Santo Apolônio
18 de Abril
Santo Apolônio
Apolônio, senador romano, no tempo do imperador Cômodo (108), gozava de elevadíssima reputação na cidade dos Césares, devido à cultura intelectual admirável eloqüência e finíssimo trato que o distinguiam. A leitura da Sagrada Escritura, a audição da palavra explicada e as conferências que teve com o Papa Eleutério, levaram-no a abandonar as superstições de uma religião falsa e pedir o santo batismo. Uma vez cristão, tornou-se instrumento valioso da propaganda da religião de Cristo entre os compatrícios. Pelo exemplo e a palavra conduziu muitos ao redil do divino Pastor.
Se bem que Cômodo não perseguisse os cristãos, até lhes desse provas de simpatia, existia em vigor uma lei anterior, segundo a qual era condenado à morte o cristão que, acusado de professar a fé se negasse a abandoná-la. Um escravo incomodado pelo incremento que o catolicismo tomava, denunciou Apolônio.
O juiz, Perenis, penalizado por ver arrastado ao tribunal membro tão distinto da sociedade, nem por isso podia deixar de convidar Apolônio a abjurar o cristianismo. Apolônio, por sua vez. aproveitou a ocasião, para proferir belíssima defesa de sua religião no fórum, mostrando à assembléia numerosíssima a falsidade do paganismo e a impiedade do culto idólatra. Suas palavras calaram profundamente nos espíritos dos assistentes, e ninguém teve um gesto de réplica. Perenis, porém, temendo qualquer reação ou protesto, se absolvesse o denunciado, propôs a Apolônio, renunciar por mera formalidade às doutrinas cristãs, garantindo-lhe toda a liberdade de consciência em tal assunto.
Apolônio repeliu o conselho: Admiro-me — disse ao juiz — como, tendo ouvido minha argumentação irrefutável, ainda podes fazer-me tal insinuação. Sou cristão, não só de palavra, mas de fato, e maior desejo não nutro, a não ser este, de derramar o meu sangue em testemunho de minha fé". Ainda em termos eloqüentes e persuasivos exortou ao juiz e aos senadores a aceitarem a religião cristã, única verdadeira e capaz de abrir as portas da eterna felicidade.
Essas palavras foram ouvidas com grande comoção, mas caíram em terra dura. Perenis, tendo ouvido a opinião dos demais senadores, condenou Apolônio à pena de morte pela empada. Ao ouvir esta sentença, Apolônio deu graças a Deus em alta voz, confessando-se publicamente cristão, e que, como tal queria viver e morrer. Apelou ainda para todos, para que lhe seguissem o exemplo e tratassem da salvação da própria alma.
A morte do Mártir ocorreu em 184.
18 de Abril 2018
A SANTA MISSA

3ª Semana da Páscoa – Quarta-feira
Cor: Branca
1ª Leitura: At 8,1b-8
“Iam por toda a parte, pregando a Palavra.”
Leitura dos Atos dos Apóstolos
1b Naquele dia, começou uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém. E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judeia e da Samaria. 2 Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão e observaram grande luto por causa dele. 3 Saulo, porém, devastava a Igreja: entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres, para atirá-los na prisão. 4 Entretanto, aqueles que se tinham dispersado iam por toda a parte, pregando a Palavra. 5 Filipe desceu a uma cidade da Samaria e anunciou-lhes o Cristo. 6 As multidões seguiam com atenção as coisas que Filipe dizia. E todos unânimes o escutavam, pois viam os milagres que ele fazia. 7 De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados. 8 Era grande a alegria naquela cidade.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 65, 1-3a. 4-5. 6-7a (R. 1)
R. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,*
2 cantai salmos a seu nome glorioso,
dai a Deus a mais sublime louvação!*
3a Dizei a Deus: ‘Como são grandes vossas obras! R.
4 Toda a terra vos adore com respeito*
e proclame o louvor de vosso nome!’
5 Vinde ver todas as obras do Senhor:*
seus prodígios estupendos entre os homens! R.
6 O mar ele mudou em terra firme,*
e passaram pelo rio a pé enxuto.
