14 de Novembro 2017

A SANTA MISSA

32ª Semana do Tempo Comum – Terça-feira – Ano A

Cor: Verde

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1ª Leitura: Sb 2,23–3,9

“Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; mas eles estão em paz”.

Leitura do Livro da Sabedoria:

2,23 Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza;
24 foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem.
3,1 A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2 Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, 3 e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. 4 Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; 5 tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. 6 Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; 7 no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; 8 vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9 Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 33 (34), 2-3.16-17.18-19 (R. cf. 2a)

R. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!

2Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, *
seu louvor estará sempre em minha boca.
3Minha alma se gloria no Senhor; *
que ouçam os humildes e se alegrem!  R. 

16 O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, *
e seu ouvido está atento ao seu chamado;
17 mas ele volta a sua face contra os maus, *
para da terra apagar sua lembrança.  R. 

18 Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta *
e de todas as angústias os liberta.
19 Do coração atribulado ele está perto *
e conforta os de espírito abatido.  R.

Evangelho: Lc 17, 7-10

 “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus:
7 Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8 Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?’ 9 Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10 Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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São Serapião 

14 de Novembro

São Serapião 

Religioso mercedário e mártir (1179-1240)

A vida deste santo encerra um capítulo da história européia, pois que sua aventura humana e espiritual reflete os fatos de sua época, nos quais esteve presente, se bem que só como “coadjuvante”, talvez a contragosto.

Filho de um capitão inglês a serviço do rei Henrique II, em 1190 participou com o pai da terceira cruzada, sob o comando do célebre Ricardo Coração de Leão. No regresso, foi feito prisioneiro das tropas do duque da Áustria, próximo da laguna vêneta, e mantido como refém.

O duque gostou dele e o tomou a seu serviço na expedição de ajuda ao rei da Espanha contra os mouros. Quando chegaram, a batalha havia terminado. Serapião conseguiu então ficar a serviço do rei Afonso de Castela, para voltar novamente à Áustria, quando o duque tomou parte na quinta cruzada. Neste ponto se encerra sua aventura militar.

Passa, na realidade, a militar sob uma outra bandeira: conhece Pedro Nolasco, o fundador dos mercedários, e decide juntar-se a ele para dedicar-se ao resgate dos escravos.

Para sua primeira missão pacífica dirige-se com são Raimundo Nonato a Argel. Conseguem libertar 150 escravos. E como tinha aprendido a arte da guerra, teve o encargo de seguir as tropas espanholas na conquista das Baleares. Em todo caso, sua missão era fundar nessas ilhas o primeiro convento de sua ordem, que depois confiou à direção de um confrade. Em seguida, dirigiu-se à Inglaterra a fim de erigir um posto avançado da ordem.

Dessa vez, porém, a expedição teve um epílogo trágico: o navio foi assaltado por corsários, Serapião barbaramente espancado e lançado em uma praia deserta porque considerado morto. Recolhido por alguns pescadores, refez-se e pouco depois prosseguiu a viagem para Londres, onde não teve vida fácil.

Foi expulso de modo grosseiro, por haver desaprovado a injusta apropriação dos bens eclesiásticos pelo governo. Voltou à Espanha e prosseguiu na obra caritativa de resgate dos prisioneiros, até que os mouros voltaram sua raiva contra ele: crucificaram-no numa cruz de santo André e, depois de atrozes torturas, decapitaram-no. Seu culto foi confirmado em 1728.

Fonte: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.


13 de Novembro 2017

A SANTA MISSA

32ª Semana do Tempo Comum – Segunda- feira – Ano A

Cor: Verde

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1ª Leitura: Sb 1, 1-7

“A Sabedoria é o espírito que ama os homens;
o Espírito do Senhor enche toda a terra.”

Leitura do Livro da Sabedoria:

1 Amai a justiça, vós que governais a terra; tende bons sentimentos para com o Senhor e procurai-o com simplicidade de coração. 2 Ele se deixa encontrar pelos que não exigem provas, e se manifesta aos que nele confiam. 3 Pois os pensamentos perversos afastam de Deus; e seu poder, posto à prova, confunde os insensatos. 4 A Sabedoria não entra numa alma que trama o mal nem mora num corpo sujeito ao pecado.
5 O espírito santo, que a ensina, foge da astúcia, afasta-se dos pensamentos insensatos e retrai-se quando sobrevém a injustiça. 6 Com efeito, a Sabedoria é o espírito que ama os homens, mas não deixa sem castigo quem blasfema com seus próprios lábios, pois Deus é testemunha dos seus pensamentos, investiga seu coração segundo a verdade e mantém-se à escuta da sua língua; 7 porque o espírito do Senhor enche toda a terra, mantém unidas todas as coisas e tem conhecimento de tudo o que se diz.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 138 (139), 1-3.4-6.7-8.9-10 (R. 24b)

R. Conduzí-me no caminho para a vida, ó Senhor!

1Senhor, vós me sondais e conheceis, *
2sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos, +
3 percebeis quando me deito e quando eu ando, *
os meus caminhos vos são todos conhecidos.  R. 

4 A palavra nem chegou à minha língua, *
e já, Senhor, a conheceis inteiramente.
5 Por detrás e pela frente me envolveis; *
pusestes sobre mim a vossa mão.
6 Esta Verdade é por demais maravilhosa, *
é tão sublime que não posso compreendê-la.  R. 

7 Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? *
E para onde fugirei de vossa face?
8 Se eu subir até os céus, ali estais; *
se eu descer até o abismo, estais presente.  R. 

9 Se a aurora me emprestar as suas asas, *
para eu voar e habitar no fim dos mares;
10 mesmo lá vai me guiar a vossa mão *
e segurar-me com firmeza a vossa destra.  R.

