12 de Novembro 2018
A SANTA MISSA

32ª Semana do Tempo Comum – Segunda-feira
Memória: São Josafá, bispo e mártir
Cor: Vermelha
1ª Leitura: Tt 1,1-9
“Para constituíres presbíteros conforme o que te ordenei.”
Início da Carta de São Paulo a Tito
1 Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para levar os eleitos de Deus à fé e a conhecerem a verdade da piedade 2 que se apoia na esperança da vida eterna. Deus, que não mente, havia prometido esta vida desde os tempos antigos, 3 e, no tempo marcado, manifestou a sua palavra por meio do anúncio que me foi confiado por ordem de Deus nosso salvador. 4 A Tito, meu legítimo filho na fé comum, graça e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo nosso Salvador. 5 Eu deixei-te em Creta, para organizares o que ainda falta e constituíres presbíteros em cada cidade, conforme o que te ordenei: 6 todo candidato deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, com filhos crentes, e não acusados de levianos ou insubordinados. 7 Porque é preciso que o epíscopo seja irrepreensível, como administrador posto por Deus. Não seja arrogante nem irascível nem dado ao vinho nem turbulento nem cobiçoso de lucros desonestos 8 mas hospitaleiro, amigo do bem, ponderado, justo, piedoso, continente, 9 firmemente empenhado no ensino fiel da doutrina, de sorte que seja capaz de exortar com só doutrina e refutar os contraditores.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 23 (24),1-2. 3-4ab. 5-6 (R. Cf. 6)
R. É assim a geração dos que buscam vossa face,
ó Senhor, Deus de Israel.
1 Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,*
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
2 porque ele a tornou firme sobre os mares,*
e sobre as águas a mantém inabalável. R.
3 ‘Quem subirá até o monte do Senhor,*
quem ficará em sua santa habitação?’
4a ‘Quem tem mãos puras e inocente coração,*
4b quem não dirige sua mente para o crime. R.
5 Sobre este desce a bênção do Senhor*
e a recompensa de seu Deus e Salvador’.
6 ‘É assim a geração dos que o procuram,*
e do Deus de Israel buscam a face’. R.
Evangelho: Lc 17,1-6
“Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes
vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 1 Jesus disse a seus discípulos: ‘É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2 Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. 3 Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4 Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.’ 5 Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé!’ 6 O Senhor respondeu: ‘Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
11 de Novembro 2018
A SANTA MISSA

32º Domingo do Tempo Comum – Ano B
Cor: Verde
1ª Leitura: 1Rs 17,10-16
“A viúva, do seu punhado de farinha, fez um pãozinho e o levou a Elias.”
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, 10 Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à porta da cidade, viu uma viúva apanhando lenha. Ele chamou-a e disse: “Por favor, traze-me um pouco de água numa vasilha para eu beber”. 11 Quando ela ia buscar água, Elias gritou-lhe: “Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão”. 12 Ela respondeu: “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão. Só tenho um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Eu estava apanhando dois pedaços de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho, para comermos e depois esperar a morte”. 13 Elias replicou-lhe: “Não te preocupes! Vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com isso um pãozinho e traze-o. Depois farás o mesmo para ti e teu filho. 14 Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até ao dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra’”. 15 A mulher foi e fez como Elias lhe tinha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. 16 A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 145 (146), 7.8-9a.9bc-10(R. 1 ou Aleluia)
R. Bendize, minh’alma, bendize ao Senhor!
Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
7 O Senhor é fiel para sempre,*
faz justiça aos que são oprimidos;
ele dá alimento aos famintos,*
é o Senhor quem liberta os cativos. R.
8 O Senhor abre os olhos aos cegos*
o Senhor faz erguer-se o caído;
o Senhor ama aquele que é justo*
9a É o Senhor quem protege o estrangeiro. R.
9bc Ele ampara a viúva e o órfão*
mas confunde os caminhos dos maus.
10 O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará*
para sempre e por todos os séculos! R.
2ª Leitura: Hb 9,24-28
“Cristo ofereceu-Se uma só vez
para tomar sobre Si os pecados de muitos.”
