14 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

Festa: Exaltação da Santa Cruz
Cor: Vermelha

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1ª Leitura: Nm 21,4b-9

 “Aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 

Leitura do Livro dos Números

Naqueles dias: 4b Os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5 e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6 Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7 O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8 e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9 Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 77(78),1-2.34-35.36-37.38 (R. cf. 7c)

R. Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

Escuta, ó meu povo, a minha Lei,*
ouve atento as palavras que eu te digo;
abrirei a minha boca em parábolas,*
os mistérios do passado lembrarei.    R.

34 Quando os feria, eles então o procuravam,*
convertiam-se correndo para ele;
35 recordavam que o Senhor é sua rocha*
e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.    R.

36 Mas apenas o honravam com seus lábios*
e mentiam ao Senhor com suas línguas;
37 seus corações enganadores eram falsos*
e, infiéis, eles rompiam a Aliança.    R.

38 Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo,*
não os matava e perdoava seu pecado;
quantas vezes dominou a sua ira*
e não deu largas à vazão de seu furor.    R.

2ª Leitura: Fl 2,6-11

 “Humilhou-se a si mesmo; por isso, Deus o exaltou acima de tudo”. 

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses

6 Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7 mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8 humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9 Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10 Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11 e toda língua proclame: ‘Jesus Cristo é o Senhor’, para a glória de Deus Pai.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Jo 3,13-17 

 “É necessário que o Filho do Homem seja levantado”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13 “Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14 Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16 Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17 De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Exaltação da Santa Cruz

– Origem da festa.
– O Senhor abençoa com a Cruz os que mais ama.
– Os frutos da Cruz.

A devoção e o culto à Santa Cruz, na qual Cristo deu a sua vida por nós, remonta aos começos do cristianismo. Na Liturgia, aparece desde o século IV. A Igreja comemora hoje o resgate da Cruz do Senhor pelo imperador Heráclio, na sua vitória sobre os persas. Nos textos da Missa e da Liturgia das Horas, a Igreja canta com entusiasmo a Santa Cruz, pois foi o instrumento da nossa salvação; se a árvore a cuja sombra os nossos primeiros pais pecaram foi causa de perdição, a árvore da Cruz é origem da nossa salvação eterna.

I. PELA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR Jesus Cristo, a Cruz não é um patíbulo de ignomínia, mas um trono de glória. Resplandece a Santa Cruz pela qual o mundo alcança a salvação. Ó Cruz que vences!, Cruz que reinas!, Cruz que limpas todo o pecado! Aleluia1.

A festa que celebramos hoje nasceu em Jerusalém, nos primeiros séculos do cristianismo. Conforme um antigo testemunho2, começou a ser comemorada no aniversário do dia em que foi encontrada a Cruz de Nosso Senhor. A sua celebração estendeu-se com grande rapidez pelo Oriente e pouco depois por toda a cristandade. Em Roma, era particularmente solene a procissão que, antes da Missa, se dirigia de Santa Maria Maior a São João de Latrão para venerar a Cruz3.

Nos começos do século VII, os persas saquearam Jerusalém, destruíram muitas basílicas e apoderaram-se das sagradas relíquias da Santa Cruz, que um pouco mais tarde seriam recuperadas pelo imperador Heráclio. Conta uma piedosa tradição que, quando o imperador, vestido com as insígnias da realeza, quis carregar pessoalmente o santo Madeiro até o seu primitivo lugar no Calvário, o seu peso foi-se tornando cada vez mais insuportável. Nesse momento, Zacarias, bispo de Jerusalém, fez-lhe ver que, para levar aos ombros a Santa Cruz, deveria desfazer-se das insígnias imperiais, imitando a pobreza e a humildade de Cristo, que tinha carregado o santo lenho despojado de tudo. Heráclio vestiu então umas humildes roupas de peregrino e, descalço, pôde levar a Santa Cruz até o cimo do Gólgota4.

