Beato César de Bus
15 de Abril
Beato César de Bus
Cesar de Bus, que desejava seguir a carreira militar, estava quase embarcando para atender ao chamado de seu irmão, capitão a serviço do rei Carlos IX, da França, quando foi impedido por uma enfermidade que o atingiu de maneira fulminante. Foi essa ocasião que o aproximou do bispo de Cavaillon, cidadezinha da Provença, onde ele tinha nascido em 3 de fevereiro 1544.
Os jesuítas de Avignon, um humilde capelão e uma camponesa, que o assistiam durante a convalescença, com as suas palavras e os seus exemplos o reconduziram para a religião cristã, da qual ele havia se afastado. Não perdeu tempo: tão logo se curou, trocou de vida e se pôs a estudar para tornar-se sacerdote. Enquanto se preparava, começou a percorrer os sítios e fazendas ensinando o catecismo. Fundou, com o auxilio de um primo, Romillon, centros de instrução religiosa nos cantos mais escondidos e esquecidos, nos quais começou a experimentar novos métodos de ensino da doutrina às crianças do meio rural.
César de Bus tornou-se sacerdote aos trinta e oito anos de idade e já reunia em torno de si muitos jovens, formando, com a ajuda dos bispos e dos sacerdotes da região, uma numerosa comunidade, que tomou o nome de Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, ou Doutrinários, os quais, por não terem pronunciado os votos, viviam todos juntos. Foi neste ponto que surgiu a divergência entre os dois fundadores: César de Bus queria que eles pronunciassem finalmente os votos e Romillon queria que se mantivessem apenas padres. Assim, esse último se transferiu para a casa de Aix-en-Provance, enquanto César permaneceu na sede de Avignon.
Depois de um longo período de sofrimento causado por uma enfermidade, César de Bus morreu no dia 15 de abril de 1607. Foi beatificado, em 1975, pelo papa Paulo VI, que autorizou sua celebração litúrgica para o dia do seu trânsito.
Texto: Paulinas Internet
Deixar-se Ajudar
07TEMPO PASCAL. OITAVA DA PÁSCOA. QUARTA-FEIRA
– No caminho de Emaús. Jesus vive e está ao nosso lado.
– Cristo nunca abandona os que são seus; que nós não o abandonemos. A virtude da fidelidade. Ser fiéis nas pequenas coisas.
– A virtude da fidelidade deve impregnar todas as manifestações da vida do cristão.
I. O EVANGELHO DA MISSA relata-nos outra aparição de Jesus na própria tarde do dia da Páscoa.
Dois discípulos regressam à sua aldeia, Emaús, profundamente desanimados porque Cristo, em quem haviam posto todo o sentido das suas vidas, tinha morrido. O Senhor, como se também Ele estivesse a caminho, alcança-os e junta-se a eles sem ser reconhecido 1. A conversa tem um tom entrecortado, como quando se fala enquanto se caminha.
Contam a Jesus o que os preocupa: os acontecimentos ocorridos em Jerusalém na tarde da sexta-feira, que tinham culminado com a morte de Jesus de Nazaré. A crucifixão do Senhor fora uma grave prova para as esperanças de todos aqueles que se consideravam seus discípulos e que, num grau ou noutro, tinham depositado nEle a sua confiança. Tudo se tinha passado com grande rapidez, e ainda estavam muito abalados com o que tinham visto.
A conversa que mantêm com o Senhor revela a imensa tristeza, a desesperança e o desconcerto de que estavam possuídos: Nós esperávamos que fosse ele quem haveria de restaurar Israel, dizem. Falam de Jesus como de uma realidade passada: [...] Jesus de Nazaré, que era um profeta poderoso...
“Reparai no contraste. Dizem era!... E, no entanto, têm-no ao seu lado, caminha com eles, está na sua companhia perguntando-lhes pela razão, pelas raízes íntimas da sua tristeza! «Era»... dizem eles. Nós, se fizéssemos um exame sincero e detido da nossa tristeza, dos nossos desalentos, dos nossos altos e baixos, compreenderíamos que estamos incluídos nessa passagem do Evangelho. Verificaríamos que dizemos espontaneamente: «Jesus foi...», «Jesus disse...», porque esquecemos que, como no caminho de Emaús, Jesus está vivo e ao nosso lado agora mesmo. Esta redescoberta aviva a fé, ressuscita a esperança, mostra-nos Cristo como uma felicidade presente: Jesus é, Jesus prefere, Jesus diz, Jesus manda, agora, agora mesmo” 2. Jesus vive.
Os dois discípulos sabiam da promessa de Cristo sobre a sua Ressurreição ao terceiro dia, e naquela mesma manhã tinham ouvido as santas mulheres dizer que tinham visto o sepulcro vazio e os anjos; não lhes faltavam luzes suficientes para alimentar a sua fé e a sua esperança. Não obstante, falam de Cristo como de um fato passado, como de uma ocasião perdida. São a imagem viva do desalento. As suas inteligências estão mergulhadas na escuridão e os seus corações embotados.