Leitura da Carta aos Hebreus
24 Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. 25 E não foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo sacerdote que, cada ano, entra no Santuário com sangue alheio. 26 Porque, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27 O destino de todo homem é morrer uma só vez e, depois, vem o julgamento. 28 Do mesmo modo, também Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho: Mc 12,38-44
“Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, 38 Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39 gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40 Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”. 41 Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. 42 Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. 43 Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44 Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
10 de Novembro 2018
A SANTA MISSA

31ª Semana do Tempo Comum – Sábado
Memória: São Leão Magno, papa e doutor da Igreja
Cor: Branca
1ª Leitura: Fl 4,10-19
“Tudo posso naquele que me dá força”.
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses Comum
Irmãos: 10 Grande foi minha alegria no Senhor, porque afinal vi florescer vosso afeto por mim. Na verdade estava sempre vivo mas faltava-lhe oportunidade de manifestar-se. 11 Não é por necessidade minha que vos digo, pois aprendi muito bem a contentar-me em qualquer situação. 12 Sei viver na miséria e sei viver na abundância. Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou sofrendo necessidade. 13 Tudo posso naquele que me dá força. 14 No entanto, fizestes bem em compartilhar as minhas dificuldades. 15 Filipenses, bem sabeis que, no início da pregação do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja, a não ser a vossa, se juntou a mim numa relação de crédito. 16 Já em Tessalônica, mais de uma vez, me enviastes o que eu precisava. 17 Não que eu procure presentes, porém, o que eu busco é o fruto que cresça no vosso crédito. 18 Agora, tenho tudo em abundância. Tenho até de sobra, desde que recebi de Epafrodito o vosso donativo, qual perfume suave, sacrifício aceito e agradável a Deus. 19 O meu Deus proverá esplendidamente com sua riqueza a todas as vossas necessidades, em Cristo Jesus.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 111 (112),1-2. 5-6. 8a.9 (R. 1a)
R. Feliz aquele que respeita o Senhor!
Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
1 Feliz o homem que respeita o Senhor *
e que ama com carinho a sua lei!
2 Sua descendência será forte sobre a terra, *
abençoada a geração dos homens retos! R.
5 Feliz o homem caridoso e prestativo, *
que resolve seus negócios com justiça.
6 Porque jamais vacilará o homem reto, *
sua lembrança permanece eternamente! R.
8a Seu coração está tranquilo e nada teme, *
e confusos há de ver seus inimigos.
9 Ele reparte com os pobres os seus bens, +
permanece para sempre o bem que fez, *
e crescerão a sua glória e seu poder. R.
Evangelho: Lc 16,9-15
“Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto,
quem vos confiará o verdadeiro bem?”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas Comum
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 9 Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. 10 Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 11 Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? 12 E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? 13 Ninguém pode servir a dois senhores. porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.’ 14 Os fariseus, que eram amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e riam de Jesus. Então, Jesus lhes disse: ‘Vós gostais de parecer justos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que é importante para os homens, é detestável para Deus.’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
09 de Novembro 2018
A SANTA MISSA

Festa: Dedicação da Basílica do Latrão
Cor: Branca
1ª Leitura: Ez 47,1-2.8-9.12
“Vi sair água do lado direito do templo,
e todos os que esta água tocou foram salvos”.
Leitura da Profecia de Ezequiel
Naqueles dias: 1 O homem fez-me voltar até a entrada do Templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o Templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do Templo, a sul do altar. 2 Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até à porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito. 8 Então ele me disse: “Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis. 9 Onde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida onde chegar o rio. 12 Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Ou (escolhe-se uma das leituras)
1ª Leitura: 1Cor 3,9c-11.16-17
“Vós sois o santuário de Deus”.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos: 9c Vós sois construção de Deus. 10 Segundo a graça que Deus me deu, eu coloquei – como experiente mestre de obra – o alicerce, sobre o qual outros se põem a construir. Mas cada qual veja bem como está construindo. 11 De fato, ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que está aí, já colocado: Jesus Cristo. 16 Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós? 17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 45(46),2-3.5-6.8-9 (R. 5)
R. Os braços de um rio vêm trazer alegria
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
2 O Senhor para nós é refúgio e vigor, *
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
3 assim não tememos, se a terra estremece, *
se os montes desabam, caindo nos mares. R.