Evangelho: Lc 17,1-6

“Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes
vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo:
1 Jesus disse a seus discípulos: ‘É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2 Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. 3 Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4 Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.’ 5 Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé!’ 6 O Senhor respondeu: ‘Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Cristo é o esposo que chega.

A PARÁBOLA QUE LEMOS no Evangelho da Missa' refe­re-se a uma cena muito familiar aos ouvintes de Jesus, por­que de uma maneira ou de outra todos a tinham presenciado ou protagonizado. O Senhor não se detém, por isso, em ex­plicações secundárias. Entre os hebreus, a mulher, depois de celebrados os esponsais, permanecia ainda uns meses na casa de seus pais. Tempos depois, tinha lugar uma segunda cerimônia, em casa da esposa, mais festiva e solene, só após a qual marido e mulher se dirigiam para o novo lar. Na casa da esposa, esta esperava o marido acompanhada por outras jovens não casadas. Quando chegava o esposo, as compa­nheiras da noiva, junto com os outros convidados, entravam com ele e, fechadas as portas, começava a festa.

A parábola e a liturgia da Missa de hoje concentram-se no esposo que chega à meia-noite, num momento inespera­do, bem como na disposição em que se encontram os que participarão com ele do banquete de bodas. O esposo é Cris­to, que chega a uma hora desconhecida; as virgens represen­tam os homens que compõem a humanidade: uns permane­cem vigilantes, dedicados em cheio às boas obras; outros desleixam-se e não têm azeite nas suas lâmpadas. O período anterior é a vida; o posterior - a chegada do esposo e a fes­ta das  bodas,  a  bem-aventurança  eterna  partilhada  com Cristo2.

A parábola centraliza-se, pois, no instante em que Deus vem ao encontro da alma: o momento da morte. Depois do Juízo, uns entrarão na bem-aventurança eterna e outros fica­rão impedidos de o fazer por uma porta fechada para sem­pre, o que denota uma situação definitiva, como também Je­sus tinha mencionado em outras ocasiões3. O Antigo Testa­mento diz a propósito da morte: Se a árvore cair para o sul ou para o norte, em qualquer lugar onde cair, aí ficará.

A morte fixa a alma para sempre nas suas boas ou más dispo­sições.

As dez virgens tinham recebido uma missão de confian­ça: esperar o esposo, que podia chegar de um momento para o outro. Cinco delas concentraram-se no mais importante - a espera -, e empregaram os meios necessários para não fa­lhar: as lâmpadas acesas com o azeite necessário. As outras cinco estiveram talvez absorvidas em muitas outras coisas, mas esqueceram-se do principal ou deixaram-no num segun­do plano. Para nós, a primeira coisa na vida, o que verdadei­ramente nos deve importar, é podermos entrar no banquete que o próprio Deus nos preparou. Todas as outras coisas são relativas e secundárias: o êxito, a fama, o conforto material, a saúde.... Tudo isso será bom se nos ajudar a manter a lâm­pada acesa com uma boa provisão de azeite, isto é, de boas obras.

Não devemos esquecer-nos do essencial, daquilo que se refere ao Senhor, para nos preocuparmos com o secundário, com o que tem menos importância e até, por vezes, nenhu­ma. Como costumava dizer o Bem-aventurado Josemaría Escrivá de Balaguer, "há esquecimentos que não são falta de memória, mas de amor"5; significam descuido e tibieza, apego às coisas temporais e terrenas, e desprezo, talvez não explicitamente formulado, das coisas de Deus. "Quando che­garmos à presença de Deus, perguntar-nos-ão duas coisas: se estávamos na Igreja e se trabalhávamos na Igreja. Tudo o mais não tem valor. Se fomos ricos ou pobres, se recebemos instrução ou não, se fomos felizes ou desgraçados, se estive­mos doentes ou sãos, se tivemos bom nome ou mau"6.

Examinemos na presença do Senhor o que é realmente o principal na nossa vida nestes momentos. Procuramos o Senhor em tudo o que fazemos, ou procuramo-nos a nós mesmos? Se Cristo viesse hoje ao nosso encontro, achar-nos-ia vigilantes, esperando-o com as mãos cheias de boas obras?

O juízo particular.

II - E À MEIA-NOITE ouviu-se um grito: Eis que vem o esposo, sai ao seu encontro.

Imediatamente depois da morte, terá lugar o chamado juízo particular, em que a alma, com uma luz recebida de Deus, verá num instante e com toda a profundidade os méri­tos e as culpas da sua vida na terra, as suas boas obras e os seus pecados.

Que alegria nos darão então as jaculatórias que tivermos rezado ao passarmos por uma igreja, as genuflexões diante do Santíssimo Sacramento, as horas de trabalho oferecidas a Deus, o sorriso que tanto nos custou naquela tarde em que nos encontrávamos tão cansados, a prontidão com que nos arrependemos dos nossos pecados e fraquezas, os esforços por aproximar aquele amigo do sacramento da Confissão, as obras de misericórdia, a ajuda econômica e o tempo que pu­semos à disposição daquela boa obra! E que dor pelas vezes em que ofendemos a Deus, pelas horas de estudo ou de tra­balho que não mereceram chegar até o Senhor, as ocasiões desperdiçadas de falar de Deus naquela visita a uns amigos, naquela viagem...! Que pena por tanta falta de generosidade e de correspondência à graça! Que pena por tanta omissão!

