05 de Novembro 2018

A SANTA MISSA

31ª Semana do Tempo Comum – Segunda-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Fl 2,1-4

 “Tornai completa a minha alegria:
aspirai à mesma coisa”. 

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses

Irmãos: 1 Se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, 2 tornai então completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. 3 Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante, 4 e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 130,1.2.3

R. Guardai-me, ó Senhor, convosco, em vossa paz!

Senhor, meu coração não é orgulhoso,*
nem se eleva arrogante o meu olhar;
não ando à procura de grandezas,*
nem tenho pretensões ambiciosas! R.

2 Fiz calar e sossegar a minha alma;*
ela está em grande paz dentro de mim,
como a criança bem tranquila, amamentada*
no regaço acolhedor de sua mãe.     R.

3 Confia no Senhor, ó Israel,*
desde agora e por toda a eternidade!     R. 

Evangelho: Lc 14,12-14 

 “Não convides teus amigos mas, os pobres e os aleijados”. 

 – O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 12 E disse também a quem o tinha convidado: ‘Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13 Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14 Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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04 de Novembro 2018

A SANTA MISSA

Solenidade de Todos os Santos 
Cor: Branca

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1ª Leitura: Ap 7,2-4.9-14

 “Vi uma multidão imensa de gente de todas
as nações, tribos, povos e línguas”. 

Leitura do Livro do Apocalipse de São João

Eu, João, 2 vi um outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo e gritava, em alta voz, aos quatro anjos que tinham recebido o poder de danificar a terra e o mar, dizendo-lhes: 3 “Não façais mal à terra, nem ao mar nem às arvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus”. 4 Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. 9 Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 10 Todos proclamavam com voz forte: “A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”. 11 Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos e dos quatro Seres vivos e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo: 12 “Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém” 13 E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: “Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?” 14 Eu respondi: “Tu é que sabes, meu senhor”. E então ele me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)

R. É assim a geração dos que procuram o Senhor!

Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, *
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares, *
e sobre as águas a mantém inabalável.    R.

3 “Quem subirá até o monte do Senhor, *
quem ficará em sua santa habitação?”
4a “Quem tem mãos puras e inocente coração, *
4b quem não dirige sua mente para o crime.     R.

5 Sobre este desce a bênção do Senhor *
e a recompensa de seu Deus e Salvador”.
6 “É assim a geração dos que o procuram, *
e do Deus de Israel buscam a face”.     R. 

2ª Leitura: 1Jo 3,1-3

 “Veremos Deus tal como é”. 

Leitura da Primeira Carta de São João

Caríssimos, 1 Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2 Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3 Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Mt 5,1-12a 

 “Bem-aventurados os pobres em espírito. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo: 1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 ‘Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12a Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Solenidade de Todos os Santos

03 de Novembro

Solenidade de Todos os Santos

Santo Agostinho diversas vezes em seus escritos recorda-se do Monte Olimpo. Montanha tão alta que lá não se sente nem ventos, nem nuvens, nem chuvas. Nem mesmo as aves podem lá pousar, porque fica tão alto, que o ar ali é muito puro e subtil, e por isso não se podem lá produzir e sustentar as nuvens que precisam de ar mais denso.

Por esta mesma razão, nem as aves nem os homens podem lá viver, porque, sendo o ar tão rarefeito e leve, não é suficiente para poder respirar. Alguns que conseguiram subir tiveram de levar consigo esponjas molhadas para que, pondo-as no nariz, pudessem adensar o ar, e respirar melhor. Estes alpinistas lá no cimo do monte escreviam certas letras no pó, e no ano seguinte encontravam-nas tão inteiras e bem formadas como as tinham deixado, pois lá não chegavam nem os ventos nem as chuvas.

Pois bem, este é o estado de perfeição a que subiram e chegaram os que possuem uma inteira conformidade com a vontade de Deus. Subiram tão alto e alcançaram tamanha paz, que não há nuvem, nem ventos, nem chuvas que lá cheguem, nem aves de rapina que salteiam nem roubam a paz e alegria de seu coração, são estes os Bem-aventurados de quem Nosso Senhor fala no Evangelho desta Solenidade de Todos os Santos.

