08 de Outubro 2018
A SANTA MISSA

27ª Semana do Tempo Comum – Segunda-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: Gl 1,6-12
“O evangelho pregado por mim não o recebi nem aprendi
de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo”.
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas
Irmãos: 6 Admiro-me de terdes abandonado tão depressa aquele que vos chamou, na graça de Cristo, e de terdes passado para um outro evangelho. 7 Não que haja outro evangelho, mas algumas pessoas vos estão perturbando e querendo mudar o evangelho de Cristo. 8 Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado. 9 Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado. 10 Será que eu estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo. 11 Irmãos, asseguro-vos que o evangelho pregado por mim não é conforme a critérios humanos. 12 Com efeito, não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 110,1-2. 7-8. 9.10c (R. 5b)
R. O Senhor se lembra sempre da Aliança.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Eu agradeço a Deus de todo o coração *
junto com todos os seus justos reunidos!
2 Que grandiosas são as obras do Senhor, *
elas merecem todo o amor e admiração! R.
7 Suas obras são verdade e são justiça, *
seus preceitos, todos eles, são estáveis,
8 confirmados para sempre e pelos séculos, *
realizados na verdade e retidão. R.
9 Enviou libertação para o seu povo, +
confirmou sua Aliança para sempre. *
Seu nome é santo e é digno de respeito.
10c Permaneça eternamente o seu louvor. R.
Evangelho: Lc 10,25-37
“E quem é o meu próximo?”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 25 Um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26 Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” 27 Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” 28 Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás.” 29 Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30 Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando-o quase morto. 31 Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32 O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33 Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34 Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35 No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais.’ E Jesus perguntou: 36 ‘Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ 37 Ele respondeu: ‘Aquele que usou de misericórdia para com ele.” Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa.’”
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
E cuidou dele
TEMPO COMUM. VIGÉSIMA SÉTIMA SEMANA. SEGUNDA-FEIRA
– Cristo é o Bom Samaritano que desce dos céus para curar-nos.
– Compaixão efetiva e prática por quem necessita de nós.
– Caridade com os mais próximos.
I. A PARÁBOLA do bom samaritano que lemos na Missa1, e que somente São Lucas registra, é um dos relatos mais belos e comoventes do Evangelho. Nela, o Senhor dá-nos a conhecer quem é o nosso próximo e como se deve viver a caridade com todos. Um homem descia de Jerusalém a Jericó e caiu nas mãos de uns ladrões que, depois de o terem despojado, o cobriram de feridas e foram-se embora, deixando-o meio morto.
Muitos Padres da Igreja e escritores cristãos antigos identificam Cristo com o Bom Samaritano2, assim como vêem no homem que caiu nas mãos dos ladrões uma figura da humanidade ferida e despojada dos seus bens pelo pecado original e pelos pecados pessoais. “Despojaram o homem da sua imortalidade e cobriram-no de chagas, inclinando-o ao pecado”3, afirma Santo Agostinho. E São Beda comenta que os pecados se chamam feridas porque com eles se destrói a integridade da natureza humana4. Os salteadores do caminho são o demônio, as paixões que incitam ao mal, os escândalos... O levita e o sacerdote que passaram ao largo simbolizam a Antiga Aliança, incapaz de curar. A pousada é o lugar onde todos podem refugiar-se e representa a Igreja...
“Que teria acontecido ao pobre judeu se o samaritano tivesse ficado em casa? Que teria acontecido às nossas almas se o Filho de Deus não tivesse empreendido a sua viagem?”5 Mas Jesus, movido de compaixão e misericórdia, aproximou-se do homem, de cada homem, para curar-lhe as chagas, fazendo-as suas6. Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco, em que Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele tenhamos a vida...7
“A parábola do Bom Samaritano está em profunda harmonia com o comportamento do próprio Cristo”8, pois toda a sua vida na terra foi um contínuo aproximar-se do homem para remediar os seus males materiais ou espirituais. O Senhor nunca passa ao largo das nossas misérias e fraquezas quando nos vê contritos e humilhados9. A oração silenciosa da nossa humildade, que se vê despojada da sua auto-suficiência e da confiança nos recursos humanos, é a condição para que Cristo se detenha, nos recomponha dos nossos baques e cuide de nós ao longo dessa convalescença sem fim que é a nossa vida. Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim10.
II. A PARÁBOLA teve a sua origem na pergunta de um doutor da lei que indagou: E quem é o meu próximo? Para que todos ficassem esclarecidos, o Senhor fez desfilar diante do ferido diversos personagens: Ora aconteceu que descia pelo mesmo caminho um sacerdote, o qual, vendo-o, passou ao largo. Igualmente um levita, chegando perto daquele lugar, viu-o e continuou adiante. Mas um samaritano, que ia de passagem, chegou perto dele e, ao vê-lo, moveu-se de compaixão. E, aproximando-se, pensou-lhe as feridas, lançando nelas azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu jumento, levou-o a uma estalagem e cuidou dele pessoalmente.
Jesus quer ensinar-nos que o nosso próximo é todo aquele que está perto de nós – sem distinção de raça, de afinidades políticas, de idade... – e necessita de socorro. O Mestre deu-nos exemplo do que devemos fazer.