É possível que tenhamos aprendido desde a nossa infância a fazer o sinal da Cruz sobre a nossa testa, os nossos lábios e o nosso coração, em sinal externo da fé que professamos. Na Liturgia, a Igreja utiliza o sinal da Cruz nos altares, no culto e nos edifícios sagrados. É a árvore de riquíssimos frutos, arma poderosa que afasta todos os males e espanta os inimigos da nossa salvação: Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus Nosso Senhor dos nossos inimigos, dizemos todos os dias ao persignar-nos. A Cruz – ensina um Padre da Igreja – “é o escudo e o troféu contra o demônio. É o sinal para que não sejamos atingidos pelo anjo exterminador, como diz a Escritura (cfr. Ex 9, 12). É o instrumento para levantar aqueles que caem, o apoio para os que se mantêm em pé, o bastão dos débeis, o guia dos que se extraviam, a meta dos que avançam, a saúde da alma e do corpo. Afugenta todos os males, acolhe todos os bens, é a morte do pecado, a semente da ressurreição, a árvore da vida eterna”5. O Senhor pôs a salvação da humanidade no lenho da Cruz, para que a vida ressurgisse de onde viera a morte, e aquele que vencera na árvore do Paraíso fosse vencido na árvore da Cruz6.

A Cruz apresenta-se na nossa vida de diversas maneiras: doença, pobreza, cansaço, dor, desprezo, solidão... Hoje podemos examinar como é a nossa disposição habitual em face dessa Cruz que às vezes se mostra áspera e dura, mas que, se a levamos com amor, converte-se em fonte de purificação e de Vida, e também de alegria. Queixamo-nos com freqüência das contrariedades? Ou, pelo contrário, damos graças a Deus também nos fracassos, na dor, na contradição? Essas realidades afastam-nos ou aproximam-nos de Deus?

II. A PRIMEIRA LEITURA da Missa7 narra-nos como o Senhor castigou o Povo eleito por ter murmurado contra Moisés e contra Deus ao experimentar as dificuldades do deserto; enviou-lhe serpentes que causavam estragos entre os israelitas. Quando se arrependeram, o Senhor disse a Moisés: Faze uma serpente de bronze e põe-na por sinal; aquele que, tendo sido ferido, olhar para ela, viverá. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e pô-la por sinal; e os feridos que olhavam para ela ficavam curados.

A serpente de bronze era figura de Cristo na Cruz; quem o olha obtém a salvação. Assim o diz Jesus no diálogo mantido com Nicodemos: , assim também importa que o Filho do homem seja levantado, a fim de que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna8. Desde então, o caminho da santidade passa pela Cruz, e ganham sentido todas essas realidades que tanto precisam dele, como são a doença, a dor, as aflições econômicas, o fracasso..., a mortificação voluntária. Mais ainda: Deus abençoa com a Cruz quando quer conceder grandes bens a um dos seus filhos, a quem trata então com particular predileção.

Não são poucos os que fogem em debandada da Cruz de Cristo, e se afastam da verdadeira alegria, da eficácia sobrenatural, da própria santidade; fogem de Cristo. Levemo-la nós sem rebeldia, sem queixas, com amor.

“Estás sofrendo uma grande tribulação? Encontras oposição? – Diz, muito devagar, como que saboreando, esta oração forte e viril: «Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas. – Assim seja. Assim seja». “Eu te garanto que alcançarás a paz”9.

III. CRUZ FIEL, tu és a mais nobre de todas as árvores; nenhuma outra pode comparar-se a ti em folhas, em flor, em fruto10.

