssimo, *
a este Deus que me dá todo o bem.
4 Que me envie do céu sua ajuda +
e confunda os meus opressores! *
Deus me envie sua graça e verdade!       R.

6 Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus, *
vossa glória refulja na terra!
11 Vosso amor é mais alto que os céus, *
mais que as nuvens a vossa verdade!      R. 

Evangelho: Mc 3,13-19 

Chamou os que ele quis, para que ficassem com ele. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo: 13 Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14 Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15 com autoridade para expulsar os demônios. 16 Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17 Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer ‘filhos do trovão’; 18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19 e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

[/slz_tabs]

Vocação para a santidade

TEMPO COMUM. SEGUNDA SEMANA. SEXTA-FEIRA

– Vocação dosDoze. Deus é quem chama e quem dá as graças para perseverar.
– No cumprimento da sua vocação, o homem dá glória a Deus e encontra a grandeza da sua vida.
– Fiéis à chamada pessoal que recebemos de Deus.

I. DEPOIS DE UMA NOITE em oração 1, Jesus escolheu os doze Apóstolos para que o acompanhassem ao longo da sua vida pública e depois continuassem a sua missão na terra. Os Evangelistas deixaram-nos consignados os seus nomes e hoje os recordamos na leitura do Evangelho da Missa 2. Havia vários meses que, juntamente com outros discípulos, seguiam o Mestre pelos caminhos da Palestina, dispostos a uma entrega sem limites. E agora são objeto de uma predileção muito particular.

Ao escolhê-los, Cristo estabelece os alicerces da sua Igreja: estes doze homens hão de ser como que os doze Patriarcas do novo Povo de Deus, a sua Igreja: um Povo que há de formar-se não pela descendência segundo a carne, como acontecera com Israel, mas por uma descendência espiritual. Por que chegaram os Apóstolos a gozar de um favor tão grande da parte de Deus? Por que precisamente eles e não outros?

A pergunta não faz sentido. Simplesmente, foram chamados pelo Senhor. E foi nessa libérrima escolha de Cristo – chamou os que quis – que radicou a honra e a essência da vocação que receberam. Não fostes vós que me escolhestes – dir-lhes-á mais tarde –, mas eu que vos escolhi 3.

A escolha é sempre coisa de Deus. Os Apóstolos não se distinguiam pelo seu saber, poder ou importância; eram homens normais e correntes, mas foram escolhidos por Deus.

Cristo escolhe os seus colaboradores, e esse chamamento é o único título que eles possuem. São Paulo, por exemplo, para sublinhar a autoridade com que ensina e admoesta os fiéis, começa com freqüência as suas Epístolas com estas palavras: Paulo, pela vontade de Deus Apóstolo de Cristo Jesus, para anunciar a promessa de vida em Cristo Jesus 4. Chamado e escolhido não pelos homens nem por intermédio de algum homem, mas por Jesus Cristo e Deus Pai 5. Em todo o seu discurso está presente esta realidade: a escolha divina.

Jesus chama com autoridade e ternura, tal como o Senhor tinha chamado os seus profetas e enviados: Moisés, Samuel, Isaías... Nunca os chamados mereceram de forma alguma, nem pela sua boa conduta, nem pelas suas condições pessoais, a vocação para a qual foram escolhidos. São Paulo sublinha-o explicitamente: Chamou-nos com uma vocação santa, não por causa das nossas obras, mas em virtude do seu desígnio 6. Mais ainda, Deus costuma escolher, para o seu serviço e para as suas obras, pessoas com virtudes e qualidades desproporcionadamente pequenas para aquilo que realizarão com a ajuda divina. Considerai o vosso chamamento, pois não há entre vós muitos sábios segundo a carne 7.

O Senhor também nos chama para que continuemos a sua obra redentora no mundo, e as nossas fraquezas não nos podem surpreender e muito menos desanimar, como também não nos há de assustar a desproporção entre as nossas condições pessoais e a tarefa que Deus põe diante de nós. Ele sempre dá o incremento; apenas nos pede a nossa boa vontade e a pequena ajuda que as nossas mãos lhe podem prestar.