Na Solenidade de Todos os Santos a Igreja celebra todos aqueles que já se encontram na plena posse da visão beatífica, inclusive os não canonizados. Sim, alegremo-nos, porque santos são também — no sentido lato do termo — todos os que fazem parte do Corpo Místico de Cristo: não só os que conquistaram a glória celeste, como também os que satisfazem a pena temporal no Purgatório, e os que, ainda na Terra de exílio, vivem na graça de Deus.

 O contraste entre a Antiga e a Nova Lei

Em primeiro lugar, apreciemos o contraste desta cena do Sermão da Montanha com outro importante discurso da História Sagrada: a promulgação da Antiga Lei, no Monte Sinai (cf. Ex 19—23).

No Sinai, foi dado a Moisés um código de leis, com severos castigos para quem o transgredisse; na montanha, Nosso Senhor mostra, com misericórdia sem limites, quais os prêmios e as maravilhas concedidas por Deus a quem pratica a virtude e cumpre a Lei. No Sinai, Moisés representa a Lei, servindo de exemplo por seu zelo em cumprir essa mesma Lei; na montanha, Jesus Cristo é o modelo perfeito da lei da bondade.

Nessa perspectiva de bondade, Jesus proclama as Bem-aventuranças, mostrando a que alturas é capaz de se elevar uma alma pelo florescimento dos dons do Espírito Santo, produzindo atos de virtude heroica. Ser santo, então, significa ser um bem-aventurado no tempo para depois sê-lo na eternidade.

A filiação divina nos confere uma qualidade

Em que consiste, pois, essa bem-aventurança? Na segunda leitura (I Jo 3, 1-3) São João nos dá a resposta: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus. E nós realmente o somos” (I Jo 3, 1a). Na verdade, por ocasião do Batismo, embora a natureza humana continue a mesma, com inteligência, vontade e sensibilidade, acrescenta-se em nós uma qualidade: a participação na própria natureza divina, que nos assume por completo. A graça, explica São Boaventura, “é um dom que purifica, ilumina e aperfeiçoa a alma; que a vivifica, a reforma e a consolida; que a eleva, a assimila e a une a Deus, tornando-a aceitável; pelo que semelhante dom justamente chama-se graça, pois nos faz gratos, isto é, graça gratificante”.

Sendo um bem do espírito, não pode ser vista com os olhos materiais, pois estes captam só o que é sensível, mas comprovamos, isto sim, seus efeitos. Santa Catarina de Sena, a quem Nosso Senhor concedera a graça de contemplar o estado das almas, chegou a afirmar a seu confessor: “Meu pai, se vísseis o fascínio de uma alma racional, não duvido que daríeis cem vezes a vida pela sua salvação, porque neste mundo nada há que se lhe possa igualar em beleza”.

Imaginemos um vitral esplendoroso, com uma perfeita combinação de cores, fabricado com vidro da melhor qualidade, contendo até ouro na sua composição. Uma vez posto na janela, se não é iluminado, que valor terá peça tão espetacular? Entretanto, a partir do momento em que os raios de luz sobre ele incidem, brilhará com extraordinários matizes, desdobrando-se em mil reflexos multicoloridos.

Da mesma forma como a luz ilumina o vitral, também a graça confere nova qualidade à alma humana, que é, por assim dizer, submersa na natureza divina.

Uma semente da glória futura

Filhos de Deus… “nós o somos! Se o mundo não nos conhece é porque não conheceu o Pai. Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos” (I Jo 3, 1b-2a). De fato, enquanto permanecemos neste mundo, em estado de prova, temos a graça santificante, recebida no Batismo, e as graças atuais, que Deus derrama sobre nós ao longo da nossa existência. Todavia, estamos apenas no começo do caminho, pois, só quando contemplarmos a Deus face a face, esta graça se transformará em glória e chegaremos ao “estado de homem feito, a estatura própria da maturidade de Cristo” (Ef 4, 13).