Exultemos de alegria no Senhor!*
7a Ele domina para sempre com poder! R.
Evangelho: Jo 6,35-40
“Esta é a vontade do meu Pai:
toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35 “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36 Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37 Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38 Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40 Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
17 de Abril 2018
A SANTA MISSA

3ª Semana da Páscoa – Terça-feira
Cor: Branca
1ª Leitura: At 7,51-8,1a
“Senhor Jesus, acolhe o meu espírito.”
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei: 51 “Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido! Vós sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis vós! 52 A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual, agora, vós vos tornastes traidores e assassinos. 53 Vós recebestes a Lei, por meio de anjos, e não a observastes!” 54 Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55 Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56 E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. 57 Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58 arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59 Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. 60 Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”. E, ao dizer isto, morreu. 8,1a Saulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 30, 3cd-4. 6ab.7b.8a. 17.21ab (R. 6a)
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
3c Sede uma rocha protetora para mim, *
2d um abrigo bem seguro que me salve!
4 Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; *
por vossa honra orientai-me e conduzi-me! R.
6a Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, *
6b porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
7b Quanto a mim, é ao Senhor que me confio.
8a Vosso amor me faz saltar de alegria. R.
17 Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, *
e salvai-me pela vossa compaixão!
21a Na proteção de vossa face os defendeis *
21b bem longe das intrigas dos mortais. R.
Evangelho: Jo 6,30-35
“Não foi Moisés, mas meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do céu.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30 “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obras fazes? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. 32 Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. 34 Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35 Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
16 de abril 2018
A SANTA MISSA

3ª Semana da Páscoa – Segunda-feira
Cor: Branca
1ª Leitura: At 6,8-15
“Não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.”
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, 8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 Mas alguns membros da chamada Sinagoga de Libertos, junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estêvão. 10 Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. 11 Então subornaram alguns indivíduos, que disseram: “Ouvimos este homem dizendo blasfêmias contra Moisés e contra Deus”. 12 Desse modo, incitaram o povo, os anciãos e os doutores da Lei, que prenderam Estêvão e o conduziram ao Sinédrio. 13 Aí apresentaram falsas testemunhas, que diziam: “Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei. 14 E nós o ouvimos afirmar que Jesus Nazareno ia destruir este lugar e ia mudar os costumes que Moisés nos transmitiu”. 15 Todos os que estavam sentados no Sinédrio tinham os olhos fixos sobre Estêvão, e viram seu rosto como o rosto de um anjo.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 118, 23-24. 26-27. 29-30 (R. 1b)
R. Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
23 Que os poderosos reunidos me condenem; *
o que me importa é o vosso julgamento!
24 Minha alegria é a vossa Aliança, *
meus conselheiros são os vossos mandamentos. R.
26 Eu vos narrei a minha sorte e me atendestes, *
ensinai-me, ó Senhor, vossa vontade!
27 Fazei-me conhecer vossos caminhos, *
e então meditarei vossos prodígios! R.
29 Afastai-me do caminho da mentira *
e dai-me a vossa lei como um presente!
30 Escolhi seguir a trilha da verdade, *
diante de mim eu coloquei vossos preceitos. R.
Evangelho: Jo 6,22-29
“Esforçai-vos não pelo alimento que se perde,
mas pelo alimento que permanece até a vida eterna.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22 No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos. 23 Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24 Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25 Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26 Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27 Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28 Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29 Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Bento José Labre
15 de Abril
São Bento José Labre
São Benedito José Labre nasceu em Amettes, França, no dia 26 de março de 1748. Era o primeiro dos 15 filhos de modestos agricultores. Estudou na escola do vilarejo e aprendeu noções de latim com um tio materno.
Desde cedo se mostrou inclinado à vida contemplativa. Quis ingressar num mosteiro trapista, mas os pais não consentiram. Aos 18 anos tentou o mosteiro de Aldegonda, contudo não foi aceito. A mesma recusa recebeu dos monges cistercienses de Montagne, na Normandia, onde chegou, após ter andado 60 léguas a pé, em pleno inverno.