II. CHAMOU OS QUE QUIS. A vocação é sempre e em primeiro lugar uma escolha divina, sejam quais forem as circunstâncias que tenham acompanhado o momento em que se aceitou essa escolha. Por isso, uma vez recebida, não tem cabimento discuti-la com raciocínios humanos, que sempre são pobres e curtos. O Senhor sempre dá as graças necessárias para perseverar, pois, como ensina São Tomás, quando Deus escolhe determinadas pessoas para uma missão, prepara-as e cuida de que sejam idôneas para que possam levar a cabo aquilo para que foram escolhidas 8.

No cumprimento dessa missão, o homem descobre a grandeza da sua vida, “porque a chamada divina e, em última análise, a revelação que Deus faz do seu ser é, simultaneamente, uma palavra que revela o sentido e o ser da vida do homem. É na escuta e na aceitação da palavra divina que o homem chega a compreender-se a si próprio e a adquirir, portanto, uma coerência no seu ser [...]. Por isso o comportamento mais forte perante mim mesmo, a mais completa honestidade e coerência com o meu próprio ser acontecem no meu compromisso perante esse Deus que me chama” 9.

O Senhor também hoje chama os seus apóstolos para que estejam com Ele, pela recepção dos sacramentos e pela vida de oração, pela santidade pessoal, e para serem enviados a pregar, mediante uma presença apostólica ativa em todos os ambientes. E, ainda que o Mestre faça algumas chamadas específicas, a vida cristã de qualquer fiel, mesmo a mais normal e corrente, implica uma vocação singular: a de seguir o Senhor com uma nova vida cuja chave Ele possui: Se alguém quiser vir após mim... 10 “Todos os fiéis de qualquer estado e condição de vida estão chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade”, diz o Concílio Vaticano II 11.

Esta plenitude de vida cristã pede a heroicidade das virtudes. O Senhor nos quer santos, no sentido estrito dessa palavra, no meio das nossas ocupações, com uma santidade alegre, atraente. Ele nos dá a força e as ajudas necessárias para isso.

Saibamos dizer a Jesus muitas vezes que Ele pode contar conosco, com a nossa boa vontade em segui-lo no lugar em que estamos, e sem estabelecer-lhe limites ou condições.

III. A DESCOBERTA DA VOCAÇÃO pessoal é o momento mais importante de toda a vida. Da resposta fiel a essa chamada divina dependem a felicidade própria e a de muitos outros. Deus cria-nos, prepara-nos e chama-nos em função de um desígnio eterno. “Se hoje em dia tantos cristãos vivem à deriva, com pouca profundidade e limitados por horizontes pequenos, isso se deve sobretudo à falta de uma consciência clara da sua própria razão de ser e de existir [...]. O que eleva o homem, o que realmente lhe confere uma personalidade, é a consciência da sua vocação, a consciência da sua tarefa concreta. Isso é o que enche uma vida de conteúdo” 12.

A decisão inicial de seguir o Senhor é, porém, a base de muitas outras chamadas ao longo da vida. A fidelidade realiza-se dia após dia, normalmente em coisas que parecem de pouca importância, nos pequenos deveres cotidianos, no cuidado em afastar tudo aquilo que possa ferir o que é a essência da própria vida. Não basta preservar a vocação; é preciso renová-la, reafirmá-la constantemente: quando parece fácil e nos momentos em que tudo custa; quando os ataques do mundo, do demônio e da carne se manifestam em toda a sua violência.