“Este Samaritano (Cristo) lavou os nossos pecados, sofreu por nós, carregou o homem que estava meio morto, levando-o à estalagem, isto é, à Igreja, que recebe a todos e que não nega o seu auxílio a ninguém, e à qual Jesus nos convoca dizendo: Vinde a Mim... (Mt 11, 28). Depois de tê-lo levado à estalagem, não partiu imediatamente, mas ficou com ele um dia inteiro, cuidando dele dia e noite... Quando na manhã seguinte resolveu partir, deu dois denários do seu bom dinheiro ao dono da pousada e encarregou-o – isto é, encarregou os anjos da Igreja – de cuidar e levar para o Céu aquele de quem Ele cuidara nas angústias deste tempo”11.
O Senhor anima-nos a uma compaixão efetiva e prática por qualquer pessoa que encontremos ferida nos caminhos da vida. Estas feridas podem ser muito diversas: lesões produzidas pela solidão, pela falta de carinho, pelo abandono; necessidades do corpo: fome, a falta de roupa, de casa, de trabalho...; a ferida profunda da ignorância...; chagas na alma produzidas pelo pecado, que a Igreja cura no sacramento da Penitência, pois Ela “é a estalagem, colocada no caminho da vida, que recebe todos os que chegam, cansados da viagem ou vergados sob o peso de suas culpas, a pousada em que, deixando o fardo dos pecados, o viajante fatigado descansa e, depois de ter descansado, se repõe com salutar alimento”12.
Devemos empregar todos os meios ao nosso alcance para remediar essas situações de indigência, como o próprio Cristo o faria nessas circunstâncias. Que meios mais excelentes do que a caridade e a compaixão para nos identificarmos com o Mestre? “Sob as suas múltiplas formas – indigência material, opressão injusta, doenças físicas e psíquicas e, por fim, a morte –, a miséria humana é o sinal manifesto da fraqueza congênita em que o homem se encontra após o primeiro pecado e da necessidade de salvação. É por isso que ela atrai a compaixão de Cristo Salvador, que quis assumi-la identificando-se com os mais pequeninos entre os seus irmãos (Mt 25, 40.45). É também por isso que os oprimidos pela miséria são objeto de um amor preferencial por parte da Igreja que, desde as suas origens, apesar das falhas de muitos dos seus membros, não deixou nunca de esforçar-se por aliviá-los, defendê-los e libertá-los”13.
Sempre que nos aproximemos de quem padece necessidade, devemos fazê-lo com uma caridade eficaz e de todo o coração, tornando nossa essa miséria que procuramos remediar. Diz um autor clássico castelhano que “aquele que deveras deseja contentar a Deus, entenda que uma das principais coisas que para isso servem é o cumprimento deste mandamento de amor, desde que esse amor não seja nu e seco, mas esteja acompanhado de todos os afetos e obras que costumam seguir o verdadeiro amor, porque de outra maneira não mereceria esse nome...”14 E acrescenta a seguir: “Debaixo do nome de amor, entre outras muitas coisas, encerram-se sobretudo estas seis, a saber: amar, aconselhar, socorrer, sofrer, perdoar e edificar”15.
III. A PARÁBOLA do bom samaritano indica-nos “qual deve ser a relação de cada um de nós com o próximo que sofre. Não nos está permitido passar por ele, com indiferença, antes devemos parar para ajudá-lo. Bom samaritano é todo o homem que pára junto do sofrimento de outro homem, seja de que gênero for”16.
Deus põe-nos o próximo com as suas necessidades e carências no caminho da nossa vida, e o amor realiza o que a hora e o momento exigem. Nem sempre são atos heróicos e difíceis; pelo contrário, muitas vezes o Senhor pede-nos simplesmente um sorriso, uma palavra de alento, um bom conselho, que saibamos calar-nos diante de uma palavra aborrecida ou impertinente, visitar um amigo que se encontra acamado. Há profissões – diz o Papa João Paulo II – que são uma contínua obra de misericórdia, como é o caso do médico ou da enfermeira17... Mas qualquer ofício requer um trato atento, compassivo e respeitoso para com as pessoas que nos procuram no trabalho.
Temos de ganhar o hábito de ver Cristo nas pessoas que se relacionam conosco.
Mas, como a caridade deve ser ordenada, é necessário que nos esmeremos de modo muito especial no trato com os que nos são mais chegados por Deus os ter posto ao nosso lado de modo permanente: irmãos na fé, família, amigos, colegas de trabalho... “Pois se tão misericordioso e humano foi um samaritano com um desconhecido, quem nos perdoará se descuidarmos os nossos irmãos em males maiores? pergunta-se São João Crisóstomo. E depois de aconselhar que não indaguemos por que outros se omitiram – especialmente se se trata de feridas da alma –, diz: “Cura-o tu e não peças contas a ninguém da sua negligência. Se encontrasses uma moeda de ouro, com certeza não pensarias: por que não a encontrou outro? Pelo contrário, correrias para apanhá-la quanto antes. Pois deves saber que, quando encontras o teu irmão ferido, encontraste algo que vale mais do que um tesouro: a possibilidade de cuidar dele”18. Não deixemos de fazê-lo.
Peçamos à Virgem, nossa Mãe, que nos ensine a estar atentos às necessidades alheias, como Ela o fez nas bodas de Caná. Maria não se importou de pedir ao seu Filho um milagre, simplesmente para não deixar os noivos numa situação embaraçosa por falta de vinho a meio da festa. Não nos ensinará a nossa Mãe a chegar ao fim do dia com as mãos cheias de contínuos atos de caridade, em casa, no trabalho, com qualquer pessoa que nos procure?
