Tempo do Advento - 18 de Dezembro
– Virgindade, celibato apostólico e matrimônio.
A VIRGINDADE DE MARIA é um privilégio intimamente unido ao da Maternidade divina e harmoniosamente relacionado com a Imaculada Conceição e a Assunção gloriosa. Maria é a Rainha das virgens: “A dignidade virginal começou com a Mãe de Deus”1. A Virgem Maria é o exemplo cabal de uma vida dedicada inteiramente a Deus.
A renúncia ao amor humano por amor a Deus é uma graça divina que impele a entregar o corpo e a alma ao Senhor, com todas as possibilidades que o coração encerra. Deus passa a ser então o único destinatário desse amor que não se compartilha. O coração encontra nEle a sua plenitude e perfeição, sem que se interponha nenhum amor terreno. E o Senhor concede aos que chama a esse caminho um coração maior para amarem nEle todas as criaturas.
A vocação para o celibato apostólico – por amor ao Reino dos céus2 – é uma graça especialíssima e um dos maiores dons de Deus à sua Igreja. “A virgindade – diz João Paulo II – mantém viva na Igreja a consciência do mistério do matrimônio e defende-o de toda a redução ou empobrecimento. Tornando especialmente livre o coração do homem (cfr. 1 Cor 7, 32) [...], a virgindade dá testemunho de que o Reino de Deus e a sua justiça são a pérola preciosa que se deve preferir a qualquer outro valor, por maior que seja; mais ainda, que deve ser procurada como o único valor definitivo. Por isso a Igreja, ao longo de toda a sua história, sempre sustentou a superioridade deste carisma sobre o matrimônio, devido ao vínculo singular que o liga ao Reino de Deus. Mesmo tendo renunciado à fecundidade física, a pessoa virgem torna-se espiritualmente fecunda, pai e mãe de muitos, cooperando para a realização da família segundo o desígnio de Deus”3.
Deus pede-lhes todo o afeto do coração, e faz com que encontrem nEle a plenitude do amor e da vida afetiva.
Àqueles que são chamados, por uma vocação divina específica, a renunciar ao amor humano, Deus pede-lhes todo o afeto do coração, e faz com que encontrem nEle a plenitude do amor e da vida afetiva. Viver a virgindade e o celibato apostólico significa viver a perfeição do amor, pois “dão à alma, ao coração e à vida externa de quem os professa aquela liberdade de que o apóstolo tanto necessita para poder dedicar-se ao bem das outras almas. Esta virtude, que torna os homens espirituais e fortes, livres e ágeis, habitua-os ao mesmo tempo a ver à sua volta almas e não corpos, almas que esperam luz das suas palavras e da sua oração, bem como a caridade do seu tempo e do seu afeto. Devemos amar muito o celibato e a castidade perfeita, porque são provas concretas e tangíveis do nosso amor a Deus e, ao mesmo tempo, fontes que nos fazem crescer continuamente nesse amor”4. “A virgindade e o celibato apostólico não só não contradizem como pressupõem e confirmam a dignidade do matrimônio”5.
A Igreja necessita sempre de pessoas que entreguem o seu coração indiviso ao Senhor como hóstia viva, santa, agradável a Deus6. A Igreja necessita também de famílias santas, de lares cristãos que sejam verdadeiro fermento de Cristo e forjem no seu seio muitas vocações de entrega plena a Deus.
– A santa pureza na vida matrimonial e fora dela. Os frutos desta virtude. A pureza, necessária para amar.
TANTO PARA OS SOLTEIROS como para os casados, a virgindade de Maria é também um apelo à santa pureza, indispensável para que possamos contemplar a Deus e servir os nossos irmãos, os homens. Talvez esta virtude choque frontalmente com o ambiente e seja mal entendida ou mesmo combatida por muitas pessoas a quem o materialismo cegou. Mas é-nos absolutamente necessária até para sermos um pouco mais humanos e podermos olhar para Deus.
O Espírito Santo exerce uma ação especial na alma que vive a castidade com delicadeza. A santa pureza produz muitos frutos na alma: dilata o coração e facilita o desenvolvimento normal da afetividade; gera uma alegria íntima e profunda, mesmo no meio das contrariedades; possibilita a ação apostólica; fortalece o caráter diante das dificuldades; torna-nos mais humanos, aumentando a nossa capacidade de entender e compadecer-nos dos problemas alheios.
O Espírito Santo exerce uma ação especial na alma que vive a castidade
A impureza provoca insensibilidade no coração, aburguesamento e egoísmo, pois torna o homem incapaz de amar e cria nele um clima propício para que surjam na sua alma, como ervas ruins, todos os vícios e deslealdades. “Olhai que quem está podre, pela concupiscência da carne, espiritualmente não consegue andar, é incapaz de uma obra boa, é um aleijado que permanece jogado a um canto como um trapo. Não vistes esses pacientes atacados de paralisia progressiva, que não conseguem valer-se nem pôr-se de pé? Às vezes, nem sequer mexem a cabeça. É o que acontece no terreno sobrenatural com os que não são humildes e se entregaram covardemente à luxúria. Não vêem, nem ouvem, nem entendem nada. Estão paralíticos e como que enlouquecidos. Cada um de nós deve invocar o Senhor, a Mãe de Deus, e suplicar-lhes que nos concedam a humildade e a decisão de aproveitar com piedade o divino remédio da Confissão”7.
Na nossa oração de hoje, pedimos ao Senhor que tenha misericórdia de nós e nos ajude a ser mais delicados com Ele: “Jesus, guarda o nosso coração! Um coração grande, e forte, e terno, e afetuoso, e delicado, transbordante de caridade para contigo, a fim de servirmos a todas as almas”8.
– Meios para viver esta virtude.
PODEMOS OFERECER neste dia à Virgem Maria a entrega do nosso coração e uma luta mais delicada por viver a virtude da santa pureza, que lhe é tão especialmente grata e que cumula de tantos frutos a nossa vida interior e a nossa ação apostólica.
A Igreja sempre ensinou que, com a ajuda da graça e, especialmente neste caso, com a ajuda dos sacramentos da Eucaristia e da Penitência, é possível viver esta virtude em todos os momentos e circunstâncias da vida, se se empregam os meios adequados. “Que queres que façamos? Que subamos a um monte e nos tornemos monges?”, perguntavam a São João Crisóstomo. E ele respondia: “Isso que dizeis é o que me faz chorar: que penseis que a modéstia e a castidade são próprias só dos monges. Não. Cristo estabeleceu leis comuns para todos. E assim, quando falava daquele que olha uma mulher para desejá-la (Mt 5, 28), não se dirigia ao monge, mas ao homem da rua...”9
A santa pureza exige uma conquista diária, porque não se adquire de uma vez para sempre. E pode haver épocas em que a luta seja mais intensa e haja que recorrer com mais frequência à Santíssima Virgem e lançar mão de algum meio extraordinário.
Para alcançarmos esta virtude, é necessário em primeiro lugar que sejamos humildes, o que tem como manifestação clara e imediata a sinceridade nas nossas conversas com quem orienta a nossa alma. A própria sinceridade conduz à humildade. “Lembrai-vos daquele pobre endemoninhado que os discípulos não conseguiram libertar; só o Senhor lhe obteve a liberdade, com oração e jejum. Naquela ocasião, o Mestre fez três milagres: primeiro, que aquele homem ouvisse, porque, quando se está dominado pelo demônio mudo, a alma nega-se a ouvir; segundo, que falasse; e terceiro, que o diabo se retirasse”10.
Outro dos meios para cuidarmos desta virtude são as pequenas mortificações habituais, que facilitam o domínio do corpo. “Se queremos guardar a mais bela de todas as virtudes, que é a castidade, devemos saber que ela é uma rosa que somente floresce entre espinhos; e, portanto, só a encontraremos, como todas as outras virtudes, numa pessoa mortificada”11.
“Cuidai da castidade com esmero, e também dessas outras virtudes que formam o seu cortejo – a modéstia e o pudor –, que vêm a ser como que a sua salvaguarda. Não passeis levianamente por cima dessas normas que são tão eficazes para nos conservarmos dignos do olhar de Deus: a guarda atenta dos sentidos e do coração; a valentia – a valentia de ser covarde – para fugir das ocasiões; a freqüência dos sacramentos, de modo particular a Confissão sacramental; a sinceridade plena na direção espiritual pessoal; a dor, a contrição, a reparação depois das faltas. E tudo ungido com uma terna devoção a Nossa Senhora, para que Ela nos obtenha de Deus o dom de uma vida santa e limpa”12.