A ideia da felicidade eterna

Esta é a felicidade absoluta da qual os Santos, já gozam em plenitude na eternidade e com a qual nenhuma consolação desta vida é comparável. Nossa ideia a propósito da felicidade é tão humana, que julgamos, muitas vezes, possuí-la em grau máximo ao obter algo que muito desejamos. A mera inteligência do homem não alcança a compreensão da felicidade do Céu, pois em relação a Deus somos como formigas que, andando pela terra, levantassem a cabeça para olhar o voo de uma águia no céu. A diferença entre uma formiga e uma águia é ridícula perto da infinitude existente entre a razão humana e a inteligência divina. E ainda que, dotados de uma capacidade incomum, passássemos trezentos bilhões de anos estudando, nosso verbo continuaria falho e não encontraríamos termos para nos expressarmos devidamente a respeito de Deus.

Um empréstimo da inteligência divina

Pois bem, em seu infinito amor, Deus quis dar às criaturas inteligentes, Anjos e homens, um empréstimo de sua luz intelectual, o lumen gloriæ. O eminente dominicano padre Santiago Ramírez define o lumen gloriæcomo “um hábito intelectual operativo, infuso per se, pelo qual o entendimento criado se faz deiforme e torna-se imediatamente disposto à união inteligível com a própria essência divina, e se torna capaz de realizar o ato da visão beatífica”.

Esse “fazer-se deiforme” significa que quem entra na bem-aventurança e contempla a Deus face a face se torna semelhante a Ele, como afirma São João na continuação de sua Epístola: “Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é” (I Jo 3, 2b). Só no Céu veremos a Nosso Senhor Jesus Cristo de fato, uma vez que enquanto viveu na Terra ninguém O viu tal qual Ele é.

Sigamos o exemplo daqueles que nos precederam na graça e nos esperam na glória!

O homem, ainda quando privado da graça, tem uma apetência de infinito que não descansa enquanto não for saciada pela união com Deus. É o que revela Santo Agostinho, em suas Confissões: “E eis que Tu estavas dentro de mim e eu fora, e fora Te procurava; e, disforme como era, lançava-me sobre as coisas belas que criaste. Tu estavas comigo, mas eu não estava contigo. Retinham-me longe de Ti aquelas coisas que, se não estivessem em Ti, não existiriam”.  Essa felicidade imensa e indescritível, para a qual todos nós somos criados, só a atingiremos seguindo os passos daqueles que nos precederam com o sinal da Fé e que já gozam dela, por sua fidelidade a tal chamado.

Peçamos que essa bem-aventurança eterna seja também para nós um privilégio, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, das lágrimas de Nossa Senhora e da intercessão de todos os Santos que hoje comemoramos, a fim de um dia nos encontrarmos em sua companhia no Céu. Enquanto lá não chegarmos, podemos nos relacionar com essa enorme plêiade de irmãos celestes, membros do mesmo Corpo, por um canal direto muito mais eficiente do que qualquer meio de comunicação moderno: a oração, o amor a Deus e o amor a eles enquanto unidos a Deus. Tenhamos a certeza de que, do alto, eles nos olham com benevolência, rogam por nós e nos protegem.


TEMPO COMUM. TRIGÉSIMA SEMANA. SÁBADO

– Os primeiros lugares.
– Humildade de Maria.
– Frutos da humildade.

I. TODOS OS DIAS são bons para fazer uns minutos de oração junto da Virgem, mas hoje, sábado, é um dia especialmente apropriado, pois são muitos os cristãos de todas as regiões da terra que procuram que os sábados transcorram muito perto de Maria.

Aproximamo-nos dEla, no dia de hoje, para que nos ensine a progredir na virtude da humildade, fundamento de todas as outras, pois a humildade “é a porta pela qual passam as graças que Deus nos outorga; é ela que amadurece todos os nossos atos, dando-lhes valor e fazendo com que sejam agradáveis a Deus. Finalmente, constitui-nos donos do coração de Deus, até fazer dEle, por assim dizer, nosso servidor, pois Deus nunca pode resistir a um coração humilde1. É tão necessária à salvação que Jesus aproveita qualquer circunstância para elogiá-la.