E é o próprio Cristo – a quem a princípio não reconhecem, mas cuja companhia e conversa acolhem – quem lhes interpreta aqueles acontecimentos à luz das Escrituras. Com toda a paciência, o Senhor devolve-lhes a fé e a esperança. E, com a fé e a esperança, os dois recuperam a alegria e o amor: Não é verdade que o nosso coração se abrasava enquanto ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? 3
É possível que nós também mergulhemos alguma vez no desalento e na falta de esperança, ao vermos os defeitos que não acabamos de vencer, as dificuldades na ação apostólica ou no trabalho, que nos parecem insuperáveis... Nessas ocasiões, se nos deixarmos ajudar, Jesus não permitirá que nos afastemos dEle. Talvez seja na direção espiritual, ao abrirmos a alma com sinceridade, que vejamos novamente o Senhor. E com Ele chegam sempre a alegria e os desejos de recomeçar quanto antes: Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Mas é necessário que nos deixemos ajudar, que estejamos dispostos a ser dóceis aos conselhos que recebemos.
II. A ESPERANÇA É A VIRTUDE do caminhante, daquele que, como nós, ainda não chegou à meta, mas sabe que sempre terá ao seu alcance os meios necessários para ser fiel ao Senhor e perseverar na vocação a que foi chamado, no cumprimento dos seus deveres. Mas temos que estar atentos a Cristo, que se aproxima de nós no meio das nossas ocupações, e “agarrar-nos a essa mão forte que Deus nos estende sem cessar, a fim de não perdermos o «ponto de mira» sobrenatural, mesmo quando as paixões se levantam e nos acometem, para nos aferrolharem no reduto mesquinho do nosso eu, ou quando – com vaidade pueril – nos sentimos o centro do universo. Eu vivo persuadido de que, sem olhar para cima, sem Jesus, nunca conseguirei nada; e sei que a minha fortaleza, para me vencer e para vencer, nasce de repetir aquele grito: Tudo posso nAquele que me conforta (Fil 4, 13), que encerra a promessa segura que Deus nos faz de não abandonar os seus filhos, se os seus filhos não o abandonam” 4.
Ao longo do Evangelho, o Senhor fala-nos com freqüência de fidelidade: aponta-nos o exemplo do servo fiel e prudente, do criado bom e leal nas menores coisas, do administrador fiel, etc. A idéia da fidelidade está tão enraizada no cristão que bastará o título de “fiéis” para designar os discípulos de Cristo 5.
À perseverança opõe-se a inconstância, que incita a desistir facilmente da prática do bem ou do caminho empreendido, quando surgem as dificuldades e as tentações. Opõe-se também, e em primeiríssimo lugar, a soberba, que vai minando os próprios alicerces da fidelidade e debilita a vontade na luta contra os obstáculos; sem humildade, a perseverança torna-se frágil e quebradiça. Opõe-se ainda o meio ambiente, a conduta de pessoas que deveriam ser exemplares e não o são, e, por isso mesmo, parecem querer dar a entender que a fidelidade não é um valor fundamental da pessoa.
Os obstáculos à lealdade aos compromissos adquiridos podem, enfim, ter a sua origem no descuido habitual dos pormenores. O próprio Senhor nos disse: Aquele que for fiel nas pequenas coisas também o será nas grandes 6. O cristão que não se desleixa nos pequenos deveres em que se desdobra o seu trabalho profissional, que luta por manter-se na presença de Deus durante a jornada, que guarda com naturalidade os sentidos; o marido que é leal à sua esposa nos pequenos incidentes da vida diária; o estudante que prepara as suas aulas todas os dias..., esses estão a caminho de ser fiéis quando os seus compromissos lhes reclamarem um autêntico heroísmo.
A fidelidade até o fim da vida exige que se saiba recomeçar quando por fragilidade tenha havido algum tropeço, que se persevere no esforço ao longo da vida, ainda que não faltem momentos isolados de covardia ou derrota. A chamada de Cristo exige uma persistência firme e “teimosa”, buscada numa compreensão sempre mais profunda da grandeza e das exigências do caminho que Deus traçou para cada homem.
III. A VIRTUDE DA FIDELIDADE deve estar presente em todas as manifestações da vida do cristão: nas relações com Deus, com a Igreja e com o próximo, no trabalho, nos deveres de estado e de cada um consigo próprio. Acima de tudo, o homem vive a fidelidade em todas as suas formas quando é fiel à sua vocação, e é da sua fidelidade ao Senhor que se deduz – e a ela se reduz – a fidelidade a todos os seus compromissos verdadeiros. Fracassar, pois, na vocação que Deus quis para nós é fracassar em tudo. Quando se quebra a fidelidade ao Senhor, tudo se desconjunta e desmorona. Se bem que, na sua misericórdia, Deus pode recompor tudo, se o homem assim lhe pede humildemente.
Não esqueçamos que é o próprio Deus quem sustenta constantemente a nossa fidelidade, e que Ele conta sempre com a fragilidade da natureza humana, com os seus defeitos e erros. O Senhor está disposto a dar-nos as graças necessárias, como àqueles dois de Emaús, para que continuemos sempre a caminhar, se houver em nós sinceridade de vida e desejos de luta. E diante do aparente fracasso de muitas das nossas tentativas, devemos lembrar-nos de que Deus, mais do que o “êxito”, o que olha com olhos amorosos é o esforço perseverante na luta.
