07 de Abril 2018

A SANTA MISSA

Sábado da Oitava da Páscoa
Cor: Branca

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1ª Leitura: At 4,13-21

 “Quanto a nós, não nos podemos calar
sobre o que vimos e ouvimos.”

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias: Os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas, 13 ficaram admirados ao ver a segurança com que Pedro e João falavam, pois eram pessoas simples e sem instrução. Reconheciam que eles tinham estado com Jesus. 14 No entanto viam, de pé, junto a eles, o homem que tinha sido curado. E não podiam dizer nada em contrário. 15 Mandaram que saíssem para fora do Sinédrio, e começaram a discutir entre si: 16 ‘O que vamos fazer com esses homens? Eles realizaram um milagre claríssimo, e o fato tornou-se de tal modo conhecido por todos os habitantes de Jerusalém, que não podemos negá-lo. 17 Contudo, a fim de que a coisa não se espalhe ainda mais entre o povo, vamos ameaçá-los, para que não falem mais a ninguém a respeito do nome de Jesus.’ 18 Chamaram de novo Pedro e João e ordenaram-lhes que, de modo algum, falassem ou ensinassem em nome de Jesus. 19 Pedro e João responderam: ‘Julgai vós mesmos, se é justo diante de Deus que obedeçamos a vós e não a Deus! 20 Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos.’ 21 Então, insistindo em suas ameaças, deixaram Pedro e João em liberdade, já que não tinham meio de castigá-los, por causa do povo. Pois todos glorificavam a Deus pelo que havia acontecido.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 117, 1.14-15. 16ab.18. 19-21 (R. 21a)

R. Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! *
‘Eterna é a sua misericórdia!’
14 O Senhor é minha força e o meu canto, *
e tornou-se para mim o Salvador.
15 ‘Clamores de alegria e de vitória *
ressoem pelas tendas dos fiéis.     R.

16a A mão direita do Senhor fez maravilhas, +
16b a mão direita do Senhor me levantou, *
a mão direita do Senhor fez maravilhas!’
18 O Senhor severamente me provou, *
mas não me abandonou às mãos da morte.     R.

19 Abri-me vós, abri-me as portas da justiça; *
quero entrar para dar graças ao Senhor!
20 ‘Sim, esta é a porta do Senhor, *
por ela só os justos entrarão!’
21 Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes *
e vos tornastes para mim o Salvador!     R.

Evangelho: Mc 16,9-15

 “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

 9 Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10 Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11 Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. 12 Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13 Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14 Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15 E disse-lhes: ‘Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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06 de Abril 2018

A SANTA MISSA

Sexta-feira na Oitava da Páscoa

Cor: Branca

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1ª Leitura: At 4,1-12

 “Em nenhum outro há salvação.”

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias: depois que o paralítico fôra curado, 1 Pedro e João ainda estavam falando ao povo, quando chegaram os sacerdotes, o chefe da guarda do Templo e os saduceus. 2 Estavam irritados porque os apóstolos ensinavam o povo e anunciavam a ressurreição dos mortos na pessoa de Jesus. 3 Eles prenderam Pedro e João e os colocaram na prisão até ao dia seguinte, porque já estava anoitecendo. 4 Todavia, muitos daqueles que tinham ouvido a pregação acreditaram. E o número dos homens chegou a uns cinco mil. 5 No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém os chefes, os anciãos e os mestres da Lei. 6 Estavam presentes o Sumo Sacerdote Anás, e também Caifás, João, Alexandre, e todos os que pertenciam às famílias dos sumos sacerdotes. 7 Fizeram Pedro e João comparecer diante deles e os interrogavam: ‘Com que poder ou em nome de quem vós fizestes isso?’ 8 Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: ‘Chefes do povo e anciãos: 9 hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. 10 Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, – aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos – que este homem está curado, diante de vós. 11 Jesus é a pedra, que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular. 12 Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos.’

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 117, 1-2.4. 22-24. 25-27a (R. 22)

R. A pedra que os pedreiros rejeitaram,
tornou-se agora a pedra angular.

 Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! *
‘Eterna é a sua misericórdia!’
2 A casa de Israel agora o diga: *
‘Eterna é a sua misericórdia!’
4 Os que temem o Senhor agora o digam: *
‘Eterna é a sua misericórdia!’      R.

22 ‘A pedra que os pedreiros rejeitaram, *
tornou-se agora a pedra angular.
23 Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: *
Que maravilhas ele fez a nossos olhos!
24 Este é o dia que o Senhor fez para nós, *
alegremo-nos e nele exultemos!      R.