Trazemos este grande tesouro da pureza em vasos de barro, instáveis e quebradiços; mas temos todas as armas para vencer e para que, com o tempo, esta virtude vá ganhando maior delicadeza, isto é, maior ternura para com o Senhor. “Terminamos estes minutos de conversa, em que tu e eu fizemos a nossa oração ao nosso Pai, pedindo-lhe que nos conceda a graça de vivermos essa afirmação gozosa que é a virtude cristã da castidade. Pedimo-lo por intercessão de Santa Maria, que é a pureza imaculada. Recorremos a Ela – tota pulchra!, toda formosa – com um conselho que eu dava há muitos anos aos que se sentiam intranquilos na sua luta diária por ser humildes, limpos, sinceros, alegres, generosos: Todos os pecados da tua vida parecem ter-se posto de pé. – Não desanimes. – Pelo contrário, chama por tua Mãe, Santa Maria, com fé e abandono de criança. Ela trará o sossego à tua alma”13.
(1) Santo Agostinho, Sermão 51; (2) Mt 19, 12; (3) João Paulo II, Exortação apostólica Familiaris consortio, 16; (4) Salvador Canals, Reflexões espirituais, págs. 70-71; (5) cfr. João Paulo II, Exortação apostólica Familiaris consortio, 16; (6) Rom 12, 2; (7) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 181; (8) ibid., n. 177; (9) São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 7, 7; (10) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 188; (11) Santo Cura d’Ars, Sermão sobre a penitência; (12) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 185; (13)ibid., n. 189.
Fonte: livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal.
18 de Dezembro 2017
A SANTA MISSA

18 de Dezembro – Advento – Segunda-feira – Ano B
Cor: Roxa
1ª Leitura: Jr 23,5-8
“Suscitarei a Davi um rebento justo”.
Leitura do Livro do Profeta Jeremias:
5 Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei nascer um descendente de Davi; reinará como rei e será sábio, fará valer a justiça e a retidão na terra. 6 Naqueles dias, Judá será salvo e Israel viverá tranqüilo; este é o nome com que o chamarão: ‘Senhor, nossa Justiça.’ 7 Eis que virão dias, diz o Senhor, em que já não se usará jurar ‘Pela vida do Senhor que tirou os filhos de Israel do Egito’ 8 – mas sim: ‘Pela vida do Senhor que tirou e reconduziu os descendentes da casa de Israel desde o país do norte e todos os outros países`, para onde os expulsará; eles então irão habitar em sua terra’.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 71, 1-2. 12-13. 18-19 (R. Cf. 7)
R. Nos seus dias a justiça florirá
e paz em abundância, para sempre.
1Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, *
vossa justiça ao descendente da realeza!
2Com justiça ele governe o vosso povo, *
com eqüidade ele julgue os vossos pobres. R.
12 Libertará o indigente que suplica, *
e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
13 Terá pena do indigente e do infeliz, *
e a vida dos humildes salvará. R.
18 Bendito seja o Senhor Deus de Israel, *
porque só ele realiza maravilhas!
19 Bendito seja o seu nome glorioso! *
Bendito seja eternamente! Amém, amém! R.
Evangelho: Mt 1,18-24
“Jesus nascerá de Maria, prometida
em casamento a José, filho de Davi”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
18 A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19 José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20 Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: ‘José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados’. 22 Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23 ‘Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco.’ 24 Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Graciano
18 de Dezembro
São Graciano
Bispo (+337)
São Graciano (saint Gratien) é o fundador da diocese de Tours. Havia sido enviado para evangelizar a Gália juntamente com São Remígio e outros missionários, vindos de Roma a convite do papa. Gregório de Tours menciona-os na sua 'História Francorum'.
Graciano fixou sua sede episcopal em Tours e a dirigiu com zelo pastoral e paterna dedicação por cerca de 50 anos. Depois de sua morte, por 33 anos não se encontrou quem o pudesse substituir, até que, em 372, foi eleito um santo destinado a uma vasta e insuperável popularidade, são Martinho.
A cronologia coloca, entretanto, são Martinho como terceiro bispo de Tours e os historiadores são propensos a crer que a 'História Francorum' contenha mais de uma imprecisão, e se deva situar a atividade pastoral de são Graciano em torno dos séculos III e IV.
A catedral de Tours, primeiramente dedicada a são Maurício, é atualmente dedicada a são Graciano - merecida homenagem ao primeiro missionário que pregou o Evangelho em Tours e nas regiões circunvizinhas.
Fonte: Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente, Paulinas Editora.
Novena de Natal
Viagem de São José e de Maria Santíssima a Belém
24 de dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Ó DEUS de infinita bondade e sabedoria, Que, sendo eterno e infinito, quisestes que por oculta ciência vossa fazer-vos temporal e limitado, que sendo senhor supremo, a quem adoram as majestades do mundo, e todos os serafins do céu, quisestes tomar a forma de servo; e sendo finalmente DEUS, vos fizestes homem, nascendo menino para o nosso remédio, e ensinando-nos que só pela humildade se caminha com segurança para a glória, para onde nos criastes; fazei meu Menino, meu DEUS e meu Salvador, que eu de vós aprenda a ciência da humildade, dando-me um perfeito conhecimento do nada que sou, valho e peço, para que com esse conhecimento, desprezando-me a mim e ao mundo, me entregue todo em vos amar, DEUS meu, e única esperança minha. Amém.
Viagem de São José e de Maria Santíssima a Belém
Subiu também José para inscrever-se no censo com Maria, sua esposa, que estava prestes a dar à luz. (Lc.10,5)
Tinha Deus decretado que seu Filho nascesse nem sequer na casa de José, mas numa gruta, num estábulo, do modo mais pobre e penoso que possa nascer uma criança; já para isso dispôs que César Augusto publicasse um édito no qual ordenava que fossem todos recensear-se em sua cidade natal. José, ao ter noticia dessa ordem, certamente hesitou sobre deixar ou levar consigo Maria Santissima, próxima de dar à luz, uma vez que não tinha riqueza para proporcionar-lhe uma viagem conveniente, nem queria, por outro lado, deixá-la sozinha e sem amparo.
Sabia, contudo, Maria que, como anunciara o profeta Miquéias, devia o Salvador, nascer em Belém; por isso, tomando os panos e roupas que preparara para seu Filho, partiu Ela com José, pobremente, em tempo de inverno, prestes a dar à luz,para submeter-se à vontade de Deus.
Una-nos a eles, e através das penas e dores da nossa viagem por esta vida, louvemos a Deus, sejamos-lhe gratos, pedindo-lhe apenas que esteja sempre conosco Nosso Senhor Jesus Cristo.
Peçamos a José e a Maria que pelo mérito das penas padecidas em sua viagem, nos acompanhem na viagem que estamos fazendo para a eternidade.
ORAÇÃO
Meu amado Redentor, acompanhado na terra apenas por José e Maria, ao ir a Belém, permiti-me que vos acompanhe também eu, Vós descestes do céu para ser meu companheiro na terra, e eu tantas vezes já vos abandonei ofendendo-vos ingratamente. Quando penso que, tantas vezes, para seguir minhas malditas inclinações, separei-me de Vós, renunciando a vossa amizade, quisera morrer de dor. Vós viestes para perdoar-me; assim, pois, perdoai-me imediatamente, pois com toda a alma me arrependo de vos ter dado tantas vezes as costas e abandonado. Proponho e espero, com vossa graça, não vos deixar mais nem separar-me mais de Vós. Uni-me, estreitai-me com os suaves laços de vosso santo amor, meu Redentor e meu Deus.
Maria Santíssima, venho acompanhar-vos em vossa viagem; não deixeis de assistir me na que estou fazendo para a eternidade. Assisti-me sempre e, especialmente, quando me achar no fim de minha vida, próximo ao instante de que depende estar sempre convosco para amar a Jesus no paraíso, ou estar sempre longe de vós, para odiar a Jesus no inferno. Minha Rainha, salvai-me por vossa intercessão, e seja a minha salvação amar-vos, a vós e a Jesus, para sempre, no tempo e na eternidade, sois minha esperança; em vós confio. Amém!