O amor à Cruz produz abundantes frutos na alma. Em primeiro lugar, leva-nos a descobrir Jesus, que sai ao nosso encontro e carrega sobre os seus ombros a parte mais pesada da contradição. A nossa dor, associada à do Mestre, deixa de ser o mal que entristece e arruína, e converte-se em meio de íntima união com Deus. “Se sofres, submerge a tua dor na dele: diz a tua Missa. Mas se o mundo não compreende estas coisas, não te perturbes; basta que te compreendam Jesus, Maria, os santos. Vive com eles e deixa que o teu sangue corra em benefício da humanidade: como Ele!”11

A Cruz de cada dia é uma grande oportunidade de purificação, de desprendimento, de aumento de glória12. São Paulo ensina com freqüência que as tribulações são sempre breves e suportáveis, e que o prêmio desses sofrimentos acolhidos por amor a Cristo é imenso e eterno. Por isso o Apóstolo alegrava-se nas tribulações, gloriava-se nelas e considerava-se feliz de poder uni-las às de Cristo Jesus e assim completar a Sua paixão para bem da Igreja e das almas13.

A única dor verdadeira é afastar-se de Cristo. Os outros padecimentos são passageiros e convertem-se em alegria e paz.

“Não é verdade que, mal deixas de ter medo à Cruz, a isso que a gente chama de Cruz, quando pões a tua vontade em aceitar a vontade divina, és feliz, e passam todas as preocupações, os sofrimentos físicos ou morais?

“É verdadeiramente suave e amável a Cruz de Jesus. Não contam aí as penas: só a alegria de nos sabermos corredentores com Ele”14.

O trato e a amizade com o Mestre ensinam-nos, por outro lado, a ver e a enfrentar as dificuldades que se apresentam com um espírito jovem e decidido, sem nenhum assomo de tristeza ou de queixa. À semelhança dos santos, encararemos as contrariedades como um estímulo, como um obstáculo que é preciso transpor neste combate que é a vida. Essa disposição de ânimo alegre e otimista, mesmo nos momentos difíceis, não é fruto do temperamento ou da idade: nasce de uma profunda vida interior, da consciência sempre presente da nossa filiação divina. É uma atitude serena, que cria em todas as circunstâncias um bom ambiente à nossa volta – na família, no trabalho, com os amigos... – e constitui uma grande arma para aproximarmos os outros de Deus.

Terminamos a nossa oração junto de Nossa Senhora. “«Cor Mariae perdolentis, miserere nobis!» – invoca o Coração de Santa Maria, com ânimo e decisão de te unires à sua dor, em reparação pelos teus pecados e pelos de todos os homens de todos os tempos.

“E pede-lhe – para cada alma – que essa sua dor aumente em nós a aversão ao pecado, e que saibamos amar, como expiação, as contrariedades físicas ou morais de cada jornada”15.

(1) Liturgia da Horas, Antífona de Laudes; (2) cfr. Egéria, Itinerário, BAC, Madrid, 1980, págs. 318-319; (3) cfr. A. G. Martimort, La Iglesia en oración, 3ª ed., Herder, Barcelona, 1987, págs. 989-990; (4) cfr. Croisset, Año mariano, Madrid, 1846, vol. VII, pág. 120-121; (5) São João Damasceno, De fide orthodoxa, IV, 11; (6) Prefácio da Missa da Exaltação da Santa Cruz; (7) Num 21, 4-9; (8) Jo 3, 14-15; (9) Josemaría Escrivá, Caminho, n. 691; (10) Hino Crux fidelis; (11) Ch. Lubich, Meditações; (12) cfr. A. Tanquerey, La divinización del sufrimiento, Rialp, Madrid, 1955, pág. 18; (13) cfr. Rom 7, 18; Gal 2, 19-20; 6, 14, etc.; (14) Josemaría Escrivá, Via Sacra, Quadrante, São Paulo, 1981, II; (15) idem, Sulco, n. 258.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


São João Crisóstomo

13 de Setembro

São João Crisóstomo

São João Crisóstomo nasceu em Antioquia, provavelmente no ano 349. Seu pai era comandante da cavalaria da Síria. Sua mãe, Antusa, era uma mulher forte que ficou viúva aos 20 anos de idade e que dedicou sua vida à educação e formação cristã do filho. Desde os anos de sua juventude, ainda em casa, começou a trilhar o caminho da oração e da austeridade. Quando a mãe morreu, ele retirou-se para o deserto onde viveu como eremita por cerca de seis anos. Após esse tempo, com a saúde já comprometida, foi ordenado diácono. Levou cinco anos, preparando-se para o sacerdócio e ministério da pregação. Findo esse tempo, foi ordenado pelo bispo de Antioquia, passando a colaborar na diocese.