25 Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, *
ó Senhor, dai-nos também prosperidade!’
26 Bendito seja, em nome do Senhor, *
aquele que em seus átrios vai entrando!
Desta casa do Senhor vos bendizemos. *
27a Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!      R.

Evangelho: Jo 21,1-14

“Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles.
E fez a mesma coisa com o peixe.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo: 1 Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3 Simão Pedro disse a eles: ‘Eu vou pescar’. Eles disseram: ‘Também vamos contigo’. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4 Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5 Então Jesus disse: ‘Moços, tendes alguma coisa para comer?’ Responderam: ‘Não’. 6 Jesus disse-lhes: ‘Lançai a rede à direita da barca, e achareis.’ Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7 Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: ‘É o Senhor!’ Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8 Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9 Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10 Jesus disse-lhes: ‘Trazei alguns dos peixes que apanhastes’. 11 Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12 Jesus disse-lhes: ‘Vinde comer’. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13 Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14 Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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05 de Abril 2018

A SANTA MISSA

Quinta-feira na Oitava da Páscoa

Cor: Branca

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1ª Leitura: At 3,11-26

“Vós matastes o autor da vida,
mas Deus o ressuscitou dos mortos.”

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias: 11 Como o paralítico não deixava mais Pedro e João, todo o povo, assombrado, foi correndo para junto deles, no chamado ‘Pórtico de Salomão’. 12 Ao ver isso, Pedro dirigiu-se ao povo: ‘Israelitas, por que vos espantais com o que aconteceu? Por que ficais olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar com nosso próprio poder ou piedade? 13 O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. 14 Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. 15 Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas. 16 Graças à fé no nome de Jesus, este Nome acaba de fortalecer este homem que vêdes e reconheceis. A fé que vem por meio de Jesus lhe deu perfeita saúde na presença de todos vós. 17 E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes. 18 Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer. 19 Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados. 20 Assim podereis alcançar o tempo do repouso que vem do Senhor. E ele enviará Jesus, o Cristo, que vos foi destinado. 21 No entanto, é necessário que o céu o receba, até que se cumpra o tempo da restauração de todas as coisas, conforme disse Deus, nos tempos passados, pela boca de seus santos profetas. 22 Com efeito, Moisés afirmou: ‘O Senhor Deus fará surgir, entre vossos irmãos, um profeta como eu. Escutai tudo o que ele vos disser. 23 Quem não der ouvidos a esse profeta, será eliminado do meio do povo’. 24 E todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores, também eles anunciaram estes dias. 25 Vós sois filhos dos profetas e da aliança, que Deus fez com vossos pais, quando disse a Abraão: ‘Através da tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra’. 26 Após ter ressuscitado o seu servo, Deus o enviou em primeiro lugar a vós, para vos abençoar, na medida em que cada um se converta de suas maldades.’

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 8, 2a.5. 6-7. 8-9 (R. 2ab)

R. Ó Senhor, nosso Deus, como é grande
vosso nome por todo o universo!

 Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia

2a Ó Senhor nosso Deus,*
5 que é o homem, para dele assim vos lembrardes *
e o tratardes com tanto carinho?’     R.

6 Pouco abaixo de Deus o fizestes, *
coroando-o de glória e esplendor;
7 vós lhe destes poder sobre tudo, *
vossas obras aos pés lhe pusestes:       R.

8 as ovelhas, os bois, os rebanhos, *
todo o gado e as feras da mata;
9 passarinhos e peixes dos mares, *
todo ser que se move nas águas.      R.

Evangelho: Lc 24,35-48

“Assim está escrito: o Messias sofrerá
e ressuscitará dos mortos no terceiro dia”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 35 Os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36 Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: ‘A paz esteja convosco!’ 37 Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38 Mas Jesus disse: ‘Por que estais preocupados, e porque tendes dúvidas no coração? 39 Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho’. 40 E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41 Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: ‘Tendes aqui alguma coisa para comer?’ 42 Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43 Ele o tomou e comeu diante deles. 44 Depois disse-lhes: ‘São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’. 45 Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46 e lhes disse: ‘Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47 e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48 Vós sereis testemunhas de tudo isso’.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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04 de Abril 2018

A SANTA MISSA

Quarta-feira na Oitava da Páscoa

Cor: Branca

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1ª Leitura: At 3,1-10

 “O que tenho eu te dou:
em nome de Jesus levanta-te e anda!”