(1) Lc 10, 25-37; (2) cfr. Santo Agostinho, Sermão sobre as palavras do Senhor, 37; (3) Santo Agostinho, em Catena Aurea, vol. V, pág. 513; (4) cfr. São Beda, Comentário ao Evangelho de São Lucas; (5) Ronald A. Knox, Sermões pastorais, Rialp, Madrid, 1963, pág. 140; (6) Is 53, 4; Mt 8, 17; 1 Pe 2, 24; 1 Jo 3, 5; (7) 1 Jo 4, 9-11; (8) João Paulo II, Carta Apostólica Salvifici doloris, 11.02.84, 28; (9) Sl 50, 19; (10) Mc 10, 47; (11) Orígenes, Homilia 34 sobre São Lucas; (12) São João Crisóstomo, em Catena Aurea, vol. VI, pág. 519; (13) Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução Libertatis conscientia, 22.03.86, 68; (14) Frei Luis de Granada, Guia de pecadores, I, 2, 16; (15) ibid.; (16) João Paulo II, Carta Apostólica Salvifici doloris, 28; (17) ibid., 29; (18) São João Crisóstomo, Contra iudeos, 8.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
07 de Outubro 2018
A SANTA MISSA

27º Domingo do Tempo Comum – Ano B
Cor: Verde
1ª Leitura: Gn 2,18-24
“E eles serão uma só carne.”
Leitura do Livro do Gênesis
18 O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele”. 19 Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e trouxe-os a Adão para ver como os chamaria; todo o ser vivo teria o nome que Adão lhe desse. 20 E Adão deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens; mas Adão não encontrou uma auxiliar semelhante a ele. 21 Então o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Adão. Quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com a carne. 22 Depois, da costela tirada de Adão, o Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão. 23 E Adão exclamou: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’ porque foi tirada do homem”. 24 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 127(128 ), 1-2.3.4-5.6(R. cf. 5)
R. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
1 Feliz és tu se temes o Senhor*
e trilhas seus caminhos!
2 Do trabalho de tuas mãos hás de viver,*
serás feliz, tudo irá bem! R.
3 A tua esposa é uma videira bem fecunda*
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira*
ao redor de tua mesa. R.
4 Será assim abençoado todo homem*
que teme o Senhor.
5 O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida,*
para que vejas prosperar Jerusalém, R.
6 E os filhos dos teus filhos.
Ó Senhor, que venha a paz a Israel,*
que venha a paz ao vosso povo! R.
Leitura: Hb 2,9-11
“Tanto o Santificador, quanto os santificados
descendem do mesmo ancestral.”
Leitura da Carta aos Hebreus
Irmãos: 9 Jesus, a quem Deus fez pouco menor do que os anjos, nós o vemos coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte. Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte. 10 Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos. 11 Pois tanto Jesus, o Santificador, quanto os santificados, são descendentes do mesmo ancestral; por esta razão, ele não se envergonha de os chamar irmãos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho: Mc 10,2-16
“O que Deus uniu, o homem não separe!”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, 2 alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. 3 Jesus perguntou: “O que Moisés ordenou?” 4 Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5 Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6 No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8 Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9 Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!” 10 Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11 Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12 E se a mulher se divorciar de seu marido e se casar com outro, cometerá adultério”. 13 Depois disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14 Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15 Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. 16 Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
TEMPO COMUM. VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO. ANO B
– Unidade e indissolubilidade original.
– Caminho de santidade.
– A família, escola de virtudes.
I. JESUS ENCONTRAVA-SE na Judéia, na outra margem do Jordão, rodeado por uma grande multidão que escutava atentamente os seus ensinamentos1. Então – lemos no Evangelho da Missa2 – aproximaram-se uns fariseus e, para o tentarem, para o fazerem entrar em conflito com a lei de Moisés, perguntaram-lhe se era lícito ao marido repudiar a sua mulher. Moisés tinha permitido o divórcio condescendendo com a dureza do povo antigo. A condição da mulher era então ignominiosa, pois na prática podia ser abandonada por qualquer causa, sem deixar de continuar ligada ao marido. Moisés estabeleceu que, nesses casos, o marido desse à mulher uma carta de repúdio, testificando que a despedia; assim ficava ela livre para casar-se com quem quisesse3. Os Profetas já tinham censurado o divórcio quando do regresso do exílio4.
Jesus declara nesta ocasião a indissolubilidade original do matrimônio, conforme fora instituído por Deus no princípio da criação. Para isso cita expressamente as palavras do Gênesis que se lêem na primeira Leitura5. Porém, no princípio, quando Deus os criou, formou um homem e uma mulher. Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe, e se juntará à sua mulher; e os dois serão uma só carne. E assim já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu. Assim o Senhor declarava a unidade e a indissolubilidade do matrimônio tal e como tinha sido estabelecido no princípio.
Esta doutrina foi tão surpreendente para os próprios discípulos que, uma vez em casa, voltaram a interrogá-lo. E o Mestre confirmou mais expressamente o que já tinha ensinado. E disse-lhes: Qualquer que repudiar a sua mulher e se casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e se casar com outro, comete adultério. Dificilmente se pode falar com maior nitidez. As palavras do Senhor são de uma clareza deslumbrante. Como é possível que um cristão questione essas propriedades naturais do matrimônio e continue a declarar que imita e acompanha Cristo?
Seguindo o Mestre, a Igreja reafirma com segurança e firmeza “a doutrina da indissolubilidade do matrimônio; a quantos, nos nossos dias, consideram difícil ou mesmo impossível vincular-se a uma pessoa por toda a vida e a quantos são subvertidos por uma cultura que rejeita a indissolubilidade matrimonial e que ridiculariza abertamente o empenho e a fidelidade dos esposos, é necessário reafirmar o alegre anúncio da perenidade do amor conjugal que tem em Jesus Cristo o seu fundamento e vigor.