Culto, fino, educado, foi um grande escritor, embora seu carisma fosse mesmo a pregação. Orador insuperável, sua eloquência lhe valeu o título de crisóstomo que significa “Boca de Ouro”. Quando o patriarca de Constantinopla faleceu, ele foi nomeado para sucedê-lo.

Como patriarca fundou hospitais e iniciou uma pastoral sistematizada, muito voltada para a evangelização rural. Preocupado com a moralização do clero, não teve receio de repreender os sacerdotes sensíveis aos apelos da riqueza, e os monges indolentes, mais preocupados em viajar e fazer turismo do que em evangelizar o povo. Foi um grande amigo dos pobres e deles o melhor advogado e defensor. Por causa de seus pronunciamentos corajosos, tornou-se alvo de intrigas e despertou a raiva da corte bizantina e do imperador Arcádio. Foi deposto por um grupo de bispos chefiados por Teófilo, e a seguir, exilado.

Quando tinha somente dois meses que havia voltado do exílio, foi novamente deportado para a fronteira com a Armênia e daí para as margens do Mar Negro onde veio a falecer, no dia 14 de setembro de 407. Anos mais tarde seus restos mortais foram transferidos para Constantinopla. Entre os vários escritos que deixou, merece destaque um pequeno volume intitulado “Sobre o Sacerdócio”, uma verdadeira obra prima da espiritualidade sacerdotal.

Hoje São João Crisóstomo nos convida a não termos medo de denunciar tudo aquilo que se opõe ao Evangelho, mesmo que isso provoque a ira dos poderosos que têm seus valores e atitudes contestados. Hoje também, João Crisóstomo, o “Boca de Ouro”, nos lembra que belos discursos podem até empolgar as multidões, mas só chegam ao coração das pessoas as palavras que refletem a vida de quem os pronuncia. Como se costuma dizer, as palavras arrastam, mas só o exemplo convence.


13 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

23ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira 
Memória: São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja
Cor: Branca

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1ª Leitura: 1Cor 8,1b-7.11-13

 “Pecando contra os irmãos
e ferindo a consciência deles, que é fraca,
é contra Cristo que pecais”. 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos: 1b O conhecimento incha, a caridade é que constrói. 2 Se alguém acha que conhece bem alguma coisa, ainda não sabe como deveria saber. 3 Mas se alguém ama a Deus, ele é conhecido por Deus! 4 Quanto ao comer as carnes de animais sacrificados aos ídolos, nós sabemos que um ídolo não é nada no mundo, e que Deus é um só. 5 É verdade que alguns são chamados deuses, no céu ou na terra, e muita gente pensa que existem muitos deuses e muitos senhores. 6 Para nós, porém, existe um só Deus, o Pai, de quem vêm todos os seres e para quem nós existimos. E, ainda, para nós, existe um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual tudo existe, e nós também existimos por ele. 7 Mas nem todos têm esse conhecimento. De fato, alguns habituados, até ao presente, ao culto dos ídolos, comem da carne dos sacrifícios, como se ela fosse mesmo oferecida aos ídolos. E assim, a sua consciência, que é fraca, fica manchada. 11 E então, por causa do teu conhecimento, perece o fraco, o irmão pelo qual Cristo morreu. 12 Pecando, assim, contra os irmãos e ferindo a consciência deles, que é fraca, é contra Cristo que pecais. 13 Por isso, se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais comerei carne, para não escandalizar meu irmão.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 138(139),1-3. 13-14ab-23-24 (R. 24b)

R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

Senhor, vós me sondais e conheceis, *
sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos, +
3 percebeis quando me deito e quando eu ando, *
os meus caminhos vos são todos conhecidos.    R.