O Evangelho da Missa2 diz que Jesus foi convidado para um banquete. Na mesa, como também acontece freqüentemente nos nossos dias, havia lugares de honra. Os convidados, talvez atabalhoadamente, dirigiam-se para esses lugares mais considerados. Jesus observava-os. A certa altura, quando talvez a refeição estava já a ponto de terminar, num desses momentos em que a conversa se torna menos ruidosa, disse: Quando fores convidado para umas bodas, não te sentes no primeiro lugar [...]. Mas vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, vem mais para cima. Então serás muito honrado na presença de todos os comensais. Porque todo aquele que se exalta será humilhado; e aquele que se humilha será exaltado.

Jesus ocupou provavelmente um lugar discreto ou aquele que o anfitrião lhe indicou. Ele sabia onde estar, e ao mesmo tempo apercebeu-se da atitude pouco elegante, mesmo humanamente, de alguns comensais. Estes, por sua vez, enganaram-se por completo, porque não souberam perceber que o melhor lugar é sempre ao lado de Jesus. Era em ocupar esse lugar, ao lado de Jesus, que deveriam porfiar. Na vida dos homens, observa-se não poucas vezes uma atitude parecida à desses comensais: quanto empenho em serem considerados e admirados, e que pouco em permanecerem perto de Deus! Nós pedimos hoje a Santa Maria, neste tempo de oração e ao longo do dia, que nos ensine a ser humildes, que é a única maneira de crescermos no amor ao seu Filho, de estarmos perto dEle. A humildade conquista o Coração de Deus.

“«Quia respexit humilitatem ancillae suae» – porque viu a baixeza da sua escrava... Cada dia me persuado mais de que a humildade autêntica é a base de todas as virtudes! Fala com Nossa Senhora, para que Ela nos vá adestrando em caminhar por essa senda”3.

II. A VIRGEM MOSTRA-NOS o caminho da humildade. É uma virtude que não consiste essencialmente em reprimir os impulsos da soberba, da ambição, do egoísmo, da vaidade..., pois Nossa Senhora nunca teve nenhum desses movimentos e, no entanto, foi humilde em grau eminente. A palavra “humildade” vem do latim humus, terra, e significa inclinar-se para a terra. Trata-se de uma virtude que consiste fundamentalmente em inclinar-se diante de Deus e diante de tudo o que há de Deus nas criaturas4, em reconhecer a nossa pequenez e indigência em face da grandeza do Senhor.

As almas santas “sentem uma alegria muito grande em aniquilar-se diante de Deus, em reconhecer que só Ele é grande e que, em comparação com a dEle, todas as grandezas humanas estão vazias de verdade e não são mais do que mentira”5. Este aniquilamento não reduz, não encurta as verdadeiras aspirações da criatura, mas enobrece-as e concede-lhes novas asas, abre-lhes horizontes mais amplos.

Quando Nossa Senhora é escolhida como Mãe de Deus, proclama-se imediatamente sua escrava6. E no momento em que ouve a sua prima Santa Isabel dizer-lhe que é bendita entre as mulheres7, dispõe-se a servi-la. É a cheia de graça8, mas guarda na sua intimidade a grandeza que lhe foi revelada. Não desvenda o mistério nem sequer a José; deixa que a Providência o faça no momento oportuno. Cheia de alegria, canta as coisas grandes que se realizaram nEla, mas diz que essas maravilhas cabem ao Todo-Poderoso; da sua parte, só colaborou com a sua pequenez e o seu querer9.