Teremos sempre a ajuda necessária para sermos fiéis. Quanto mais dificuldades, mais graças. E com a luta ascética bem determinada – com um exame particular bem concreto –, o amor cresce e se robustece com o passar do tempo; e a entrega, afastada toda a rotina, torna-se mais consciente, mais madura. “Não se trata de um crescimento de tipo quantitativo, como o de um montão de trigo, mas de um crescimento qualitativo, como o do calor que se torna mais intenso, ou como o da ciência que, sem chegar a novas conclusões, se torna mais penetrante, mais profunda, mais unificada, mais certa. Assim, pela caridade tendemos a amar mais perfeitamente, de modo mais puro, mais intimamente, a Deus acima de tudo, e ao próximo e a nós mesmos para que glorifiquemos a Deus neste tempo e na eternidade” 13. É esse o crescimento que o Senhor nos pede.

Esforçar-se por crescer em santidade, em amor a Cristo e a todos os homens por Cristo, é assegurar a fidelidade e conseqüentemente uma vida plena de sentido, de amor e de alegria. São Paulo servia-se de uma comparação tirada das corridas no estádio para explicar que a luta ascética do cristão deve ser alegre, como um autêntico esporte sobrenatural. E ao considerar que não tinha atingido a perfeição, dizia que lutava por alcançar o que fora prometido: Uma só coisa é a que busco: lançar-me em direção ao que tenho pela frente, correr para a meta, para alcançar o prêmio a que Deus nos chama das alturas 14.

Desde que Cristo irrompeu na sua vida na estrada de Damasco, Paulo entregou-se com todas as suas forças à tarefa de procurá-lo, amá-lo e servi-lo. Foi o que fizeram os demais Apóstolos a partir do dia em que Jesus passou por eles e os chamou. Os defeitos que tinham não desapareceram naquele instante, mas eles seguiram o Mestre numa amizade crescente e souberam ser-lhe fiéis. Nós devemos fazer o mesmo, correspondendo diariamente às graças que recebemos, sendo fiéis cada dia. Assim chegaremos à meta em que Cristo nos espera.

(1) Cfr. Lc 6, 12; (2) Mc 3, 13-19; (3) Jo 15, 16; (4) 2 Tim 1, 1; (5) Gál 1, 1; (6) 2 Tim 1, 9; (7) 1 Cor 1, 26; (8) cfr. São Tomás, Suma Teológica, 3, q. 27, a. 4; (9) P. Rodríguez, Vocación, trabajo, contemplación, EUNSA, Pamplona, 1986, pág. 18; (10) Mt 16, 24; (11) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 40; (12) F. Suárez, A Virgem Nossa Senhora, Aster, Lisboa, pág. 29; (13) R. Garrigou-Lagrange, La Madre del Salvador, Rialp, Madrid, 1976, pág. 106; (14) cfr. Fil 3, 13-14

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


São Francisco Sales

24 de Janeiro

São Francisco Sales 

São Francisco de Sales nasceu no castelo de Sales, na Saboya, em 1567. Desde menino era muito inquieto e brincalhão, tanto que sua mãe e sua ama tinham que estar constantemente vendo o que estava fazendo.

Sua luta contra a ira foi constante. Certo dia, um calvinista visitou o castelo, o pequeno Francisco se inteirou, tomou um pau e foi brincar de correr atrás das galinhas gritando: “Fora os hereges, não queremos hereges”.

Teve como mestre o Pe. Deage, sacerdote muito perfeccionista em suas exigências. Este preceptor lhe faria passar momentos amargos, mas lhe ajudaria muito em sua formação.

Aos 10 anos, recebeu a primeira comunhão e confirmação e, desde esse dia, comprometeu-se a visitar frequentemente o Santíssimo. Mais adiante, conseguiu que seu pai o enviasse ao Colégio do Clermont, dirigido pelos jesuítas e conhecido pela piedade e o amor à ciência.

Acompanhado pelo Pe. Deage, Francisco se confessava e comungava a cada semana, era dedicado aos estudos e reservava um par de horas diárias aos exercícios de equitação, esgrima e dança.

Muitas vezes o sangue lhe subia à cabeça pelas brincadeiras e humilhações. Mas, conseguia se conter de tal maneira que muitos nem imaginavam o seu mau gênio. Entretanto, o inimigo lhe fez sentir que seria condenado ao inferno para sempre. Este pensamento o atormentava até o ponto que perdeu o apetite e já não dormia.

