26 de Dezembro 2018

A SANTA MISSA

Santo Estêvão, primeiro mártir – Festa
Cor: Vermelha

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1ª Leitura: At 6, 8-10; 7, 54-49

“Estou vendo o céu aberto”.

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, 8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 Mas alguns membros da chamada Sinagoga dos Libertos, junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Âsia, começaram a discutir com Estêvão. 10 Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. 7,54 Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55 Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56 E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. 57 Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58 arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59 Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 30(31) 3cd-4.6 e 8ab.16bc e 17 (R. 6a)

R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

3c Sede uma rocha protetora para mim, *
3d um abrigo bem seguro que me salve!
4 Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; *
por vossa honra orientai-me e conduzi-me!    R.

6 Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, *
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
8a Vosso amor me faz saltar de alegria, *
8b pois olhastes para as minhas aflições.    R.

16b Eu entrego em vossas mãos o meu destino; *
16c libertai-me do inimigo e do opressor!
17 Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, *
e salvai-me pela vossa compaixão!     R.

Evangelho: Mt 10, 17-22 

“Não sereis vós que havereis de falar,
mas sim o Espírito do vosso Pai”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17 “Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18 Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19 Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20 Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21 O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22 Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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Santo Estêvão

26 de Dezembro

Santo Estêvão

Estêvão foi o primeiro mártir do cristianismo. Depois de Pentecostes os apóstolos dirigiram o anúncio da mensagem cristã aos judeus mais próximos. Estes formaram, então, uma comunidade que procurava viver integralmente o preceito da caridade fraterna, colocando tudo em comum e repartindo diariamente com todos aquilo que era necessário para o sustento de cada um. Com o crescimento do número de cristãos, os apóstolos, para poderem entregar-se mais à pregação do Evangelho, decidiram constituir um grupo para atender às necessidades das viúvas, órfãos e pessoas pobres comunidade. Esse serviço foi confiado a sete pessoas – ministros da caridade – que eram chamados de diáconos.

Estêvão, um judeu da Diáspora, era um desses sete. Além de exercer as funções de administrador dos bens da comunidade, Estêvão anunciava a Boa Nova com muito zelo, tendo com o exemplo de seu zelo e alegria, levado muitos à conversão. Acusado de blasfemar contra a Lei e o Templo, foi levado ao Sinédrio para ser julgado. Diante dos doutores da Lei, dos sacerdotes e das falsas testemunhas, Estêvão afirmou não haver cometido nenhuma blasfêmia, mas aproveitou a ocasião para fazer um longo discurso, afirmando que Jesus era o Messias anunciado pelos profetas e que Deus também se revelava fora do Templo.

Ao ouvirem as palavras de Estêvão, os membros do Sinedrio se enfureceram, lançaram-se sobre ele e o levaram para fora da cidade a fim de ser apedrejado. Debaixo de uma chuva de pedras, ajoelhado, ele orou até o último momento pelos que o perseguiam, repetindo as palavras que Jesus pronunciou na cruz: “Senhor, não lhe imputes este pecado”.

Entre os presentes estava Saulo, um jovem fariseu, que não atirou pedras, mas participou, do martírio de Estêvão, incentivando e guardando as túnicas dos lapidadores. Alguns séculos depois, lá pelo ano 415, os restos mortais de Estêvão foram descobertos, fato esse que causou uma comoção muito forte entre os cristãos. Sua festa foi sempre celebrada logo após o Natal.

Hoje, em nosso mundo onde a atual situação econômica, social e política torna a caridade e a solidariedade cada vez mais necessárias e urgentes, Santo Estêvão, que viveu integralmente o preceito evangélico da partilha, nos lembra que a fidelidade a Jesus e amor aos irmãos caminham juntos e são duas faces de uma mesma moeda. Como bem diz a Palavra de Deus, se não amamos o irmão a quem vemos, como vamos amar a Deus a quem não vemos?