Amor de Deus aos homens no nascimento de Jesus
23 de dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Ó DEUS de infinita bondade e sabedoria, Que, sendo eterno e infinito, quisestes que por oculta ciência vossa fazer-vos temporal e limitado, que sendo senhor supremo, a quem adoram as majestades do mundo, e todos os serafins do céu, quisestes tomar a forma de servo; e sendo finalmente DEUS, vos fizestes homem, nascendo menino para o nosso remédio, e ensinando-nos que só pela humildade se caminha com segurança para a glória, para onde nos criastes; fazei meu Menino, meu DEUS e meu Salvador, que eu de vós aprenda a ciência da humildade, dando-me um perfeito conhecimento do nada que sou, valho e peço, para que com esse conhecimento, desprezando-me a mim e ao mundo, me entregue todo em vos amar, DEUS meu, e única esperança minha. Amém.
Amor de Deus aos homens no nascimento de Jesus
“Porque apareceu a graça de Deus nosso Salvador a todos os homens, ensinando-nos que renunciando à impiedade… vivamos piedosamente no presente século, aguardando a esperança bem-aventurada e a vinda gloriosa do grande Deus e Salvador Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Tt 2, 12-14)
Consideremos que a graça salvadora de Deus que se manifestou a todos os homens foi o profundíssimo amor de Jesus Cristo aos homens. Esse amor, embora tenha sido da parte de Deus sempre idêntico, nem sempre foi igualmente manifesto. Antes fora prometido muitas profecias e encoberto sob o véu de muitas figuras .Mas, no nascimento do Redentor, deixou-se ver claramente, aparecendo aos homens o Verbo eterno como menino deitado sobre o feno, gemendo e tremendo de frio, começando já assim a satisfazer pelas penas que mereçamos e dando-nos a conhecer o afeto que nos tinha, sacrificando por nós a vida: “Nisto conhecemos a caridade de Deus, porque Ele deu sua vida por nós”. Manifestou-se, pois, a graça salvadora de Deus, e manifestou-se a todos os homens. Mas porque não o conheceram todos e ainda hoje há tantos que, podendo, não o conhecem? Porque “a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas que a luz”(Jo. 3,19). Não o conheceram nem o conhecem porque não querem conhecé-lo e amam mais as trevas do pecado do que a luz da graça. Não pertençamos ao número desses infelizes. Se até aqui temosfechado os olhos à luz, pensando pouco no amor de Jesus Cristo, procuremos, até o fim de nossa vida, ter sempre ante os olhos os sofrimentos e a morte de nosso Redentor, para amar a quem tanto nos amou: ”Aguardando a bem-aventurada esperança e a vinda gloriosa do grande Deus e Salvador Nosso Jesus Cristo” (Tt 2,13).
Assim poderemos confiar fundadamente, segundo as divinas promessas, alcançar aquele paraíso que Jesus Cristo nos conquistou com seu sangue. Nesta primeira manifestação vem Jesus Cristo como menino, pobre e desprezado, nascido num estábulo, coberto de pobres panos e reclinado na palha, mas na segunda aparição virá sobre um trono de majestade: “E verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e majestade” (Mt 24,30). Feliz naquela hora quem não o tenha odiado ou desprezado.
ORAÇÃO
Oh, Santo Menino, agora vos contemplamos sobre a palha, pobre, aflito e abandonado; mas sabemos que vireis um dia para julgar-nos sobre esplendoroso trono, rodeado de anjos. Perdoai-nos antes de julgar-nos. Então sereis um juiz rigoroso, mas agora sois nosso Redentor e nosso Pai misericordioso. Ingratos fomos, não vos conhecendo por não querer conhecer-vos, e em vez de pensar em amar-vos, considerando o amor que nos tivestes, só pensamos em satisfazer nosso apetite, desprezando vossa graça e vosso amor. Em vossas mãos pomos nossa alma, que tantas vezes nos esforçamos por perder, para que Vós as salveis. “Em tuas mãos entrego meu espírito: tu me livrarás. Senhor, Deus de Verdade” (Sl 30,6). Em Vós deposito minhas esperanças, pois sei que, para resgatar-me do inferno, destes sangue e vida. Tu me livrarás, Senhor, Deus de Verdade.Não me fizestes morrer quando eu estava em pecado e me esperastes com tanta paciência para que, entrando em mim, me arrependesse de vos ter ofendido, começasse a amar-vos e assim pudésseis perdoar-me e salvar-me. Sim, meu Jesus, quero agradar-vos; arrependo-me de todo o mal e desgosto que vos tenho causado. Salvai-me por vossa misericórdia e seja minha salvação amar-vos sempre nesta vida e por toda a eternidade.
Minha amada Mãe, recomendai-me a vosso Filho, fazei-o ver que sou servo vosso e que em Vós pus minha esperança, pois Ele vos ouve e não vos nega nada. Amém!
Dor que causou a Jesus Cristo a ingratidão dos homens
22 de dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Ó DEUS de infinita bondade e sabedoria, Que, sendo eterno e infinito, quisestes que por oculta ciência vossa fazer-vos temporal e limitado, que sendo senhor supremo, a quem adoram as majestades do mundo, e todos os serafins do céu, quisestes tomar a forma de servo; e sendo finalmente DEUS, vos fizestes homem, nascendo menino para o nosso remédio, e ensinando-nos que só pela humildade se caminha com segurança para a glória, para onde nos criastes; fazei meu Menino, meu DEUS e meu Salvador, que eu de vós aprenda a ciência da humildade, dando-me um perfeito conhecimento do nada que sou, valho e peço, para que com esse conhecimento, desprezando-me a mim e ao mundo, me entregue todo em vos amar, DEUS meu, e única esperança minha. Amém.
Dor que causou a Jesus Cristo a ingratidão dos homens
Veio para o que era seu e os seus não o receberam. (Jo.1,11)
Em certo Natal andava São Francisco pela floresta e pelos caminhos gemendo e suspirando, e, ao perguntarem-lhe a causa de sua tristeza, respondeu: “Como quereis que não chore vendo que o amor não é amado? Vejo Deus inebriado de amor pelos homens e os homens tão ingratos para com esse Deus”. Se tanto afligia essa ingratidão dos homens a São Francisco, consideremos quanto mais afligirão ao Coração de Jesus. Tão logo foi concebido no seio de Maria viu a cruel correspondência que havia de receber dos homens. Tinha vindo do céu para atear o fogo do amor divino, e esse desejo o tinha feito descer à terra e sofrer um abismo de penas e ignomínias: “Vim trazer o fogo à terra e que quero senão que se ateie?” (Lc. 12,49). E depois via o abismo de pecados que cometeriam os homens apesar de terem sido testemunhas de tantas provas de seu amor. Esse foi, disse São Bernardino de Sena, o que lhe fez padecer uma dor infinita. Ainda entre nós, quando alguém se Vê tratado ingratamente por outro é uma dor insuportável, pois a ingratidão freqüentemente aflige a alma mais que outra dor ao corpo. Que dor, pois, ocasionaria a Jesus, que era nosso Deus, ver que, por nossa ingratidão, seus beneficios e seu amor seriam pagos com desgostos e injúrias? “Deram-me males em troca de bens e ódio em troca do amor que eu lhes tinha”. (Sl 108,5). E ainda hoje se lamenta Jesus Cristo: “Fui um estrangeiro para meus irmãos” (Sl 68,9), pois vê que não é amado nem conhecido de muitos, como se não lhes tivesse feito bem nenhum nem tivesse sofrido nada por seu amor.