Então, disse a Deus: “Não me interessa que me mande todos os suplícios que queira, desde que me permita seguir te amando sempre”. Logo, na Igreja de Santo Estêvão, em Paris, ajoelhado diante da imagem da Virgem, pronunciou a famosa oração de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria…”. Assim, recuperou a paz. 

Esta provação o ajudou muito a se curar do orgulho e saber compreender as pessoas em crise para assim tratá-las com bondade. Obedecendo seu pai, foi estudar direito em Pádua, tempo que aproveitou para estudar também teologia por seu grande desejo de ser sacerdote.

Aos 24 anos, obteve seu doutorado em leis e mais tarde, junto a sua família, manteve uma vida típica de jovem da nobreza. Seu pai desejava que se casasse e que obtivesse postos importantes, mas Francisco se mantinha em reserva por sua inquietação de consagrar-se a serviço de Deus.

Com a morte do decano do Capítulo de Genebra, seu primo Luis de Sales, alguns conhecidos fizeram com que o Papa lhe outorgasse este cargo. O jovem santo, por outro lado, começou a dialogar com seu pai sobre sua inquietação vocacional e pouco a pouco o convenceu.

Vestiu a batina no dia em que obteve a aprovação de seu pai e recebeu a ordem do sacerdócio seis meses depois. Exercia os ministérios entre os mais necessitados com muito carinho e seus prediletos eram os de berço humilde.

Entre os habitantes do Chablais, os protestantes tinham dificultado a vida dos católicos e Francisco se ofereceu para ir até lá com permissão do Bispo.

A fim de tocar os corações da população, o santo começou a escrever panfletos nos quais expunha a doutrina da Igreja e refutava os calvinistas. Estes escritos mais tarde formariam o volume das “Controvérsias”.

O que as pessoas mais admiravam era a paciência com que o santo vivia as dificuldades e perseguições.

Francisco caiu em uma grave enfermidade e, ao recuperar a saúde, foi à Roma onde o Papa estava. Lá, teólogos e sábios que tinham ouvido de suas qualidades fizeram-lhe perguntas difíceis de teologia. Todos ficaram maravilhados pela simplicidade, modéstia e ciência de suas respostas.

O Pontífice o confirmou como coadjutor de Genebra e o santo retornou à sua diocese para trabalhar com mais empenho. Quando o Bispo morreu, Francisco o sucedeu no governo e fixou sua residência em Annecy.

Teve como discípula Santa Joana de Chantal e do encontro destes dois santos surgiu a fundação da Congregação da Visitação, em 1610. Das notas com que instruía a santa, surgiu o livro “Introdução à vida devota”. Mais tarde, São Francisco de Sales o publicou, tendo sido traduzido em muitos idiomas.

Em 1622, o duque da Saboya convidou o santo para se reunir em Aviñón. O santo Bispo aceitou, pela parte francesa de sua diocese, mas arriscando muito sua saúde devido à longa viagem em pleno inverno.

Deixou tudo em ordem, como se soubesse que não voltaria. Quando chegou a Aviñón, as multidões se apinhavam para vê-lo e as congregações queriam que pregasse para elas.

Ao regressar, São Francisco se deteve em Lyon e se hospedou na casinha do jardineiro do Convento da Visitação. Atendeu as religiosas durante um mês inteiro e quando uma delas lhe pediu uma virtude para praticar, o santo escreveu “humildade”.

No cruel inverno, prosseguiu sua viagem pregando e administrando os sacramentos, mas sua saúde ia piorando até que partiu para a Casa do Pai. Sua última palavra foi o nome de Jesus. São Francisco de Sales expirou aos 56 anos, em 28 de dezembro de 1622, sendo Bispo por 21 anos.