Fonte: Zélia Vianna. Santidade Ontem e Hoje (2005). Salvador: Paróquia de São Pedro


SANTO ESTÊVÃO, PROTOMÁRTIR. 26 DE DEZEMBRO

– Calúnias e perseguições de diversas naturezas porque se segue o Senhor.
– Também hoje há perseguição. Modo cristão de reagir.
– O prêmio por se ter padecido algum tipo de perseguição por Jesus Cristo. Fomentar também a esperança do céu.

I. AS PORTAS DO CÉU abriram-se para Santo Estêvão, que foi o primeiro dentre os mártires e por isso, coroado, triunfa no céu1.

Mal celebramos o nascimento do Senhor, e já a liturgia nos propõe a festa do primeiro que deu a vida por esse Menino que acaba de nascer. “Ontem Cristo foi envolvido em panos por nós; hoje, cobre Estêvão com a veste da imortalidade. Ontem uma estreita manjedoura sustentou Cristo-Menino; hoje, a imensidade do céu recebe Estêvão triunfante”2.

A Igreja quer recordar que a Cruz está sempre muito perto de Jesus e dos seus. Na luta pela justificação plena – a santidade –, o cristão depara com situações difíceis e ataques dos inimigos de Deus no mundo.

O Senhor nos previne: Se o mundo vos odeia, sabei que antes do que a vós me odiou a mim... Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que o seu senhor. Se me perseguiram a mim, também vos perseguirão a vós3. E esta profecia cumpriu-se desde o começo da Igreja.

“Todos os tempos são de martírio, escreve Santo Agostinho. Não se diga que os cristãos não sofrem perseguição; a sentença do Apóstolo não pode falhar [...]: Todos os que quiserem viver piedosamente em Cristo Jesus sofrerão perseguição (2 Tim 3, 12). Todos, diz; não excluiu ninguém, não excetuou ninguém. Se queres verificar se estas palavras são certas, começa a viver piedosamente e verás quanta razão teve o Apóstolo em dizê-las”4.

Já no começo da Igreja os primeiros cristãos de Jerusalém foram perseguidos pelas autoridades judaicas. Os Apóstolos foram açoitados por pregarem Cristo Jesus, e sofreram-no com alegria: Eles se retiraram da presença do Sinédrio, felizes por terem sido achados dignos de padecer ultrajes pelo nome de Jesus5. “Não se diz que não sofreram, mas que o sofrimento lhes causou alegria. Podemos vê-lo pela liberdade com que atuaram logo a seguir: imediatamente depois de terem sido flagelados, lançaram-se à pregação com admirável ardor”6.

Pouco tempo depois, o sangue de Estêvão7 seria o primeiro a ser derramado por Cristo, e já não cessaria de correr até os nossos dias. Com efeito, quando Paulo chegou a Roma, os cristãos já eram conhecidos pelo sinal inconfundível da Cruz e da contradição: Desta seita – dizem a Paulo os judeus romanos –, a única coisa que sabemos é que por toda a parte lhe fazem oposição8.

Quando o Senhor nos chama ou nos pede alguma coisa, conhece bem as nossas limitações e as dificuldades que encontraremos, mas não deixa de estar ao nosso lado, ajudando-nos com a sua graça: No mundo tereis tribulação, mas confiai: Eu venci o mundo9, diz-nos. Pedir-lhe-emos então a graça de imitar Santo Estêvão na sua fortaleza, na sua alegria e na sua ânsia de dar a conhecer a verdade cristã num mundo com perfis pagãos.

II. NEM SEMPRE a perseguição teve as mesmas características. Durante os primeiros séculos, pretendeu-se destruir a fé dos cristãos por meio da violência física. Em outros momentos da história, sem que essa violência desaparecesse, os cristãos viram-se – vêem-se – oprimidos nos seus direitos mais fundamentais, ou a braços com campanhas dirigidas a minar a fé dos mais simples e a desorientá-los. Mesmo em terras de grande tradição cristã, levanta-se todo o tipo de obstáculos para que se possam educar cristãmente os filhos, ou privam-se os cristãos, pelo mero fato de o serem, de justas oportunidades profissionais.