Por fim ingressou no mosteiro dos cartuxos em Neuville onde passou apenas seis semanas. Após esse tempo entrou como noviço no mosteiro cisterciense de Sept-Fons. Aos 22 anos tomou a grande decisão de sua vida: seria mendigo e peregrino. Seu mosteiro seria o mundo, representado pelas ruas e estradas de Roma.
Dos 35 anos que viveu, pelo menos 13 ele os passou como peregrino. Era chamado “O vagabundo de Deus” e “O cigano de Cristo”. No saco de pobre peregrino carregava todos os seus tesouros: o Novo Testamento, o livro “A Imitação de Cristo” e o Breviário. No peito, um crucifixo, no pescoço um terço e nas mãos um rosário.
Vivia entre os mendigos, alimentava-se de pão e algumas ervas, e passava as noites ao relento, entre as ruínas do Coliseu de Roma, orando e meditando. Durante o dia fazia peregrinações aos santuários, de preferência ao de nossa Senhora de Loreto. Devoto do Santíssimo Sacramento, ele estava sempre aos seus pés. Tudo o que recebia se apressava a dividir com os outros pobres.
No dia 15 de abril de 1783, após participar da Santa Missa na igreja de Nossa Senhora dos Montes, foi encontrado desfalecido na rua, já agonizante. Um açougueiro o recolheu e o levou para sua casa, onde ele morreu. São Benedito José Labre foi sepultado na igreja de Santa Maria dos Montes, na presença de grande número de pessoas, e foi canonizado em 1823 por Leão XIII. É um santo muito popular em Roma, considerado modelo perfeito de penitência e pobreza.
No passado, por amor e solidariedade aos mais pobres e últimos da escala social, um homem se fez pobre, peregrino e morador de rua. Hoje São Bento Labre, o “Cigano de Cristo”, nos convida a lançar um olhar sobre essa nossa sociedade injusta e gananciosa que dá as costas aos valores do Evangelho e não esboça o menor gesto de solidariedade e fraternidade, para com os pobres que ela mesma fabrica e joga nas ruas, condenando-os às drogas, à mendicância, à prostituição.
Fonte: Zélia Vianna. Santidade Ontem e Hoje (2005). Salvador: Paróquia de São Pedro
15 de Abril 2018
A SANTA MISSA

3º Domingo da Páscoa – Ano B
Cor: Branca
1ª Leitura: At 3, 13-15.17-19
“Vós matastes o autor da vida,
mas Deus o ressuscitou dos mortos.”
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: 13 O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. 14 Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. 15 Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas. 17 E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes. 18 Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer. 19 Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 4, 2.4.7.9(R. 7a)
R. Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.
2 Quando eu chamo, respondei-me*
ó meu Deus, minha justiça!
Vós que soubestes aliviar-me nos momentos de aflição,
atendei-me por piedade e escutai minha oração! R.
4 Compreendei que nosso Deus*
faz maravilhas por seu servo,
e que o Senhor me ouvirá*
quando lhe faço a minha prece! R.
7 Muitos há que se perguntam:*
‘Quem nos dá felicidade?’
Sobre nós fazei brilhar*
o esplendor de vossa face! R.
9 Eu tranqüilo vou deitar-me*
e na paz logo adormeço,
pois só vós, ó Senhor Deus,*
dais segurança à minha vida! R.
2ª Leitura: 1Jo 2, 1-5a
“Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados,
e também pelos pecados do mundo inteiro.”
Leitura da Primeira Carta de São João
1 Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. 2 Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro. 3 Para saber que o conhecemos, vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4 Quem diz: ‘Eu conheço a Deus’, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5a Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho: Lc 24, 35-48
“Assim está escrito:
o Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 35 Os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36 Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: ‘A paz esteja convosco!’ 37 Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38 Mas Jesus disse: ‘Por que estais preocupados, e porque tendes dúvidas no coração? 39 Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho’. 40 E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41 Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: ‘Tendes aqui alguma coisa para comer?’ 42 Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43 Ele o tomou e comeu diante deles. 44 Depois disse-lhes: ‘São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’. 45 Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46 e lhes disse: ‘Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47 e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48 Vós sereis testemunhas de tudo isso’.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
Tempo Pascal. Segunda Semana. Sábado
— Indefectibilidade da Igreja, apesar das perseguições, heresias e infídelidades.