No dia seguinte, a população inteira do Lyon passou pela humilde casa onde faleceu. Em 1632, abriram seu túmulo para saber como estava. Parecia que se encontrava em um aprazível sonho.

Santa Joana de Chantal foi ver o corpo do santo junto a suas religiosas e, quando lhe disseram que podia se aproximar, a santa se ajoelhou, tomou a sua mão e a pôs sobre a sua cabeça para lhe pedir a bênção.

Nesse momento, todas as irmãs viram que a mão do santo parecia recuperar vida e, movendo os dedos, acariciava a humilde cabeça de sua discípula. Hoje, em Annecy, as irmãs da Visitação conservam o véu que Santa Joana usava naquele dia.

São Francisco de Sales foi canonizado em 1665. Em 1878, o Papa Pio IX o declarou Doutor da Igreja. São João Bosco adotou o “santo da amabilidade” como patrono de sua congregação e como modelo para o serviço que os salesianos devem oferecer aos jovens.

Fonte: https://www.acidigital.com


Uma Tarefa Urgente: Dar Doutrina

TEMPO COMUM. SEGUNDA SEMANA. QUINTA-FEIRA

– Necessidade premente deste apostolado.
– Formação nas verdades da fé. Estudar e ensinar o Catecismo.
– A oração e a mortificação devem acompanhar todo o apostolado. Só a graça pode mover a vontade a concordar com as verdades da fé.

I. O EVANGELHO DIZ em várias ocasiões que as multidões se aglomeravam à volta do Senhor para que pudessem ser curadas1. Lemos hoje no Evangelho da Missa2 que uma numerosa multidão da Galiléia e da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidon seguia Jesus. Era tanta a gente que o Senhor mandou aos seus discípulos que preparassem uma barca por causa da multidão, para que esta não o oprimisse. Pois Ele curava muitos, e quantos padeciam de algum mal lançavam-se sobre Ele para o tocarem.

São pessoas necessitadas que recorrem a Cristo. E Ele as atende porque tem um coração compassivo e misericordioso. Durante os três anos da sua vida pública, curou muitos, livrou os endemoninhados, ressuscitou mortos... Mas não curou todos os enfermos do mundo nem suprimiu todos os sofrimentos desta vida, porque a dor não é um mal absoluto – ao passo que o pecado o é –, e pode ter um valor redentor incomparável se a unirmos aos sofrimentos de Cristo.

Muitos dos milagres que Jesus realizou foram remédio para inúmeras dores e sofrimentos, mas eram antes de mais nada um sinal e uma prova da sua missão divina, da redenção universal e eterna. E os cristãos continuam no tempo a missão de Cristo: Ide, pois, e ensinai a todos os povos, batizando-os... e ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei. E eis que eu estou convosco todos os dias até à consumação do mundo3.

As multidões andam hoje tão necessitadas como naquela época. Também hoje vemos que são como ovelhas sem pastor, que estão desorientadas e não sabem para onde dirigir as suas vidas. A humanidade, apesar de todos os progressos destes vinte séculos, continua a sofrer dores físicas e morais, mas padece sobretudo de uma grande falta da doutrina de Cristo, salvaguardada sem erro pelo Magistério da Igreja. As palavras do Senhor continuam a ser palavras de vida eterna, que ensinam a fugir do pecado, a santificar a vida ordinária, o trabalho, as alegrias, as derrotas e a doença..., e abrem os caminhos da salvação. Esta é a grande necessidade do mundo.

Quando avaliamos a situação da sociedade com os olhos da fé, não precisamos de muito esforço para descobrir que as pessoas “andam desejosas de ouvir a palavra de Deus, embora o dissimulem exteriormente. Talvez alguns se tenham esquecido da doutrina de Cristo; outros – sem culpa sua – nunca a aprenderam, e vêem a religião como uma coisa estranha. Mas convencei-vos de uma realidade sempre atual: chega sempre um momento em que a alma não pode mais, em que não lhe bastam as explicações habituais, em que não a satisfazem as mentiras dos falsos profetas. E, mesmo que nem então o admitam, essas pessoas sentem fome de saciar a sua inquietação nos ensinamentos do Senhor”4.