Deste modo, se nos esmerarmos com a ajuda de Deus em ser-lhe fiéis nas constantes batalhas de cada dia, conseguiremos ouvir no fim da nossa vida, com imensa alegria, aquelas palavras do Senhor: Muito bem, servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, eu te confiarei o muito. Vem regozijar-te com o teu Senhor 7.
Ao terminarmos a nossa oração, dizemos ao Senhor com os discípulos de Emaús: Fica conosco, porque já é tarde e o dia declinou. Fica conosco, Senhor, porque, sem Ti, tudo é escuridão e a nossa vida carece de sentido. Sem Ti, andamos desorientados e perdidos. E contigo, tudo tem um sentido novo; até a própria morte é uma realidade radicalmente diferente. Mane nobiscum, quoniam advesperascit et inclinata est iam dies. Fica conosco, Senhor..., lembra-nos sempre as coisas essenciais da nossa existência, ajuda-nos a ser fiéis e a saber escutar com atenção o conselho sábio das pessoas em quem Tu te fazes presente no nosso contínuo caminhar para Ti.
“«Fica conosco, porque escureceu...» Foi eficaz a oração de Cléofas e do seu companheiro. – Que pena se tu e eu não soubéssemos «deter» Jesus que passa! Que dor, se não lhe pedimos que fique!” 8
(1) Lc 24, 13-35; (2) A. G. Dorronsoro, Dios y la gente, Rialp, Madrid, 1973, pág. 103; (3) Lc 24, 32; (4) São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 213; (5) cfr. At 10, 45; 2 Cor 6, 15; Ef 1, 1; (6) Lc 16, 10; (7) Mt 25, 21-23; (8) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 671.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
15 de Abril 2020
A SANTA MISSA

Quarta feira na Oitava da Páscoa
Cor: Branca
1ª Leitura: At 3,1-10
O que tenho eu te dou:
em nome de Jesus levanta-te e anda!
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias: 1 Pedro e João subiram ao Templo para a oração das três horas da tarde. 2 Então trouxeram um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar todos os dias na porta do Templo, chamada Formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam. 3 Quando viu Pedro e João entrando no Templo, o homem pediu uma esmola. 4 Os dois olharam bem para ele e Pedro disse: ‘Olha para nós!’ 5 O homem fitou neles o olhar, esperando receber alguma coisa. 6 Pedro então lhe disse: ‘Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!’ 7 E pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. 8 Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no Templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus. 9 O povo todo viu o homem andando e louvando a Deus. 10 E reconheceram que era ele que pedia esmolas, sentado na porta Formosa do Templo. E ficaram admirados e espantados com o que havia acontecido com ele.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 104, 1-2. 3-4. 6-7. 8-9 (R. 3b)
R. Exulte o coração dos que buscam o Senhor.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, *
anunciai entre as nações seus grandes feitos!
2 Cantai, entoai salmos para ele, *
publicai todas as suas maravilhas! R.
3 Gloriai-vos em seu nome que é santo, *
exulte o coração que busca a Deus!
4 Procurai o Senhor Deus e seu poder, *
buscai constantemente a sua face! R.
6 Descendentes de Abraão, seu servidor, *
e filhos de Jacó, seu escolhido,
7 ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, *
vigoram suas leis em toda a terra. R.
8 Ele sempre se recorda da Aliança, *
promulgada a incontáveis gerações;
9 da Aliança que ele fez com Abraão, *
e do seu santo juramento a Isaac. R.
Evangelho: Lc 24,13-35
Reconheceram-no ao partir o pão.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
13 Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14 Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16 Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17 Então Jesus perguntou: ‘O que ides conversando pelo caminho?’ Eles pararam, com o rosto triste, 18 e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: ‘Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?’ 19 Ele perguntou: ‘O que foi?’ Os discípulos responderam: ‘O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20 Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21 Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23 e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24 Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu.’ 25 Então Jesus lhes disse: ‘Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26 Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?’ 27 E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28 Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29 Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: ‘Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!’ Jesus entrou para ficar com eles. 30 Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31 Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32 Então um disse ao outro: ‘Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?’ 33 Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34 E estes confirmaram: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!’ 35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
14 de Abril 2020
A SANTA MISSA

Terça feira na Oitava da Páscoa
Cor: Branca
1ª Leitura: At 2,36-41
Convertei-vos; e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos
No dia de Pentecostes, Pedro disse aos judeus: 36 Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes.’ 37 Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito, e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: ‘Irmãos, o que devemos fazer?’ 38 Pedro respondeu: ‘Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo. 39 Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para si.’ 40 Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho, e os exortava, dizendo: ‘Salvai-vos dessa gente corrompida!’ 41 Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas, se uniram a eles.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 32, 4-5. 18-19. 20.22 (R. 5b)
R. Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
4 Pois reta é a palavra do Senhor,*
e tudo o que ele faz merece fé.