5 Os braços de um rio vêm trazer alegria *
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
6 Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! *
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la. R.
8 Conosco está o Senhor do universo! *
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
9 Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus +
e a obra estupenda que fez no universo: *
reprime as guerras na face da terra. R.
Evangelho: Jo 2,13-22
“Jesus estava falando do Templo do seu corpo”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
13 Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14 No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15 Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16 E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” 17 Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. 18 Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” 19 Ele respondeu: “Destruí, este Templo, e em três dias o levantarei”. 20 Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” 21 Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22 Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
– Os templos, símbolo da presença de Deus entre os homens.
– Jesus Cristo está realmente presente nas nossas igrejas.
– A graça divina faz-nos templos vivos de Deus.
Esta Basílica é um dos primeiros templos que os cristãos puderam erguer depois da época das perseguições. Foi consagrada pelo Papa Silvestre no dia 9 de novembro de 324. A festa, que a princípio era celebrada apenas em Roma, passou a ser festa universal no rito romano, em honra dessa igreja chamada “Mãe e Cabeça de todas as igrejas de Roma e de todo o mundo” (Urbis et orbis), como sinal de amor e de unidade para com a Cátedra de São Pedro. A história desta Basílica evoca a chegada à fé de milhares de pessoas que ali receberam o Batismo.
I. OS JUDEUS CELEBRAVAM todos os anos a festa da Dedicação1 em memória da purificação e do restabelecimento do culto no Templo de Jerusalém, depois da vitória de Judas Macabeu sobre o rei Antíoco2. O aniversário era celebrado na Judéia durante uma semana. Chamava-se também Festa das luzes, porque era costume acender lâmpadas, símbolo da Lei, e colocá-las nas janelas das casas, em número crescente à medida que passavam os dias da festa3.
Esta celebração foi perfilhada pela Igreja para celebrar o aniversário em que os templos foram convertidos em lugares destinados ao culto. De modo particular, “todos os anos celebra-se no conjunto do rito romano a dedicação da Basílica de Latrão, a mais antiga e a primeira em dignidade das igrejas do Ocidente”. Além disso, “em cada diocese celebra-se a dedicação da catedral, e cada igreja comemora a data da sua dedicação”4.
A festa de hoje tem uma especial importância, pois a Basílica de Latrão foi a primeira igreja sob a invocação do Salvador, levantada em Roma pelo imperador Constantino. A festa é celebrada em toda a Igreja como sinal de unidade com o Papa.
O templo sempre foi considerado entre os judeus como lugar de uma particular presença de Deus. No deserto, Deus manifestava-se na Tenda do encontro, onde Moisés falava com o Senhor como se fala com um amigo; nesses instantes, a coluna de nuvem – sinal da presença divina – descia e detinha-se à entrada da Tenda5. Era o lugar onde estará presente o meu Nome, o Ser infinito e inefável, para escutar e atender os seus fiéis. Quando Salomão construiu o Templo de Jerusalém, pronunciou estas palavras na festa da sua dedicação: É possível que Deus habite verdadeiramente sobre a terra? Porque se o céu e os céus dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei! Mas atende, Senhor meu Deus, à oração do teu servo e às suas súplicas; ouve o hino e a oração que o teu servo faz hoje na tua presença, para que os teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, da qual disseste: “O meu nome estará nela”, para que ouças a oração do teu servo e a do teu povo, Israel, em tudo o que te pedirem neste lugar; sim, tu a ouvirás do lugar da tua morada no céu...6
O templo, ensina o Papa João Paulo II, “é casa de Deus e vossa casa. Apreciai-o, pois, como lugar de encontro com o Pai comum”7. A igreja-edifício representa e significa a Igreja-assembléia, formada pelas pedras vivas que são os cristãos, consagrados a Deus pelo Batismo8. “O lugar onde a comunidade cristã se reúne para escutar a palavra de Deus, elevar preces de intercessão e de louvor a Deus e, principalmente, para celebrar os sagrados mistérios, e onde se reserva o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, é imagem peculiar da Igreja, templo de Deus, edificado com pedras vivas; e o altar, que o povo santo rodeia para participar do sacrifício do Senhor e alimentar-se do banquete celeste, também é sinal de Cristo, sacerdote, hóstia e altar do seu próprio sacrifício”9.