Está nas nossas mãos este tesouro da doutrina, para que possamos dá-lo a tempo e a destempo5, oportuna e inoportunamente, através de todos os meios ao nosso alcance. E esta é a tarefa verdadeiramente urgente que incumbe a todos os cristãos.

II. PARA PODERMOS DAR a doutrina de Jesus Cristo, é preciso que a tenhamos no entendimento e no coração: que a meditemos e amemos. Todos os cristãos, cada um segundo os dons que recebeu – talento, estudos, circunstâncias... –, tem que servir-se dos meios necessários para adquiri-la. E não serão poucas as vezes em que essa formação começará por um conhecimento aprofundado do Catecismo, que são esses livros “fiéis aos conteúdos essenciais da Revelação e atualizados quanto ao método, capazes de educar numa fé robusta as gerações de cristãos dos novos tempos”6, como diz João Paulo II.

A vida de fé leva a um fluxo contínuo de aquisição e transmissão das verdades reveladas: Tradidi quod accepi... Transmito-vos aquilo que recebi7, dizia São Paulo aos cristãos de Corinto. A fé da Igreja é fé viva, porque é continuamente recebida e entregue. De Cristo aos Apóstolos, destes aos seus sucessores. Assim até hoje: é sempre idêntica a fé que ressoa no Magistério vivo da Igreja8. Que bons alto-falantes não teria o Senhor se todos os cristãos se decidissem – cada um no seu lugar – a proclamar a sua doutrina salvadora, a ser elos dessa corrente que se prolongará até o fim dos tempos! Ide e ensinai..., diz o próprio Cristo a todos nós.

Trata-se de difundir espontaneamente a doutrina, de um modo às vezes informal, mas que será extraordinariamente eficaz, tal como aconteceu com os primeiros cristãos: de família para família; entre colegas de trabalho ou de estudo, entre os pais dos alunos de uma escola; nos bairros, nos mercados, nas ruas.

O trabalho, a rua, a associação profissional, a Universidade, os estabelecimentos comerciais, a vida civil... convertem-se então em veículos de uma catequese discreta e atraente, que penetra até o fundo dos costumes da sociedade e da vida dos homens. “Acredita em mim: o apostolado, a catequese, de ordinário, tem de ser capilar: um a um. Cada homem de fé com o seu companheiro mais próximo. – Aos que somos filhos de Deus, importam-nos todas as almas, porque nos importa cada alma”9.

Como devem comover o coração de Deus essas mães que, talvez sem tempo disponível, explicam pacientemente as verdades do Catecismo aos seus filhos... e talvez aos filhos das suas vizinhas e amigas! Ou o estudante que vai a um bairro longínquo, para explicar essas verdades aos meninos da localidade, ainda que depois tenha de sacrificar o sono para preparar a prova que terá na semana seguinte!

“Perante tanta ignorância e tantos erros a respeito de Cristo, da sua Igreja..., das verdades mais elementares, os cristãos não podem ficar passivos, pois o Senhor nos constituiu como sal da terra (Mt 5, 13) e luz do mundo (Mt 5, 14). Todos os cristãos devem participar na tarefa de formação cristã, devem sentir a urgência de evangelizar, que não é para mim motivo de glória, mas uma obrigação (1 Cor 9, 16)”10.

Ninguém pode desentender-se desta urgente missão. “Tarefa do cristão: afogar o mal em abundância de bem. Não se trata de campanhas negativas, nem de ser antinada. Pelo contrário: viver de afirmação, cheios de otimismo, com juventude, alegria e paz; ver com compreensão a todos: os que seguem a Cristo e os que o abandonam ou não o conhecem. – Mas compreensão não significa abstencionismo nem indiferença, e sim atividade”11, iniciativa, anelo profundo de dar a conhecer a todos o rosto amável do Senhor.