5 Deus ama o direito e a justiça,*
transborda em toda a terra a sua graça. R.
18 Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,*
e que confiam esperando em seu amor,
19 para da morte libertar as suas vidas*
e alimentá-los quando é tempo de penúria. R.
20 No Senhor nós esperamos confiantes,*
porque ele é nosso auxílio e proteção!
22 Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,*
da mesma forma que em vós nós esperamos! R.
Evangelho: Jo 20,11-18
‘Eu vi o Senhor!’; e eis o que ele me disse.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo: 11 Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12 Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Os anjos perguntaram: ‘Mulher, por que choras?’ Ela respondeu: ‘Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram’. 14 Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus perguntou-lhe: ‘Mulher, por que choras? A quem procuras?’ Pensando que era o jardineiro, Maria disse: ‘Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar’. 16 Então Jesus disse: ‘Maria!’ Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: ‘Rabuni’ (que quer dizer: Mestre). 17 Jesus disse: ‘Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus’. 18 Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’, e contou o que Jesus lhe tinha dito.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
Santa Liduína
14 de Abril
Santa Liduína de Schiedam
Lidvina ou Liduína, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança, recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. Até os quinze anos, Liduína era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente. Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e, em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente, foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.
Depois do trágico acidente, apareceram complicações e outras doenças, numa sequência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família.
Os anos se passavam e Liduína não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas, o sacerdote recordou a ela que: 'Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos; e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer'. E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.
Liduína entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma bênção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser esse o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente hóstia eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot.
A partir daquele momento, Liduína nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos; pedia, sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade, também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.
Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Liduína só se alimentava da sagrada Eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida, seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Liduína morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam, pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.
Em 1890, o papa Leão XII elevou santa Liduína ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem, tornou-se um santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis.
Texto: Paulinas Internet
Jesus Cristo Vive para Sempre
TEMPO PASCAL. OITAVA DA PÁSCOA. TERÇA-FEIRA
– O Senhor aparece a Maria Madalena. Jesus na nossa vida.
– Presença de Cristo entre nós.
– Procurar e manter um trato íntimo com Cristo. O exemplo de Maria Madalena nos ensina que quem procura com sinceridade o Senhor acaba por encontrá-lo.
I. MARIA MADALENA voltou ao sepulcro. Comovem-nos o carinho e a devoção desta mulher por Jesus, mesmo depois de morto. O amor daquela que estivera possuída por sete demônios 1continuava a ser muito grande. A graça havia arraigado e frutificado no seu coração depois de ter sido libertada de tantos males. Vimo-la fiel nos momentos duríssimos do Calvário.
Agora Maria permanece fora do sepulcro chorando. Uns anjos, que ela não reconhece como tais, perguntam-lhe por que chora. Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram 2. Era a única coisa que lhe importava no mundo.
Ditas estas palavras– prossegue o Evangelho da Missa de hoje –, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Maria não tinha parado de chorar a ausência do Senhor, e as suas lágrimas não lhe permitem vê-lo quando o tem tão perto. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem procuras? Vemos Cristo ressuscitado que se apresenta sorridente, amável e acolhedor. Ela, pensando que era o jardineiro, disse-lhe: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o levarei.
Bastou uma só palavra de Cristo para que se fizesse luz nos seus olhos e no seu coração. Jesus disse-lhe: Maria! A palavra tem essa inflexão única que Jesus dá a cada nome e que traz consigo uma vocação, uma amizade muito singular. Jesus também nos chama pelo nosso nome, num tom de voz inconfundível. E a sua voz não mudou. Cristo ressuscitado conserva os traços humanos de Jesus passível: a cadência da voz, o modo de partir o pão, as marcas dos pregos nas mãos e nos pés.
Maria voltou-se, reconheceu Jesus, lançou-se aos seus pés e exclamou em arameu: Rabboni!, que quer dizer Mestre. As suas lágrimas, agora irreprimíveis como rio que transborda, são de alegria e felicidade. O Apóstolo São João quis conservar-nos a palavra hebraica original – Rabboni – com que tantas vezes tinham chamado o Senhor. É uma palavra familiar, insubstituível. Jesus não é um “mestre” entre tantos, mas o Mestre, o único capaz de mostrar-nos o sentido da vida, o único que tem palavras de vida eterna.
Maria vai ter com os Apóstolos para cumprir a indicação que Jesus lhe acabava de dar, e diz-lhes: Vi o Senhor!
Ressoa nas suas palavras uma imensa alegria. Agora que sabe que Cristo ressuscitou, como mudou a sua vida em comparação com os momentos anteriores, em que só procurava honrar o corpo morto do Senhor! Como se torna diferente também a nossa existência quando procuramos comportar-nos de acordo com esta consoladora realidade: Jesus continua entre nós!, exatamente como naquela manhã em que Maria Madalena o confundiu com o jardineiro do lugar. “Cristo vive. Não é Cristo uma figura que passou, que existiu num tempo e que se retirou, deixando-nos uma lembrança e um exemplo maravilhosos [...]. A sua Ressurreição revela-nos que Deus não abandona os seus. Pode a mulher esquecer-se do fruto do seu ventre, não se compadecer do filho de suas entranhas? Pois ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de ti (Is 49, 14-15), tinha Ele prometido. E cumpre a sua promessa. Deus continua a achar as suas delícias entre os filhos dos homens (cfr. Prov 8, 31)” 3.