Ó meu Deus, que caso fazemos, mesmo os cristãos, do amor de Jesus Cristo? Apareceu um dia Ele ao Beato Henrique Sujo como um peregrino que mendigava de porta em porta, sendo sempre posto fora com injúrias. Quantos são semelhantes àqueles de quem falou Jó: “Eles diziam a Deus: Retira-te de nós, e julgavam o Onipotente, como se não pudesse fazer nada; sendo que ele cumulou de bens as suas casas” (Jó,22,17). Nós, ainda que no passado nos tenhamos unido a esses ingratos, queremos continuar com nossa ingratidão no futuro? Não, porque não o merece aquele amável Menino que veio do céu padecer e morrer por nós para que o amássemos
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que descestes do céu para que nós vos amássemos, tomando uma vida cheia de trabalho e a morte numa cruz, como pudemos tantas vezes dizer-vos: “Retirai-vos de nós’ não vos queremos, ó nosso Deus, se não fôsseis bondade infinita nem tivésseis dado a vida para perdoar-nos, não nos atreveriamos a pedir-vos perdilo; mas sabemos que Vós mesmo nos quereis dar a paz: “Convertei-vos a mim, diz o Senhor Deus dos exércitos e eu me voltarei para Vós” (Zac 1,3). Vós mesmo, Jesus, que sois o ofendido, intercedeis por nós. Não queremos, pois, ofender-vos ainda uma vez, desconfiados de vossa misericórdia. Arrependemo-nos com toda a alma de vos ter desprezado, meu sumo Bem. Dignai-vos receber-nos em vossa graça pelo sangue derramado por Vós. “Pai, não sou digno de ser chamado teu filho” (Lc 15,21). Não, nosso Redentor e Pai, não somos dignos de ser vossos filhos, porque tantas vezes renunciamos ao vosso amor; mas Vós nos tornais dignos com vossos merecimentos. Que só o pensamento da paciência com que suportastes nossos pecados durante tantos anos e das graças que nos concedestes, depois de todas as injúrias que vos fizemos, faça-nos viver ardendo nas chamas de vosso amor. Vinde,pois, Senhor, que não vos expulsaremos mais, vinde habitar nosso pobre coração. Amamo-vos e queremos amar-vos para sempre, e Vós abrasai-nos sempre mais, com a lembrança do amor que nos tivestes. Amém!
Jesus no seio de Maria
21 de Dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Ó DEUS de infinita bondade e sabedoria, Que, sendo eterno e infinito, quisestes que por oculta ciência vossa fazer-vos temporal e limitado, que sendo senhor supremo, a quem adoram as majestades do mundo, e todos os serafins do céu, quisestes tomar a forma de servo; e sendo finalmente DEUS, vos fizestes homem, nascendo menino para o nosso remédio, e ensinando-nos que só pela humildade se caminha com segurança para a glória, para onde nos criastes; fazei meu Menino, meu DEUS e meu Salvador, que eu de vós aprenda a ciência da humildade, dando-me um perfeito conhecimento do nada que sou, valho e peço, para que com esse conhecimento, desprezando-me a mim e ao mundo, me entregue todo em vos amar, DEUS meu, e única esperança minha. Amém.
Jesus no seio de Maria
Sou contado entre os que descem à cova, tornei-me como um homem sem força. (Sl. 87, 5)
Consideremos a vida penosa por que passou Jesus Cristo no seio de sua Mãe. Era livre, porque se tinha feito voluntariamente prisioneiro de amor, mas o amor o privava do uso da liberdade e o mantinha em cadeias tão apertadas que não podia mover-se. Ó grande paciência do Salvador! Ao pensar nas penas de Nosso Senhor ainda no seio de sua Mãe.
Vejamos a que se reduz o Filho de Deus por amor dos homens: priva-se de sua liberdade e se encadeia para livrar-nos das cadeias do inferno. Muito, pois, merece ser reconhecida com gratidão e amor a graça de nosso libertador e fiador, que, não por obrigação, mas por afeto, se ofereceu para pagar e pagou nossas dividas e nossas penas, dando por elas sua vida: “Não te esqueças do beneficio que te fez o que ficou por teu fiador, porque ele expôs a sua vida por ti”. (Ecle. 29,20).
ORAÇÃO
“Não te esqueças do beneficio que te fez o que ficou por teu fiador”. Sim, ó Jesus, com razão nos adverte o profeta de que não nos esqueçamos da imensa graça que nos fizeste. Nós éramos devedores e réus, e, Vós inocente, Vós, nosso Deus, quisestes satisfazer por nossos pecados com vossas penas e com vossa morte. E depois esquecemo esta graça e vosso amor e nos atrevemos a voltar-vos as costas, como se não fosseis nosso Senhor, o Senhor que nos amou tanto. Mas, se no passado o esquecemos, não queremos, Redentor nosso, esquecer-vos no futuro. Vossas penas e vossa morte serão nosso continuo pensamento, e elas nos recordarão sempre o amor que nos tivestes. Maldizemos os dias em que, esquecidos de quanto sofrestes por nós, abusamos lamentavelmente da liberdade que nos destes para amar-vos e empregamos em desprezar-vos. Essa liberdade que nos destes, hoje vo-la consagramos. Livrai-nos, ó Jesus, da desgraça de ver-nos de novo separados de Vós e feitos escravos do demônio. Prendei a vossos pés nossas almas a fim de que não nos separemos mais de vós. Pai Eterno, pelo cativeiro que o Menino Jesus padeceu no seio de Maria, livrai-nos das cadeias do demônio e do inferno.
E Vós, Mãe de Deus, socorrei-nos. Carregai-nos aprisionados e estreitados ao Filho de Deus. Pois, já que Jesus é vosso prisioneiro, fará tudo o que mandardes. Dizei-lhe que nos perdoe e que nos faça santo. Ajudai-nos, nossa Mãe, pela graça e honra que vos fez Jesus Cristo de habitar nove meses em vosso seio. Amém!
Jesus Cristo se ofereceu desde o princípio por nossa salvação
20 de dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Jesus Cristo se ofereceu desde o princípio por nossa salvação
O Verbo divino, desde o primeiro instante em que se viu feito homem e criança no seio de Maria, se ofereceu por si mesmo às penas e à morte para resgate do mundo. Sabia que todos os sacrifícios dos cordeiros e dos touros oferecidos a Deus na Antiguidade não tinham podido satisfazer pelas culpas dos homens, mas que era necessário que uma pessoa divina satisfizesse por eles o preço de sua redenção. Pelo que disse, como afirma o Apóstolo: “Não quiseste hóstia nem oblação, mas me formaste um corpo. Então eu disse; Eis-me aqui presente” (Heb. 10,5). Meu Pai, disse Jesus Cristo, todas as vitimas que vos foram oferecidas até agora não bastam nem bastardo para satisfazer vossa justiça; destes-me um corpo passível para que com a efusão de meu sangue vos aplaque e salve os homens: eis-me aqui presente, “ecce venio”, tudo aceito e tudo submeto a vossa vontade.
A parte inferior de sua vontade experimentava, naturalmente, repugnância e recusava-se a viver e a morrer entre tantas dores e opróbrios, mas venceu a parte racional, que estava completamente subordinada à vontade do Pai, e aceitou tudo, começando Jesus a padecer desde aquele instante, todas as angústias e dores que sofreria nos anos de sua vida, assim agiu nosso divino Redentor desde os primeiros instantes de sua entrada no mundo.
E como nos portamos nós com Jesus Cristo, desde que, chegados ao uso da razão, começamos a conhecer, com as luzes da fé, os sagrados mistérios da redenção? Que pensamentos, que desígnios, que bens temos amado? Prazeres, passatempos, soberbas, vinganças, sensualidade, eis os bens que aprisionaram os afetos de nosso coração. Mas, se temos fé, mudemos de vida e de amores; amemos a um Deus que tanto padeceu por nós. Lembremo-nos das penas que o Coração de Jesus padeceu por nós desde criança, e assim não poderemos amar senão esse Coração, que tanto nos amou.
ORAÇÃO
Senhor nosso, quereis saber como nos portamos convosco em nossa vida? Desde que começamos a ter o uso da razão começamos a menosprezar vossa graça e vosso amor. Mas melhor que nós o sabeis vós e, apesar disso, nos suportastes porque nos amais muito. Fugíamos de Vós, e Vós vos aproximastes chamando-nos. Aquele mesmo amor que vos fez baixar do céu para buscar as ovelhas perdidas, fez com que nos suportásseis. Jesus, agora nos buscais e nós vos buscamos. Percebemos que vossa graça nos assiste; assiste-nos com a dor de nossos pecados, que odiamos mais que todos os outros males; assisti-nos com o desejo que temos de vos amar e de vos dar gosto. Sim Senhor nosso, queremos amar-vos e tanto quanto possamos. Certo que tememos pôr nossa fragilidade e debilidade contraídas por causa de nossos pecados, mas muito amor é a confiança que vossa graça nos infunde,fazendo-nos esperar em vossos méritos e dando-nos grande tinimo para exclamar: “Tudo posso naquele que me conforta” (Fil. 4,13). Se somos débeis, Vós nos dareis força contra nossos inimigos; se estamos enfermos, esperamos que vosso sangue seja nossa medicina; se somos pecadores, confiamos em que nos santificareis. Confessamos que no passado cooperamos com nossa ruína porque deixamos de recorrer a Vós nos perigos. De hoje em diante, Deus e esperança nossa, a Vós queremos recorrer e de Vós esperamos toda ajuda e todo o bem. Amamos-vos sobre todas as coisas e nada queremos amar fora de vós. Ajudai-nos, por piedade, pelo mérito de tantos sofrimentos que desde o principio sofrestes por nós. Eterno Pai, por amor de Jesus Cristo, aceitai que vos amemos. Se vos iramos, aplacai: vós ao ver as lágrimas do Menino Jesus, que vos roga por nós: “Põe teus olhos na face de teu ungido” (Fil. 83,10). Não merecemos graças, mas merece-as esse Filho inocente, que vos oferece uma vida de penas para que sejais conosco misericordioso.