Quem nos julgará é Cristo, que Deus constituiu juiz dos vivos e dos mortos7. São Paulo recordava esta verdade de fé aos primeiros cristãos de Corinto: Porque é necessário que todos nós compareçamos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que é devido ao corpo, segundo fez o bem ou o mal8. Sendo fiéis a Deus, todos os dias, nas peque­nas coisas, utilizando as obras mais correntes para amar e servir a Cristo, não teremos receio algum de apresentar-nos diante dEle; pelo contrário, teremos uma imensa alegria e muita paz: "Porque grande consolação causará à hora da mor­te - escrevia Santa Teresa de Jesus - ver que seremos julga­dos por Aquele a quem amamos sobre todas as coisas. Pode­remos partir seguras com o pleito das nossas dívidas: não será ir a terra estranha, mas à nossa própria, pois é a Pátria daque­le Senhor a quem tanto amamos e que nos ama tanto"

Imediatamente depois da morte, a alma entrará no ban­quete de bodas ou encontrar-se-á diante de umas portas fe­chadas para sempre. Os méritos ou a falta deles (os pecados, as omissões, as manchas que ficaram por purificar...) são para as almas - ensina São Tomás de Aquino - o que a le­veza e o peso são para os corpos, que os fazem ocupar ime­diatamente o seu lugar10.

Meditemos hoje sobre o estado da nossa alma e sobre o sentido que estamos dando aos nossos dias, ao trabalho... e repitamos - retificando o que não estiver de acordo com o querer de Deus - a oração que o Salmo responsorial da Mis­sa nos propõe: O Deus, Tu és o meu Deus; busco-te com solicitude; de ti está sedenta a minha alma, deseja-te a mi­nha carne, como terra árida e ressequida, sem água. Sei bem, Senhor, que nada do que faço tem sentido se não me aproxima de Ti.

"Há esquecimentos que não são falta de memória, mas de amor"5

Preparar-nos diariamente para o juízo: o exame de consciência.

III - "HÁ ESQUECIMENTOS que não são falta de memória, masde amor". Quem ama não se esquece da pessoa amada. Quando o Senhor ocupa o primeiro lugar, não nos esquece­mos dEle. Permanecemos em atitude vigilante, acordados, como Jesus nos pede no final da parábola: Vigiai, pois, por­que não sabeis o dia nem a hora.

Para nos prepararmos para esse encontro com o Senhor e não termos surpresas à última hora, devemos ir adquirindo um conhecimento profundo de nós mesmos, agora que é tempo de merecimento e de perdão. Porque se nós nos jul­gássemos a nós mesmos, fazendo penitência — escreve São Paulo aos cristãos de Corinto —, não seríamos com certeza julgados 12: não se descobriria, com surpresa, nada que antes não tivéssemos conhecido e reparado.

Para isso, é necessário que façamos bem o exame diário de consciência, de maneira que tenhamos diante dos olhos, sob a luz divina, os motivos últimos dos nossos pensamen­tos, atos e palavras, e assim possamos aplicar com prontidão os remédios oportunos. Cada dia da nossa vida é como uma página em branco que o Senhor nos concede para podermos escrever algo belo que perdure na eternidade: "As vezes, percorro rapidamente todas as páginas escritas e faço voar também as páginas em branco, aquelas em que ainda não escrevi nada, porque ainda não chegou o momento. E sem­pre, misteriosamente, ficam-me algumas delas presas entre os dedos das mãos, algumas que não sei se chegarei a escre­ver, porque não sei quando o Senhor me porá pela última vez o livro diante dos olhos"13.

Nós não sabemos por quanto tempo ainda poderemos re­ver, corrigir e retificar as páginas que já escrevemos, e todas as noites o nosso exame de consciência pessoal - valente, sincero, delicado, profundo - há de servir-nos para pedir perdão pelas coisas que nesse dia não fizemos de acordo com o querer de Deus e para saber retificá-las no dia se­guinte. A consideração das verdades eternas ajudar-nos-á a ser sinceros nesse exame, sem nos enganarmos a nós mes­mos, sem ocultar, dissimular ou passar por alto aquilo que nos envergonha ou que humilha a nossa soberba e a nossa vaidade.

O exame de consciência bem feito na presença do Se­nhor "dar-te-á um grande conhecimento de ti próprio, do teu caráter e da tua vida. Ensinar-te-á a amar a Deus e a concre­tizar em propósitos claros e eficazes o desejo de aproveitares bem os teus dias [...]. Meu amigo, pega em tuas mãos o li­vro da tua vida e folheia-o todos os dias, para que a sua leitura não te venha a surpreender no dia do juízo particular, nem te envergonhes da sua publicação no dia do juízo universal"  O Senhor qualifica de loucas essas virgens que não souberam preparar a sua chegada. Não existe loucura maior.

Ao terminarmos este tempo de oração, recorramos a Nossa Senhora, Rainha e Mãe de misericórdia, vida, doçu­ra e esperança nossa, para que nos ajude a purificar a nos­sa vida e a enchê-la de frutos. Recorramos também ao An­jo da Guarda, pois "acompanha-nos sempre como testemu­nha especialmente qualificada." Será ele quem, no teu juízo particular, recordará as delicadezas que tiveres tido com Nosso Senhor, ao longo da tua vida. Mais ainda: quando te sentires perdido pelas terríveis acusações do inimigo, o teu Anjo apresentará aqueles impulsos íntimos - talvez esqueci­dos por ti mesmo -, aquelas manifestações de amor que te­nhas dedicado a Deus Pai, a Deus Filho, a Deus Espírito Santo. “Por isso, não esqueças nunca o teu Anjo da Guarda, e esse Príncipe do Céu não te abandonará, nem no momento decisivo"

(1) Mt 25, 1-13; (2) cfr. F. Prat, Jesucristo, Jus, México, 1946, vol. II, pág- 241; (3) cfr. Lc 13, 25; Mt 7, 23; (4) Ecl 11, 3; (5) cit. por Fede-rico Suárez, Después, pág. 121; (6) Venerável John H. Newman, Sermão para o domingo de Septuagèsima: o Juízo; (7) At 10, 42; (8) 2 Cor 5, 10; (9) Santa Teresa, Caminho de perfeição, 40, 8; (10) São Tomás de Aqui-no, Suma teológica, supl., q. 69, a. 1; (11) SI 62, 2; Salmo responsorial da Missa do trigésimo segundo domingo do Tempo Comum, ciclo A; (12) 1 Cor 11, 31; (13) Salvador Canais, Reflexões espirituais, pág. 94; (14) ibid., pág. 96; (15) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Sulco, n. 693.