Logo depois da multiplicação dos pães e dos peixes, quando a multidão já se havia saciado, o próprio Jesus a despediu e a seguir ordenou aos seus discípulos que embarcassem. Estavam já no final da tarde.
O Evangelho da Missa1 narra que os Apóstolos se dirigiram à outra margem, em direção a Cafarnaum. Já tinha escurecido e Jesus não estava com eles. Pelo Evangelho de São Mateus, sabemos que se despediu deles também e subiu a um monte para orar2. O mar estava agitado devido ao forte vento que soprava3, e a barca era sacudida pelas ondas, pois o vento lhe era contrário4.
A tradição viu nesta barca a imagem da Igreja no meio do mundo5, sacudida ao longo dos séculos pelas ondas das perseguições, das heresias e das infídelidades. "Esse vento - comenta São Tomás - é figura das tentações e das perseguições que a Igreja sofrerá em conseqüência da falta de amor. Porque, como diz Santo Agostinho, quando o amor esfria, aumentam as ondas... No entanto, o vento, a tempestade, as ondas e as trevas não conseguirão que a nave se afaste do seu rumo e sossobre"6.
A Igreja sempre teve que enfrentar oposições de dentro e de fora. Mal tinha nascido, começaram a persegui-la. E, nos nossos dias, continua a sofrer essas investidas. "Não é nada de novo. Desde que Jesus Cristo Nosso Senhor fundou a Santa Igreja, esta nossa Mãe tem sofrido uma perseguição constante. Talvez em outras épocas as agressões se organizassem abertamente; hoje, em muitos casos, trata-se de uma perseguição disfarçada. Hoje como ontem, continua-se combatendo a Igreja [...].
"Quando ouvimos vozes de heresia [...], quando observamos que se ataca impunemente a santidade do matrimônio e a do sacerdócio, a Conceição Imaculada de Nossa Mãe Santa Maria e a sua virgindade perpétua — com todos os outros privilégios e excelências com que Deus a adornou —, o milagre perene da presença real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia, o primado de Pedro, a própria Ressurreição de Nosso Senhor, como não havemos de sentir a alma cheia de tristeza? Mas tende confiança: a Santa Igreja é incorruptível"7.
Os ataques à Igreja fazem-nos sofrer, mas, ao mesmo tempo, o sabermos que Cristo está dentro da barca nos dá uma imensa segurança e uma grande paz; Ele vive para sempre na Igreja, e por isso as portas do inferno não prevalecerão contra ela8. Tudo o que é humano passará, mas a Igreja permanecerá até o fim dos tempos tal como Cristo a quis. O Senhor está presente nela, e a barca não se afundará, ainda que se veja jogada de um lado para outro. Esta assistência divina é o fundamento da nossa fé inquebrantável: a Igreja permanecerá sempre fiel a Cristo no meio de todas as tempestades, e será o sacramento universal de salvação. A sua história é um milagre moral permanente.
Já nos tempos de Santo Agostinho os pagãos afirmavam: "A Igreja vai perecer, os cristãos já tiveram a sua época". Ao que o bispo de Hipona respondia: "No entanto, são eles que morrem todos os dias e a Igreja continua de pé, anunciando o poder de Deus às gerações que se sucedem"9. Que pouca fé a nossa se se insinua a dúvida porque se intensificou a tempestade contra Ela, contra as suas instituições ou contra o Sumo Pontífice! Não nos deixemos impressionar pelas circunstâncias adversas, porque perderíamos a serenidade, a paz e o espírito de fé. Cristo está sempre bem junto de nós e pede-nos confiança. Não devemos temer nada. O que temos de fazer é rezar mais pela Igreja, ser mais fiéis à nossa própria vocação, ser mais apostólicos no trato com os nossos amigos, desagravar mais.
— Os ataques à Igreja devem levar-nos a amá-la mais e a desagravar.