Temos, pois, de ir à igreja com toda a reverência, já que não há nada mais respeitável do que a casa do Senhor: “Que respeito devem inspirar-nos as nossas igrejas, onde se oferece o sacrifício do Céu e da terra, o Sangue de um Deus feito Homem?”10
II. AS IGREJAS são o lugar de reunião dos membros do novo Povo de Deus, que se congregam para rezar juntos. Mas são sobretudo o lugar em que encontramos Jesus, real e substancialmente presente na Sagrada Eucaristia; está presente com a sua Divindade e com a sua Santíssima Humanidade, com o seu Corpo e a sua Alma. Ali nos vê e nos ouve, e nos socorre como socorria aqueles que chegavam, necessitados, de todas as cidades e aldeias11.
Podemos manifestar a Jesus presente no Sacrário todos os nossos anelos e preocupações, as nossas dificuldades e fraquezas, os nossos desejos de amá-lo cada dia mais. O mundo seria muito diferente se Jesus não tivesse ficado entre nós. Como não havemos de amar os nossos templos e oratórios, onde Jesus nos espera? Quantas alegrias não teremos recebido junto do Sacrário! Quantas penas que nos atormentavam não teremos deixado ali! Em quantas ocasiões não teremos voltado à azáfama da vida diária fortalecidos e cheios de esperança, depois de passarmos por uma igreja! Todos os dias, nesses lugares dedicados ao culto e à oração, descem sobre nós incontáveis graças da misericórdia divina.
Quando uma pessoa ilustre se hospeda numa casa, seria uma falta de cortesia não atendê-la bem ou fazer caso omisso dela. Somos sempre conscientes de que Jesus é nosso Hóspede aqui na terra, de que necessita das nossas atenções? Examinemos hoje se, ao entrarmos numa igreja, nos dirigimos imediatamente a Jesus no Sacrário, se nos comportamos com a consciência de estarmos num lugar onde Deus habita de modo particular, se as nossas genuflexões diante de Jesus Sacramentado são um verdadeiro ato de fé, se nos alegramos sempre que passamos por uma igreja, onde Cristo se encontra realmente presente. “Não te alegras quando descobres no teu caminho habitual, pelas ruas da cidade, outro Sacrário?”12 E continuamos os nossos afazeres com mais alegria e paz.
III. NA NOVA ALIANÇA, o verdadeiro templo já não é produto de mãos humanas: o Templo de Deus por excelência é a santa Humanidade de Jesus. Ele mesmo tinha dito: Destruí este templo, e eu o reedificarei em três dias. E o Evangelista explica: Ele falava do templo do seu corpo13.
E se o Corpo físico de Jesus é o novo Templo de Deus, também o é a Igreja, Corpo Místico de Cristo, em que Cristo é a pedra angular sobre a qual se apóia a nova construção. “Desprezado, rejeitado, abandonado, dado por morto – então como agora –, o Pai o constituiu e sempre o constitui como base sólida e inamovível da nova construção. E fá-lo pela sua ressurreição gloriosa [...].
“O novo templo, Corpo de Cristo, espiritual, invisível, está construído por todos e cada um dos batizados sobre a viva pedra angular, Cristo, na medida em que aderem a Ele e nEle crescem até a plenitude de Cristo. Neste templo e por ele, morada de Deus no Espírito, Ele é glorificado, em virtude do sacerdócio santo que oferece sacrifícios espirituais (1 Pe 2, 5), e o seu Reino estabelece-se neste mundo”14. São Paulo recordava-o freqüentemente aos primeiros cristãos: Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós?15
Temos de considerar freqüentemente que a Santíssima Trindade “por meio da graça de Deus, habita na alma justa como num templo, de um modo íntimo e singular”16. A meditação desta realidade maravilhosa ajuda-nos a ser mais conscientes da transcendência de vivermos na graça de Deus, e a sentir profundo horror pelo pecado, “que destrói o templo de Deus”, privando a alma da graça e da amizade divinas. Por essa morada de Deus na nossa alma, podemos fruir de uma antecipação do que será a visão beatífica no céu, já que “esta admirável união só na condição e no estado é que se diferencia daquela de que Deus cumula os bem-aventurados, beatificando-os”17.