Não é infreqüente que, em sociedades que se chamam livres, o cristão tenha que viver num ambiente claramente adverso. Pode-se dar então uma perseguição disfarçada, com o recurso à ironia, que tenta ridicularizar os valores cristãos, ou à pressão ambiental, que pretende amedrontar os mais fracos: é uma dura perseguição não sangrenta, que não raras vezes se vale da calúnia e da maledicência. “Em outros tempos – diz Santo Agostinho –, incitavam-se os cristãos a renegar Cristo; agora, ensina-se os mesmos a negar a Cristo. Naquela época, incitava-se; agora ensina-se; antes, usava-se de violência, agora, de insídias; antes, ouvia-se o inimigo rugir; agora, apresenta-se com mansidão insinuante e envolvente, e dificilmente se deixa descobrir. Todos sabemos de que modo se violentavam os cristãos para que negassem a Cristo: procuravam atraí-los para que renegassem; mas eles, confessando Cristo, eram coroados. Agora ensina-se a negar a Cristo e, enganando-os, não querem que pareça que os afastam de Cristo”10. É como se o Santo estivesse retratando os dias de hoje.

O Senhor também quis prevenir os seus para que não se desnorteassem com a contradição que procede, não dos pagãos, mas dos próprios irmãos na fé, que com a sua atuação injusta, motivada geralmente por invejas, falso zelo e faltas de retidão de intenção, julgam que prestam um serviço a Deus11. Todas as oposições, mas especialmente estas, devem ser superadas junto do Senhor no Sacrário.

São circunstâncias que expressam um especial convite do Senhor para que estejamos unidos a Ele mediante a oração. São momentos em que devemos exercitar a fortaleza e a paciência, sem nunca querermos devolver mal por mal. Com a ajuda divina, a alma sairá dessas provas mais humilde e purificada, experimentará de um modo especial a alegria do Senhor e poderá dizer com São Paulo: Estou cheio de consolação, transbordo de alegria em todas as nossas tribulações12.

Ensinai-nos, ó Deus, a imitar o que celebramos, amando os nossos próprios inimigos, pois festejamos Santo Estêvão, vosso primeiro mártir, que soube rezar pelos seus perseguidores13.

III. O CRISTÃO que sofre perseguição por seguir Jesus tirará dessa experiência uma grande capacidade de compreensão e o propósito firme de não ferir, de não ofender, de não maltratar. O Senhor pede-nos, além disso, que oremos por aqueles que nos perseguem14veritatem facientes in caritate, praticando a verdade com caridade15. Estas palavras de São Paulo levam-nos a ensinar a doutrina do Evangelho sem faltar à caridade de Jesus Cristo.

A última das Bem-aventuranças acaba com uma promessa apaixonada do Senhor: Bem-aventurados sereis quando vos insultarem, vos perseguirem e vos caluniarem por minha causa. Alegrai-vos e regozijai-vos porque grande será a vossa recompensa nos céus16. O Senhor é sempre bom pagador.

Estêvão foi o primeiro mártir do cristianismo e morreu por proclamar a verdade. Também nós fomos convocados para difundir a verdade de Cristo sem medo, sem dissimulações: Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma17. Por isso, quando se trata de proclamar a doutrina salvadora de Cristo, não podemos ceder perante os obstáculos, antes havemos de comportar-nos de tal modo que se cumpram em nós estas palavras de Caminho: “Não tenhas medo à verdade, ainda que a verdade te acarrete a morte”18.