13 Fostes vós que me formastes as entranhas, *
e no seio de minha mãe vós me tecestes.
14a Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, +
porque de modo admirável me formastes! *
14b Que prodígio e maravilha as vossas obras!    R.

23 Senhor, sondai-me, conhecei meu coração, *
examinai-me e provai meus pensamentos!
24 Vede bem se não estou no mau caminho, *
e conduzi-me no caminho para a vida!    R. 

Evangelho: Jo 3,13-17 

 “É necessário que o Filho do Homem seja levantado”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13 “Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14 Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16 Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17 De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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12 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

23ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 1Cor 7, 25-31

 “Estás ligado a uma mulher? Não procures desligar-te.
Não estás ligado a nenhuma mulher? Não procures ligar-te”. 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo apóstolo aos Coríntios

Irmãos: 25 A respeito das pessoas solteiras, não tenho nenhum mandamento do Senhor. Mas, como alguém que, por misericórdia de Deus, merece confiança, dou uma opinião: 26 Penso que, em razão das angústias presentes, é vantajoso não se casar, é bom cada qual estar assim. 27 Estás ligado a uma mulher? Não procures desligar-te. Não estás ligado a nenhuma mulher? Não procures ligar-te. 28 Se, porém, casares, não pecas. E, se a virgem se casar, não peca. Mas as pessoas casadas terão as tribulações da vida matrimonial; e eu gostaria de poupar-vos isso. 29 Eu digo, irmãos: o tempo está abreviado. Então, que, doravante, os que têm mulher vivam como se não tivessem mulher; 30 e os que choram, como se não chorassem, e os que estão alegres, como se não estivessem alegres, e os que fazem compras, como se não possuíssem coisa alguma; 31 e os que usam do mundo, como se dele não estivessem gozando. Pois a figura deste mundo passa.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 44(45), 11-12.14-15.16-17(R. cf. 11a)

R. Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto!

11 Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: *
“Esquecei vosso povo e a casa paterna!
1 2Que o Rei se encante com vossa beleza! *
Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!    R.

14 Majestosa, a princesa real vem chegando, *
vestida de ricos brocados de ouro.
15 Em vestes vistosas ao Rei se dirige, *
e as virgens amigas lhe formam cortejo.    R.

16 entre cantos de festa e com grande alegria, *
ingressam, então, no palácio real”.
17 Deixareis vossos pais, mas tereis muitos filhos; *
fareis deles os reis soberanos da terra.    R. 

Evangelho: Lc 6, 20-26 

“Bem-aventurados vós, os pobres.
Mas, ai de vós, ricos.” 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 20 Jesus levantando os olhos para os seus discípulos, disse: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! 21 Bem-aventurados, vós que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque havereis de rir! 22 Bem-aventurados, sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem! 23 Alegrai-vos, nesse dia, e exultai pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas. 24 Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! 25 Ai de vós, que agora tendes fartura, porque passareis fome! Ai de vós, que agora rides, porque tereis luto e lágrimas! 26 Ai de vós quando todos vos elogiam! Era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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São João Gabriel Perboyre

11 de Setembro

São João Gabriel Perboyre 

João Gabriel Perboyre nasceu em Mongesty, França, em seis de janeiro de 1802. Seu pai era um modesto agricultor de nome Pedro Perboyre e sua mãe uma piedosa mulher chamada Maria Rigal. Tinha dois irmãos e duas irmãs que, como ele, ingressaram na família espiritual de São Vicente de Paulo. Em 1820 João Gabriel entrou na Ordem dos Lazaristas de Montauban e cinco anos mais tarde, em 1825, foi ordenado sacerdote.

Durante dez anos desempenhou diversos cargos de confiança na sua congregação. Após esse tempo, no ano 1835, realizou seu grande sonho, que era ir como missionário para a China. Entretanto na China, somente por quatro anos ele conseguiu pregar de viva voz, o Evangelho.