Fonte: livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal.

 

 

12 de Novembro 2017

A SANTA MISSA

32º Domingo do tempo comum – Ano A  

Cor: Verde

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1ª Leitura: Sb 6, 12-16

 “A sabedoria é encontrada por aqueles que a procuram”.

Leitura do Livro da Sabedoria:

12 A Sabedoria é resplandecente e sempre viçosa. Ela é facilmente contemplada por aqueles que a amam, e é encontrada por aqueles que a procuram. 13 Ela até se antecipa, dando-se a conhecer aos que a desejam.
14 Quem por ela madruga não se cansará, pois a encontrará sentada à sua porta. 15 Meditar sobre ela é a perfeição da prudência; e quem ficar acordado por causa dela em breve há de viver despreocupado. 16 Pois ela mesma sai à procura dos que a merecem, cheia de bondade, aparece-lhes nas estradas e vai ao seu encontro em todos os seus projetos.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 62 (63), 2.3-4.5-6.7-8 (R. 2b)

R. A minh’alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

2Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!*
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minh’alma tem sede de vós,
minha carne também vos deseja,*
como terra sedenta e sem água! R.

3 Venho, assim, contemplar-vos no templo,*
para ver vossa glória e poder.
4 Vosso amor vale mais do que a vida:*
e por isso meus lábios vos louvam.  R.

5 Quero, pois vos louvar pela vida,*
e elevar para vós minhas mãos!
6 A minh’alma será saciada,
como em grande banquete de festa;*
cantará a alegria em meus lábios.  R.

7 Penso em vós no meu leito, de noite,*
nas vigílias suspiro por vós!
8 Para mim fostes sempre um socorro;*
de vossas asas à sombra eu exulto!  R.

2ª Leitura: 1Ts 1, 5c-10

 

“Vós vos convertestes, abandonando os falsos deuses,
para servir a Deus esperando o seu Filho”.

 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo apóstolo aos Tessalonicenses
Irmãos:
5c Sabeis de que maneira procedemos entre vós, para o vosso bem.
6 E vós vos tornastes imitadores nossos, e do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo, apesar de tantas tribulações.
7 Assim vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia.
8 Com efeito, a partir de vós, a Palavra do Senhor não se divulgou apenas na Macedônia e na Acaia, mas a vossa fé em Deus propagou-se por toda parte. Assim, nós já nem precisamos de falar,
9 pois as pessoas mesmas contam como vós nos acolhestes e como vos convertestes, abandonando os falsos deuses, para servir ao Deus vivo e verdadeiro,
10 esperando dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos: Jesus, que nos livra do castigo que está por vir.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Mt 25, 1-13

 “O noivo está chegando. Ide ao seu encontro”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus, a seus discípulos, esta parábola: 1 ‘O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2 Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3 As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4 As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5 O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6 No meio da noite, ouviu-se um grito: `O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7 Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8 As imprevidentes disseram às previdentes: `Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando.’ 9 As previdentes responderam: `De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’.
10 Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11 Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: `Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12 Ele, porém, respondeu: `Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13 Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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11 de Novembro 2017

A SANTA MISSA

31ª Semana do Tempo Comum – Sábado – Ano A

Memória: São Martinho de Tours, bispo

Cor: Branca

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1ª Leitura: Rm 16,3-9.16.22-27

“Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo”.

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 3 saudai Prisca e Áquila, colaboradores meus em Cristo Jesus, 4 os quais expuseram a sua própria vida para salvar a minha. Por isso, eu lhes sou agradecido; não somente eu, mas também todas as Igrejas do mundo pagão. 5 Saudai igualmente a Igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu muito estimado Epêneto, que faz parte dos primeiros frutos da Ásia para Cristo. 6 Saudai Maria, que trabalhou muito em proveito vosso. 7 Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, apóstolos notáveis e que se tornaram discípulos de Cristo antes de mim. 8 Saudai Ampliato, a quem estimo muito no Senhor.
9 Saudai Urbano, nosso colaborador em Cristo, e a meu caríssimo Estaquis. 16 Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo. Todas as Igrejas de Cristo vos saúdam. 22 Saúdo-vos eu, Tércio, que escrevo esta carta no Senhor. 23 Saúda-vos Caio, meu hóspede e de toda a Igreja. 24 Saúda-vos Erasto, tesoureiro da cidade, e o irmão Quarto. 25 Glória seja dada àquele que tem o poder de vos confirmar na fidelidade ao meu evangelho e à pregação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério mantido em sigilo desde sempre. 26 Agora este mistério foi manifestado e, mediante as Escrituras proféticas, conforme determinação do Deus eterno, foi levado ao conhecimento de todas as nações, para trazê-las à obediência da fé. 27 A ele, o único Deus, o sábio, por meio de Jesus Cristo, a glória, pelos séculos dos séculos. Amém!