Jesus chama-nos muitas vezes pelo nosso nome, no seu tom de voz inconfundível. Está muito perto de cada um. Que as circunstâncias externas – talvez as lágrimas, como aconteceu com Maria Madalena, provocadas pela dor, pelo fracasso, pela decepção, pelas penas, pelo desconsolo – não nos impeçam de ver Jesus que nos chama. Que saibamos purificar tudo aquilo que possa turvar o nosso olhar.
II. CRISTO JESUS, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que se fez homem no seio virginal de Maria, está no Céu com o mesmo Corpo que assumiu na Encarnação, que morreu na Cruz e ressuscitou ao terceiro dia. Também nós, como Maria Madalena, contemplaremos um dia a Humanidade Santíssima do Senhor, e, enquanto não chega esse momento, temos que fomentar o desejo de vê-lo: Ouço no meu coração: “Procurai o meu rosto”. Eu procuro, Senhor, o vosso rosto 4. No Céu veremos Jesus como é, sem imagens obscuras; será o encontro com Alguém que nos conhece e a quem conhecemos porque já teremos estado com Ele muitas vezes, num trato íntimo de amizade.
Além de estar no Céu, Cristo está realmente presente na Eucaristia. “A única e indivisível existência de Cristo, o Senhor glorioso nos céus, não se multiplica, mas, pelo Sacramento, torna-se presente nos vários lugares do orbe da terra em que se realiza o sacrifício eucarístico. Essa mesma existência, depois de celebrado o sacrifício, permanece presente no Santíssimo Sacramento, o qual, no tabernáculo do altar, é como que o coração vivo dos nossos templos. Por isso estamos obrigados, por uma obrigação certamente suavíssima, a honrar e adorar na Hóstia Santa, que os nossos olhos vêem, o próprio Verbo encarnado, que os nossos olhos não podem ver, e que, não obstante, se tornou presente diante de nós sem ter deixado os céus” 5. “A presença de Jesus vivo na Hóstia Santa é a garantia, a raiz e a consumação da sua presença no mundo” 6.
Cristo vive e está também presente com a sua virtude nos sacramentos; está presente na sua Palavra, quando se lê na Igreja a Sagrada Escritura; está presente quando a Igreja ora e se reúne em seu nome . E está também presente no cristão, de uma maneira íntima, profunda e inefável. Cumpriu-se a promessa que fez aos Apóstolos quando se despedia deles na Última Ceia: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos a ele e nele faremos a nossa morada 8. Deus habita na nossa alma em graça e aí devemos procurá-lo, aí devemos escutá-lo, pois nos fala; e poderemos entendê-lo se tivermos o ouvido atento e o coração limpo. São Paulo refere-se a esta in-habitação quando afirma que cada um de nós é templo do Espírito Santo 9.
Santo Agostinho, ao considerar a presença inefável de Deus na alma, exclamava: “Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Tu estavas dentro de mim e eu te buscava fora [...]. Tu estavas comigo, mas eu não estava contigo. Mantinham-me atado, longe de ti, essas coisas que, se não fossem sustentadas por Ti, deixariam de ser. Chamaste-me, gritaste-me, rompeste a minha surdez. Brilhaste e resplandeceste diante de mim, e expulsaste dos meus olhos a cegueira” 10.
Na alma em graça, o Senhor está mais perto de nós do que qualquer pessoa que esteja ao nosso lado, mais perto do que o filho ou o irmão que tendes nos vossos braços ou conduzis pela mão; está mais presente que o nosso próprio coração. Não deixemos de manter sempre um trato de intimidade com Ele.
III. CRISTO VIVE e está presente de diversos modos no meio de nós e mesmo dentro de nós. Por isso devemos sair ao seu encontro, esforçar-nos por ter maior consciência da sua proximidade inefável para que, tendo-o mais presente, procuremos conviver mais com Ele e fazer com que o seu amor cresça em nós.
“É preciso procurar Cristo na Palavra e no Pão, na Eucaristia e na Oração. E tratá-lo como se trata um amigo, um ser real e vivo como é Cristo, porque ressuscitou. Cristo, lemos na Epístola aos Hebreus, como permanece sempre, possui eternamente o sacerdócio. Daí que pode perpetuamente salvar aqueles que por seu intermédio se apresentam a Deus, posto que está sempre vivo para interceder por nós (Heb 7, 24-25). Cristo, Cristo ressuscitado, é o companheiro, o Amigo. Um companheiro que se deixa ver apenas entre sombras, mas cuja realidade inunda toda a nossa vida e nos faz desejar a sua companhia definitiva” 11. Se contemplarmos Cristo ressuscitado, se nos esforçarmos por olhá-lo com olhar limpo, compreenderemos profundamente que também agora nos é possível segui-lo de perto, viver a nossa vida ao seu lado e assim engrandecê-la e dotá-la de um sentido novo.