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias: 1 Pedro e João subiram ao Templo para a oração das três horas da tarde. 2 Então trouxeram um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar todos os dias na porta do Templo, chamada Formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam. 3 Quando viu Pedro e João entrando no Templo, o homem pediu uma esmola. 4 Os dois olharam bem para ele e Pedro disse: ‘Olha para nós!’ 5 O homem fitou neles o olhar, esperando receber alguma coisa. 6 Pedro então lhe disse: ‘Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!’ 7 E pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. 8 Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no Templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus. 9 O povo todo viu o homem andando e louvando a Deus. 10 E reconheceram que era ele que pedia esmolas, sentado na porta Formosa do Templo. E ficaram admirados e espantados com o que havia acontecido com ele.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 104, 1-2. 3-4. 6-7. 8-9 (R. 3b)

R. Exulte o coração dos que buscam o Senhor.

 Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia

1 Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, *
anunciai entre as nações seus grandes feitos!
2 Cantai, entoai salmos para ele, *
publicai todas as suas maravilhas!     R.

3 Gloriai-vos em seu nome que é santo, *
exulte o coração que busca a Deus!
4 Procurai o Senhor Deus e seu poder, *
buscai constantemente a sua face!      R.

6 Descendentes de Abraão, seu servidor, *
e filhos de Jacó, seu escolhido,
7 ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, *
vigoram suas leis em toda a terra.      R.

Evangelho: Lc 24,13-35

 “Reconheceram-no ao partir o pão.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

13 Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14 Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16 Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17 Então Jesus perguntou: ‘O que ides conversando pelo caminho?’ Eles pararam, com o rosto triste, 18 e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: ‘Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?’ 19 Ele perguntou: ‘O que foi?’ Os discípulos responderam: ‘O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20 Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21 Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23 e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24 Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu.’ 25 Então Jesus lhes disse: ‘Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26 Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?’ 27 E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28 Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29 Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: ‘Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!’ Jesus entrou para ficar com eles. 30 Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31 Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32 Então um disse ao outro: ‘Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?’ 33 Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34 E estes confirmaram: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!’ 35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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03 de Abril 2018

A SANTA MISSA

Terça-feira na Oitava da Páscoa

Cor: Branca

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1ª Leitura: At 2,36-41

 “Convertei-vos; e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo.”

Leitura dos Atos dos Apóstolos

No dia de Pentecostes, Pedro disse aos judeus: 36 Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes.’ 37 Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito, e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: ‘Irmãos, o que devemos fazer?’ 38 Pedro respondeu: ‘Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo. 39 Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para si.’ 40 Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho, e os exortava, dizendo: ‘Salvai-vos dessa gente corrompida!’ 41 Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas, se uniram a eles.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 32, 4-5. 18-19. 20.22 (R. 5b)

R. Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.

 Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia

4 Pois reta é a palavra do Senhor,*
e tudo o que ele faz merece fé.
5 Deus ama o direito e a justiça,*
transborda em toda a terra a sua graça.     R.

18 Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,*
e que confiam esperando em seu amor,
19 para da morte libertar as suas vidas*
e alimentá-los quando é tempo de penúria.      R.

20 No Senhor nós esperamos confiantes,*
porque ele é nosso auxílio e proteção!
22 Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,*
da mesma forma que em vós nós esperamos!      R.

Evangelho: Jo 20,11-18

‘Eu vi o Senhor!’; e eis o que ele me disse.

 – O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo: 11 Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12 Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Os anjos perguntaram: ‘Mulher, por que choras?’ Ela respondeu: ‘Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram’. 14 Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus perguntou-lhe: ‘Mulher, por que choras? A quem procuras?’ Pensando que era o jardineiro, Maria disse: ‘Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar’. 16 Então Jesus disse: ‘Maria!’ Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: ‘Rabuni’ (que quer dizer: Mestre). 17 Jesus disse: ‘Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus’. 18 Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’, e contou o que Jesus lhe tinha dito.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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02 de Abril 2018

A SANTA MISSA

Segunda-feira na Oitava da Páscoa

Cor: Branca

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1ª Leitura: At 2,14.22-33

 “Não era possível que a morte o dominasse.”

Leitura dos Atos dos Apóstolos

No dia de Pentecostes, 14 Pedro de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: 22 ‘Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isto vós bem o sabeis. 23 Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. 24 Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. 25 Pois Davi dele diz: Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. 26 Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança. 27 Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu Santo experimente corrupção. 28 Deste-me a conhecer os caminhos da vida e a tua presença me encherá de alegria. 29 Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado e seu sepulcro está entre nós até hoje. 30 Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus descendentes ocuparia o trono. 31 É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: Ele não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção. 32 Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos nós somos testemunhas.33 E agora, exaltado pela direita de Deus, Jesus recebeu o Espírito Santo que fora prometido pelo Pai, e o derramou, como estais vendo e ouvindo.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 15, 1-2a.5. 7-8. 9-10. 11 (R. 1)

R. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia

1 Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
2a Digo ao Senhor: ‘Somente vós sois meu Senhor:*
5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,*
meu destino está seguro em vossas mãos!     R.