“Ignorava-se a si mesma. Por isso, aos seus próprios olhos, não contava absolutamente nada. Não viveu preocupada consigo própria, mas com a vontade de Deus. Por isso pôde medir plenamente o alcance da sua baixeza e da sua condição de criatura – desamparada e segura ao mesmo tempo –, sentindo-se incapaz de tudo, mas sustentada por Deus. A conseqüência foi que se entregou a Deus, que viveu para Deus”10. Nunca buscou a sua própria glória, nem se esforçou por aparecer, nem ambicionou os primeiros lugares nos banquetes, nem quis ser considerada ou receber elogios por ser a Mãe de Jesus. Procurou unicamente a glória de Deus.

A humildade funda-se na verdade, na realidade; sobretudo numa certeza: a de que a distância que existe entre o Criador e a criatura é infinita. Quanto mais se compreende esta distância e o modo como Deus se aproxima da criatura com os seus dons, a alma, com a ajuda da graça, torna-se mais humilde e agradecida. Quanto mais alto se encontra uma criatura, mais compreende esse abismo; por isso a Virgem foi tão humilde.

Ela, a Escrava do Senhor, é hoje a Rainha do universo. Cumpriram-se nEla, de modo eminente, as palavras de Jesus no final da parábola: quem se humilha, quem ocupa o seu lugar diante de Deus e dos homens, será exaltado. Quem é humilde ouve Jesus dizer-lhe: Amigo, vem mais para cima. “Saibamos pôr-nos ao serviço de Deus sem condições, e seremos elevados a uma altura incrível; participaremos da vida íntima de Deus – seremos como deuses! –, mas pelo caminho regulamentar: o da humildade e da docilidade ao querer do nosso Deus e Senhor”11.

III. A HUMILDADE FAR-NOS-Á descobrir que todas as coisas boas que existem em nós vêm de Deus, tanto no âmbito da natureza como no da graça: Diante de ti, Senhor, a minha vida é como um nada12, exclama o Salmista. Somente a fraqueza e o erro é que são especificamente nossos.

Ao mesmo tempo, porém, a humildade nada tem a ver com a timidez, com a pusilanimidade ou a mediocridade. Longe de apoucar-se, a alma humilde coloca-se nas mãos de Deus e enche-se de alegria e de agradecimento quando o Senhor quer fazer grandes coisas através dela. Os santos foram homens magnânimos, capazes de grandes empreendimentos para a glória de Deus. O humilde é audaz porque conta com a graça do Senhor, que tudo pode, porque recorre com freqüência à oração – reza muito –, convencido da absoluta necessidade da ajuda divina. E por ser simples e nada arrogante ou auto-suficiente, atrai as amizades, que são veículo para uma ação apostólica eficaz e de longo alcance.

A humildade é o fundamento de todas as virtudes, mas é-o especialmente da caridade: na medida em que nos esquecemos de nós mesmos, podemos interessar-nos verdadeiramente pelos outros e atender às suas necessidades.

Ao redor destas duas virtudes encontram-se todas as outras. “Humildade e caridade são as virtudes mães – afirma São Francisco de Sales –; as outras seguem-nas como os pintinhos seguem a galinha”13. Em sentido contrário, a soberba, aliada ao egoísmo, é a “raiz e mãe” de todos os pecados, mesmo dos capitais14, e o maior obstáculo que o homem pode opor à graça.

A soberba e a tristeza andam frequentemente de mãos dadas15, enquanto a alegria é patrimônio da alma humilde. “Olhai para Maria. Jamais criatura alguma se entregou com tanta humildade aos desígnios de Deus. A humildade da ancilla Domini (Lc 1, 38), da escrava do Senhor, é a razão pela qual a invocamos como causa nostrae laetitiae, como causa da nossa alegria. Eva, depois de pecar por ter querido na sua loucura igualar-se a Deus, escondia-se do Senhor e envergonhava-se: estava triste. Maria, ao confessar-se escrava do Senhor, é feita Mãe do Verbo divino e enche-se de júbilo. Que este seu júbilo, de Mãe boa, nos contagie a todos nós: que nisto saiamos a Ela – a Santa Maria –, e assim nos pareceremos mais com Cristo”16.