A indefectibilidade da igreja significa que ela tem um caráter imperecível, quer dizer, que durará até o fim do mundo, e que também não sofrerá nenhuma mudança substancial na sua doutrina, na sua constituição ou no seu culto. O Concilio Vaticano I diz que a Igreja possui "uma estabilidade invicta" e que, "edificada sobre rocha, subsistirá firmemente até o fim dos tempos" 10.
A Igreja dá provas da sua fortaleza resistindo, inabalável, a todos os choques das perseguições e das heresias. O próprio Senhor cuida dela, "quer quando ilumina e fortalece os sagrados pastores para que fiel e frutuosamente desempenhem os seus ofícios, quer quando — em circunstâncias particularmente graves — faz surgir no seio da Igreja homens e mulheres de santidade insigne, que sirvam de exemplo aos outros fiéis, para incremento do seu Corpo Místico. Acresce ainda que Cristo, do Céu, vela sempre com particular amor por sua Esposa Imaculada, que labuta neste terrestre exílio, e, quando a vê em perigo, então, ou por si mesmo, ou pelos seus anjos, ou por Aquela que invocamos como Auxílio dos cristãos e pelos outros celestes protetores, salva-a das ondas procelosas e, uma vez serenado e abonança-do o mar, consola-a com aquela paz «que excede toda a inteligência» (Fl 4, 7)". A fé nos dá testemunho de que esta firmeza na sua constituição e na sua doutrina durará para sempre, até que Ele venha12.
"Em certos ambientes, sobretudo nos da esfera intelectual, percebe-se e apalpa-se como que uma palavra de ordem de seitas, servida às vezes até por católicos, que — com cínica perseverança — mantém e propaga a calúnia, para lançar sombras sobre a Igreja ou sobre pessoas e entidades, contra toda a verdade e toda a lógica.
"Reza diariamente, com fé: Ut inimicos Sanctae Eccle-siae — inimigos porque são eles que se proclamam assim — humiliare digneris, te rogamus audi nos! Confunde, Senhor, os que te perseguem, com a claridade da tua luz, que estamos decididos a propagar"13.
Os ataques à Igreja, os maus exemplos e os escândalos devem levar-nos a amá-la mais, a rezar pelas pessoas que os causam e a desagravar. Permaneçamos sempre em comunhão com Ela, fiéis à sua doutrina, unidos aos seus sacramentos, dóceis à Hierarquia.
— Na nossa vida, também não faltarão momentos de escuridão, de tribulação e de prova. Segurança ao lado do Senhor. Ajuda da Virgem.
Quando os apóstolos já haviam remado umas três milhas, Jesus chegou inesperadamente caminhando sobre as águas, para robustecer-lhes a fé e dar-lhes ânimos no meio da tempestade. Aproximou-se e disse-lhes: Sou eu, não temais. Eles quiseram recebê-lo na barca, e pouco depois a barca chegou ao seu destino14.
Na nossa vida pessoal, talvez não faltem tempestades — momentos de escuridão, de perturbação interior, de incompreensões... — e, com maior ou menor freqüência, situações em que deveremos retificar o rumo por nos termos desviado. Procuremos então ver o Senhor que vem sempre ao nosso encontro no meio da tormenta dos sofrimentos, e saibamos aceitar as contrariedades com fé, como bênçãos do céu para nos purificarmos e nos aproximarmos mais de Deus.
Sou eu, não temais. Quem reconhece a voz tranqüilizadora de Cristo no meio dos seus dissabores sente imediatamente a segurança de quem chegou a terra firme: Eles quiseram recebê-lo na barca, e pouco depois a barca chegou ao seu destino, ao lugar para onde iam, para onde o Senhor queria que fossem. Basta estar na sua companhia para nos sentirmos seguros sempre. A insegurança aparece quando a nossa fé se debilita, quando não recorremos ao Senhor por parecer-nos que não nos ouve ou que não se preocupa conosco. Ele sabe muito bem o que nos acontece, e quer que o procuremos em busca de ajuda. Nunca nos deixará em dificuldades. As suas palavras, referidas na antífona da Comunhão, devem dar-nos muita confiança: Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste... 15
Pode haver tempos mais ou menos longos em que pareça que Cristo se ausentou e nos deixou sós ou não escuta a nossa oração. Mas Ele nunca nos abandona. Eis os olhos do Senhor — escutamos no salmo responsorial — pousados sobre os que o temem, a fim de livrar-lhes a alma da morte16.