 7 Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,*
e até de noite me adverte o coração.
8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,*
pois se o tenho a meu lado não vacilo.     R.

9 Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,*
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,*
nem vosso amigo conhecer a corrupção.      R.

11 Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,*
delícia eterna e alegria ao vosso lado!    R.

Evangelho: Mt 28,8-15

 “Ide anunciar aos meus irmãos
que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo: 8 As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9 De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: ‘Alegrai-vos!’ As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10 Então Jesus disse a elas: ‘Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão.’ 11 Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12 Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13 dizendo-lhes: ‘Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14 Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis.’ 15 Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até ao dia de hoje.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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Domingo de Páscoa

01 de Abril

Domingo de Páscoa 

DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Domingo de Páscoa

12 de Abril de 2009

Amados irmãos e irmãs!

«Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado» (1 Cor 5, 7): ressoa hoje esta exclamação de São Paulo que ouvimos na segunda leitura, tirada da primeira Carta aos Coríntios. É um texto que remonta apenas a uns vinte anos depois da morte e ressurreição de Jesus e no entanto – como é típico de certas expressões paulinas – já encerra, numa síntese admirável, a plena consciência da novidade cristã. Aqui, o símbolo central da história da salvação – o cordeiro pascal – é identificado em Jesus, chamado precisamente «o nosso cordeiro pascal». A Páscoa hebraica, memorial da libertação da escravidão do Egipto, previa anualmente o rito da imolação do cordeiro, um cordeiro por família, segundo a prescrição de Moisés. Na sua paixão e morte, Jesus revela-Se como o Cordeiro de Deus «imolado» na cruz para tirar os pecados do mundo. Foi morto precisamente na hora em que era costume imolar os cordeiros no Templo de Jerusalém. O sentido deste seu sacrifício tinha-o antecipado Ele mesmo durante a Última Ceia, substituindo-Se – sob os sinais do pão e do vinho – aos alimentos rituais da refeição na Páscoa hebraica. Podemos assim afirmar com verdade que Jesus levou a cumprimento a tradição da antiga Páscoa e transformou-a na sua Páscoa.

A partir deste novo significado da festa pascal, compreende-se também a interpretação dos «ázimos» dada por São Paulo. O Apóstolo refere-se a um antigo costume hebraico, segundo o qual, por ocasião da Páscoa, era preciso eliminar de casa todo e qualquer resto de pão fermentado. Por um lado, isto constituía uma recordação do que tinha acontecido aos seus antepassados no momento da fuga do Egipto: saindo à pressa do país, tinham levado consigo apenas fogaças não fermentadas. Mas, por outro, «os ázimos» eram símbolo de purificação: eliminar o que era velho para dar espaço ao novo. Agora, explica São Paulo, também esta antiga tradição adquire um sentido novo, precisamente a partir do novo «êxodo» que é a passagem de Jesus da morte à vida eterna. E dado que Cristo, como verdadeiro Cordeiro, Se sacrificou a Si mesmo por nós, também nós, seus discípulos – graças a Ele e por meio d’Ele –, podemos e devemos ser «nova massa», «pães ázimos», livres de qualquer resíduo do velho fermento do pecado: nada de malícia ou perversidade no nosso coração.

«Celebremos, pois, a festa (…) com os pães ázimos da pureza e da verdade»: esta exortação de São Paulo, que conclui a breve leitura que há pouco foi proclamada, ressoa ainda mais forte no contexto do Ano Paulino. Amados irmãos e irmãs, acolhamos o convite do Apóstolo; abramos o espírito a Cristo morto e ressuscitado para que nos renove, para que elimine do nosso coração o veneno do pecado e da morte e nele infunda a seiva vital do Espírito Santo: a vida divina e eterna. Na Sequência Pascal, como que respondendo às palavras do Apóstolo, cantámos: «Scimus Christum surrexisse a mortuis vere – sabemos que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos». Sim! Isto é precisamente o núcleo fundamental da nossa profissão de fé; é o grito de vitória que hoje nos une a todos. E se Jesus ressuscitou e, por conseguinte, está vivo, quem poderá separar-nos d’Ele? Quem poderá privar-nos do seu amor, que venceu o ódio e derrotou a morte?

O anúncio da Páscoa propaga-se pelo mundo com o cântico jubiloso do Aleluia. Cantemo-lo com os lábios; cantemo-lo sobretudo com o coração e com a vida: com um estilo «ázimo» de vida, isto é, simples, humilde e fecundo de obras boas. «Surrexit Christus spes mea: / precedet vos in Galileam – ressuscitou Cristo, minha esperança / precede-vos na Galileia». O Ressuscitado precede-nos e acompanha-nos pelas estradas do mundo. É Ele a nossa esperança, é Ele a verdadeira paz do mundo. Amen.