(1) Cura d’Ars, Sermão para o décimo domingo depois de Pentecostes; (2) Lc 14, 1, 7-11; (3) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 289; (4) cfr. Réginald Garrigou-Lagrange, Las tres edades de la vida interior, vol. II, pág. 670; (5) ibid.; (6) cfr. Lc 1, 38; (7) Lc 1, 42; (8) Lc 1, 28; (9) cfr. Lc 1, 47-49; (10) Federico Suárez, A Virgem Nossa Senhora, pág. 129; (11) cfr. Antonio Orozco Delclos, Olhar para Maria, pág. 138; (12) Sl 38, 6; (13) São Francisco de Sales, Epistolário; (14) São Tomás de Aquino, Suma teológica, II-II, q. 162, aa. 7-8; (15) cfr. Cassiano, Colações, 16; (16)  São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 109.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal

03 de Outubro 2018

A SANTA MISSA

30ª Semana do Tempo Comum – Sábado 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Fl 1,18b-26

 “Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro”. 

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses

Irmãos: 18b De qualquer maneira, com segundas intenções ou com sinceridade, Cristo é anunciado. E eu me alegro com isso, e sempre me alegrarei. 19 Pois eu sei que isso resultará na minha salvação graças à vossa oração e à assistência do Espírito de Jesus Cristo. 20 Segundo a minha viva expectativa e a minha esperança, não terei de corar de vergonha. Se a minha firmeza continuar total, como sempre, então Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. 21 Pois para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. 22 Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher. 23 Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo – o que para mim seria de longe o melhor – 24 mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. 25 Por isso, sei com certeza que vou ficar e continuar com vós todos, para que possais progredir e alegrar-vos na fé. 26 Assim, com a minha volta para junto de vós, vai aumentar ainda a razão de vos gloriardes em Cristo Jesus.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 41 (42),2. 3. 5 (R. 3a)

R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!

2Assim como a corça suspira *
pelas águas correntes,
suspira igualmente minh’alma *
por vós, ó meu Deus! R.

3 Minha alma tem sede de Deus, *
e deseja o Deus vivo.
Quando terei a alegria de ver *
a face de Deus?    R.

5 Recordo saudoso o tempo *
em que ia com o povo.
Peregrino e feliz caminhando *
para a casa de Deus,
entre gritos, louvor e alegria *
da multidão jubilosa.      R. 

Evangelho: Lc 14,1.7-11 

 “Quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”. 

 – O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

1 Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7 Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8 “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9 e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10 Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11 Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado.”

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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02 de Outubro 2018

A SANTA MISSA

Solenidade: Comemoração de todos os Fiéis Defuntos
Cor: Roxa

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1ª Leitura: Jó 19, 1.23-27a

 “Eu sei que o meu Redentor está vivo.” 

Leitura do Livro de Jó

1 Jó tomou a palavra e disse: 23 “Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24 com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! 25 Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26 e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27a Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros”.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 26(27), 1.4.7 e 8b e 9a.13-14 (R. 1a ou 13)

R. O Senhor é minha luz e salvação.

O Senhor é minha luz e salvação;
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;
perante quem eu tremerei?    R.

Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,
e é só isto que eu desejo:
habitar no santuário do Senhor
por toda a minha vida;
saborear a suavidade do Senhor
E contemplá-lo no seu templo.    R.

Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo,
atendei por compaixão!
É vossa face que eu procuro.
Não afasteis em vossa ira o vosso servo,
Sois vós o meu auxílio!     R.

Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver
na terra dos viventes.
Espera no Senhor e tem coragem,
Espera no Senhor!     R.

Evangelho: Mt 11, 25-30 

 “Vinde a Mim…Eu vos aliviarei.” 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus exclamou: “Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

Evangelho: Mt 22, 34-40

 

“Amarás o Senhor teu Deus, e ao teu próximo como a ti mesmo”.

 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo:
34 Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo,
35 e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo:
36 ‘Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?’
37 Jesus respondeu: ‘`Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’
38 Esse é o maior e o primeiro mandamento.
39 O segundo é semelhante a esse: `Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’.
40 Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos.