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 144 (145), 2-3.4-5.10-11 (R. cf. 1)

R. Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

2Todos os dias haverei de bendizer-vos, *
hei de louvar o vosso nome para sempre.
3Grande é o Senhor e muito digno de louvores, *
e ninguém pode medir sua grandeza.  R. 

4 Uma idade conta à outra vossas obras *
e publica os vossos feitos poderosos;
5 proclamam todos o esplendor de vossa glória *
e divulgam vossas obras portentosas!  R. 

10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, *
e os vossos santos com louvores vos bendigam!
11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino *
e saibam proclamar vosso poder!  R.

Evangelho: Lc 16,9-15

“Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto,
quem vos confiará o verdadeiro bem?”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 9 Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. 10 Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 11 Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? 12 E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? 13 Ninguém pode servir a dois senhores. Porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.’ 14 Os fariseus, que eram amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e riam de Jesus. Então, Jesus lhes disse: ‘Vós gostais de parecer justos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que é importante para os homens, é detestável para Deus.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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10 de Novembro 2017

A SANTA MISSA

31ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira – Ano A

Memória: São Leão Magno, papa e doutor da Igreja

Cor: Branca

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1ª Leitura: Rm 15, 14-21

Fui feito ministro.de Jesus Cristo entre os pagãos,
para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite”.

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Meus irmãos, 14 de minha parte, estou convencido, a vosso respeito, de que tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros. 15 No entanto, em algumas passagens, eu vos escrevo com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da graça que Deus me deu.
16 Por esta graça eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite santificada no Espírito Santo. 17 Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao serviço de Deus: 18 Não ouso falar senão daquilo que Cristo realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da fé, pela palavra e pela ação,
19 por sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus. Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde Jerusalém e arredores até a Ilíria, 20 tendo o cuidado de pregar somente onde Cristo ainda não fora anunciado, para não acontecer de eu construir sobre alicerce alheio. 21 Agindo desta maneira, eu estou de acordo com o que está escrito: “Aqueles aos quais ele nunca fora anunciado, verão; aqueles que não tinham ouvido falar dele, compreenderão”.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b)

R. O Senhor fez conhecer seu poder salvador
perante as nações.

1Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo*
alcançaram-lhe a vitória.  R.

2O Senhor fez conhecer a salvação,*
e às nações, sua justiça;
3a recordou o seu amor sempre fiel*
3b pela casa de Israel.  R. 

3c Os confins do universo contemplaram*
3d a salvação do nosso Deus.
4 Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,*
alegrai-vos e exultai!  R.

Evangelho: Lc 16,1-8

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

1 Jesus disse aos discípulos: ‘Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2 Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3 O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4 Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’.
5 Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6 Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinqüenta!’ 7 Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8 E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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A SANTA MISSA

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Festa

– Os templos, símbolo da presença de Deus entre os homens.

 

Esta Basílica é um dos primeiros templos que os cristãos puderam erguer depois da época das perseguições. Foi consagrada pelo Papa Silvestre no dia 9 de novembro de 324. A festa, que a princípio era celebrada apenas em Roma, passou a ser festa universal no rito romano, em honra dessa igreja chamada “Mãe e Cabeça de todas as igrejas de Roma e de todo o mundo” (Urbis et orbis), como sinal de amor e de unidade para com a Cátedra de São Pedro. A história desta Basílica evoca a chegada à fé de milhares de pessoas que ali receberam o Batismo.

I - OS JUDEUS CELEBRAVAM todos os anos a festa da Dedicação1em memória da purificação e do restabelecimento do culto no Templo de Jerusalém, depois da vitória de Judas Macabeu sobre o rei Antíoco2. O aniversário era celebrado na Judéia durante uma semana. Chamava-se também Festa das luzes, porque era costume acender lâmpadas, símbolo da Lei, e colocá-las nas janelas das casas, em número crescente à medida que passavam os dias da festa3.

Esta celebração foi perfilhada pela Igreja para celebrar o aniversário em que os templos foram convertidos em lugares destinados ao culto. De modo particular, “todos os anos celebra-se no conjunto do rito romano a dedicação da Basílica de Latrão, a mais antiga e a primeira em dignidade das igrejas do Ocidente”. Além disso, “em cada diocese celebra-se a dedicação da catedral, e cada igreja comemora a data da sua dedicação”4.

A festa de hoje tem uma especial importância, pois a Basílica de Latrão foi a primeira igreja sob a invocação do Salvador, levantada em Roma pelo imperador Constantino. A festa é celebrada em toda a Igreja como sinal de unidade com o Papa.

O templo sempre foi considerado entre os judeus como lugar de uma particular presença de Javé. No deserto, Deus manifestava-se na Tenda do encontro, onde Moisés falava com o Senhor como se fala com um amigo; nesses instantes, a coluna de nuvem – sinal da presença divina – descia e detinha-se à entrada da Tenda5. Era o lugar onde estará presente o meu Nome, o Ser infinito e inefável, para escutar e atender os seus fiéis. Quando Salomão construiu o Templo de Jerusalém, pronunciou estas palavras na festa da sua dedicação: É possível que Deus habite verdadeiramente sobre a terra? Porque se o céu e os céus dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei! Mas atende, Senhor meu Deus, à oração do teu servo e às suas súplicas; ouve o hino e a oração que o teu servo faz hoje na tua presença, para que os teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, da qual disseste: “O meu nome estará nela”, para que ouças a oração do teu servo e a do teu povo, Israel, em tudo o que te pedirem neste lugar; sim, tu a ouvirás do lugar da tua morada no céu...6

“é casa de Deus e vossa casa. Apreciai-o, pois, como lugar de encontro com o Pai comum”7

O templo, ensina o Papa João Paulo II, “é casa de Deus e vossa casa. Apreciai-o, pois, como lugar de encontro com o Pai comum”7. A igreja-edifício representa e significa a Igreja-assembléia, formada pelas pedras vivas que são os cristãos, consagrados a Deus pelo Batismo8. “O lugar onde a comunidade cristã se reúne para escutar a palavra de Deus, elevar preces de intercessão e de louvor a Deus e, principalmente, para celebrar os sagrados mistérios, e onde se reserva o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, é imagem peculiar da Igreja, templo de Deus, edificado com pedras vivas; e o altar, que o povo santo rodeia para participar do sacrifício do Senhor e alimentar-se do banquete celeste, também é sinal de Cristo, sacerdote, hóstia e altar do seu próprio sacrifício”9.