Fonte:http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2009/documents/hf_ben-xvi_hom_20090412_pasqua.html


01 de Abril 2018

A SANTA MISSA

Domingo da Páscoa – Missa do Dia – Ano B
Cor: Branca

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1ª Leitura: At 10, 34a.37-43

 “Comemos e bebemos com ele
depois que ressuscitou dos mortos.”

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, 34a Pedro tomou a palavra e disse: 37 Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38 como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele. 39 E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. 40 Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41 não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42 E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. 43 Todos os profetas dão testemunho dele: ‘Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados’.’

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23(R. 24)

R. Este é o dia que o Senhor fez para nós:
alegremo-nos e nele exultemos!

Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!*
‘Eterna é a sua misericórdia!’
2 Acasa de Israel agora o diga:*
‘Eterna é a sua misericórdia!’      R.

16 A mão direita do Senhor fez maravilhas,*
a mão direita do Senhor me levantou,
17 Não morrerei, mas ao contrário, viverei*
para cantar as grandes obras do Senhor!      R.

22 ‘A pedra que os pedreiros rejeitaram,*
tornou-se agora a pedra angular.
23 Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:*
Que maravilhas ele fez a nossos olhos!      R.

2ª Leitura: Cl 3,1-4

 “Esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.”

Leitura da Primeira Carta de São Paulo apóstolo aos Colossenses

Irmãos: 1 Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2 onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3 Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4 Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

SEQUÊNCIA:

Cantai, cristãos, afinal:
“Salve ó vítima pascal!”
Cordeiro inocente, o Cristo
Abriu-nos do Pai o aprisco.

Por toda ovelha imolado,
do mundo lava o pecado.
Duelam forte e mais forte:
É a vida que vence a morte.

O Rei da vida, cativo,
foi morto, mas reina vivo!
Responde, pois, ó Maria:
No caminho o que havia?

“Vi Cristo ressuscitado,
o túmulo abandonado.
Os anjos da cor do sol,
Dobrado no chão o lençol.

O Cristo que leva aos céus,
caminha à frente dos seus!”
Ressuscitou, de verdade:
Ó Cristo Rei, piedade!

Evangelho: Jo 20, 1-9

 “Ele devia ressuscitar dos mortos.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

 1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2 Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: ‘Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram.’ 3 Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4 Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5 Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6 Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7 e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8 Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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Sábado Santo

31 de Março

Sábado Santo

VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA

HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II

Sábado Santo, 22 de Abril de 2000

  1. "Tendes à vossa disposição a guarda; ide e guardai-O como entenderdes" (Mt 27,65)

O túmulo de Jesus é fechado e sigilado. Para guardá-lo, foram colocados alguns soldados, como fora pedido pelos sumos sacerdotes e fariseus, a fim de que ninguém pudesse furtar o corpo (cf. Mt 27, 62-64). Este é o acontecimento que dá início a liturgia da Vigília Pascal.

Vigiavam junto ao túmulo os que tinham querido a morte de Cristo, considerando-O um "impostor" (Mt 27,62). Seu desejo era que Ele e sua mensagem fossem sepultados para sempre.

Não longe dali, vigiava Maria e, junto a ela, os Apóstolos e algumas mulheres. Conservavam estampada no coração a imagem desconcertante dos recentes acontecimentos.

  1. Vigia esta noite a Igreja em cada canto da terra, e revive as etapas fundamentais da história da salvação. A solene liturgia que estamos a realizar é a expressão deste "vigilar" que, de certa modo, leva àquele mesmo Deus citado no Livro do Êxodo: "Essa noite, durante a qual o Senhor velara para os fazer sair do Egipto, será de vigia [...], de geração em geração, em honra do Senhor" (12,42).

Com o seu amor providente a fiel, que ultrapassa o tempo e o espaço, Deus vigia o mundo. Assim canta o Salmista: "Não dorme, nem dormita / quem guarda Israel. / O Senhor é o teu guarda [...] O Senhor te guarda de todo o mal [...] agora e para sempre" (Sal 120,4-5.8).

A passagem do segundo para o terceiro milénio que estamos vivendo é também custodiada no mistério do Pai. Ele "age continuamente" (Jo 5,17) para a salvação do mundo e, mediante o Filho feito homem, guia o seu povo da escravidão à liberdade, da morte à vida. Toda a "obra" do Grande Jubileu do Ano Dois Mil está, por assim dizer, inscrita nesta noite de vigília, que leva à conclusão a Noite de Natal do Senhor. Belém e o Calvário evocam o mesmo mistério de Deus, que "de tal modo amou o mundo que lhe deu o Seu Filho único, para que todo o que n'Ele crer tenha a vida eterna" (Jo 3,16).