III. AO PERCEBERMOS A EXTENSÃO da tarefa de difundir a doutrina de Jesus Cristo, devemos começar por pedir ao Senhor que nos aumente a fé: Fac me tibi semper magis credere, fazei com que eu creia mais e mais em Vós, suplicamos no Adoro te devote, o hino eucarístico de São Tomás de Aquino. E assim poderemos dizer também com palavras desse hino: “Creio em tudo o que me disse o Filho de Deus; nada mais verdadeiro que esta Palavra de verdade”. Com uma fé robustecida, estaremos preparados para ser instrumentos nas mãos do Senhor.

Só a graça de Deus pode mover a vontade a aceitar as verdades da fé. Por isso, na nossa tarefa de atrair os nossos amigos à verdade cristã, devemos renovar constantemente a nossa fé com uma oração humilde e contínua; e, juntamente com a oração, a penitência: um espírito habitual de mortificação, provavelmente em detalhes pequenos relativos à vida familiar, ao trabalho..., mas sempre sobrenatural e concreta. Lembremo-nos sempre de que a oração se valoriza com o sacrifício: “A ação nada vale sem a oração; a oração valoriza-se com o sacrifício”12.

Perante as barreiras que encontraremos por vezes em ambientes difíceis, e perante obstáculos que poderiam parecer insuperáveis, encher-nos-emos de otimismo se nos recordarmos de que a graça de Deus pode mover os corações mais duros, e de que a ajuda sobrenatural é tanto maior quanto maiores forem as dificuldades que encontremos.

Senhor, ensinai-nos a fazer com que muitos Vos conheçam! Também nos nossos dias as multidões andam perdidas e necessitadas de Vós, cheias de ignorância e tantas vezes sem luz e sem caminho. Santa Maria, ajudai-nos a não desperdiçar nenhuma ocasião de dar a conhecer o vosso Filho Jesus Cristo! Fazei com que saibamos entusiasmar muitos dos nossos amigos e animá-los a seguir-nos nesta nobre tarefa de difundir a Verdade que salva!

(1) Cfr. Lc 6, 19; 8, 45; etc.; (2) Mc 3, 7-12; (3) Mt 28, 19-20; (4) São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 260; (5) cfr. 2 Tim 4, 2; (6) João Paulo II, Exhort. Apost. Catechesi tradendae, 16-X-1979, pág. 50; (7) cfr. 1 Cor 11, 23; (8) cfr. P. Rodríguez, Fe y vida de fe, pág. 164; (9) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 943; (10) João Paulo II, Discurso em Granada, 15-XI-1982; (11) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 864; (12) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 81.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


Santo Ildefonso 

23 de Janeiro

Santo Ildefonso 

A virtude principal na vida de Santo Ildefonso foi sua extrema fidelidade aos preceitos da Igreja, o amor que nutria à Maria Santíssima e propagação constante das mais belas devoções marianas. Seu brilhante desempenho como pastor de Toledo por cerca de dez anos (de 657 a 667), fez com que administrasse a fé principalmente pela caridade a todos os homens, sem acepção de pessoas. São nebulosos os dados sobre sua origem, mas acredita-se que descendia da família real visigótica, sendo certo que possuiu muitos bens, dos quais grande parte empregou na construção de um mosteiro religioso feminino. Ele mesmo, algum tempo depois abraçou a vida monástica ingressando no mosteiro de Agália, sob a direção dos beneditinos, onde acabou sendo eleito como superior da congregação por ocasião da morte do Abade desse mesmo mosteiro. Posteriormente é que veio a ser escolhido como arcebispo de Toledo.

Era, portanto, grande amigo e apóstolo da castidade, sendo a convicção católica uma das características de seu zelo. E foi com este caráter que militou valorosamente pela virgindade da Mãe de Deus, precisamente na defesa da doutrina da Imaculada Conceição, que cerca de onze séculos mais tarde viria a tornar-se dogma pela bula da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1854, pontificado de Pio IX).