A história da Igreja mostra que, às vezes, as tribulações fazem com que uma pessoa se acovarde e esmoreça no seu relacionamento com Deus; mas, em muitas outras ocasiões, fazem amadurecer as almas santas, que carregam a cruz de cada dia e seguem o Senhor identificadas com Ele. Vemos constantemente esta dupla possibilidade: uma mesma dificuldade – uma doença, incompreensões, etc. – tem efeitos diferentes conforme as disposições da alma. Se queremos ser santos, não há dúvida de que as nossas disposições devem ser as de seguir sempre de perto o Senhor, apesar de todos os obstáculos.

Em momentos de contrariedade, é de grande ajuda fomentar a esperança do Céu: ajuda-nos a ser firmes na fé perante qualquer tipo de perseguição ou tentativa de desorientação.

“E se caminharmos sempre com esta determinação de antes morrer que deixar de chegar ao fim, mesmo que o Senhor vos leve com alguma sede por este caminho da vida, Ele vos dará de beber com toda a abundância na outra e sem temor de que vos venha a faltar”19.

Em épocas de dificuldades externas, devemos ajudar os nossos irmãos na fé a ser firmes perante essas oposições. Prestar-lhes-emos essa ajuda se não lhes faltarmos com o nosso exemplo, com a nossa palavra, com a nossa alegria, com a nossa fidelidade e a nossa oração; e sobretudo se procurarmos ser especialmente delicados em viver com eles a caridade fraterna, porque o irmão ajudado pelo seu irmão é como uma cidade amuralhada20; é inexpugnável.

A Virgem, nossa Mãe, está particularmente perto de nós em todas as circunstâncias difíceis. Hoje dirigimo-nos também de modo especial ao primeiro mártir que deu a vida por Cristo, pedindo-lhe que nos ajude a ser fortes em todas as tribulações.

(1) Antífona de entrada da Missa do dia 26 de dezembro; (2) São Fulgêncio, Sermão 3; (3) Jo 15, 18-19; (4) Santo Agostinho, Sermão 6, 2; (5) At 5, 41; (6) São João Crisóstomo, Homilia sobre os Atos dos Apóstolos, 14; (7) cfr. At 7, 54-60; (8) At 28, 22; (9) Jo 16, 33; (10) Santo Agostinho, Comentários sobre os salmos, 39, 1; (11) Jo 16, 2; (12) 2 Cor 7, 4; (13) Coleta da Missa do dia 26 de dezembro; (14) cfr. Mt 5, 44; (15) Ef 4, 15; (16) Mt 5, 11; (17) Mt 10, 28; (18) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Caminho, n. 34; (19) Santa Teresa, Caminho de perfeição, 20, 2; (20) Prov 18, 19.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal

25 de Dezembro 2018

A SANTA MISSA

Natal do Senhor – Missa do Dia
Cor: Branca

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1ª Leitura: Is 52, 7-10 

“Todos os confins da terra hão de ver
a salvação que vem do nosso Deus”.

Leitura do Livro do Profeta Isaías

7 Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: ‘Reina teu Deus!’ 8 Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião. 9 Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. 10 O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 97(98), 1.2-3ab.3cd-4.5-6 (R. 3c)

R. Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo*
alcançaram-lhe a vitória. R.

2 O Senhor fez conhecer a salvação,*
e às nações, sua justiça;
3a recordou o seu amor sempre fiel*
3b pela casa de Israel.     R.

3c Os confins do universo contemplaram*
3d a salvação do nosso Deus.
4 Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,*
alegrai-vos e exultai!      R.

5 Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa*
e da cítara suave!
6 Aclamai, com os clarins e as trombetas,*
ao Senhor, o nosso Rei!     R.

2ª Leitura: Hb 1, 1-6

“Deus falou-nos por meio de seu Filho”.

Leitura da Carta aos Hebreus  

1 Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; 2 nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo. 3 Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas. 4 Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles.5 De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: ‘Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei’? Ou ainda: ‘Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho’? 6 Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: ‘Todos os anjos devem adorá-lo!’