  1. Nesta Noite Santa, a Igreja enquanto está a vigiar, debruça-se sobre os textos da Sagrada Escritura, que descrevem o desígnio divino do Génesis ao Evangelho e que, graças aos ritos litúrgicos do fogo e da água, conferem a esta celebração singular uma dimensão cósmica. Nesta noite, todo o universo criado está chamado a vigiar, junto ao túmulo de Cristo. Diante dos nossos olhos descortina-se a história da salvação, da criação à redenção, do êxodo à Aliança no Sinai, da antiga à nova e eterna Aliança. Nesta Noite Santa, cumpre-se o eterno projecto de Deus sobre a história do homem e do cosmo.
  2. Na Vigília pascal, mãe de todas as vigílias, todo homem pode reconhecer também a própria pessoal história da salvação, que tem como ponto fundamental a renascimento em Cristo, através do Baptismo.

De modo particular, esta é a vossa experiência caríssimos Irmãos e Irmãs, que dentro de pouco recebereis os Sacramentos da iniciação cristã: o Baptismo, o Crisma e a Eucaristia.

Sois de diversos países do mundo: do Japão, da China, do Camerum, da Albânia e da Itália.

A variedade das vossas nações de origem põe em evidência a universalidade da salvação que Cristo nos trouxe. Dentro de pouco, caríssimos, sereis inseridos no intimidade do mistério do amor de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Possa a vossa existência tornar-se um canto de louvor à Santíssima Trindade, e um testemunho de amor sem fronteiras.

  1. "Ecce lignum Crucis, in quo salus mundi pependi: venite adoremus!". Assim cantou ontem a Igreja, mostrando o madeiro da Cruz "em que foi suspendido Cristo, Salvador do mundo". "Foi crucificado, morto e sepultado", recitamos no Credo.

O sepulcro! Eis o lugar onde O tinham depositado (cf. Mc 16,6). Espiritualmente, encontra-se ali a inteira Comunidade eclesial de toda a parte do mundo. Nós também estamos ali com as três mulheres que vão ao sepulcro antes da aurora, para ungir o corpo sem vida de Jesus (cf. Mc 16,1). Sua pressa é a nossa pressa. Com elas, descobrimos que a enorme pedra sepulcral foi retirada e o corpo já não se encontra ali. "Não está aqui" anuncia o anjo, mostrando o sepulcro vazio e as faixas funerárias no chão. A morte já não tem domínio sobre Ele (cf. Rm 6,9).

Cristo ressuscitou! Anuncia, no fim desta noite de Páscoa, a Igreja, que ontem tinha proclamado a morte de Cristo sobre a Cruz. É anúncio de verdade e de vida.

"Surrexit Dominus de sepulcro, qui pro nobis pependit in ligno. Alleluia!". Ressuscitou do sepulcro o Senhor que, por nós, foi pregado na cruz.

Sim, Cristo realmente ressuscitou e nós somos testemunhas.

Dizemo-lo ao mundo aos gritos, para que a nossa alegria chegue a muitos outros corações, acendendo neles a luz da esperança que não defrauda.

Cristo ressuscitou, aleluia!

Fonte:http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/homilies/2000/documents/hf_jp-ii_hom_20000422_vigil.html


Sexta-feira da Paixão do Senhor

Tríduo Pascal. Sexta-feira da Paixão do Senhor

 

— No Calvário. Jesus pede perdão pelos que o maltratam e crucificam.

 

JESUS É PREGADO na cruz. E a liturgia canta: Doces cravos, doce árvore onde a Vida começa...!1

Toda a vida de Jesus está orientada para este momento supremo. Muito a custo, consegue chegar ofegante e exausto ao cimo daquela pequena colina chamada "lugar da caveira". A seguir, estendem-no no chão e começam a pregá-lo no madeiro. Introduzem primeiro os ferros nas mãos, desfíbrando-lhe nervos e carne. Depois, é içado até ficar erguido sobre a trave vertical fixada no chão. Por fim, pregam-lhe os pés. Maria, sua Mãe, contempla a cena.

O Senhor está firmemente pregado na Cruz. "Tinha esperado por ela durante muitos anos, e naquele dia cumpria--se o seu desejo de redimir os homens [...]. Aquilo que até Ele tinha sido um instrumento infame e desonroso, convertia-se em árvore de vida e escada de glória. Invadia-o uma profunda alegria ao estender os braços sobre a cruz, para que todos soubessem que era assim que teria sempre os braços para os pecadores que dEle se aproximassem: abertos.