Com o decorrer do tempo, ir-se-á estabelecendo entre Cristo e nós uma relação pessoal – uma fé amorosa – que hoje, depois de vinte séculos, pode ser tão autêntica e certa como a daqueles que o contemplaram ressuscitado e glorioso, com os sinais da Paixão no seu Corpo. Notaremos que, cada vez com mais naturalidade, referiremos ao Senhor todas as coisas da nossa existência, e que já não poderíamos viver sem Ele. Encontrar o Senhor exigirá, por vezes, uma busca paciente e laboriosa, um recomeço diário, talvez sob a impressão de ainda estarmos nos primeiros passos da vida interior. Mas se lutarmos, sem desanimar ante os possíveis retrocessos, muitas vezes aparentes, estaremos sempre mais próximos de Jesus.
O exemplo de Maria Madalena, que persevera na fidelidade ao Senhor nos momentos difíceis, ensina-nos que quem procura o Senhor com sinceridade e constância acaba por encontrá-lo. E em qualquer circunstância da nossa vida, encontrá-lo-emos muito mais facilmente se iniciarmos a nossa busca levados pela mão da Virgem, nossa Mãe, a quem dizemos na Salve-Rainha: Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre.
(1) Cfr. Lc 8, 2; (2) Jo 20, 13; (3) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 102; (4) Sl 26, 8; (5) Paulo VI, Credo do povo de Deus; (6) São Josemaría Escrivá, op. cit.; (7) cfr. Conc. Vat. II, Const. Sacrossanctum Concilium, 7; (8) Jo 14, 23; (9) cfr. 2 Cor 6, 16-17; (10) Santo Agostinho, Confissões, 10, 27-38; (11) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 116.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
13 de Abril 2020
A SANTA MISSA

Segunda feira na Oitava da Páscoa
Cor: Branca
1ª Leitura: At 2,14.22-33
Não era possível que a morte o dominasse.
Leitura dos Atos dos Apóstolos
No dia de Pentecostes, 14 Pedro de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: 22 ‘Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isto vós bem o sabeis. 23 Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. 24 Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. 25 Pois Davi dele diz: Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. 26 Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança. 27 Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu Santo experimente corrupção. 28 Deste-me a conhecer os caminhos da vida e a tua presença me encherá de alegria. 29 Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado e seu sepulcro está entre nós até hoje. 30 Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus descendentes ocuparia o trono. 31 É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: Ele não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção. 32 Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos nós somos testemunhas. 33 E agora, exaltado pela direita de Deus, Jesus recebeu o Espírito Santo que fora prometido pelo Pai, e o derramou, como estais vendo e ouvindo.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 15, 1-2a.5. 7-8. 9-10. 11 (R. 1)
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
2a Digo ao Senhor: ‘Somente vós sois meu Senhor:*
5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,*
meu destino está seguro em vossas mãos! R.
7 Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,*
e até de noite me adverte o coração.
8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,*
pois se o tenho a meu lado não vacilo. R.
9 Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,*
e até meu corpo no repouso está tranquilo;
10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,*
nem vosso amigo conhecer a corrupção. R.
11 Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,*
delícia eterna e alegria ao vosso lado! R.
Evangelho: Mt 28,8-15
Ide anunciar aos meus irmãos
que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo: 8 As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9 De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: ‘Alegrai-vos!’ As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10 Então Jesus disse a elas: ‘Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão.’ 11 Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12 Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13 dizendo-lhes: ‘Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14 Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis.’ 15 Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até ao dia de hoje.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
A Alegria da Ressurreição
TEMPO PASCAL. OITAVA DA PÁSCOA. SEGUNDA-FEIRA
– A alegria verdadeira tem a sua origem em Cristo.
– A tristeza nasce do descaminho e do afastamento de Deus. Ser pessoas otimistas, serenas, alegres, mesmo no meio da tribulação.
– Dar paz e alegria aos outros.
I. O SENHOR RESSUSCITOU dos mortos, como havia anunciado, alegremo-nos e regozijemo-nos todos, porque Ele reina para sempre. Aleluia! 1
A alegria está sempre presente no decorrer do ano litúrgico, porque tudo nele está relacionado de um modo ou de outro com a solenidade pascal, mas é nestes dias que esse júbilo se manifesta especialmente. Pela Morte e Ressurreição de Cristo, fomos resgatados do pecado, do poder do demônio e da morte eterna. A Páscoa lembra-nos o nosso nascimento sobrenatural através do Batismo, por meio do qual fomos constituídos filhos de Deus, e que é figura e penhor da nossa própria ressurreição. Deus nos deu a vida por Cristo e nos ressuscitou com Ele 2, diz-nos São Paulo. Cristo, que é o primogênito dos homens, converteu-se em exemplo e princípio da nossa glorificação futura.