“Radicada na doação pessoal e total dos cônjuges e exigida pelo bem dos filhos, a indissolubilidade do matrimônio encontra a sua verdade última no desígnio que Deus manifestou na Revelação: Deus quer e concede a indissolubilidade matrimonial como fruto, sinal e exigência do amor absolutamente fiel que Ele manifesta pelo homem e que Cristo vive para com a Igreja”6. Esse vínculo, que só a morte pode desfazer, é imagem daquele que existe entre Cristo e o seu Corpo Místico.
A dignidade do matrimônio e a sua estabilidade – pela sua transcendência nas famílias, nos filhos e na própria sociedade – é um dos temas que mais importa defender e fazer com que muitos compreendam. A saúde moral dos povos – tem-se repetido muitas vezes – está ligada ao bom estado do matrimônio. Quando este se corrompe, podemos afirmar que a sociedade está doente, talvez gravemente doente7.
Por isso, todos temos de rezar e velar pelas famílias com tanta urgência. Os próprios escândalos que, infelizmente, se produzem e se divulgam, podem ser ocasião para dar boa doutrina e afogar o mal em abundância de bem8. “Há dois pontos capitais na vida dos povos: as leis sobre o matrimônio e as leis sobre o ensino. E aí os filhos de Deus têm de permanecer firmes, lutar bem e com nobreza, por amor a todas as criaturas”9.
II. JESUS CRISTO, ao elevar o matrimônio à dignidade de sacramento, introduziu no mundo algo completamente novo. A transformação que realizou na instituição meramente natural foi de tal importância que a converteu – como a água nas bodas de Caná – em algo inimaginável até esse momento. Eis que eu renovo todas as coisas10, diz o Senhor. Desde então, desde o nascimento do matrimônio cristão, este suplanta a ordem das coisas naturais e introduz-se na ordem das coisas divinas. O matrimônio natural entre os não-cristãos está também cheio de grandeza e dignidade, “mas o ideal proposto por Cristo aos casados está infinitamente acima de uma meta de perfeição humana e apresenta-se em relação ao matrimônio natural como algo rigorosamente novo. Com efeito, através do matrimônio, é a própria vida divina que é comunicada aos esposos, que os sustenta na sua obra de aperfeiçoamento mútuo e que anima a alma dos filhos desde o momento do Batismo”11.
Os que se casam iniciam juntos uma vida nova que devem percorrer em companhia de Deus. É o próprio Senhor que os chama para que cheguem a Ele por esse caminho, pois o matrimônio “é uma autêntica vocação sobrenatural. Sacramento grande em Cristo e na Igreja, diz São Paulo (Ef 5, 32) [...], sinal sagrado que santifica, ação de Jesus que se apossa da alma dos que se casam e os convida a segui-lo, transformando toda a vida matrimonial num caminhar divino sobre a terra”12.
O Papa João Paulo I, falando da grandeza do matrimônio a um grupo de recém-casados, contava-lhes um pequeno episódio ocorrido na França. No século passado, um professor insigne que ensinava na Sorbonne, Frederico Ozanam, era um homem de prestígio e um bom católico. Lacordaire, seu amigo, costumava dizer dele: “Este homem é tão bom e tão maravilhoso que se ordenará como sacerdote e chegará até a ser um bom bispo!” Mas Ozanam casou-se. Então Lacordaire, um pouco aborrecido, exclamou: “Pobre Ozanam! Também ele caiu na trapaça!” Estas palavras chegaram aos ouvidos do Papa Pio IX, que não as esqueceu. Quando Lacordaire o visitou uns anos mais tarde, disse-lhe o Papa com bom-humor: “Eu sempre ouvi dizer que Jesus instituiu sete sacramentos. Agora vem o senhor, embaralha as cartas na mesa e diz que instituiu seis sacramentos e uma trapaça. Não, padre, o matrimônio não é uma trapaça; é um grande sacramento!”13 Não esqueçamos que a primeira coisa que o Messias quis santificar foi um lar. E que é precisamente nas famílias alegres, generosas, cristãmente sóbrias, que nascem as vocações para a entrega plena a Deus na virgindade ou no celibato, essas que constituem a coroa da Igreja e a alegria de Deus no mundo. Todas elas representam um dom que Deus concede muitas vezes aos pais que rezam pelos filhos de todo o coração e com constância. São um dom que brilhará nas mãos paternas com um fulgor especial quando um dia se apresentarem diante do Senhor e prestarem contas dos bens que lhes foram dados para os guardarem e administrarem.
III. DEUS PREPAROU cuidadosamente a família em que o seu Filho iria nascer: José, da casa e da família de Davi14, que desempenharia o ofício de pai na terra, e igualmente Maria, sua Mãe virginal. O Senhor quis refletir na sua própria família o modo como os seus filhos haveriam de nascer e crescer: no seio de uma família estavelmente constituída e rodeados pela sua proteção e carinho.
Toda a família, que é a “célula vital da sociedade”15 e de certo modo da própria Igreja16, tem uma natureza sagrada e merece a veneração e a solicitude dos seus membros, da sociedade civil e de toda a Igreja. São Tomás chega a comparar a missão dos pais à dos sacerdotes, pois enquanto estes contribuem para o crescimento sobrenatural do Povo de Deus mediante a administração dos sacramentos, a família cristã provê simultaneamente à vida corporal e à espiritual, “o que se realiza no sacramento do matrimônio, onde a mulher e o homem se unem para gerar a prole e educá-la no culto a Deus”17. Mediante a colaboração generosa dos pais, o próprio Deus “aumenta e enriquece a sua própria família”18, multiplicando os membros da sua Igreja e a glória que dela recebe.