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Jo 1,1-18

“A Palavra se fez carne e habitou entre nós”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

1 No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2 No princípio estava ela com Deus. 3 Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4 Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5 E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6 Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. 7 Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9 daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10 A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11 Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12 Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, 13 pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14 E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15 Dele, João dá testemunho, clamando: ‘Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim’. 16 De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17 Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18 A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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24 de Dezembro 2018

A SANTA MISSA

Natal do Senhor – Missa da Noite 
Cor: Branca

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1ª Leitura: Is 9,1-6

“Foi-nos dado um Filho”. 

Leitura do Livro do Profeta Isaías

O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. 2 Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3 Pois o jugo que oprimia o povo, – a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais – tu os abateste como na jornada de Madiã. 4 Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas. 5 Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz. 6 Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 95,1-2a.2b-3.11-12,13 (R. Lc 2,11)

R. Hoje nasceu para nós o Salvador,
que é Cristo o Senhor.

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,+
2a cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!*
Cantai e bendizei seu santo nome!    R.

2b Dia após dia anunciai sua salvação,+
3 manifestai a sua glória entre as nações,*
e entre os povos do universo seus prodígios!    R.

11 O céu se rejubile e exulte a terra,*
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
12 os campos com seus frutos rejubilem*
e exultem as florestas e as matas.    R.

13 na presença do Senhor, pois ele vem,*
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça,*
e os povos julgará com lealdade.    R.

2ª Leitura: Tt 2,11-14 

“Manifestou-se a bondade de Deus para toda a humanidade. 

Leitura da Carta de São Paulo a Tito

Caríssimo: 11 A graça de Deus se manifestou trazendo a salvação para todos os homens. 12 Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade 13 aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. 14 Ele se entregou por nós, para nos resgatar de toda maldade e purificar para si um povo que lhe pertença e que se dedique a praticar o bem.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Lc 2,1-14  

“Hoje, nasceu para vós um Salvador”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

1 Aconteceu que naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento de toda a terra. 2 Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria. 3 Todos iam registrar-se cada um na sua cidade natal. 4 Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, 5 para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. 6 Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, 7 e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. 8 Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho. 9 Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. 10 O anjo, porém, disse aos pastores: ‘Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: 11 Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. 12 Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura.’ 13 E, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão da corte celeste. Cantavam louvores a Deus, dizendo: 14 ‘Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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24 de Dezembro 2018

A SANTA MISSA

24 de Dezembro – Missa da manhã – Advento 
Cor: Roxa

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1ª Leitura: 2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16

 “O teu reino será estável para sempre diante de mim, diz o Senhor”. 

Leitura do Segundo Livro de Samuel

1 Tendo-se o rei Davi instalado já em sua casa e tendo-lhe o Senhor dado a paz, livrando-o de todos os seus inimigos, 2 ele disse ao profeta Natã: ‘Vê: eu resido num palácio de cedro, e a arca de Deus está alojada numa tenda!’ 3 Natã respondeu ao rei: ‘Vai e faze tudo o que diz o teu coração, pois o Senhor está contigo’. 4 Mas, naquela mesma noite, a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5 ‘Vai dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: Porventura és tu que me construirás uma casa para eu habitar? 8b Fui eu que te tirei do pastoreio, do meio das ovelhas, para que fosses o chefe do meu povo, Israel. 9 Estive contigo em toda a parte por onde andaste, e exterminei diante de ti todos os teus inimigos, fazendo o teu nome tão célebre como o dos homens mais famosos da terra. 10 Vou preparar um lugar para o meu povo, Israel: eu o implantarei, de modo que possa morar lá sem jamais ser inquietado. Os homens violentos não tornarão a oprimi-lo como outrora, 11 no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo, Israel. Concedo-te uma vida tranqüila, livrando-te de todos os teus inimigos. E o Senhor te anuncia que te fará uma casa.12 Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. 14a Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. 16 Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre’.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 88 (89), 2-3. 4-5. 27.29 (R. 2a)

R. Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor,*
de geração em geração eu cantarei vossa verdade!
Porque dissestes: ‘O amor é garantido para sempre!’*
E a vossa lealdade é tão firme como os céus.    R.