 

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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01 de Novembro 2018

A SANTA MISSA

30ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ef 6, 10-20

 “Revesti, portanto, a armadura de Deus,
a fim de que, no dia mau, possais resistir e permanecer firmes em tudo.” 

Leitura da Carta de São Paulo apóstolo aos Efésios

10 Para terminar, irmãos, confortai-vos no Senhor, e no domínio de sua força, 11 revesti-vos da armadura de Deus, para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. 12 Pois não é a homens que enfrentamos, mas as autoridades, os poderes, as dominações deste mundo de trevas, os espíritos do mal que estão nos céus. 13 Revesti, portanto, a armadura de Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer firmes em tudo. 14 De pé, portanto! Cingi os vossos rins com a verdade, revesti-vos com a couraça da justiça 15 e calçai os vossos pés com a prontidão em anunciar o Evangelho da paz. 16 Tomai o escudo da fé, o qual vos permitirá apagar todas as flechas ardentes do Maligno. 17 Tomai, enfim, o capacete da salvação e o gládio do espírito, isto é, a Palavra de Deus. 18 Com preces e súplicas de vária ordem, orai em todas as circunstâncias, no Espírito, e vigiai com toda a perseverança, intercedendo por todos os santos. 19 Orai também por mim, para que a palavra seja colocada em minha boca para anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20 do qual sou embaixador acorrentado. Possa eu, como é minha obrigação, proclamá-lo com toda a ousadia.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 143(144), 1.2.9-10(R. 1a)

R. Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

1Bendito seja o Senhor, meu rochedo, +
que adestrou minhas mãos para a luta, *
e os meus dedos treinou para a guerra!     R.

2 Ele é meu amor, meu refúgio, *
libertador, fortaleza e abrigo;
É meu escudo: é nele que espero, *
ele submete as nações a meus pés.     R.

9 Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, *
nas dez cordas da harpa louvar-vos,
10 a vós que dais a vitória aos reis *
e salvais vosso servo Davi.    R. 

Evangelho: Lc 13, 31-35 

 “Não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.” 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

31 Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar.” 32 Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33 Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34 Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35 Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.”

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Santo Afonso Rodríguez

31 de Outubro

Santo Afonso Rodríguez

Afonso Rodríguez exerceu a princípio a profissão de mercador de tecidos na cidade de Segóvia, onde nasceu no dia 25 de julho de 1531. Deus, porém, que o chamava a uma vida mais perfeita, permitiu-lhe padecer uma série de provações, destinadas a desapegá-lo completamente do mundo.

Sofreu alguns prejuízos consideráveis no negócio, depois que a morte lhe levou a esposa e uma filha, às quais amava ternamente. Contudo, restava-lhe um filho, poderoso consolo para tão aflito coração; mas este morreu pouco tempo depois de sua mãe e de sua irmã.

Afonso, adorando a mão de Deus que o feria, desde então se dedicou totalmente às obras de mortificação cristã, e entregou-se à prática de grandes austeridades. Assim passou três anos, consultando Deus e suplicando-lhe que lhe desse a conhecer a sua vontade. Foi então que se decidiu pela Companhia de Jesus, na qual entrou no ano de 1509, e pronunciou os votos finais em 5 de abril de 1585.

Seus superiores confiaram-lhe o cargo de porteiro do colégio de Maiorca, humilde função que o santo religioso desempenhou até o fim de sua vida, durante numerosos anos. Foi neste posto, aparentemente tão insignificante, que se elevou à mais alta santidade, conservando a idéia de Deus continuamente presente no seu espírito, vivendo em permanente mortificação, obedecendo com humildade perfeita aos seus superiores, e dando provas de uma ilimitada caridade, de uma complacência e uma mansuetude inalteráveis, fosse em relação a seus irmãos, fosse em relação aos alunos e aos estrangeiros que freqüentavam o colégio.

Várias vezes, viram-no arrebatado em êxtase enquanto orava, mas os dons de Deus não lhe enchiam de vaidade o coração. Afonso Rodríguez considerava-se o maior dos pecadores e os favores que recebia do Senhor só serviam para incutir nele sentimentos da mais profunda humildade.