A família, tal e como Deus a quis, é o lugar idôneo para tornar-se, com o amor e o bom exemplo dos pais, dos irmãos e dos outros membros do círculo familiar, uma verdadeira “escola de virtudes”19 em que os filhos se formem para serem bons cidadãos e bons filhos de Deus. É no meio da família firmemente voltada para Deus que cada um pode encontrar a sua própria vocação, aquela a que Deus o chama. “Admira a bondade do nosso Pai-Deus: não te enche de alegria a certeza de que o teu lar, a tua família, o teu país, que amas com loucura, são matéria de santidade?”20
(1) Mc 10, 1; (2) Mc 10, 2-16; (3) cfr. J. Dheilly, Dicionário bíblico, Herder, Barcelona, 1970, verbete Divórcio; (4) cfr. Mal 2, 13-16; (5) Gên 2, 18-24; (6) João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris consortio, 22.11.81, 20; (7) cfr. Frank J. Sheed, Sociedad y sensatez, Herder, Barcelona, 1963, pág. 125; (8) cfr. Rom 12, 21; (9) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 104; (10) Apoc 21, 5; (11) J. M. Martínez Doral, La santidad de la vida conyugal, em Scripta Theologica, Pamplona, 9.12.89, págs. 869-870; (12) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 23; (13) cfr. João Paulo I, Alocução, 13.09.78; (14) Lc 2, 4; (15) Concílio Vaticano II, Decreto Apostolicam actuositatem, 11; (16) cfr. João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris consortio, 3; (17) São Tomás de Aquino, Suma contra os gentios, IV, 58; (18) Concílio Vaticano II, Constituição Gaudium et spes, 50; (19) João Paulo II, Discurso, 28.10.79; (20) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 689.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
06 de Outubro 2018
A SANTA MISSA

26ª Semana do Tempo Comum – Sábado
Cor: Verde
1ª Leitura: Jó 42, 1-3.5-6.12-16 (hebr. 1-3.5-6.12-17)
“Agora, eu o vejo com meus olhos. Por isso me retrato.”
Leitura do Livro de Jó
1 Jó respondeu ao Senhor, dizendo: 2 “Reconheço que podes tudo e que para ti nenhum pensamento é oculto. 3 – Quem é esse que ofusca a Providência, sem nada entender? – Falei, pois, de coisas que não entendia, de maravilhas que ultrapassam a minha compreensão. 5 Conhecia o Senhor apenas por ouvir falar, mas, agora, eu o vejo com meus olhos. 6 Por isso me retrato e faço penitência no pó e na cinza”. 12 O Senhor abençoou a Jó no fim de sua vida mais do que no princípio; ele possuía agora catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. 13 Teve outros sete filhos e três filhas: 14 a primeira chamava-se “Rola”, a segunda “Cássia”, e a terceira “Azeviche”. 15 Não havia em toda a terra mulheres mais belas que as filhas de Jó. Seu pai lhes destinou uma parte da herança, entre os seus irmãos. 16 Depois destes acontecimentos, Jó viveu cento e quarenta anos, e viu seus filhos e os filhos de seus filhos até a quarta geração. E Jó morreu velho e repleto de anos.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 118(119), 66 e 71.75 e 91.125 e 130(R. 135a)
R. Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo
e ensinai-me vossas leis e mandamentos.
66 Dai-me bom senso, retidão, sabedoria, *
pois tenho fé nos vossos santos mandamentos! R.
71 Para mim foi muito bom ser humilhado, *
porque assim eu aprendi vossa vontade! R.
75 Sei que os vossos julgamentos são corretos, *
e com justiça me provastes, ó Senhor! R.
91 Porque mandastes, tudo existe até agora; *
todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem! R.
125 Sou vosso servo: concedei-me inteligência, *
para que eu possa compreender vossa Aliança! R.
130 Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, *
ela dá sabedoria aos pequeninos. R.
Evangelho: Lc 10, 17-24
“Ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 17 Os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: “Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome.” 18 Jesus respondeu: “Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. 19 Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20 Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu.” 21 Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22 Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” 23 Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes! 24 Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir.”
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
05 de Outubro 2018
A SANTA MISSA

26ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: Jó 38,1.12-21; 40,3-5
“Alguma vez na vida indicaste à aurora o seu lugar?
Chegaste perto das nascentes do Mar?”
Leitura do Livro de Jó
1 O Senhor respondeu a Jó do meio da tempestade, e disse: 12 Alguma vez na vida deste ordens à manhã, ou indicaste à aurora o seu lugar, 13 para que ela apanhe a terra pelos quatro cantos, e sejam dela sacudidos os malfeitores? 14 A terra torna argila compata, e tudo se apresenta em trajes de gala, 15 mas recusa-se a luz aos malfeitores e quebra-se o braço rebelde. 16 Chegaste perto das nascentes do Mar, ou pousaste no fundo do Oceano? 17 Foram-te franqueadas as portas da Morte, ou viste os portais das Sombras? 18 Examinaste a extensão da Terra? Conta-me, se sabes tudo isso! 19 Qual é o caminho para a morada da luz, e onde fica o lugar das trevas? 20 Poderias alcançá-las em seu domínio e reconhecer o acesso à sua morada? 21 Deverias sabê-lo, pois já tinhas nascido e grande é o número dos teus anos! 40,3 Jó respondeu ao Senhor, dizendo: 4 “Fui precipitado. Que te posso responder? Porei minha mão sobre a boca. 5 Falei uma vez, não replicarei; uma segunda vez, mas não falarei mais”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 138,1-3. 7-8. 9-10. 13-14ab (R. 24b)
R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
1 Senhor, vós me sondais e conheceis, *
2 sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos, +
3 percebeis quando me deito e quando eu ando, *
os meus caminhos vos são todos conhecidos. R.