Temos, pois, de ir à igreja com toda a reverência, já que não há nada mais respeitável do que a casa do Senhor: “Que respeito devem inspirar-nos as nossas igrejas, onde se oferece o sacrifício do Céu e da terra, o Sangue de um Deus feito Homem?”10

– Jesus Cristo está realmente presente nas nossas igrejas.

II - AS IGREJAS são o lugar de reunião dos membros do novo Povo de Deus, que se congregam para rezar juntos. Mas são sobretudo o lugar em que encontramos Jesus, real e substancialmente presente na Sagrada Eucaristia; está presente com a sua Divindade e com a sua Santíssima Humanidade, com o seu Corpo e a sua Alma. Ali nos vê e nos ouve, e nos socorre como socorria aqueles que chegavam, necessitados, de todas as cidades e aldeias11.

Podemos manifestar a Jesus presente no Sacrário todos os nossos anelos e preocupações, as nossas dificuldades e fraquezas, os nossos desejos de amá-lo cada dia mais. O mundo seria muito diferente se Jesus não tivesse ficado entre nós. Como não havemos de amar os nossos templos e oratórios, onde Jesus nos espera? Quantas alegrias não teremos recebido junto do Sacrário! Quantas penas que nos atormentavam não teremos deixado ali! Em quantas ocasiões não teremos voltado à azáfama da vida diária fortalecidos e cheios de esperança, depois de passarmos por uma igreja! Todos os dias, nesses lugares dedicados ao culto e à oração, descem sobre nós incontáveis graças da misericórdia divina.

Quando uma pessoa ilustre se hospeda numa casa, seria uma falta de cortesia não atendê-la bem ou fazer caso omisso dela. Somos sempre conscientes de que Jesus é nosso Hóspede aqui na terra, de que necessita das nossas atenções? Examinemos hoje se, ao entrarmos numa igreja, nos dirigimos imediatamente a Jesus no Sacrário, se nos comportamos com a consciência de estarmos num lugar onde Deus habita de modo particular, se as nossas genuflexões diante de Jesus Sacramentado são um verdadeiro ato de fé, se nos alegramos sempre que passamos por uma igreja, onde Cristo se encontra realmente presente. “Não te alegras quando descobres no teu caminho habitual, pelas ruas da cidade, outro Sacrário?”12 E continuamos os nossos afazeres com mais alegria e paz.

– A graça divina faz-nos templos vivos de Deus.

III. NA NOVA ALIANÇA, o verdadeiro templo já não é produto de mãos humanas: o Templo de Deus por excelência é a santa Humanidade de Jesus. Ele mesmo tinha dito: Destruí este templo, e eu o reedificarei em três dias. E o Evangelista explica: Ele falava do templo do seu corpo13.

E se o Corpo físico de Jesus é o novo Templo de Deus, também o é a Igreja, Corpo Místico de Cristo, em que Cristo é a pedra angular sobre a qual se apóia a nova construção. “Desprezado, rejeitado, abandonado, dado por morto – então como agora –, o Pai o constituiu e sempre o constitui como base sólida e inamovível da nova construção. E fá-lo pela sua ressurreição gloriosa [...].

“O novo templo, Corpo de Cristo, espiritual, invisível, está construído por todos e cada um dos batizados sobre a viva pedra angular, Cristo, na medida em que aderem a Ele e nEle crescem até a plenitude de Cristo. Neste templo e por ele, morada de Deus no Espírito, Ele é glorificado, em virtude do sacerdócio santo que oferece sacrifícios espirituais (1 Pe 2, 5), e o seu Reino estabelece-se neste mundo”14. São Paulo recordava-o freqüentemente aos primeiros cristãos: Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós?15

Temos de considerar freqüentemente que a Santíssima Trindade “por meio da graça de Deus, habita na alma justa como num templo, de um modo íntimo e singular”16. A meditação desta realidade maravilhosa ajuda-nos a ser mais conscientes da transcendência de vivermos na graça de Deus, e a sentir profundo horror pelo pecado, “que destrói o templo de Deus”, privando a alma da graça e da amizade divinas. Por essa morada de Deus na nossa alma, podemos fruir de uma antecipação do que será a visão beatífica no céu, já que “esta admirável união só na condição e no estado é que se diferencia daquela de que Deus cumula os bem-aventurados, beatificando-os”17.

A presença de Deus na nossa alma convida-nos a procurar um trato mais pessoal e direto com o Senhor, que presencia por dentro, na raiz, todos os nossos pensamentos, palavras e ações.