Esse santo religioso morreu no dia 31 de outubro de 1617, com a idade de oitenta e seis anos, e foi considerado objeto de uma veneração toda especial, tanto por parte do povo do lugar, como por parte de seus irmãos. No ano de 1627, o Papa Urbano VIII começou a informar-se sobre as suas virtudes.

Foi beatificado por Leão XII, em 20 de setembro de 1828, e canonizado por Pio IX.

Fonte: Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XVIII, p. 94-95


31 de Outubro 2018

A SANTA MISSA

30ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ef 6,1-9

 “Não sirvais como quem busca agradar aos homens,
mas como escravos de Cristo”.

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios

1 Filhos, obedecei aos vossos pais, no Senhor, pois isto é que é justo. 2 ‘Honra teu pai e tua mãe’ – é o primeiro mandamento – que vem acompanhado de uma promessa: 3 ‘a fim de que tenhas felicidade e longa vida sobre a terra’. 4 Vós, pais, não revolteis os vossos filhos contra vós, mas, para educá-los, recorrei à disciplina e aos conselhos que vêm do Senhor. 5 Escravos, obedecei aos vossos senhores deste mundo com respeito e tremor, de coração sincero, como a Cristo, 6 não para servir aos olhos, como quem busca agradar aos homens, mas como escravos de Cristo, que se apressam em fazer a vontade de Deus. 7 Servi de boa vontade, como se estivésseis servindo ao Senhor, e não a homens. 8 Vós o sabeis: o bem que cada um tiver feito, seja ele escravo ou livre, ele tornará a recebê-lo do Senhor. 9 E vós, senhores, fazei o mesmo para com os escravos. Deixai de lado a ameaça; vós sabeis que o Senhor deles e vosso está nos céus e diante dele não há acepção de pessoas.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 144 (145),10-11. 12-13ab. 13cd-14 (R. 13c)

R. O Senhor cumpre sempre suas promessas!

10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, *
e os vossos santos com louvores vos bendigam!
11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino *
e saibam proclamar vosso poder!    R.

12 Para espalhar vossos prodígios entre os homens *
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
13a O vosso reino é um reino para sempre, *
13b vosso poder, de geração em geração.    R.

13c O Senhor é amor fiel em sua palavra, *
13d é santidade em toda obra que ele faz.
14 Ele sustenta todo aquele que vacila *
e levanta todo aquele que tombou.    R.

Evangelho: Lc 13,22-30

“Virão do oriente e do ocidente,
e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 22 Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: 24 “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25 Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois.’ 26 Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27 Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. 29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30 E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.”

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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30 de Outubro 2018

A SANTA MISSA

30ª Semana do Tempo Comum – Terça-feira
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ef 5,21-33

 “Este mistério é grande,
e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja”.

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios

Irmãos: 21 Vós que temeis a Cristo, sede solícitos uns para com os outros. 22 As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor. 23 Pois o marido é a cabeça da mulher, do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu Corpo. 24 Mas como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos seus maridos. 25 Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. 26 Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. 27 Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga, nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. 28 Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29 Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; 30 e nós somos membros do seu corpo! 31 Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. 32 Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja. 33 Em todo caso, cada um, no que lhe toca, deve amar a sua mulher como a si mesmo; e a mulher deve respeitar o seu marido.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 127 (128),1-2. 3. 4-5 (R. 1a)

R. Felizes todos que respeitam o Senhor!

Feliz és tu se temes o Senhor*
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,*
serás feliz, tudo irá bem!    R.

3 A tua esposa é uma videira bem fecunda*
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira*
ao redor de tua mesa.    R.

4 Será assim abençoado todo homem*
que teme o Senhor.
5 O Senhor te abençoe de Sião,*
cada dia de tua vida.    R.

Evangelho: Lc 13,18-21

 “A semente cresce, torna-se uma grande árvore”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 18 Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19 Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos.” 20 Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21 Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.”

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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