A presença de Deus na nossa alma convida-nos a procurar um trato mais pessoal e direto com o Senhor, que presencia por dentro, na raiz, todos os nossos pensamentos, palavras e ações.
(1) Jo 10, 22; (2) cfr. 1 Mac 4, 36-59; 2 Mac 1, 1 e segs.; 10, 1-8; (3) cfr. 2 Mac 1, 18; (4) A. G. Martimort, La Iglesia en oración, Herder, 3ª ed., Madrid, 1987, págs. 991-992; (5) Êx 33, 7-11; (6) 1 Rs 8, 27-30; (7) João Paulo II, Homilia em Orcasitas, Madrid, 3-XI-1982; (8) cfr. Ritual da dedicação de igrejas e altares, Apresentação, 26-X-1978; (9) Decreto de aprovação do Ritual citado; (10) Anônimo, La Santa Misa, Rialp, Madrid, 1975, pág. 133; (11) cfr. Mc 6, 32; (12) Josemaría Escrivá, Caminho, n. 270; (13) Jo 2, 20-21; (14) João Paulo II, op. cit.; (15) 1 Cor 3, 16; (16) Leão XIII, Enc. Divinum illud munus, 9-V-1897, 10; (17) ib., 11.
Fonte: livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
Dedicação da Basílica de Latrão
09 de Novembro
Dedicação da Basílica de Latrão
Hoje celebramos a festa da Dedicação da Basílica do Santíssimo Salvador ou de São João de Latrão. No início do cristianismo não havia templos. As comunidades primitivas se reuniam em casas. Elas tinham consciência de que todo lugar era lugar de encontro de Deus com o homem, pois tinham bem presentes em suas vidas as palavras de Jesus à samaritana: “O Pai quer ser adorado em espírito e verdade”.
A construção de templos veio depois, quando os cristãos começaram a sentir necessidade de um local maior onde se pudessem reunir. Ao contrário do que alguns pensam, é essa Basílica, e não a Basílica de São Pedro, no Vaticano, o templo mais antigo.
Ela foi fundada por Melquíades, no início do século IV, provavelmente entre os anos 311 e 314, em terras doadas pelo imperador Constantino, e construída ao lado da residência imperial que mais tarde passou a ser a residência Papal. Foi o Papa Silvestre que inspirou Constantino a transformar o Palácio de Latrão, sede do governo, na primeira basílica dedicada ao Divino Salvador.
A velha Basílica de Latrão destruída e construída várias vezes, é a Catedral do Papa, a Igreja Mãe, e cabeça de todas as Igrejas do mundo. Nela e no Palácio Lateranense, realizaram-se cinco Concílios. Entre as várias relíquias que se encontram na Basílica de Latrão, e que alguns afirmam serem autênticas, estão a mesa em que Jesus celebrou a última ceia, o copo no qual São João Evangelista bebeu o veneno que lhe foi dado, as cabeças de São Pedro e de São Paulo e um pedaço do manto de púrpura que os soldados de Pilatos colocaram sobre os ombros de Jesus por ocasião dos acontecimentos de sua paixão e morte.
A festa de dedicação da Basílica de São João de Latrão começou no século XII, mas sua origem é desconhecida. Essa festa se reveste de um caráter importante, porque tem a finalidade de celebrar a unidade da Igreja e lembrar o respeito das demais Igrejas para com a Sé Romana.
Embora o templo preferido de Deus seja o coração do homem, a Festa da Dedicação da Igreja de São João de Latrão, a Igreja Mãe, símbolo da unidade da Igreja, nos ensina a importância de termos um lugar onde juntos, como irmãos, possamos celebrar nossa fé, partilhar nossas vidas e fortalecer nossa esperança. Mas sobretudo essa celebração nos convida a não pouparmos esforços na busca da unidade da Igreja de Jesus, a fim de que sua vontade se torne logo uma verdade entre nós: “Que todos sejam um, como eu e o Pai somos um”.