E Vós, Maria, Maria, Mãe Misericordiosa, não deixeis de interceder por nós; sabeis quanto confiamos em Vós, e sabemos bem que não abandonais a quem recorre a Vós. Amém!
A paixão de Jesus Cristo durou toda sua vida
19 de dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
A paixão de Jesus Cristo durou toda sua vida
Minha dor está sempre diante de mim. (Sl. 37,18)
Consideremos como naquele primeiro instante em que foi criada e unida a alma de Jesus Cristo a seu corpo, no seio de Maria,o Padre Eterno mostrou a seu Filho sua vontade de que morresse pela redenção do mundo; e naquele mesmo instante lhe mostrou todas as penas que devia sofrer até a morte para redimir os homens. Mostrou-lhe então todos os trabalho, desprezos e pobreza que devia padecer em sua vida, tanto em Belém como no Egito e em Nazaré, e depois todas as dores e ignomínias da paixão: açoites, espinhos, cravos e cruz; todos os tédios, tristezas, agonias e abandonos no meio dos quais havia de terminar sua vida no Calvário.
Abrão, conduzindo seu filho à morte, não quis afligi-lo dizendo-lhe antecipadamente que morreria, e isso no pouco tempo que era necessário para chegar ao monte. Mas o Eterno Pai quis que seu Filho encarnado, destinado como vítima de nossos pecados à sua justiça, padecesse imediatamente, pelo conhecimento delas, todas as penas a que depois teria que sujeitar-se durante sua vida e em sua morte. Dai, a tristeza padecida por Jesus no Horto, capaz de tirar-lhe a vida, como ele declarou: “Minha alma está triste até a morte” (Mt 26,38), padeceu-a também constantemente desde o primeiro momento em que esteve no seio de sua Mãe. Assim, desde então sentiu vivamente e sofreu o peso reunião de todas as dores e vitupérios que O esperavam.
A vida inteira e todos os anos de nosso Redentor foram cheios de penas e lágrimas: “Na dor se consome minha vida, e em soluços meus anos” (sl. 30,11). Seu divino Coração não teve um momento livre de sofrimentos; quer vigiasse ou dormisse, quer trabalhasse ou descansasse, rezasse ou falasse, sempre tinha diante dos olhos essa amarga representaçilo, que atormentava mais sua santíssima Alma do que atormentaram aos santos mártires todas as suas penas. Eles padeceram, mas, ajudados pela graça divina, padeceram com alegria e fervor. Jesus Cristo sofreu, mas sofreu sempre com o coração cheio de tédio e tristeza, e tudo aceitou por nosso amor.
ORAÇÃO
Ó doce, ó amável, ó amante Coração de Jesus, assim desde menino fostes amargurado e agonizáveis no seio de Maria? Tudo isto sofrestes, Jesus, para satisfazer pela pena e agonia eterna que nos cabia padecer no inferno por nosso pecados. Vós, pois, padecestes sem nenhum alivio para salvar-nos, depois de nós termos nos atrevido a abandonar a Deus e voltar-lhe as costas, para satisfazer nossos gostos miseráveis. Graças vos damos, Coração amante e aflito de Nosso Senhor. Agradecemo-vos e nos compadecemos de Vós ao considerar que padecestes tanto pelos homens e que estes não se compadecem de Vós. Como são grandes o amor de Deus e a ingratidão dos homens. Ó Redentor nosso, como são poucos os homens que pensam em vossas dores e em vosso amor. Ó Deus, como são poucos os que vos amam. E desgraçados de nós que também vivemos tantos anos sem lembrarmo-nos de Vós! Vós padecestes tanto para que vos amássemos e não vos amamos. Perdoai-nos, Jesus, perdoai-nos que queremos nos emendar e queremos vos amar. Pobres de nós, Senhor, se resistirmos à Vossa graça e por nossa resistência nos condenarmos. Quantas misericórdias usastes conosco e especialmente vossa voz que agora nos convida a amar-vos, seriam nossas maiores penas no inferno. Amado Jesus, tende piedade de nós, não permitais que vivamos mais ingratos a vosso amor; dai·nos luz e força para vencer tudo e para cumprir vossa vontade. Escutai-nos, rogamo-vos, pelos méritos de vossa Paixão. De Vós esperamos tudo e de vossa intercessão, ó Maria.
Querida Mãe, socorrei-nos, Vós que nos alcançastes todas as graças que recebemos de Deus; continuai a nos ajudar, pois se não o fazeis seremos infiéis, como o fomos no passado. Vós sois toda a nossa esperança e toda a razão de nossa confiança.
Jesus faz-se Menino para conquistar nossa confiança e nosso amor
18 de dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Ó DEUS de infinita bondade e sabedoria, Que, sendo eterno e infinito, quisestes que por oculta ciência vossa fazer-vos temporal e limitado, que sendo senhor supremo, a quem adoram as majestades do mundo, e todos os serafins do céu, quisestes tomar a forma de servo; e sendo finalmente DEUS, vos fizestes homem, nascendo menino para o nosso remédio, e ensinando-nos que só pela humildade se caminha com segurança para a glória, para onde nos criastes; fazei meu Menino, meu DEUS e meu Salvador, que eu de vós aprenda a ciência da humildade, dando-me um perfeito conhecimento do nada que sou, valho e peço, para que com esse conhecimento, desprezando-me a mim e ao mundo, me entregue todo em vos amar, DEUS meu, e única esperança minha. Amém.
Jesus faz-se Menino para conquistar nossa confiança e nosso amor
Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. (ls. 9,6)
Consideremos como depois de tantos séculos, depois de tantas orações e pedidos, veio, nasceu e se deu todo a nós o Messias, que não foram dignos de ver os santos patriarcas e profetas; o desejado pelos gentios, o desejado pelas colinas eternas, nosso Salvador: “Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado”. O Filho de Deus se fez pequeno para fazer-nos grandes: deu-se a nós para que nos déssemos a Ele; veio mostrar-nos seu amor, para que lhe déssemos o nosso. Recebamo-lo, pois com afeto, amemo-lo e recorramos a Ele em todas as nossas necessidade. As crianças, diz São Bernardo, facilmente concedem o que se lhes pede.Jesus veio como criança, para mostrar-nos que está disposto a dar-nos todos os seus bens. “No qual se acham todos os tesouros” (Col. 2,3). “O Pai… entregou tudo em suas mãos”. Se queremos luz, Ele veio para nos iluminar; se queremos força para resistir aos inimigos, Ele veio para nos fortalecer; se queremos o perdão e a salvação, Ele veio precisamente para nos perdoar e nos salvar; se queremos, em uma palavra, o supremo dom do amor divino, Ele veio para nos abrasar; e, para isto, sobretudo, se fez menino e quis apresentar-se a nós pobre e humilde, para parecer mais amável, para tirar-nos todo o temor e conquistar nosso afeto: “Assim devia vir quem quis desterrar o temor e buscar a caridade”, diz São Pedro Crisólogo.