A nossa Mãe a Igreja introduz-nos nestes dias na alegria pascal através dos textos da liturgia – leituras, salmos, antífonas... – e neles pede sobretudo que essa alegria seja antecipação e penhor da nossa felicidade eterna no Céu. Suprimem-se neste tempo os jejuns e outras mortificações corporais, como sinal externo dessa alegria da alma e do corpo. “Os cinqüenta dias do tempo pascal – diz Santo Agostinho – excluem os jejuns porque se trata de uma antecipação do banquete que nos espera lá em cima” 3. Mas de nada serviria o convite litúrgico à alegria se não se produzisse na nossa vida um verdadeiro encontro com o Senhor. Os evangelistas fazem constar em cada uma das aparições que os Apóstolos se alegraram vendo o Senhor. A sua alegria brotou de terem visto o Senhor, de saberem que Ele vivia, de terem estado com Ele.
A alegria verdadeira não depende do bem-estar material, da ausência de dificuldades, do estado de saúde... A alegria profunda tem a sua origem em Cristo, no encontro com Ele, no amor de que Deus nos rodeia e na nossa correspondência a esse amor. Cumpre-se – também agora – aquela promessa do Senhor: E o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria 4. Ninguém nem nada: nem a dor, nem a calúnia, nem o desespero..., nem as fraquezas próprias, se retornamos prontamente ao Senhor. Esta é a única condição da verdadeira alegria: não nos separarmos de Deus, não deixar que as coisas nos separem dEle; sabermo-nos em todos os momentos filhos seus.
II. DIZ-NOS O EVANGELHO da Missa de hoje: As mulheres afastaram-se a toda a pressa do sepulcro e, impressionadas e cheias de alegria, correram a dar a boa nova aos discípulos. De repente, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: Alegrai-vos! Elas aproximaram-se e, prostradas, beijaram-lhe os pés 5.
A liturgia do tempo pascal repete-nos em mil textos diferentes essas mesmas palavras: Alegrai-vos, não percais nunca a paz e a alegria; servi o Senhor com alegria 6, pois não existe outra forma de servi-lo. “Estás passando uns dias de alvoroço, com a alma inundada de sol e de cor. E, coisa estranha, os motivos da tua felicidade são os mesmos que em outras ocasiões te desanimavam! – É o que acontece sempre: tudo depende do ponto de mira. – “Laetetur cor quaerentium Dominum!” – Quando se procura o Senhor, o coração transborda sempre de alegria” 7.
Na Última Ceia, o Senhor não tinha ocultado aos Apóstolos as contradições que os esperavam; mas prometera-lhes que a sua tristeza se converteria em alegria: Assim também vós, sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria 8. Estas palavras, que naquela ocasião lhes podiam ter parecido incompreensíveis, cumpriam-se agora ao pé da letra. E, pouco tempo depois, os que até então estavam acovardados sairiam do Sinédrio alegres por terem padecido alguma coisa pelo Senhor 9. A origem da alegria profunda do cristão está no amor a Deus, que é nosso Pai, e no amor aos outros, com o conseqüente esquecimento próprio 10. Esta é a condição normal dos que seguem a Cristo. O pessimismo e a tristeza devem ser sempre algo absolutamente estranho ao cristão, algo que, se viesse a acontecer, necessitaria de um remédio urgente.
O afastamento de Deus, a perda do caminho, é a única coisa que poderia intranqüilizar-nos e tirar-nos esse dom valioso. Lutemos, portanto, por procurar o Senhor no meio do trabalho e de todas as nossas tarefas, por mortificar os nossos caprichos e egoísmos. Este esforço mantém-nos atentos às coisas de Deus e a tudo o que pode tornar a vida mais amável aos outros. É uma luta interior que confere à alma uma especial juventude de espírito, pois não há maior juventude que a daquele que se sabe filho de Deus e procura comportar-se de maneira conseqüente.
Se alguma vez tivermos a desgraça de afastar-nos de Deus, lembremo-nos do filho pródigo e, com a ajuda do Senhor, voltemos novamente para Ele com o coração arrependido. Nesse dia, haverá uma grande festa no Céu e na nossa alma. É o que acontece todos os dias quando fraquejamos em pequenas escaramuças e nos levantamos com muitos atos de contrição; a alma está então habitualmente cheia de paz e serenidade.
III. ESTAR ALEGRE é uma forma de dar graças a Deus pelos inumeráveis dons que Ele nos concede; a alegria é “o primeiro tributo que devemos a Deus, a maneira mais simples e sincera de demonstrar que temos consciência dos benefícios da natureza e da graça, e que os agradecemos” 11. O nosso Pai-Deus está contente conosco quando nos vê felizes e alegres, com a felicidade e a alegria verdadeiras.
Com a nossa alegria, fazemos muito bem à nossa volta, pois essa alegria leva os outros a Deus. Comunicar alegria será, com freqüência, a melhor maneira de sermos caridosos com os que estão ao nosso lado. Reparemos nos primeiros cristãos; a sua vida atraía pela paz e alegria que irradiavam. “Famílias que viveram de Cristo e que deram a conhecer Cristo. Pequenas comunidades cristãs que atuaram como centros de irradiação da mensagem evangélica. Lares iguais aos outros lares daqueles tempos, mas animados de um espírito novo, que contagiava os que os conheciam e com eles se relacionavam. Assim foram os primeiros cristãos e assim havemos de ser nós, os cristãos de hoje: semeadores de paz e de alegria, da paz e da alegria que Jesus nos trouxe” 12.