(1) Jo 10, 22; (2) cfr. 1 Mac 4, 36-59; 2 Mac 1, 1 e segs.; 10, 1-8; (3) cfr. 2 Mac 1, 18; (4) A. G. Martimort, La Iglesia en oración, Herder, 3ª ed., Madrid, 1987, págs. 991-992; (5) Êx 33, 7-11; (6) 1 Rs 8, 27-30; (7) João Paulo II, Homilia em Orcasitas, Madrid, 3-XI-1982; (8) cfr. Ritual da dedicação de igrejas e altares, Apresentação, 26-X-1978; (9) Decreto de aprovação do Ritual citado; (10) Anônimo, La Santa Misa, Rialp, Madrid, 1975, pág. 133; (11) cfr. Mc 6, 32; (12) Josemaría Escrivá, Caminho, n. 270; (13) Jo 2, 20-21; (14) João Paulo II, op. cit.; (15) 1 Cor 3, 16; (16) Leão XIII, Enc. Divinum illud munus, 9-V-1897, 10; (17) ib., 11.

 

Fonte: livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal.

 

Dedicação da Basílica de São João de Latrão

9 de Novembro

Dedicação da Basílica de São João de Latrão

Hoje celebramos a Dedicação da Basílica do Latrão, Catedral do Papa, Bispo de Roma.

No século IV o Imperador Constantino deu este grande edifício ao Papa São Silvestre I, que o consagrou, dedicando-o a Deus como Catedral de Roma. A nova Catedral foi dedicada ao Divino Salvador e, mais tarde, também aos Santos João Batista e João Evangelista. Como se localiza numa antiga chácara da nobre família romana dos Laterani, foi chamada popularmente de São João do Latrão.

Nela foram realizados os quatro primeiros Concílios Ecumênicos realizados no Ocidente: em 1123 para resolver a questão das Investiduras, ou seja, provimento em algum cargo eclesiástico por parte do poder civil: em 1139, sobre questões disciplinares; em 1179 para tratar da forma de eleição do Papa; em 1215, sobre várias heresias e a reforma eclesial. Inúmeras verdades lembra esta comemoração.

Em primeiro lugar a importância de Roma onde se acha o Chefe visível da Igreja de Jesus. Santo Inácio de Antioquia, discípulo dos apóstolos, chama a Igreja de Roma de “cabeça da caridade”, revelando a posição primacial, da sede romana e, portanto, também a de seu Bispo.

É de Santo Irineu o mais eloqüente testemunho da antigüidade a favor da importância da sede romana. Assim ele se expressou no ano de 180:

“A esta Igreja (romana) por sua preeminência mais poderosa, é necessário que se unam todas as Igrejas, isto é, os fiéis de todas as partes, pois nela se conservou sempre a tradição recebida dos apóstolos pelos cristãos de todas as partes”.

Recorda ainda a referida festa que em todas as sedes episcopais há Igreja Catedral onde se acha a cátedra episcopal. O Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Sagrada Liturgia ensina que "todos devem atribuir a maior importância à vida litúrgica da diocese, em redor do bispo, principalmente na Igreja catedral, convencidos de que aí se realiza uma especial manifestação da Igreja pela participação plena e ativa de todo o Povo santo de Deus nas mesmas celebrações litúrgicas, sobretudo na mesma Eucaristia, numa só oração e num único altar, presidido pelo bispo cercado de seu presbitério e ministros"(n.41).

Na Quinta-feira santa se celebra em todas as Catedrais a Missa do Crisma, quando são bentos os Santos Óleos, depois levados para todas as Paróquias. Pelo que foi dito, a Catedral por excelência é a do Papa em Roma, a Basílica de Latrão Mãe e Mestra de todas as Igrejas, da urbe romana e do orbe católico. Tudo isto lembra, além disto, a importância do Templo, lugar sagrado no qual se cultua de modo especial a Deus. É nele que se recebem os maiores favores divinos.

Pois bem, a presente solenidade traz-nos em mente e ao coração três aspectos da nossa fé.

Primeiro. Todo templo cristão dedicado a Deus é imagem do próprio Cristo

Ele, no seu corpo ressuscitado, é o verdadeiro templo, do qual o Templo de Jerusalém era apenas uma imagem e profecia: Destruí este Templo e em três dias eu o levantarei... Mas Jesus estava falando do templo do seu corpo”. É do corpo ressuscitado do Senhor, verdadeiro templo, que brota a água da vida, a água, que é símbolo do Espírito Santo. É a esta realidade tão bela e misteriosa que alude a leitura de Ezequiel: A água corria do lado direito do Templo... Estas águas correm para a região oriental, desembocam nas águas salgadas do mar e elas se tornarão saudáveis. Haverá vida onde o rio chegar. Nas margens do rio crescerá toda espécie de árvores frutíferas... que servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.

A imagem é bela, rica, intensa: a água que brota do lado direito do Cristo transpassado é o Espírito Santo, dado pelo Senhor à Igreja e à humanidade, para que nele tenhamos a cura dos nossos pecados e a vida em abundância! Por tudo isso, veneramos e respeitamos nossos templos: eles são imagem do próprio corpo ressuscitado de Cristo, fonte do Espírito e lugar de encontro com o Pai. Por isso, toda igreja mais importante – as paroquiais e, sobretudo, as catedrais -, são dedicadas a Deus, como Cristo, que foi todo consagrado ao Pai.

Segundo. A Igreja é, primeiramente, a Comunidade

Vós sois a construção de Deus. Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós? O santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário!

Nossos templos são chamados de “igreja” porque são casas da Igreja, espaço sagrado no qual a Igreja-Comunidade se reúne num só Espírito Santo para, unida ao Filho Jesus, elevar o louvor de glória ao Pai, sobretudo na Eucaristia. Assim, celebrar a dedicação de uma igreja-templo é recordar que nós somos Igreja-Comunidade, Corpo de Cristo, templo verdadeiro de Deus, pleno do Espírito Santo. Santo Agostinho recordava: A dedicação da casa de oração é festa da nossa comunidade. Mas, nós mesmos somos a Casa de Deus. Somos construídos neste mundo e seremos solenemente dedicados no fim dos tempos!