Fonte: Zélia Vianna. Santidade Ontem e Hoje (2005). Salvador: Paróquia de São Pedro
08 de Novembro 2018
A SANTA MISSA

31ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: Fl 3, 3-8a
“Essas coisas, que eram vantagens para mim,
considerei-as como perda, por causa de Cristo.”
Leitura da Carta de São Paulo apóstolo aos Filipenses
Irmãos: 3 Os verdadeiros circuncidados somos nós, que prestamos culto pelo Espírito de Deus, colocamos a nossa glória em Cristo Jesus e não pomos confiança na carne. 4 Aliás, também eu poderia pôr minha confiança na carne. Pois, se algum outro pensa que pode confiar na carne, eu mais ainda. 5 Fui circuncidado no oitavo dia, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus. Em relação à Lei, fariseu, 6 pelo zelo, perseguidor da Igreja de Deus; quanto à justiça que vem da Lei, sempre irrepreensível. 7 Mas essas coisas, que eram vantagens para mim, considerei-as como perda, por causa de Cristo. 8 Na verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele eu perdi tudo. Considero tudo como lixo, para ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 104 (105), 2-3.4-5.6-7(R. 3b)
R. Exulte o coração dos que buscam o Senhor!
Ou:
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
2 Cantai, entoai salmos para ele, *
publicai todas as suas maravilhas!
3 Gloriai-vos em seu nome que é santo, *
exulte o coração que busca a Deus! R.
4 Procurai o Senhor Deus e seu poder, *
buscai constantemente a sua face!
5 Lembrai as maravilhas que ele fez, *
seus prodígios e as palavras de seus lábios! R.
6 Descendentes de Abraão, seu servidor, *
e filhos de Jacó, seu escolhido,
7 ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, *
vigoram suas leis em toda a terra. R.
Evangelho: Lc 15, 1-10
“Haverá alegria no céu por um só pecador que se converte.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 1 Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2 Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. ‘Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles.’ 3 Então Jesus contou-lhes esta parábola: 4 ‘Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5 Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6 e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ 7 Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. 8 E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9 Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ 10 Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Vilibrordo
07 de Novembro
São Vilibrordo 
São Vilibrordo, monge beneditino, nasceu em 1658, na Nortúmbria. Sua vida está ligada à evangelização da Alemanha, iniciada no século VII por sacerdotes franceses e anglo-saxões. Seus biógrafos o descrevem como uma pessoa de pequena estatura física, cabelos negros, constituição delicada, olhos profundos e vivos. Era austero, prudente, tenaz e extremamente devotado ao Sumo Pontífice. Muito trabalhador, não conhecia o desânimo nem o significado da palavra crise. Homem de oração e ação, irradiava entusiasmo e era realmente um apaixonado pela evangelização. Excelente organizador, tinha uma enorme capacidade, de liderança, qualidade que muito o ajudou a evitar divisões na Igreja.
Com a idade de 20 anos viajou para a Irlanda a fim de aperfeiçoar sua cultura teológica com o abade Egberto, que mais tarde, quando ele tinha 30 anos de idade, o ordenou sacerdote. Após a ordenação foi mandado, com mais nove companheiros, para a Frísia, nos Países Baixos onde foi muito bem acolhido pelo duque Pepino. Antes, porém, de dar início à evangelização, foi a Roma para receber a bênção e a aprovação do Papa Sérgio I, para sua missão.
Ao voltar, escolheu Anversa para centro de seu apostolado. A fim de construir a nova sede diocesana na Frísia, São Vilibrordo voltou a Roma onde foi consagrado bispo pelo próprio Papa. A partir daí, fica praticamente impossível enumerar todos os lugares que esse infatigável missionário percorreu. É certo que esteve na Dinamarca, chegou até a Turíngia. São Vilibrordo morreu no dia sete de novembro de 739, aos 81 anos de idade, no pequeno convento que havia fundado em Luxemburgo, após haver, durante 50 anos, se dedicado com entusiasmo e paixão a levar o Evangelho aos pagãos e à expansão do Reino de Deus.