7 Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? *
E para onde fugirei de vossa face?
8 Se eu subir até os céus, ali estais; *
se eu descer até o abismo, estais presente. R.
9 Se a aurora me emprestar as suas asas, *
para eu voar e habitar no fim dos mares;
10 mesmo lá vai me guiar a vossa mão *
e segurar-me com firmeza a vossa destra. R.
13 Fostes vós que me formastes as entranhas, *
e no seio de minha mãe vós me tecestes.
14 Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, +
porque de modo admirável me formastes! *
Que prodígio e maravilha as vossas obras! R.
Evangelho: Lc 10,13-16
“Quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus: 13 Ai de ti, Corazim! Aí de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14 Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15 Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16 Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
04 de Outubro 2018
A SANTA MISSA

26ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira
Memória: São Francisco de Assis
Cor: Branca
1ª Leitura: Jó 19,21-27
“Eu sei que o meu redentor está vivo”.
Leitura do Livro de Jó
Disse Jó: 21 Piedade, piedade de mim, meus amigos, pois a mão de Deus me feriu! 22 Por que me perseguis como Deus, e não vos cansais de me torturar? 23 Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24 com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! 25 Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26 e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27 Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros. Dentro de mim consomem-se os meus rins.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 26,7-8a. 8b-9abc. 13-14 (R. 13)
R. Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver,
na terra dos viventes.
7 Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo,+
atendei por compaixão!*
8a Meu coração fala convosco confiante. R.
8b é vossa face que eu procuro,+
9a Não afasteis em vossa ira o vosso servo,*
sois vós o meu auxílio!
9b Não me esqueçais nem me deixeis abandonado,*
9c meu Deus e Salvador! R.
13 Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver*
na terra dos viventes.
14 Espera no Senhor e tem coragem,*
espera no Senhor! R.
Evangelho: Lc 10,1-12
“A vossa paz repousará sobre ele”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 1 O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2 E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3 Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4 Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5 Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: “A paz esteja nesta casa!” 6 Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7 Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8 Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9 curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: “O Reino de Deus está próximo de vós.” 10 Mas, quando entrardes numa cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: 11 Até a poeira de vossa cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo! 12 Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
TEMPO COMUM. VIGÉSIMA SEXTA SEMANA. QUARTA-FEIRA
– Desprendimento necessário para seguir o Senhor. Os bens materiais são apenas meios. Aprender a viver a pobreza cristã.
– Conseqüências da pobreza: o uso do dinheiro, evitar os gastos desnecessários, o luxo, o capricho...
– Outras manifestações da pobreza cristã: rejeitar o supérfluo, as falsas necessidades... Enfrentar com alegria a escassez e a necessidade.
I. RELATA O EVANGELHO da Missa1 que Jesus se dispunha a passar para a outra margem do lago quando se aproximou dEle um escriba que queria segui-lo: Seguir-te-ei para onde quer que vás, diz-lhe. Jesus expõe-lhe em breves palavras o panorama que o espera: a renúncia ao conforto pessoal, o desprendimento das coisas, uma disponibilidade completa ao querer divino: As raposas têm as suas covas e as aves do céu os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
Jesus pede aos seus discípulos, a todos, um desprendimento habitual: a atitude firme de estar por cima das coisas que necessariamente se têm de usar. Para nós, que fomos chamados a seguir o Senhor sem sair do mundo, manter o coração desprendido dos bens materiais, sem deixar de usar o necessário, requer uma atenção constante, sobretudo numa época em que parece imperar o desejo de possuir e saborear tudo o que agrada aos sentidos e em que, para muitos – dá essa impressão –, esse é o principal fim da vida2. Viver a pobreza que Cristo nos pede requer uma grande delicadeza interior: nos desejos, no pensamento, na imaginação; exige que se viva com o mesmo espírito do Senhor3.
Uma das primeiras manifestações da pobreza evangélica é utilizar os bens como meios4, não como fins em si mesmos.
As coisas materiais são bens unicamente quando se utilizam para um fim superior: sustentar a família, educar os filhos, adquirir uma maior cultura em benefício da sociedade, ajudar as obras de apostolado e os que passam privações...
Mas isto não é fácil de viver na prática, porque o homem tende a deixar que o coração se apegue sem medida nem temperança aos meios materiais. É necessário aprender na vida real como temos de comportar-nos para não cair nesses duros laços que impedem de subir até o Senhor. E isto tanto no caso de possuirmos muitos bens como de não possuirmos nenhum, pois a pobreza não se confunde com o não ter: “A pobreza que Jesus declarou bem-aventurada é aquela que é feita de desapego, de confiança em Deus, de sobriedade e disposição de compartilhar”5. Esta é a pobreza daqueles que devem viver e santificar-se no meio do mundo.