Santo Ildefonso, passou sua vida trabalhando para a glória de Deus honrando Maria Santíssima, de quem era extremamente devoto. A iconografia cristã o representa recebendo das mãos de Nossa Senhora um paramento religioso como presente da sua terna afeição, devoção e apostolado incansável na exaltação do Seu nome. É por isso que, apesar da distância secular que nos separa, seu nome permanece ainda hoje, vivo como nunca, como um dos maiores apóstolos marianos da Idade Média.

Fonte: Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico – Juiz de Fora – Minas Gerais, 1959.


23 de Janeiro 2020

A SANTA MISSA

2ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira 
Cor: Verde

[slz_tabs tab_text_color="#000000" tab_active_text_color="#86653c"]

1ª Leitura: 1Sm 18,6-9; 19,1-7

Saul, meu pai, procura matar-te. 

Leitura do Primeiro Livro de Samuel

Naqueles dias: 6 Quando Davi voltou, depois de ter matado o filisteu, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, dançando e cantando alegremente ao som de tamborins e címbalos. 7 E, enquanto dançavam, diziam em coro: ‘Saul matou mil, mas Davi matou dez mil’. 8 Saul ficou muito encolerizado com isto e não gostou nada da canção, dizendo: ‘A Davi deram dez mil, e a mim somente mil. Que lhe falta ainda, senão a realeza?’ 9 E, a partir daquele dia, não olhou mais para Davi com bons olhos. 19,1 Saul falou a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos sobre sua intenção de matar Davi. Mas Jônatas, filho de Saul, amava profundamente Davi, 2 e preveniu-o a respeito disso, dizendo: ‘Saul, meu pai, procura matar-te; portanto, toma cuidado amanhã de manhã, e fica oculto em um esconderijo. 3 Eu mesmo sairei em companhia de meu pai, no campo, onde estiveres, e lhe falarei de ti, para ver o que ele diz, e depois te avisarei de tudo o que eu souber’. 4 Então Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e acrescentou: ‘Não faças mal algum ao teu servo Davi, porque ele nunca te ofendeu. Ao contrário, o que ele tem feito foi muito proveitoso para ti. 5 Arriscou a sua vida, matando o filisteu, e o Senhor deu uma grande vitória a todo o Israel. Tu mesmo foste testemunha e te alegraste. Por que, então, pecarias, derramando sangue inocente e mandando matar Davi sem motivo?’ 6 Saul, ouvindo isto, e aplacado com as razões de Jônatas, jurou: ‘Pela vida do Senhor, ele não será morto!’ 7 Então Jônatas chamou Davi e contou-lhe tudo isto. Levou-o em seguida a Saul, para que ele retomasse o seu lugar, como antes.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 55, 2-3. 9-10ab. 10c-11. 12-13 (R. 5bc)

R. É no Senhor que eu confio e nada temo.

2 Tende pena e compaixão de mim, ó Deus, +
pois há tantos que me calcam sob os pés, *
e agressores me oprimem todo dia!
3 Meus inimigos de contínuo me espezinham, *
são numerosos os que lutam contra mim!       R.

9 Do meu exílio registrastes cada passo, +
em vosso odre recolhestes cada lágrima, *
e anotastes tudo isso em vosso livro.
10a Meus inimigos haverão de recuar +
10b em qualquer dia em que eu vos invocar;        R.

10c tenho certeza: o Senhor está comigo!
11 Confio em Deus e louvarei sua promessa.       R.

12 É no Senhor que eu confio e nada temo: *
que poderia contra mim um ser mortal?
13 Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz, *
e vos oferto um sacrifício de louvor,         R. 

Evangelho: Mc 3,7-12  

Os espíritos maus gritavam: ‘Tu és o Filho de Deus!’
Mas ele ordenava severamente para não dizerem quem ele era. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo: 7 Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia. 8 E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9 Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. 10 Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11 Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: ‘Tu és o Filho de Deus!’ 12 Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

[/slz_tabs]