4 ‘Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito,*
e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor.
5 Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem,*
de geração em geração garantirei o teu reinado!’    R.

27 Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus,*
sois meu Rochedo onde encontro a salvação!`
29 Guardarei eternamente para ele a minha graça*
e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.    R. 

Evangelho: Lc 1,67-79 

“O sol que nasce do alto nos visitará”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 67 Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo, profetizou, dizendo: 68 ‘Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. 69 Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de seu servo Davi, 70 como tinha prometido desde outrora, pela boca de seus santos profetas, 71 para nos salvar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam. 72 Ele usou de misericórdia para com nossos pais, recordando-se de sua santa aliança 73 e do juramento que fez a nosso pai Abraão, para conceder-nos, 74 que, sem temor e libertos das mãos dos inimigos, nós o sirvamos, 75 com santidade e justiça, em sua presença, todos os nossos dias. 76 E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos, 77 anunciando ao seu povo a salvação, pelo perdão dos seus pecados. 78 Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará, 79 para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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São Charbel Makhlouf 

24 de Dezembro

São Charbel Makhlouf 

Ermitão do rito católico maronita, é o primeiro libanês canonizado pela Sé Apostólica nos tempos modernos,  09 de outubro de 1977 pelo Papa Paulo VI.

Grande amante da Eucaristia e da Virgem Santíssima. Exemplo de vida consagrada e de ermitão. Deus quis manifestar sua glória por meio desse humilde eremita. Grande quantidade de milagres ocorrem por sua intercessão. Diz-se no Oriente que numerosas de suas imagens milagrosamente produzem azeite de oliva, que se utiliza na oração pelos enfermos.

Além de ser bem conhecido no Oriente Médio e em toda a Igreja, na América é particularmente venerado no México a  partir da imigração maronita que começou no século XIX. Sua devoção e propaga na atualidade mui rapidamente pelo número crescente de milagres atribuídos à sua intercessão. Parece que Deus deseja utilizar este santo com o sinal de  seu desejo de  unificar o Oriente com o Ocidente.

Nasceu no povoado de Beka’kafra,  a 140 km do Líbano, capital libanesa, em  08 de maio de 1828. Era o quinto filho de Antun Makhlouf o Brigitte Chidiac, uma piedosa família campesina. Foi batizado após oito dias na Igreja de Nossa Senhora, em sua cidade natal, recebendo por nome Yusef (José).  Aos três anos o pai de Yusef foi inscrito no exército turco na guerra contra os egípcios e morreu quando regressava para casa. Sua mãe foi quem cuidou da família, sendo um exemplo de virtude e de fé. Passado algum tempo, ela casou-se de novo com um homem devoto que posteriormente iria ser ordenado sacerdote. (No rito maronita, homens casados podem ser escolhidos para o sacerdócio).

Yusef ajudou a seu padrasto no ministério sacerdotal. Já desde jovem era ascético e de profunda oração. Yusef estudou na pequena escola paroquial do povoado. À idade de 14 anos foi pastor de ovelhas, quando aperfeiçoou-se na oração. Retirava-se com freqüência a uma cova que descobriu próxima às pastagens para adentrar-se em horas de oração. Por isso, era alvo de zombaria de outros jovens pastores. Dois de seus tios maternos eram ermitãos pertencentes à Ordem Libanesa Maronita. Yusef acudia a eles com freqüência para aprender sobre a vida religiosa e especialmente a vida monástica.

Aos 20 anos de idade, Yusef é o sustento da sua casa. Sendo o tempo de  contrair matrimônio, sente-se chamado à outro tipo de vida. Depois de três anos de espera, escutou a voz do Senhor: “Deixa tudo, vem e segue-me”.  Assim,  numa manhã do ano 1851 se  dirige ao convento de Nossa Senhora de Mavfouq, onde foi recebido como postulante. Ao entrar no noviciado, renuncia ao seu nome batismal e escolhe como nome de consagração: Sharbel.