Além disso, Jesus Cristo quis vir criança, para que o amássemos não só com amor apreciativo, mas com amor terno. Todas as crianças sabem conquistar para si afetuoso carinho daqueles que a rodeiam e, quem não amará com ternura seu Deus, vendo-o criancinha, com frio, pobre, humilhado e abandonado, que chora sobre as palhas de um presépio? Vinde amar Deus feito menino efeito pobre, e que é tão amável que desceu do céu para entregar-se por completo a nós
ORAÇÃO
Ó amável Jesus, Tão desprezado por nós! Descestes do céu para resgatar-nos do inferno e dar-vos por completo a nós, como pudemos tantas vezes, voltar-vos as costas, ó Deus! Os homens são tão gratos às criaturas que se alguém lhes dá um presente, se lhes envia um cumprimento, se lhes dá qualquer prova de afeto, não se esquecem e se sentem forçados a corresponder. E, pelo contrário, são tão ingratos convosco, que sois seu Deus, e tão amável que por seu amor não recusastes dar o sangue e a vida. Mas, ai de nós, nós fomos ainda piores que os outros, porque fomos mais amados e mais ingratos. Ah! Se as graças que nos destes, as tivesses dado a um herege, a um idólatra, talvez se tivessem santificado, e nós vos ofendemos. Por favor, não vos lembreis, Senhor, das injúrias que vos fizemos. Dissestes que, quando um pecador se arrepende, esquecei-vos de todos os pecados cometidos: “Nenhum dos pecados que cometeu lhe será recordado” (Ez. 18,22). Se no passado não nos amamos, nofuturo não queremos senão vos amar. Já que vos destes completamente a nós, damo-vos em troca toda a nossa vontade; com ela vos amamos e que vos amamos queremos repetir para sempre. Queremos viver repetindo-o e repetindo-o morrer, para começarmos desde o instante que entramos na eternidade a amar-vos com um amor continuo que durará eternamente. Entretanto, Senhor, nosso único bem e único amor, propomo-nos a antepor vossa vontade a todos os nossos prazeres. Por nada queremos deixar de amar quem nos amou tanto; não queremos mais desgostar a quem devemos amor Infinito. Secundai, Jesus, nosso desejo com vossa graça.
Rainha nossa, Maria, reconhecemos que todas as graças recebidas de Deus são devidas à vossa intercessão; continuai a interceder por nós, alcançai-nos a perseverança, vós que sois a Mãe de todas as graças. Amém!
Aflição do coração de Jesus no seio de Maria
17 de dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Ó DEUS de infinita bondade e sabedoria, Que, sendo eterno e infinito, quisestes que por oculta ciência vossa fazer-vos temporal e limitado, que sendo senhor supremo, a quem adoram as majestades do mundo, e todos os serafins do céu, quisestes tomar a forma de servo; e sendo finalmente DEUS, vos fizestes homem, nascendo menino para o nosso remédio, e ensinando-nos que só pela humildade se caminha com segurança para a glória, para onde nos criastes; fazei meu Menino, meu DEUS e meu Salvador, que eu de vós aprenda a ciência da humildade, dando-me um perfeito conhecimento do nada que sou, valho e peço, para que com esse conhecimento, desprezando-me a mim e ao mundo, me entregue todo em vos amar, DEUS meu, e única esperança minha. Amém.
Aflição do coração de Jesus no seio de Maria
Considera a grande amargura com que devia sentir-se afligido e oprimido o coração do Menino Jesus no seio de Maria, naquele primeiro instante em que o Pai lhe propôs a série de desprezos, trabalhos e agonias que havia de sofrer em sua vida para libertar os homens de suas misérias: “Pela manhã chama a meus ouvidos…, não retrocedi…, entreguei meu corpo aos que me feriam” (ls.50 4-6). Assim falou Jesus pela boca do Profeta: “Pela manhã… quer dizer, desde o primeiro instante de minha concepção, meu Pai me fez compreender sua vontade: que eu tivesse uma vida de sofrimento e fosse, finalmente, sacrificado na cruz; “não retrocedi; entreguei meu corpo aos que me feriam”. E tudo’aceitei pela salvação das almas e,desde então, entreguei meu corpo aos açoites, aos cravos, e à morte.
Pondera então quanto padeceu Jesus Cristo em sua vida e em sua paixão; tudo lhe foi posto ante os olhos desde o seio de sua Mãe e tudo Ele abraçou com amor; mas, ao consentir nessa aceitação e vencer a natural repugnância dos sentidos, quanta angústia e opressão não teve que sofrer o inocente Coração de Jesus! Conhecia bem o que primeiramente tinha que padecer; os sofrimentos e os opróbrios do nascimento numa fria gruta, estábulo de animais; os trinta anos de trabalho como artesão; o considerar que seria tratado pelos homens como ignorante, escravo, sedutor e réu da morte mais infame e dolorosa que se reservava aos criminosos.
Tudo aceitou nosso amável Redentor a cada momento, e a cada momento em que o aceitava, padecia reunidas todas as penas a abatimentos que depois padeceria até sua morte. O próprio conhecimento de sua dignidade divina contribuiu para que sentisse mais as injúrias recebidas dos homens: “Tenho sempre presente a minha ignomínia”. Continuamente teve diante dos olhos sua vergonha, especialmente a confusilo que sentiria ao ver-se um dia despido, açoitado, pregado com três cravos de ferro, entregando assim sua vida entre vitupérios e maldições daqueles que se beneficiavam com sua morte. “Feito obediente até a morte e morte de cruz” (Fil.2,8) e para quê? Para salvar-nos, a nós, míseros e ingratos pecadores.
ORAÇÃO
Amado Redentor nosso, quanto vos custou desde que entrastes no mundo, tirar-nos do abismo em que nossos pecados nos haviam submergido. Para livrar-nos da escravidão do demônio, ao qual nós mesmos nos vendemos voluntariamente, aceitastes ser tratado como o pior dos escravos; e,nós que o sabíamos, tantas vezes tivemos a ousadia de amargurar vosso amabilíssimo Coração, que tanto nos amou. Mas já que Vós, nosso Deus, sendo inocente, aceitastes vida e morte tão penosas, aceitamos por vosso amor,Jesus, todas as dores que nos venham de vossas mãos. Aceitamo-las e abraçamo-las porque procedem daquelas mãos transpassadas um dia para livrar-nos do inferno, que tantas vezes merecemos. Vosso amor, nosso Redentor, ao oferecer-vos para sofrer tanto por nós, obriga-nos a aceitar por Vós qualquer pena e desprezo. Dai nos a aceitar por Vós qualquer pena e desprezo. Dai-nos, Senhor, por vossos méritos, vosso santo amor, que nos torna doces todas as dores e todas as ignomínias. Amamo-vos acima de todas as coisas, amamo-vos com todo o coração, amamo-vos mais que a nós mesmos. Vós,em vossa vida, nos destes tantas e tão grandes provas de afeto e nós, ingratos, que prova de amor vos damos? Fazei, pois, ó nosso Deus, que durante os anos que nos restam de vida vos demos alguma prova de amor. Não nos atreveríamos, no dia do juízo, a comparecer diante de Vós tão pobres como somos agora e sem fazer nada por vosso amor; mas que podemos fazer sem vossa graça? Apenas rogar-vos que nos socorrais, e ainda essa nossa súplica é graça vossa. Oh, Jesus, socorrei-nos pelo mérito de vossas dores e do sangue que derramastes por mim.
Maria Santíssima recomende-nos a Vosso Filho, já que por nosso amor o tivestes em vosso seio. Lembrai-vos que somos daquelas almas por quem morreu vosso Filho. Amém!
Deus nos deu seu Filho Unigênito por Salvador
16 de dezembro
V. Vinde ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renova reis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Ó DEUS de infinita bondade e sabedoria, Que, sendo eterno e infinito, quisestes que por oculta ciência vossa fazer-vos temporal e limitado, que sendo senhor supremo, a quem adoram as majestades do mundo, e todos os serafins do céu, quisestes tomar a forma de servo; e sendo finalmente DEUS, vos fizestes homem, nascendo menino para o nosso remédio, e ensinando-nos que só pela humildade se caminha com segurança para a glória, para onde nos criastes; fazei meu Menino, meu DEUS e meu Salvador, que eu de vós aprenda a ciência da humildade, dando-me um perfeito conhecimento do nada que sou, valho e peço, para que com esse conhecimento, desprezando-me a mim e ao mundo, me entregue todo em vos amar, DEUS meu, e única esperança minha. Amém.