Hoje, embora o campo de atividades do missionário seja geograficamente de mais fácil acesso, as dificuldades persistem. Não é tarefa leve anunciar o Evangelho num mundo pluralista, ávido de dinheiro e poder, onde as condições de vida da maioria da população são um insulto à dignidade humana e à proposta do Evangelho. Mas ontem como hoje, continua de pé a ordem de Jesus: “Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos”. Essa ordem não está fora do nosso alcance, porque quem a deu prometeu, estar conosco todos os dias. Mas para cumpri-la é necessário que, como São Vilibrordo, sejamos missionários organizados e audazes, comprometidos com a unidade da Igreja, e sobretudo apaixonados por Jesus Cristo.
Fonte: Zélia Vianna. Santidade Ontem e Hoje (2005). Salvador: Paróquia de São Pedro
07 de Novembro 2018
A SANTA MISSA

31ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: Fl 2,12-18
“Trabalhai para a vossa salvação;
Deus é que realiza em vós, tanto o querer como o fazer”.
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses
12 Meus queridos, como sempre fostes obedientes, não só em minha presença, mas ainda mais agora na minha ausência, trabalhai para a vossa salvação, com temor e tremor. 13 Pois é Deus que realiza em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu desígnio benevolente. 14 Fazei tudo sem reclamar ou murmurar, 15 para que sejais livres de repreensão e ambiguidade, filhos de Deus sem defeito, no meio desta geração depravada e pervertida, na qual brilhais como os astros no universo. 16 Conservai com firmeza a palavra da vida. Assim, no dia de Cristo, terei a glória de não ter corrido em vão, nem trabalhado inutilmente. 17 E ainda que eu seja oferecido em libação, no sacrifício que é o sagrado serviço de vossa fé, fico feliz e alegro-me com todos vós. 18 Vós também, alegrai-vos pelo mesmo motivo e congratulai-vos comigo.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 26 (27),1. 4. 13-14 (R. 1a)
R. O Senhor é minha luz e salvação!
1 O Senhor é minha luz e salvação;*
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;*
perante quem eu tremerei? R.
4 Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,*
e é só isto que eu desejo:
habitar no santuário do Senhor*
por toda a minha vida;
saborear a suavidade do Senhor*
e contemplá-lo no seu templo. R.
13 Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver*
na terra dos viventes.
14 Espera no Senhor e tem coragem,*
espera no Senhor! R.
Evangelho: Lc 14,25-33
“Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo
o que tem, não pode ser meu discípulo!”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 25 Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26 ‘Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28 Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29 ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30 ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31 Ou ainda: Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32 Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33 Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
06 de Novembro 2018
A SANTA MISSA

31ª Semana do Tempo Comum – Terça-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: Fl 2, 5-11
“Humilhou-se a si mesmo, por isso, Deus o exaltou.”
Leitura da Carta de São Paulo apóstolo aos Filipenses
Irmãos: 5 Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. 6 Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7 mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8 humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9 Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10 Assim, ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11 e toda língua proclame : ‘Jesus Cristo é o Senhor’ – para a glória de Deus Pai.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 21(22), 26b-27.28-30a.31-32(R. 26a)
R. Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!
26b Cumpro meus votos ante aqueles que vos temem!
27 Vossos pobres vão comer e saciar-se,+
e os que procuram o Senhor o louvarão;*
‘Seus corações tenham a vida para sempre!’ R.
28 Lembrem-se disso os confins de toda a terra,*
para que voltem ao Senhor e se convertam,
e se prostrem, adorando, diante dele*
todos os povos e as famílias das nações.
29 Pois ao Senhor é que pertence a realeza;*
ele domina sobre todas as nações.
30a Somente a ele adorarão os poderosos. R.
31 toda a minha descendência há de servi-lo;+
às futuras gerações anunciará,*
32 o poder e a justiça do Senhor;
ao povo novo que há de vir, ela dirá:*
‘Eis a obra que o Senhor realizou!’ R.
Evangelho: Lc 14, 15-24
“Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui,
para que minha casa fique cheia.”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 15 Um homem que estava à mesa, disse a Jesus: ‘Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!’ 16 Jesus respondeu: ‘Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17 Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Vinde, pois tudo está pronto’. 18 Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 19 Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 20 Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’. 21 O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: ‘Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’. 22 O empregado disse: ‘Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar’. 23 O patrão disse ao empregado: ‘Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia. 24 Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!