Algum tempo depois  foi enviado ao Convento de Annaya, onde professou os votos perpétuos como monge, em 1853. O enviaram imediatamente ao Mosteiro de São Cipriano de Kfifen, onde realizou seus estudos de filosofia e teologia, levando uma vida exemplar de oração e apostolado, entre estes, o cuidado dos  enfermos, o pastoreio das  almas e  o trabalho manual em coisas  mui humildes.

Sharbel  recebeu autorização para a  vida ermitã em 13 de fevereiro de 1875. Deste momento até sua morte, ocorrida na ermida dos Santos Pedro e  Paulo  na véspera de Natal do ano 1898,  dedicou-se inteiramente à oração (rezava 7 vezes ao dia a Liturgia das Horas), as asceses, a penitência e o trabalho manual. Comia uma vez ao dia e levava consigo o cilício.

O padre Sharbel alcançou a  celebridade depois de sua morte, ocorrida em 24 de dezembro de 1898. Deus quis assinalar a este santo numerosos prodígios: Seu corpo se mantém incorrupto e seu sangue, ocorrem prodígios de luz, constatados por muitas pessoas. O povo venerava como santo, ainda que a hierarquia e seus próprios superiores, proibissem seu culto formal enquanto a Igreja não pronunciasse  seu veredicto.

Dado o  constante culto do povo, o Padre Superior Geral Ignácio Dagher  solicitou ao Papa Pio XI em 1925, a abertura do processo de beatificação do Padre Sharbel. Foi beatificado durante o fechamento do Concílio Vaticano II, em 5 de dezembro de  1965, pelo Papa Paulo VI, que disse: “Um ermitão da  montanha libanesa está inscrito no número dos Bem-Aventurados… Um novo membro da santidade monástica enriquece com seu exemplo e com sua intercessão a todo o povo cristão. E pode nos fazer entender, em um mundo fascinado pelas comodidades e pela riqueza, o grande valor da pobreza, da penitência e do ascetismo, para libertar a  alma em sua ascensão a Deus”.

Em 09 de outubro de 1977, durante o Sínodo Mundial dos Bispos, o Papa canonizou ao P. Sharbel com a seguinte proclama:

“Em honra à Santa e Individual Trindade, para a exaltação da fé católica e promoção da vida cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e nossa, depois de madura deliberação e após implorar intensamente a ajuda divina… decretamos e definimos que o beato Sharbel Makluf é SANTO, e o inscrevemos no catálogo dos santos, estabelecendo que seja venerado como santo com piedosa devoção em toda a Igreja. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

Fonte: Na luz Perpétua,  5ª.  ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico – Juiz de Fora – Minas  Gerais,  1959.


23 de Dezembro 2018

A SANTA MISSA

4º Domingo do Advento – Ano C
Cor: Roxa

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1ª Leitura: Mq 5,1-4a

“De ti há de sair aquele que dominará em Israel.”

Leitura da Profecia de Miquéias

Assim diz o Senhor: 1 Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. 2 Deus deixará seu povo ao abandono, até o tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. 3 Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até os confins da terra, 4e ele mesmo será a Paz.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 79(80), 2ac.3b.15-16.18-19 (R. 4)

R. Iluminai a vossa face sobre nós,
convertei-nos para que sejamos salvos!

2a Ao Pastor de Israel, prestai ouvidos.
2c Vós que sobre os querubins vos assentais,*
aparecei cheio de glória e esplendor!
3b Despertai vosso poder, ó nosso Deus*
e vinde logo nos trazer a salvação!    R.

15 Voltai-vos para nós, Deus do universo!
Olhai dos altos céus e observai.*
Visitai a vossa vinha e protegei-a!
16 Foi a vossa mão direita que a plantou;*
protegei-a, e ao rebento que firmastes!    R.