O próprio São Paulo nos diz que teve de enfrentar essa aprendizagem para chegar a viver desprendido em todas as circunstâncias: Aprendi a viver na pobreza – diz aos cristãos de Filipos –; aprendi a viver na abundância [...]. Estou acostumado a tudo: à fartura e à escassez; à riqueza e à pobreza. Tudo posso naquele que me conforta6. A sua segurança e a sua confiança estavam postas em Deus.
II. NÃO PODEMOS DEIXAR de contemplar a figura de Cristo, que não tinha onde reclinar a cabeça..., porque, se queremos segui-lo, temos de imitá-lo. Ainda que tenhamos de utilizar meios materiais para cumprir a nossa missão no mundo, o nosso coração tem de estar como o do Senhor: livre de laços.
A verdadeira pobreza cristã é incompatível não só com a ambição de bens supérfluos, mas também com a inquieta preocupação pelos necessários. Se alguém que quisesse seguir o Senhor de perto viesse a afligir-se e a perder a paz por causa das preocupações econômicas, isso indicaria que a sua vida interior se estava enchendo de tibieza e que estaria tentando servir a dois senhores7. Pelo contrário, a aceitação das privações e das incomodidades que a pobreza traz consigo é algo que une estreitamente a Jesus Cristo, e é sinal de predileção da parte do Senhor, que deseja o bem para todos, mas de modo especial para aqueles que o seguem.
Um aspecto da pobreza cristã é o que se refere ao uso do dinheiro. Há coisas que são objetivamente luxuosas e que não condizem com um discípulo de Cristo, mesmo que sejam normais no meio em que ele se desenvolve. São objetos, viagens ao estrangeiro, restaurantes requintados, roupas caras... que não devem figurar nos gastos nem no uso de quem deseja ter por Mestre Aquele que não tinha onde reclinar a cabeça. Prescindir dessas comodidades ou luxos é coisa que talvez venha a chocar as pessoas do nosso ambiente, mas pode ser, em não poucas ocasiões, o meio de que o Senhor queira servir-se para que muitas delas se sintam movidas a sair do seu aburguesamento.
Os gastos motivados pelo capricho são, por outro lado, o que há de mais oposto ao espírito de mortificação, ao sincero anelo de imitar Jesus. É lógico pensar que também não teria o espírito de Cristo quem se deixasse levar por esses desejos pela simples razão de que quem os paga é o Estado, a empresa ou um familiar... O coração ficaria ao nível da terra, impossibilitado de levantar vôo até os bens sobrenaturais ou mesmo de compreender que existem.
Pobres, por amor de Cristo, na abundância e na escassez. Em cada uma dessas situações, o uso dos bens adquirirá umas formas talvez diferentes, mas os sentimentos e as disposições do coração serão os mesmos. Copio este texto, porque pode dar paz à tua alma: «Encontro-me numa situação econômica tão apertada como nunca. Não perco a paz. Tenho absoluta certeza de que Deus, meu Pai, resolverá todo este assunto de uma vez. “«Quero, Senhor, abandonar o cuidado de todas as minhas coisas nas tuas mãos generosas. A nossa Mãe – a tua Mãe! –, a estas horas, como em Caná, já fez soar aos teus ouvidos: – Não têm!... Eu creio em Ti, espero em Ti, amo-Te, Jesus: para mim, nada; para eles»”8. Talvez muitas vezes tenhamos necessidade de fazer nossa esta oração.
III. NÓS QUEREMOS seguir Cristo de perto, viver como Ele viveu, no meio do mundo, nas circunstâncias particulares em que nos cabe viver. Um aspecto da pobreza que o Senhor nos pede é cuidarmos, para que durem, dos objetos que utilizamos. Esta atitude requer mortificação, um sacrifício pequeno, mas constante, porque é mais cômodo largar a roupa em qualquer lugar e de qualquer forma, ou deixar para mais tarde – sem data fixa – esse pequeno conserto que, se se realiza logo, evita um gasto maior.
Também quem procura não ter nada de supérfluo está próximo do desprendimento que Cristo nos pede. Para isso, é necessário que nos perguntemos muitas vezes: necessito realmente destes objetos, de duas canetas ou duas esferográficas...?
“O supérfluo dos ricos – afirma Santo Agostinho – é o necessário dos pobres. Possuem-se coisas alheias quando se possui o supérfluo”9.
Sapatos, utensílios, roupas, aparelhos eletrônicos, material esportivo..., tudo isso que tenho armazenado faz-me realmente falta? Tenho presente que, em boa parte, o desprendimento cristão consiste em “não considerar – de verdade – coisa alguma como própria”10, e atuo de modo conseqüente?
É evidente que a pobreza cristã é compatível com esses adornos da casa de uma família cristã, que se distingue mais pelo bom gosto, pela limpeza (fazer com que as coisas brilhem e rendam) e pela simplicidade do que pela ostentação. A casa deve ser um lugar em que a família se sinta à vontade e a que todos os membros desejem chegar quanto antes pelo carinho que nela se respira, mas não um lugar que seja uma constante ocasião de aburguesamento, de falta de sacrifício nas crianças e nos adultos...
Privar-se do supérfluo significa, sobretudo, não criar necessidades. “Temos que ser exigentes conosco na vida cotidiana, para não inventar falsos problemas, necessidades artificiais que, em último termo, procedem da arrogância, do capricho, de um espírito comodista e preguiçoso. Devemos caminhar para Deus a passo rápido, sem bagagem e sem pesos mortos que dificultem a marcha”11.