"Viu - e isso o cumulou de alegria - como a cruz seria amada e adorada, porque Ele iria morrer nela. Viu os mártires que, por seu amor e para defender a verdade, iriam padecer um martírio semelhante ao seu. Viu o amor dos seus amigos, viu as suas lágrimas diante da cruz. Viu o triunfo e a vitória que os cristãos alcançariam com a arma da cruz. Viu os grandes milagres que, pelo sinal da cruz, se iriam realizar em todo o mundo. Viu tantos homens que, com a sua vida, iriam ser santos por terem sabido morrer como Ele e por terem vencido o pecado,,2. Viu como nós iríamos beijar tantas vezes um crucifixo; viu o nosso recomeçar em tantas ocasiões...

Jesus está suspenso da cruz. Ao seu redor, o espetáculo é desolador: alguns passam e injuriam-no; os príncipes dos sacerdotes, mais ferinos e mordazes, zombam dEle; e outros, indiferentes, simplesmente observam o que está acontecendo. Muitos dos presentes o tinham visto abençoar, pregar uma doutrina salvadora e mesmo fazer milagres. Não há censura alguma nos olhos de Jesus; apenas piedade e compaixão.

— Cristo crucificado: consuma-se a obra da nossa Redenção.

Oferecem-lhe vinho com mirra. Dai licor àquele que desfalece e vinho àquele que traz amargura no seu coração: que bebam e esquecerão a sua miséria e não voltarão a lembrar-se das suas mágoas2. Era costume ter esses gestos de humanidade com os condenados. A bebida — um vinho forte com um pouco de mirra — adormecia e aliviava o sofrimento. O Senhor provou-a por gratidão para com aquele que lha oferecia, mas não quis toma-la, para esgotar o cálice da dor.

Por que tanto padecimento?, pergunta-se Santo Agostinho. E responde: "Tudo o que Ele padeceu é o preço do nosso resgate"4. Não se contentou com sofrer alguma coisa: quis esgotar o cálice para que compreendêssemos a grandeza do seu amor e a baixeza do pecado; para que fôssemos generosos na entrega, na mortificação, no espírito de serviço.

A crucifixão era a execução mais cruel e afrontosa que II a Antigüidade conhecia. Um cidadão romano não podia ser crucificado. A morte sobrevinha depois de uma longa agonia. Às vezes, os verdugos aceleravam o fim do crucificado quebrando-lhe as pernas. Desde os tempos apostólicos até os nossos dias, são muitos os que se negam a aceitar um Deus feito homem que morre num madeiro para salvarmos: o drama da cruz continua a ser escândalo para os judeus e loucura para os gentios5. Desde sempre existiu a tentação de desvirtuar o sentido da Cruz.

A união íntima de cada cristão com o seu Senhor necessita do conhecimento completo da sua vida, incluído o capítulo da Cruz. Aqui se consuma a nossa Redenção, aqui a dor do mundo encontra o seu sentido, aqui conhecemos um pouco a malícia do pecado e o amor de Deus por cada um dos homens. Não permaneçamos indiferentes diante de um crucifixo. "Já pregaram Jesus ao madeiro. Os verdugos executaram impiedosamente a sentença. O Senhor deixou que o fizessem, com mansidão infinita. "Não era necessário tanto tormento. Ele podia ter evitado aquelas amarguras, aquelas humilhações, aqueles maus tratos, aquele juízo iníquo, e a vergonha do patíbulo, e os pregos, e a lança... Mas quis sofrer tudo isso por ti e por mim. E nós não havemos de saber corresponder?

"É muito possível que nalguma ocasião, a sós com um crucifixo, te venham as lágrimas aos olhos. Não te contenhas... Mas procura que esse pranto acabe num propósito"6.

— Jesus dá-nos a sua Mãe como Mãe nossa. Os frutos da Cruz. O bom ladrão.

OS frutos da cruz não se fizeram esperar. Um dos ladrões, depois de reconhecer os seus pecados, dirige-se a Jesus: Senhor, lembra-te de mim quando tiveres entrado no teu reino. Fala-lhe com a confiança que lhe outorga o fato de ser seu companheiro de suplício. Viu o seu comportamento desde que empreenderam a caminhada para o Calvário: o seu silêncio impressionante; o seu olhar cheio de compaixão sobre a multidão que o cercava; a sua grande majestade no meio de tanto cansaço e dor. As palavras que agora pronuncia não são improvisadas: exprimem o resultado final de um processo que se iniciou no seu íntimo desde o momento em que se encontrou ao lado de Jesus. Não necessitou de nenhum milagre para converter-se em discípulo de Cristo; bastou-lhe contemplar de perto o sofrimento do Senhor, como tantos outros que, ao longo dos tempos, também se converteriam ao meditarem nos episódios da Paixão relatados pelos evangelistas.