São muitas as pessoas que podem encontrar a Deus através do nosso otimismo, do nosso sorriso habitual, da nossa atitude cordial. Esta prova de caridade – a de nos esforçarmos por afastar sempre o mau-humor e a tristeza, removendo as suas causas – deve manifestar-se especialmente com os que temos mais perto de nós. Concretamente, Deus quer que o lar em que vivemos seja um lar alegre, nunca um lugar sombrio e triste, cheio de tensões geradas pela incompreensão e pelo egoísmo. Uma casa cristã deve ser alegre porque a vida sobrenatural leva a viver as virtudes da generosidade, da cordialidade, do espírito de serviço..., que estão intimamente unidas à alegria. Um lar cristão dá a conhecer Cristo de modo atraente, entre as demais famílias e na sociedade.
Devemos procurar também levar esta alegria serena e amável ao nosso lugar de trabalho, à rua, às relações sociais. O mundo está triste, inquieto, e tem necessidade, antes de mais nada, do gaudium cum pace 13, da paz e da alegria que o Senhor nos legou. Quantos não encontraram na conduta sorridente de um bom cristão o caminho que os conduziu a Deus! A alegria é uma enorme ajuda na ação apostólica, porque nos leva a apresentar a mensagem de Cristo de uma forma amável e positiva, como fizeram os Apóstolos depois da Ressurreição.
Necessitamos também de alegria para nós mesmos, para crescer na vida interior. São Tomás diz expressamente que “todo aquele que deseja progredir na vida espiritual necessita de estar alegre” 14. A tristeza deixa-nos sem forças; é como o barro grudado às botas do caminhante que, além de manchá-las, o impede de caminhar.
Esta alegria interior é também o estado de ânimo necessário para o perfeito cumprimento das nossas obrigações. Quanto maiores forem as nossas responsabilidades (de sacerdotes, pais, superiores, professores...), maior há de ser também a nossa obrigação de ter paz e alegria para dá-la aos outros, maior a urgência de recuperá-la se se nublou.
Pensemos na alegria da Santíssima Virgem. Ela está “aberta sem reservas à alegria da Ressurreição [...]. Ela recapitula todas as alegrias, vive a perfeita alegria prometida à Igreja: Mater plena sanctae laetitiae. E é com toda a razão que os seus filhos na terra, voltando os olhos para a Mãe da esperança e Mãe da graça, a invocam como causa da sua alegria: Causa nostrae laetitiae” 15.
(1) Antífona de entrada da Missa da segunda-feira do Tempo Pascal; (2) Ef 2, 6; (3) Santo Agostinho, Sermão 252; (4) Jo 16, 22; (5) Mt 28, 8-9; (6) Sl 99, 2; (7) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 72; (8) Jo 16, 22; (9) At 5, 40; (10) cfr. Santos Evangelhos, Edições Theologica, Braga, 1985; (11) P. A. Reggio, Espíritu sobrenatural y buen humor, Rialp, Madrid, 1966, pág. 12; (12) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 30; (13) Missal Romano, Preparação da Missa, Formula intentionis; (14) São Tomás, Comentário à carta aos Filipenses, 4, 1; (15) Paulo VI, Exort. Apost. Gaudete in Domino, 9-V-1975, IV.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
São Martinho I
13 de Abril
São Martinho I
O papa Martinho I sabia que as consequências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.
Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador.
Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento 'Tipo', que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.
Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Martinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.
Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.
Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.
Texto: Paulinas Internet
12 de Abril 2020
A SANTA MISSA

Domingo da Páscoa – Missa do Dia – Ano A
Cor: Branca
1ª Leitura: At 10, 34a.37-43
“Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos”
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias: 34a Pedro tomou a palavra e disse: 37 Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38 como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele. 39 E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. 40 Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41 não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42 E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. 43 Todos os profetas dão testemunho dele: ‘Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados’.’
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23(R. 24)
R. Este é o dia que o Senhor fez para nós:
alegremo-nos e nele exultemos!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!*
‘Eterna é a sua misericórdia!’
2 A casa de Israel agora o diga:*
‘Eterna é a sua misericórdia!’ R.
16 A mão direita do Senhor fez maravilhas,*
a mão direita do Senhor me levantou,
17 Não morrerei, mas ao contrário, viverei*
para cantar as grandes obras do Senhor! R.
22 ‘A pedra que os pedreiros rejeitaram,*
tornou-se agora a pedra angular.
23 Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:*
Que maravilhas ele fez a nossos olhos! R.
2ª Leitura: Cl 3, 1-4
“Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo”
Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses
Irmãos: 1 Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2 onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3 Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4 Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
SEQUÊNCIA:
À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.
Evangelho: Jo 20, 1-9
“Ele tinha de ressuscitar dos mortos”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2 Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: ‘Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram.’ 3 Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4 Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5 Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6 Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7 e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8 Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!