Se permanecermos junto do Senhor, mediante a oração pessoal e os sacramentos, não haverá nada que não possamos conseguir. Com Ele, as tempestades, interiores e exteriores, tornam-se ocasiões de crescer na fé, na esperança, na caridade, na fortaleza... Com o decorrer do tempo, talvez venhamos a compreender o sentido dessas dificuldades.
De todas as provas, tentações e tribulações que possamos experimentar, de todas elas sairemos mais humildes, mais purificados, com mais amor de Deus, se estivermos com Cristo. E sempre contaremos com a ajuda da nossa Mãe do Céu. "Não estás só. - Aceita com alegria a tribulação. - Não sentes na tua mão, pobre criança, a mão da tua Mãe: é verdade. - Mas... não tens visto as mães da terra, de braços estendidos, seguirem os seus meninos quando se aventuram, temerosos, a dar os primeiros passos sem ajuda de ninguém? -Não estás só; Maria está junto de ti" 17. Ela está ao nosso lado em todos os instantes, mas especialmente quando, por uma razão ou por outra, passamos por um mau momento. Não deixemos de implorar-lhe que nos ajude.
(1) Cfr. Jo 6, 16-21; (2) cfr. Mt 14, 23; (3) cfr. Jo 6, 18; (4) cfr. Mt 14, 24; (5) cfr. Tertuliano, De Batismo, 12; (6) São Tomás, Coment. sobre São João; (7) São Josemaría Escrivá, El fin sobrenatural de Ia Iglesia, Pa-labra, Madrid, 1980; (8) Mt 16, 18; (9) citado por G. Chevrot, Simão Pedro, págs. 71-72; (10) Dz 1824; (11) Pio XII, Ene. Mystici Corporis, 29--VI-1943; (12) cfr. 1 Cor 11; (13) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 936; (14) Jo 6, 20-21; (15) Jo 17, 24; (16) SI 32; (17) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 900.
Fonte: livro “Falar com Deus”, de Francisco Fernández Carvajal.
Santo Hermenegildo
14 de Abril
Santo Hermenegildo
Os acontecimentos que cercam a vida de santo Hermenegildo são tão interessantes como um romance. Mas causaram muitas perplexidades entre os historiadores e hagiógrafos: alguns a contragosto reconhecem-lhe a santidade. A sua rebelião armada contra o pai não é de modo algum justificada por muitos. O desacordo começou logo com os primeiros quatro biógrafos: enquanto João, abade de Biclaro e depois bispo de Gerona, é hostil e santo Isidoro de Sevilha é ao menos perplexo, são Gregório de Tours oferece uma atenta narração e são Gregório Magno tece um verdadeiro panegírico. A verdade, como sempre, está no meio. O meio é praticamente este: Hermenegildo era filho de Leovigildo, que em 567 sucedeu a Atanagildo e foi o primeiro visigodo a ter a insígnia do título de rei e legado imperial na Espanha.
Os visigodos, que Clóvis havia definitivamente abandonado na Espanha, tinham abraçado o cristianismo, mas de forma herética, a ariana, que lhes foi proposta na segunda metade do século IV pelo bispo Ulfila. Os francos, seus vizinhos, porém, eram cristãos católicos. Por motivos políticos, os visigodos se uniam com eles em matrimônio. Também Hermenegildo, cuja mãe Teodósia era católica, recebera educação ariana, mas desposou uma princesa católica. Esta, Ingonda, era sobrinha da segunda mulher de Leovigildo, Goswinta, viúva de Atanagildo e ariana “revoltada”: a tradicional hostilidade entre católicos e arianos tinha compreensivelmente aumentado em Goswinta pelo fato de sua filha, tia de Ingonda, ter sido morta tragicamente pela mão de um príncipe “católico”.