Deus nos deu seu Filho Unigênito por Salvador
“Eu te constitui em luz para os gentios, para que minha salvação chegue até os confins da terra.” (Is. 49, 6)
Consideremos como o Pai Eterno disse ao Menino Jesus no instante de sua concepção estas palavras: Filho, eu te dei ao mundo como luz e vida das gentes, para que busques sua salvação, que estimo tanto como se fosse a minha. É necessário, pois, que te empenhes completamente em beneficio dos homens. “Dado completamente aos homens, e inteiramente entregue as suas necessidades”. É necessário que ao nascer padeças extrema pobreza, para que o homem se enriqueça; é necessário que sejas vendido como escravo, para que o homem seja livre; é necessário que, como escravo, sejas açoitado e crucificado, para pagar à minha justiça a pena devida pelos homens; é necessário que sacrifiques sangue e vida, para livrar o homem da morte eterna. Fica sabendo, enfim, que já não és teu, mas do homem. Pois um filho lhes nasceu, e um menino lhes foi dado. Assim amado Filho meu, o homem voltará a amar-me a ser meu, vendo que te dou inteiramente a ele, meu Filho Unigênito, e que já não me resta mais o que lhe possa dar.
Assim amou Deus – oh, amor infinito, digno somente de um Deus infinito – assim amou Deus o mundo de tal forma, que lhe entregou seu Filho Unigênito. O Menino Jesus não se entristeceu com esta proposta, mas, ao contrário, comprazeu-se nela e a aceitou com amor e alegria: “Como um esposo procedente de seu tálamo, exultou como gigante a percorrer seu caminho” (Sl. 18,6). E desde o primeiro momento de sua encarnação se entregou por completo ao homem e abraçou com gosto todas as dores e ignomínias que havia de sofrer na terra por amor dos homens. Esses foram, segundo São Bernardo, as colinas e vales que com tanta pressa devia atravessar Jesus Cristo, segundo o Cântico dos Cânticos, para salvar os homens. Ei-lo que vem saltando pelas montanhas, brincando pelas colinas.
Reflitamos aqui como o Pai, enviando-nos seu Filho para ser nosso Redentor e para selar a paz entre Ele e os homens, obrigou-se de certo modo a perdoar-nos e a amar-nos, em razão do pacto que fez de receber-nos em sua graça, posto que o Filho satisfaz por nós a justiça divina. Por sua vez, o Verbo Divino, tendo aceito a missão que lhe foi dada pelo Pai, o qual, enviando-o para redimir-nos no-lo deu, obrigou-se também a amar-nos, não por nossos méritos, mas para cumprir a piedosa vontade de seu Pai.
ORAÇÃO
Amado Jesus, se é verdade, como diz a lei, que o domínio se adquire com a doação, Vós sois nosso, por vos ter vosso Pai entregue a nós. Por isso podemos com razão exclamar: Deus meu e meu tudo. E já que sois nosso, nossas são vossas coisas, como nos afirma o Apóstolo: “Como não nos dará ,juntamente com seu Filho todas as coisas?” Nosso é vosso sangue, nossos vossos méritos, nossa a vossa graça, nosso vosso paraíso. E se sois nosso quem jamais poderá separar-nos de Vós? Ninguém poderá tirar-me Deus, exclamava jubiloso Santo Antônio Abade. Assim queremos exclamar daqui em diante. Apenas por nossas culpas podemos perder-vos e separar-nos de Vós, mas, Jesus, se no passado vos deixamos e perdemos agora nos arrependemos com toda a alma e nos resolvemos a perder tudo, mesmo a vida, antes que vos perder, bem infinito e único amor de nossas almas.
Maria, nossa Mãe, guardai-nos com vossa proteção. Não queremos pertencer-nos mais, mas inteiramente a Nosso Senhor. Amém!
17 de Dezembro 2017
A SANTA MISSA

3º Domingo do Advento – Ano B
Cor: Rosa
1ª Leitura: Is 61, 1-2a.10-11
“Exulto de alegria no Senhor”.
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
1 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção para os cativos e a liberdade para os que estão presos; 2a para proclamar o tempo da graça do Senhor. 10 Exulto de alegria no Senhor e minh’alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa, ou uma noiva com suas jóias. 11 Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Lc 1, 46-48.49-50.53-54 (R. Is 61, 10b)
R. A minh’alma se alegra no meu Deus.
46‘A minha alma engrandece o Senhor,*
47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
48 porque olhou para a humildade de sua serva.*
Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada. R.
49 porque o Todo-poderoso fez grandes coisas
em meu favor.* O seu nome é santo,
50 e sua misericórdia se estende, de geração em geração,*
a todos os que o respeitam. R.
53 Encheu de bens os famintos,*
e despediu os ricos de mãos vazias.
54 Socorreu Israel, seu servo,*
lembrando-se de sua misericórdia. R.
2ª Leitura: 1Ts 5, 16-24
“Vosso espírito, vossa alma e vosso corpo sejam conservados para a vinda do Senhor”.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo apóstolo aos Tessalonicenses
Irmãos: 16 Estai sempre alegres! 17 Rezai sem cessar. 18 Dai graças em todas as circunstâncias, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. 19 Não apagueis o espírito! 20 Não desprezeis as profecias, 21 mas examinai tudo e guardai o que for bom. 22 Afastai-vos de toda espécie de maldade! 23 Que o próprio Deus da paz vos santifique totalmente, e que tudo aquilo que sois – espírito, alma, corpo – seja conservado sem mancha alguma para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! 24 Aquele que vos chamou é fiel; ele mesmo realizará isso.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho: Jo 1, 6-8.19-28
“No meio de vós está aquele que vós não conheceis”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
6 Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. 7 Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: ‘Quem és tu?’ 20 João confessou e não negou. Confessou: ‘Eu não sou o Messias’. 21 Eles perguntaram: ‘Quem és, então? És tu Elias?’ João respondeu: ‘Não sou’. Eles perguntaram: ‘És o Profeta?’ Ele respondeu: ‘Não’. 22 Perguntaram então: ‘Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?’ 23 João declarou: ‘Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor`’ – conforme disse o profeta Isaías. 24 Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25 e perguntaram: ‘Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?’ 26 João respondeu: ‘Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, 27 e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias.’ 28 Isso aconteceu em Betânia além do Jordão, onde João estava batizando.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
16 de Dezembro 2017
A SANTA MISSA

2ª Semana do Advento – Sábado – Ano B
Cor: Roxa
1ª Leitura: Eclo 48,1-4.9-11
“Elias virá”.
Leitura do Livro do Eclesiástico:
Naqueles dias: 1 O profeta Elias surgiu como um fogo, e sua palavra queimava como uma tocha. 2 Fez vir a fome sobre eles e, no seu zelo, reduziu-os a pouca gente. 3 Pela palavra do Senhor fechou o céu e de lá fez cair fogo por três vezes. 4 Ó Elias, como te tornaste glorioso por teus prodígios! Quem poderia gloriar-se de ser semelhante a ti? 9 Tu foste arrebatado num turbilhão de fogo, num carro de cavalos também de fogo, 10 tu, nas ameaças para os tempos futuros, foste designado para acalmar a ira do Senhor antes do furor, para reconduzir o coração do pai ao filho, e restabelecer as tribos de Jacó. 11 Felizes os que te viram, e os que adormeceram na tua amizade!
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 79 (80), 2ac.3b. 15-16. 18-19 (R. 4)
R. Convertei-nos, ó Senhor,
resplandecei a vossa face e nós seremos salvos!
2aÓ Pastor de Israel, prestai ouvidos.*
2cVós que sobre os querubins vos assentais.
3b Despertai vosso poder, ó nosso Deus*
e vinde logo nos trazer a salvação! R.
15 Voltai-vos para nós, Deus do universo!+
Olhai dos altos céus e observai.*
Visitai a vossa vinha e protegei-a!
16 Foi a vossa mão direita que a plantou;*
protegei-a, e ao rebento que firmastes! R.
18 Pousai a mão por sobre o vosso Protegido,*
o filho do homem que escolhestes para vós!
19 E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!*
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome! R.
Evangelho: Mt 17,10-13
“Elias já veio, mas não o reconheceram’’.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Ao descerem do monte, 10 os discípulos perguntaram a Jesus: ‘Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?’ 11 Jesus respondeu: ‘Elias vem e colocará tudo em ordem. 12 Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles.’ 13 Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
Santa Adelaide
16 de Dezembro
Santa Adelaide 
Santa Adelaide ou Santa Alice nasceu na Borgonha, Itália, no ano 931. Bonita, instruída, culta, dotada de um coração extremamente generoso, ela foi rainha da Itália, rainha da Alemanha e a primeira imperatriz do Sacro Império.