Traído por um rapaz cristão, foi preso numa floresta no dia 16 de setembro de 1839 e aí começou para ele uma verdadeira via crucis. Um mandarim chegou a oferecer-lhe a liberdade, caso ele profanasse a cruz do Senhor, mas João Gabriel se negou terminantemente a fazê-lo.

Foi então aprisionado e submetido aos mais cruéis suplícios e humilhações. Foi chicoteado, acorrentado, teve os pés triturados em um torno, açoitado com varas de bambus e obrigado a beber sangue de um cão. O martírio prolongou-se por um ano e nesse tempo ele foi levado a diversos lugares e exposto à exibição pública com o objetivo de desestimular outras pessoas a abraçarem a fé cristã. Morreu crucificado no dia 11 de setembro de 1840, em U-Tchang-Fu. Estava ainda agonizante, com os membros estirados sobre uma cruz e, mesmo assim, ainda lhe batiam e lhe davam pontapés na barriga.

Hoje São João Gabriel Perboyre que alimentou o sonho de ser missionário na China, mas na China só conseguiu pregar o Evangelho por quatro anos, nos leva a refletir que, embora nem sempre nosso projeto de vida corresponda ao projeto de vida que Deus tem para nós, sempre, embora às vezes mesmo sem entender os acontecimentos, devemos colocar nosso sonho e nossa vontade a serviço do sonho e da vontade de Deus. Mas hoje também João Gabriel que assumiu literalmente na vida a paixão e a morte de Jesus Cristo, nos lembra que o verdadeiro missionário é aquele que não se dobra ante as propostas dos mandarins desse nosso mundo, mas em qualquer circunstância, seja de viva voz, seja com a própria vida, anuncia corajosamente o Evangelho daquele que livremente aceitou morrer crucificado, doando a própria vida pela vida e salvação de toda a humanidade.


11 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

23ª Semana do Tempo Comum – Terça-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 1Cor 6,1-11

 “Irmão contra irmão vai a juízo,
e isso perante infiéis!” 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos: 1 Quando um de vós tem uma questão com um outro, como se atreve a entrar na justiça perante os injustos, em vez de recorrer aos santos? 2 Será que ignorais que os santos julgarão o mundo? Ora, se o mundo está sujeito ao vosso julgamento, seríeis acaso indignos de deliberar e julgar sobre questões tão insignificantes? 3 Ignorais que julgaremos os anjos? Quanto mais, coisas desta vida! 4 No entanto, se tendes dessas questões a resolver, recorreis a juízes que a igreja não pode recomendar. 5 Digo isso, para confusão vossa! Será, então, que aí entre vós não se encontra ninguém sensato e prudente que possa ser juiz entre irmãos? 6 Ao invés disso, irmão contra irmão vai a juízo, e isso perante infiéis! 7 Aliás, já é uma grande falta haver processos entre vós. Por que não suportais, antes, a injustiça? Por que não tolerais, antes, ser prejudicado? 8 Pelo contrário, vós é que cometeis injustiças e fraudes, e isso contra irmãos! 9 Porventura ignorais que pessoas injustas não terão parte no reino de Deus? Não vos iludais: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem pederastas, 10 nem ladrões, nem avarentos, nem beberrões, nem insolentes, nem salteadores terão parte no reino de Deus. 11 E vós, isto é, alguns de vós, éreis isso! Mas fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 149, 1-2. 3-4. 5-6a.9b (R. 4a)

R. O Senhor ama seu povo de verdade.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *
e o seu louvor na assembleia dos fiéis!
Alegre-se Israel em Quem o fez, *
e Sião se rejubile no seu Rei!    R.

3 Com danças glorifiquem o seu nome, *
toquem harpa e tambor em sua honra!
4 Porque, de fato, o Senhor ama seu povo *
e coroa com vitória os seus humildes.    R.