Goswinta tentou em vão, por bem ou por mal, “converter” Ingonda: um dia, após haver duramente batido nela, despiu-a e arrastou-a a uma piscina para rebatizá-la, contra a sua vontade. Para fazer cessar as tensões, Leovigildo exilou o filho Hermenegildo para Sevilha. Aqui o jovem abraçou o catolicismo e, talvez com a aprovação de são Leandro, irmão de santo Isidoro, pôs em prática um plano de insurreição contra o pai, pedindo a ajuda dos bizantinos e suevos. Foi derrotado, porém, e se rendeu diante das garantias propostas pela mediação de seu irmão Recaredo.
Jogado ao cárcere de Valência e em Tarragona, aqui se desenvolveu o último ato do drama. No dia de Páscoa, 25 de março de 585, Hermenegildo recusou-se a receber a Comunhão das mãos de um bispo ariano mandado por seu pai. Por este motivo foi imediatamente executado. Dada essa circunstância, ele foi verdadeiro mártir. Pelas pressões de Filipe II, em 1586, Xisto V fixou a memória de santo Hermenegildo mártir a 13 de abril.
Extraído do livro: Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
14 de Abril 2018
A SANTA MISSA

2ª Semana da Páscoa – Sábado
Cor: Branca
1ª Leitura: At 6,1-7
“Escolheram sete homens repletos do Espírito Santo.”
Leitura dos Atos dos Apóstolos
1 o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário. 2 Então os Doze Apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram: “Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas. 3 Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. 4 Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra”. 5 A proposta agradou a toda a multidão. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um pagão que seguia a religião dos judeus. 6 Eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles. 7 Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 32, 1-2. 4-5. 18-19 (R. 22)
R. Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Ó justos, alegrai-vos no Senhor!*
aos retos fica bem glorificá-lo.
2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa,*
na lira de dez cordas celebrai-o! R.
4 Pois reta é a palavra do Senhor,*
e tudo o que ele faz merece fé.
5 Deus ama o direito e a justiça,*
transborda em toda a terra a sua graça. R.
18 O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,*
e que confiam esperando em seu amor,
19 para da morte libertar as suas vidas*
e alimentá-los quando é tempo de penúria. R.
Evangelho: Jo 6,16-21
“Enxergaram Jesus, andando sobre as águas.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
16 Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. 17 Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles. 18 Soprava um vento forte e o mar estava agitado. 19 Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo. 20 Mas Jesus disse: “Sou eu. Não tenhais medo”. 21 Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
13 de Abril 2018
A SANTA MISSA

2ª Semana da Páscoa – Sexta-feira
Cor: Branca
1ª Leitura: At 5,34-42
“Eles saíram muito contentes, por terem sido
considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus.”
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, 34 Um fariseu chamado Gamaliel levantou-se no Sinédrio. Era mestre da Lei e todo o povo o estimava. Gamaliel mandou que os acusados saíssem por um instante. 35 Depois disse: “Homens de Israel, vede bem o que estais para fazer contra esses homens. 36 Algum tempo atrás apareceu Teudas, que se fazia passar por uma pessoa importante, e a ele se juntaram cerca de quatrocentos homens. Depois ele foi morto e todos os que o seguiam debandaram, e nada restou. 37 Depois dele, no tempo do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que arrastou o povo atrás de si. Contudo, também ele morreu e todos os seus seguidores se dispersaram. 38 Quanto ao que está acontecendo agora, dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se este projeto ou esta atividade é de origem humana será destruído. 39 Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!” E os membros do Sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel. 40 Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41 Os apóstolos saíram do Conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus. 42 E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e anunciar o evangelho de Jesus Cristo.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 26, 1. 4. 13-14 (R. Cf. 4ab)
R. Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,
habitar no santuário do Senhor.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 O Senhor é minha luz e salvação;*
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;*
perante quem eu tremerei? R.
4 Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,*
e é só isto que eu desejo:
habitar no santuário do Senhor*
por toda a minha vida;
saborear a suavidade do Senhor*
e contemplá-lo no seu templo. R.
13 Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver*
na terra dos viventes.
14 Espera no Senhor e tem coragem,*
espera no Senhor! R.
Evangelho: Jo 6,1-15
“Distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, 1 Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2 Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3 Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4 Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5 Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6 Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7 Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. 8 Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9 “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 10 Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11 Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12 Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” 13 Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14 Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15 Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!