Muito jovem ainda se casou com Lotário II, rei da Itália, mas não foi feliz no casamento. Três anos depois de casada, o marido morreu envenenado por Berengário de Ivreia que assumiu o reino e o título de rei. Como Adelaide não tinha filho do sexo masculino, ele a encerrou no castelo a fim de obrigá-la a casar-se com seu filho.
Adelaide fugiu e pediu a ajuda de Oto. Oto proclamou-se rei da Itália e, como era viúvo, casou-se com Adelaide no natal de 951. Os dois foram para a Alemanha, mas em 962 Oto voltou à Itália, a chamado do Papa João XII, para expulsar os invasores que haviam tomado os estados do Papa. Como prêmio recebeu a coroa de Carlos Magno e o título de Imperador do Sacro Império romano-germânico. Oto e Adelaide foram coroados reis pelo próprio Papa João XII. Em 973 Oto faleceu, e Adelaide passou a exercer o poder em nome de seu filho, Oto II, que era ainda muito jovem. Quando o filho assumiu o trono, influenciado pela esposa, que era grega, voltou-se contra Santa Adelaide, chegando inclusive a exigir que ela abandonasse a Corte.
A partir de então, Santa Adelaide experimentou toda sorte de problemas e dificuldades. Mas ela ainda voltou a governar o Sacro Império romano-germânico, porque o filho morreu, e o neto, Oto III, não tinha ainda idade para assumir o trono.
Perseguida também pelo neto, ela refugiou-se na Borgonha onde travou amizade com os abades do Mosteiro de Cluny. Nessa ocasião conheceu Santo Odilo que se tornou seu orientador espiritual. Santa Adelaide passou então a dedicar toda sua vida à Igreja e ao cuidado com os pobres, ajudou os mosteiros franceses e mandou reconstruir o mosteiro de São Martinho de Tours. Quando sentiu que a morte se aproximava, pediu que a levassem para o mosteiro fundado por ela, em Seltz, na Alsácia, onde morreu, em 999. Foi canonizada em 1097.
No mundo de hoje onde a sede de dinheiro e de poder não poupa nem os amigos mais íntimos nem os parentes, Santa Adelaide, que conheceu de perto o esplendor da Corte, mas também a perseguição e o exílio, nos dá a certeza de que a graça de Deus não nos isenta de atribulações e dificuldades, porque elas são inerentes à condição humana, mas que Deus jamais desampara aquele que a Ele se entrega e nele confia.
Fonte: Zélia Vianna. Santidade Ontem e Hoje (2005). Salvador: Paróquia de São Pedro
15 de Dezembro 2017
A SANTA MISSA

2ª Semana do Advento – Sexta-feira – Ano B
Cor: Roxa
1ª Leitura: Is 48,17-19
“Ah! se tivesses observado os meus mandamentos!”
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
17 Isto diz o Senhor, o teu libertador, o Santo de Israel: Eu, o Senhor teu Deus, te ensino coisas úteis, te conduzo pelo caminho em que andas. 18 Ah, se tivesses observado os meus mandamentos! Tua paz teria sido como um rio e tua justiça como as ondas do mar; 19 tua descendência seria como a areia do mar e os filhos do teu ventre como os grãos de areia; este nome não teria desaparecido nem teria sido cancelado de minha presença.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 1, 1-2. 3. 4.6 (R. CF.Jo 8,12)
R. Senhor, quem vos seguir, terá a luz da vida.
1Feliz é todo aquele que não anda*
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados,*
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2mas encontra seu prazer na lei de Deus*
a medita, dia e noite, sem cessar. R.
3 Eis que ele é semelhante a uma árvore,*
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo,
e jamais as suas folhas vão murchar.*
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. R.
4 Mas bem outra é a sorte dos perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca*
espalhada e dispersada pelo vento.
6 Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,*
mas a estrada dos malvados leva à morte. R.
Evangelho: Mt 11,16-19
“Não ouvem nem a João nem ao Filho do Homem”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 16 Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 17 ‘Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!’18 Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. 19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras.’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
14 de Dezembro 2017
A SANTA MISSA

2ª Semana do Advento – Quinta-feira – Ano B
Memória: São João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja
Cor: Branca
1ª Leitura: Is 41,13-20
“Eu sou o teu Salvador, o Santo de Israel”.
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
13 Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tomo pela mão e te digo: ‘Não temas; eu te ajudarei. 14 Não tenhas medo, Jacó, pobre verme, não temais, homens de Israel. Eu vos ajudarei’, diz o Senhor e Salvador, o Santo de Israel. 15 Eis que te transformei num carro novo de triturar, guarnecido de dentes de serra. Hás de triturar e despedaçar os montes, e reduzirás as colinas a poeira. 16 Ao expô-los ao vento, o vento os levará e o temporal os dispersará; exultarás no Senhor e te alegrarás no Santo de Israel.
17 Pobres e necessitados procuram água, mas não há, estão com a língua seca de sede. Eu, o Senhor, os atenderei, eu, Deus de Israel, não os abandonarei. 18 Farei nascer rios nas colinas escalvadas e fontes no meio dos vales; transformarei o deserto em lagos e a terra seca em nascentes d’água. 19 Plantarei no deserto o cedro, a acácia e a murta e a oliveira; crescerão no ermo o pinheiro, o olmo e o cipreste juntamente, 20 para que os homens vejam e saibam, considerem e compreendam que a mão do Senhor fez essas coisas e o Santo de Israel tudo criou.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 144 (145), 1.9. 10-11. 12-13ab (R. 8)
R. Misericórdia e piedade é o Senhor!
Ele é amor, é paciência, é compaixão.
1Ó meu Deus, quero exaltar-os, ó meu Rei,*
e bendizer o vosso nome pelos séculos.
9O Senhor é muito bom para com todos,*
sua ternura abraça toda criatura. R.
10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,*
e os vossos santos com louvores vos bendigam!
11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino*
e saibam proclamar vosso poder! R.
12 Para espalhar vossos prodígios entre os homens*
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
13a O vosso reino é um reino para sempre,*
13b vosso poder, de geração em geração. R.
Evangelho: Mt 11,11-15
“Não surgiu nenhum maior do que João Batista”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 11 Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. 12 Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. 13 Com efeito, todos os profetas e a Lei profetizaram até João. 14 E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. 15 Quem tem ouvidos, ouça.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
13 de Dezembro 2017
A SANTA MISSA

2ª Semana do Advento – Quarta-feira – Ano B
Memória: Santa Luzia, virgem e mártir
Cor: Vermelha
1ª Leitura: Is 40, 25-31
“O Senhor todo-poderoso dá coragem ao desvalido.”
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
25 ‘Com quem haveis de me comparar, e a quem seria eu igual?’ – fala o Santo. 26 Levantai os olhos para o alto e vede: Quem criou tudo isto? – Aquele que expressa em números o exército das estrelas e a cada uma chama pelo nome: tal é a grandeza e força e poder de Deus que nenhuma delas falta à chamada. 27 Então, por que dizes, Jacó, e por que falas, Israel: ‘Minha vida ocultou-se da vista do Senhor e meu julgamento escapa ao do meu Deus?’ 28 Acaso ignoras, ou não ouviste? O Senhor é o Deus eterno que criou os confins da terra; ele não falha nem se cansa, insondável é sua sabedoria; 29 ele dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do mais fraco. 30 Cansam-se as crianças e param, os jovens tropeçam e caem, 31 mas os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como as águias, correm sem se cansar, caminham sem parar.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 102 (103), 1-2.3-4.8.10 (R. 1a)
R. Bendize, ó minha alma ao Senhor.
1Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
e todo o meu ser, seu santo nome!
2Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
não te esqueças de nenhum de seus favores! R.
3 Pois ele te perdoa toda culpa, *
e cura toda a tua enfermidade;
4 da sepultura ele salva a tua vida *
e te cerca de carinho e compaixão; R.
8 O Senhor é indulgente, é favorável, *
é paciente, é bondoso e compassivo.
10 Não nos trata como exigem nossas faltas, *
nem nos pune em proporção às nossas culpas. R.
Evangelho: Mt 11, 28-30
“Vinde a mim todos vós que estais cansados”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28 Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!