5 Exultem os fiéis por sua glória, *
e cantando se levantem de seus leitos,
6a com louvores do Senhor em sua boca *
9b Eis a glória para todos os seus santos.    R.

Evangelho: Lc 6,12-19 

 “Passou a noite toda em oração.
Escolheu doze dentre os discípulos,
aos quais deu o nome de apóstolos”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

12 Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar.  E passou a noite toda em oração a Deus. 13 Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles,  aos quais deu o nome de apóstolos: 14 Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André;  Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16 Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor. 17 Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18 Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19 A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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São Nicolau de Tolentino

10 de Setembro

São Nicolau de Tolentino 

São Nicolau de Tolentino nasceu em Santo Ângelo, Itália, em 1245. Recebeu o nome de Nicolau em gratidão a São Nicolau de Mira que teria aparecido em sonhos a seus pais que não tinham filhos, anunciando-lhes o nascimento de um menino.

Aos 20 anos ele entrou na Ordem dos Agostinianos e aos 25 foi ordenado sacerdote. Após seis anos de peregrinação por várias cidades fixou residência em Tolentino onde exerceu seu apostolado. Era um homem austero, mas não excêntrico, rigoroso consigo mesmo, mas suave e delicado para com todos. Modesto, obediente, completamente desapegado das coisas materiais, colocava o bem comum acima de seus interesses particulares.

Para dedicar um maior tempo à oração dormia apenas três a quatro horas por noite, e durante o dia passava longas horas atendendo no confessionário. Dava penitências mínimas, pois para ele o que importava mesmo era o arrependimento sincero do pecador. O resto do tempo, durante o dia, ele ocupava visitando os pobres, para os quais, com o consentimento do seu Superior constituiu um modesto fundo, de onde retirava o necessário para atender os casos mais urgentes.

São Nicolau fazia duras penitências, jejuava muito e comia tão pouco que chegou a adoecer. Contam que se curou por indicação de Nossa Senhora que, em sonhos, lhe teria aparecido e lhe mandou comer todos os dias um pedaço de pão molhado em água, após fazer o sinal da cruz. É desse fato que vem o costume de se benzer pães em honra de São Nicolau, destinados a fortalecer os fracos.

Seus biógrafos contam a respeito dele experiências singulares, algumas das quais constam de seu processo de canonização. São Nicolau morreu em Tolentino, em 10 de setembro de 1305. 40 anos depois seu corpo foi encontrado intacto. Ele foi canonizado em 1447. É o protetor da maternidade e da infância e muito invocado pelos que sofrem injustiças e se sentem oprimidos e escravizados.

Hoje, quando a vida e a liberdade, os dois dons mais preciosos que o Criador nos deu, estão literalmente ameaçados, São Nicolau de Tolentino, o protetor da infância e dos que são oprimidos em sua vida e liberdade, nos convida a tomar posições claras contra a pena de morte, contra as leis que facultam o aborto, contra todo sistema que se omite ante o trabalho infantil, contra todo governo que patrocina ou permite o assassinato de crianças indefesas e fecha os olhos à situação dos meninos de rua. Hoje somos convocados por São Nicolau a lutar por leis que valorizem a vida desde o momento de sua concepção.


10 de Setembro 2018

A SANTA MISSA

23ª Semana do Tempo Comum – Segunda-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 1Cor 5,1-8

 “Lançai fora o velho fermento,
pois o nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado”. 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos: 1 É voz geral que está acontecendo, entre vós, um caso de imoralidade; e de imoralidade tal que nem entre os pagãos costuma acontecer: um dentre vós está convivendo com a própria madrasta. 2 No entanto, estais inchados de orgulho, ao invés de vestirdes luto, a fim de que fosse tirado do meio de vós aquele que assim procede? 3 Pois bem, embora ausente de corpo, mas presente em espírito, eu julguei, como se estivesse aí entre vós, esse tal que tem procedido assim: 4 Em nome do Senhor Jesus – estando vós e eu espiritualmente reunidos com o poder do Senhor nosso, Jesus – 5 entregamos tal homem a Satanás, para a ruína da carne, a fim de que o espírito seja salvo, no dia do Senhor. 6 Vós vos gloriais sem razão! Acaso ignorais que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7 Lançai fora o fermento velho, para que sejais uma massa nova, já que deveis ser sem fermento. Pois o nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado. 8 Assim, celebremos a festa, não com velho fermento, nem com fermento de maldade ou de perversidade, mas com os pães ázimos de pureza e de verdade.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 5,5-6. 7. 12 (R. 9a)