No meio de tantos insultos, o Senhor escutou emocionado essa voz que o reconhecia como Deus. Deve-lhe ter causado uma grande alegria, depois de tanto sofrimento. Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no Paraíso1, disse-lhe.

A eficácia da Paixão não tem fim. Vem inundando constantemente o mundo de paz, de graça, de perdão, de felicidade nas almas, de salvação. A Redenção realizada uma vez por Cristo aplica-se a cada homem, com a cooperação da sua liberdade. Cada um de nós pode dizer de verdade: O Filho de Deus amou-me e entregou-se por mim. Não por "nós" de modo genérico, mas por mim, como se eu fosse o único.

"Jesus Cristo quis submeter-se por amor, com plena consciência, inteira liberdade e coração sensível [...]. Ninguém morreu como Jesus Cristo, porque Ele era a própria Vida. Ninguém expiou o pecado como Ele, porque Ele era a própria Pureza"9. Nós recebemos agora copiosamente os frutos daquele amor de Jesus na Cruz. Só o nosso "não querer" pode tornar vã a Paixão de Cristo.

Muito perto de Jesus está sua Mãe, com outras santas mulheres. Também ali está João, o mais jovem dos Apóstolos. Quando Jesus viu sua Mãe e, perto dela, o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para sua casa10. Jesus, depois de dar-se a si próprio na Última Ceia, dá-nos agora o que mais ama na terra, o que lhe resta de mais precioso. Despojaram-no de tudo. E Ele nos dá Maria como nossa Mãe.

Este gesto tem um duplo sentido. Por um lado, o Senhor preocupa-se com a Virgem, cumprindo com toda a fidelidade o quarto mandamento do Decálogo. Por outro, declara que Ela é nossa Mãe. "A Santíssima Virgem avançou também na peregrinação da fé e manteve fielmente a sua união com o Filho até a Cruz, junto da qual, não sem um desígnio divino, permaneceu de pé (Jo 19, 25), sofrendo profundamente com o seu Unigênito e associando-se com entranhas de mãe ao seu sacrifício, consentindo amorosamente na imolação da Vítima que Ela mesma tinha gerado; e, finalmente, foi dada como mãe ao discípulo pelo próprio Cristo Jesus, agonizante na Cruz".

"Apagam-se as luminárias do céu, e a terra fica sumida em trevas. São perto das três, quando Jesus exclama: 'Eli, Eli, lamma sabachtani?! Isto é: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? (Mt 27, 46). "Depois, sabendo que todas as coisas estão prestes a ser consumadas, para que se cumpra a Escritura diz: - Tenho sede (Jo 19, 28).'Os soldados embebem em vinagre uma esponja e, pondo-a numa haste de hissopo, aproximam-na da sua boca. Jesus sorve o vinagre e exclama: "- Tudo está consumado (Jo 19, 30). "Rasga-se o véu do templo e a terra treme, quando o Senhor clama em voz forte: "- Pai, em tuas mãos encomendo o meu espírito (Lc 23, 46). 'E expira. 'Ama o sacrifício, que é fonte de vida interior. Ama a Cruz, que é altar do sacrifício. Ama a dor, até beberes, como Cristo, o cálice até a última gota" 12.

Com Maria, nossa Mãe, ser-nos-á mais fácil consegui-lo, e por isso cantamos-lhe com o hino litúrgico: "Ó doce fonte de amor! Faz-me sentir a tua dor para que chore contigo. Faz-me chorar contigo e doer-me deveras das tuas penas enquanto vivo; porque desejo acompanhar o teu coração com-passivo na cruz em que o vejo. Faz com que a cruz me enamore e que nela viva e habite..." 13

(1) Hino Crux fidelis, Adoração da Cruz, Oficio da Sexta-feira da Semana Santa; (2) L. de Ia Palma, La Pasión dei Sehor, pág. 168-169; (3) Prov 31, 6-7; (4) Santo Agostinho, Coment. sobre o Salmo 21, 11, 8; (5) cfr. 1 Cor 1, 23; (6) São Josemaría Escrivá, Via Sacra, XIa est., n. 1; (7) Lc 23, 43; (8) Gal 2, 20; (9) R. Guardini, O Senhor, (10) Jo 19, 26-27; (11) Cone. Vat. II, Const. Lumen gentium, 58; (12) São Josemaría Escrivá, Via Sacra, XIIa est.; (13) hino Stabat Mater.