Nós – cada um de nós – somos pedras vivas, pedras vivificadas pelo Espírito, para formarmos um só edifício espiritual, isto é, um edifício no Espírito Santo. E este edifício é a Igreja, Corpo de Cristo e Templo do Espírito Santo. Irmãos, a Igreja somos nós, a Igreja é cada um de nós, chamados a assumir nossa parte na edificação do Reino de Deus. Na Igreja, não somos espectadores; somos atores, somos participantes! Não nos omitamos, portanto; não recebamos a graça de Deus em vão! Tornamo-nos Igreja pelo Batismo, que nos fez membros do Corpo de Cristo e, em cada Eucaristia, vamos nos tornando sempre mais corpo de Cristo, até sermos plenamente configurados com ele na glória. Então, não recebamos em vão tamanha graça!

Terceiro. A Basílica do Latrão é a Catedral da Igreja de Roma, a Catedral do Papa.

Na sua entrada há uma inscrição: “Mãe de todas as igrejas da Cidade e do mundo. Compreendamos! A Igreja de Roma (isto é, a Arquidiocese de Roma) é a Igreja de Pedro e de Paulo, é a Igreja que preside à todas as outras dioceses do mundo, é a mais venerável de todas as Igrejas da terra. Santo Inácio de Antioquia referia-se a ela, lá pelo ano 97, com indizível veneração. Numa carta que endereçou aos cristãos romanos, o santo Bispo de Antioquia escrevia: À Igreja objeto de misericórdia na magnificência do Pai altíssimo e de Jesus Cristo seu único Filho, amada e iluminada na vontade daquele que conduz à realização todas as coisas que existem, segundo a fé e o amor de Jesus Cristo nosso Deus, à mesma que também preside na região dos romanos, digna de Deus, digna de honra, digna da máxima beatitude, digna de louvor, digna de sucesso, digna de pureza e colocada acima das demais na caridade, que possui a lei de Cristo e o nome do Pai...

O Papa, como Bispo de Roma, é cabeça do Colégio dos Bispos e sinal visível da unidade da Igreja na fé e na caridade. É por isso que hoje nos unimos à Igreja de Roma na festa da Dedicação, da consagração da sua Catedral, a basílica do Latrão. A Catedral de cada diocese é a Igreja do Bispo, sucessor dos Apóstolos. Quanto mais importante é a Catedral do Bispo de Roma, sucessor de Pedro. Por isso, ela é considerada a “Mãe de todas as Igrejas da Cidade e do mundo”. Assim sendo, a festa de hoje convida-nos também a rezar pela Igreja de Deus que está em Roma e pelo seu Bispo, Bento XVI.

Convida-nos a estreitar nossos laços com Roma e o Papa, retomando nossa consciência do papel que ele tem como Vigário de Pedro, a quem Cristo confiou sua Igreja. Num mundo tão complexo, com tantas idéias, opiniões e modas, num cristianismo que vê surgir tantas seitas sem nenhum fundamento teológico, sem nenhuma seriedade, sem nenhum enraizamento na Tradição Apostólica, difundindo-se pela força do dinheiro e a conivência dos meios de comunicação, ávidos de lucro, fazendo um terrível mal à fé dos simples e desavisados – num mundo assim, reafirmemos nossa comunhão firme, profunda e convicta com a Igreja de Roma e seu Bispo, a quem o Cristo entregou de modo particular as chaves do Reino e deu a missão de confirmar na fé os irmãos.

A comunhão com Roma é garantia de estar naquela comunhão que Cristo sonhou para a sua Igreja; é garantia de permanecer na fé apostólica, transmitida uma vez por todas, é garantia de não cair num tipo de cristianismo alheio àquilo que o Senhor Jesus pensou e estabeleceu.

Que a festa hodierna seja uma feliz ocasião para professar, na exultação e no louvor, a nossa fé católica, da qual nos ufanamos com humildade e na qual esperamos ser salvos.

Amém.

Dom Henrique Soares da Costa 


09 de Novembro 2017

A SANTA MISSA

31ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira  – Ano A

Festa: Dedicação da Basílica do Latrão

Cor: Branca

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1ª Leitura: Ez 47,1-2.8-9.12

 “Vi sair água do lado direito do templo,
e todos os que esta água tocou foram salvos.”

Leitura da Profecia de Ezequiel:

Naqueles dias:  1 O homem fez-me voltar até a entrada do Templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o Templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do Templo, a sul do altar. 2 Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até à porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito.  8 Então ele me disse: “Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis.  9 Onde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida onde chegar o rio.  12 Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 45(46),2-3.5-6.8-9 (R. 5)

R. Os braços de um rio vêm trazer alegria
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.

2O Senhor para nós é refúgio e vigor, *
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
3assim não tememos, se a terra estremece, *
se os montes desabam, caindo nos mares.  R.

5 Os braços de um rio vêm trazer alegria *
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
6 Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! *
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.  R. 

8 Conosco está o Senhor do universo! *
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
9 Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus +
e a obra estupenda que fez no universo: *
reprime as guerras na face da terra.  R.

Evangelho: Jo 2,13-22

“Jesus estava falando do Templo do seu corpo”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo João

13 Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.  14 No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados.  15 Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas.  16 E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”  17 Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”.  18 Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?”  19 Ele respondeu: “Destruí, este Templo, e em três dias o levantarei”.  20 Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?”  21 Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo.  22 Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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