R. Na vossa justiça guiai-me Senhor!

Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, *
não pode o mau morar convosco;
nem os ímpios poderão permanecer *
perante os vossos olhos.   R.

7 Detestais o que pratica a iniquidade *
e destruís o mentiroso.
Ó Senhor, abominais o sanguinário, *
o perverso e enganador.   R.

12 Mas exulte de alegria todo aquele *
que em vós se refugia;
sob a vossa proteção se regozijem, *
os que amam vosso nome!   R. 

Evangelho: Lc 6,6-11 

 “Observavam, para ver se Jesus curaria em dia de sábado”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Aconteceu num dia de sábado que, 6 Jesus entrou na sinagoga, e começou a ensinar. Aí havia um homem cuja mão direita era seca. 7 Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para ver se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo. 8 Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, disse ao homem da mão seca: “Levanta-te, e fica aqui no meio.” Ele se levantou, e ficou de pé. 9 Disse-lhes Jesus: “Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” 10 Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: “Estende a tua mão.” O homem assim o fez e sua mão ficou curada. 11 Eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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São Pedro Claver

09 de Setembro

São Pedro Claver

São Pedro Claver nasceu na Catalunha, Espanha, em 26 de junho de 1580. Os pais, muito piedosos, querendo que ele fosse padre, mandaram-no estudar em Salsona. Quando ele completou 15 anos, o bispo de Salsona o admitiu no Seminário e o enviou para Barcelona com a finalidade de completar os estudos no Colégio dos Jesuítas. Aos 22 anos Pedro Claver ingressou na Companhia de Jesus e foi mandado para Palmas de Maiorca, a fim cursar filosofia. Nessa oportunidade conheceu e travou amizade com o humilde porteiro do Colégio, o futuro santo, Santo Afonso Rodrigues, que teve uma influência benéfica sobre ele e muito contribuiu para despertar no jovem padre o desejo de ir para as missões. Escolhido pelo Superior da Ordem, foi enviado, juntamente com outros companheiros, para as Índias Ocidentais. Em Santa Fé de Bogotá, na Colômbia, ele concluiu os estudos e foi ordenado sacerdote. De Santa Fé foi para Cartagena onde viveu até o dia de sua morte, assumindo um apostolado dos mais difíceis, que era a evangelização dos negros. Quando os escravos chegavam ao porto de Cartagena, já encontravam Pedro Claver esperando-os com alimentos, bebidas, roupas, e sobretudo palavras de afeto e ânimo. Pedro Claver era, para com essa população oprimida, de uma bondade e caridade insuperáveis e os escravos tiveram nele um defensor, um pai, um mestre, um refúgio em todas as adversidades. Quando em 1662 ele fez sua solene profissão religiosa, acrescentou aos votos de pobreza, obediência e castidade, o voto de doar toda sua vida aos negros, como consta da cópia de sua profissão toda escrita do próprio punho e por ele assinada: “aethíopum semper servus”, que quer dizer, “para sempre escravo dos negros”. Quando ele morreu, aos 74 anos de idade, no dia nove de setembro de 1664, todos, e de modo especial os negros, choraram copiosamente a morte daquele a quem o povo chamava, e até hoje é conhecido, como “apóstolo dos negros”. São Pedro Claver foi canonizado por Leão XIII. Mais tarde Pio X o declarou patrono das missões entre negros.

Fonte: http://paroquiadesaopedro.org