Não ter coisas supérfluas ou desnecessárias significa, pois, aprender a não criar falsas necessidades, das quais podemos prescindir com um pouco de boa vontade. E, ao mesmo tempo, agradecer ao Senhor que não nos estejam faltando os meios necessários para o trabalho, para o sustento das pessoas que dependem de nós e para podermos ajudar as obras apostólicas em que colaboramos; estando dispostos a prescindir deles, se Deus assim o permitir.
A Virgem Santa Maria ajudar-nos-á a levar à prática, de verdade, este conselho: “Não ponhas o coração em nada de caduco: imita a Cristo, que se fez pobre por nós e não tinha onde reclinar a cabeça. – Pede-lhe que te conceda, no meio do mundo, um efetivo desprendimento, sem atenuantes”12.
(1) Lc 9, 57-62; (2) cfr. Concílio Vaticano II, Constituição Gaudium et spes, 63; (3) cfr. São Francisco de Sales, Introdução à vida devota, III, 15; (4) Adolphe Tanquerey, Compendio de teologia ascética e mística, Palabra, Madrid, 1990, n. 897; (5) Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução Sobre a liberdade cristã e a libertação, 22.03.86, 66; (6) Fil 4, 12-13; (7) cfr. Mt 6, 24; (8) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 807; (9) Santo Agostinho, Comentário sobre o Salmo 147; (10) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 524; (11) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 125; (12) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 523.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
03 de Outubro 2018
A SANTA MISSA

26ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira
Memória: Ss. André de Soveral, Ambrósio Francisco
e companheiros, protomártires do Brasil
Cor: Vermelha
1ª Leitura: Jó 9, 1-12.14-16
“Como poderia o homem ser justo diante de Deus?”
Leitura do Livro de Jó
1Jó respondeu a seus amigos e disse: 2 “Sei muito bem que é assim: como poderia o homem ser justo diante de Deus? 3 Se quisesse disputar com ele, entre mil razões não haverá uma para rebatê-lo. 4 Ele é sábio de coração e poderoso em força; quem poderia enfrentá-lo e ficar ileso? 5 Ele desloca as montanhas, sem que elas percebam e as derruba em sua cólera. 6 Ele abala a terra em suas bases e suas colunas vacilam. 7 Ele manda ao sol que não brilhe e guarda escondidas as estrelas. 8 Sozinho desdobra os céus, e caminha sobre as ondas do mar. 9 Criou a Ursa e o Órion, as Plêiades e as constelações do Sul. 10 Faz prodígios insondáveis, maravilhas sem conta. 11 Se passa junto de mim, não o vejo, e quando se afasta, não o percebo. 12 Se ele apanha uma presa, quem ousa impedi-lo? Quem pode dizer-lhe: – O que está fazendo? 14 Quem sou eu para replicar-lhe, e contra ele escolher meus argumentos? 15 Ainda que eu tivesse razão, não poderia replicar, e deveria pedir misericórdia ao meu juiz. 16 Se eu clamasse e ele me respondesse, não creio que daria atenção à minha voz”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 87(88), 10bc-11.12-13.14-15(R. 3a)
R. Chegue a minha oração até a vossa presença!
10b Clamo a vós, ó Senhor sem cessar, todo o dia, *
10c minhas mãos para vós se levantam em prece.
11 Para os mortos, acaso, faríeis milagres? *
poderiam as sombras erguer-se e louvar-vos? R.
12 No sepulcro haverá quem vos cante o amor *
e proclame entre os mortos a vossa verdade?
13 Vossas obras serão conhecidas nas trevas, *
vossa graça, no reino onde tudo se esquece? R.
14 Quanto a mim, ó Senhor, clamo a vós na aflição, *
minha prece se eleva até vós desde a aurora.
15 Por que vós, ó Senhor, rejeitais a minh’alma? *
E por que escondeis vossa face de mim? R.
Evangelho: Lc 9, 57-62
“Eu te seguirei para onde quer que fores.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 57Enquanto estavam caminhando, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores.”58 Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.” 59 Jesus disse a outro: “Segue-me.” Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai.” 60 Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus.” 61 Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares.” 62 Jesus, porém, respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino de Deus.”
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
02 de Outubro 2018
A SANTA MISSA

Memória: Santos Anjos da Guarda
Cor: Branca
1ª Leitura: Ex 23,20-23
“Vou enviar um anjo que vá à tua frente”.
Leitura do Livro do Êxodo
Assim diz o Senhor: 20 Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. 21 Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas transgressões, e nele está o meu nome. 22 Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários. 23 O meu anjo irá à tua frente e te conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos fereseus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuseus, e eu os exterminarei.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 90(91),1-2.3-4.5-6.10-11 (R. 11)
R. O Senhor deu uma ordem aos seus anjos,
para em todos os caminhos te guardarem.
1 Quem habita ao abrigo do Altíssimo *
e vive à sombra do Senhor onipotente,
2 diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, *
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”. R.
3 Do caçador e do seu laço ele te livra. *
Ele te salva da palavra que destrói.
4 Com suas asas haverá de proteger-te, *
com seu escudo e suas armas, defender-te. R.
5 Não temerás terror algum durante a noite, *
nem a flecha disparada em pleno dia;
6 nem a peste que caminha pelo escuro, *
nem a desgraça que devasta ao meio-dia. R.
10 Nenhum mal há de chegar perto de ti, *
nem a desgraça baterá à tua porta;
11 pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos *
para em todos os caminhos te guardarem. R.
Evangelho: Mt 18,1-5.10
“Os seus anjos nos céus veem sem cessar
a face do meu Pai que está nos céus”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquela hora, 1 Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2 Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3 e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4 Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5 E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10 Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!