18 Pousai a mão por sobre o vosso Protegido,*
o filho do homem que escolhestes para vós!
19 E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!*
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!     R. 

2ª Leitura: Hb 10,5-10

“Eis que eu venho para fazer a tua vontade.” 

Leitura da Carta aos Hebreus:

Irmãos: 5 Ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. 6 Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. 7 Por isso eu disse: ‘Eis que venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade’”. 8 Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” — coisas oferecidas segundo a Lei —, 9 ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. 10 É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Evangelho: Lc 1,39-45  

“Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

39 Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40 Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43 Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44 Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!

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São João Câncio

23 de Dezembro

São João Câncio

São João Câncio nasceu em Kety, diocese de Cracóvia, Polônia, no ano 1390. Após haver concluído os estudos, ordenou-se sacerdote. Foi professor de filosofia e teologia na Universidade de Cracóvia. Enquanto os cismas e heresias existentes naquele tempo multiplicavam-se com uma rapidez espantosa na Igreja, João Câncio empenhava-se em ensinar ao povo a doutrina cristã e o caminho da santidade. Coerente com os sermões que pregava e as orientações que dava, levava uma vida de penitência, simplicidade e castidade.

Profundamente humilde e dono de um coração misericordioso e generoso, embora fosse uma das pessoas de maior conhecimento de sua época, a ninguém procurava sobrepujar. Pelo contrário, preferia ser desprezado, tratando com bondade e serenidade aqueles que o humilhavam e difamavam.

Imagem relacionadaDe espírito claramente franciscano, distinguia-se por uma enorme caridade evangélica. Nas discussões em defesa da fé cristã, recebia mais insultos que argumentações objetivas e, mesmo quando sua paciência e humildade eram postas à prova, não perdia a costumeira serenidade de espírito e se limitava a responder: “Graças a Deus!”.

Como era o responsável pela educação dos príncipes da casa real polonesa, às vezes era obrigado a participar de alguma festa na Corte. Dele se conta que certa vez, ao apresentar-se para um banquete, usava roupas tão simples que um criado, que não o reconheceu o pôs para fora, e que ele, que nunca usou sua posição e prestígio para qualquer tipo de benefício pessoal, aceitou humildemente a expulsão, trocou de roupa e voltou à recepção. Em meio às maiores adversidades e dificuldades jamais se afastou do seu lema de vida: “Mais para o alto!”.

Homem de muita oração, após as aulas se dirigia invariavelmente à Igreja onde, durante muito tempo, se entregava à oração e à contemplação de Cristo, na Eucaristia. São João Câncio morreu em Cracóvia, na noite de natal de 1473, sendo canonizado em 1767.

Hoje, quando o que se fala, nem sempre é o que se pensa, onde o que se promete, nem sempre é o que se pretende realizar, onde a fidelidade à meta traçada é facilmente esquecida, São João Câncio propõe aos que querem ser e fazer discípulos para Jesus, uma vida de coerência, sem fingimentos e hipocrisias, onde palavras e ações formem um todo homogêneo. Isso porque o mundo pode escutar tudo que se diz, mas só segue aquele cujas palavras estão perfeitamente de acordo com a vida que levam.

Fonte: Zélia Vianna. Santidade Ontem e Hoje (2005). Salvador: Paróquia de São Pedro


Santa Francisca Xavier Cabrini

22 de Dezembro

Santa Francisca Xavier Cabrini

Francisca Xavier Cabrini nasceu em 1850, na Itália, com o nome de Francisca Cabrini. O nome Xavier ela acrescentou depois, em homenagem a São Francisco Xavier. Era de estatura pequena e saúde frágil, muito piedosa e generosa.

Estudou magistério com as religiosas do Sagrado Coração de Jesus e por duas vezes tentou entrar na Congregação, mas não foi aceita em virtude da saúde delicada. Em 1877 ela foi recebida na Casa da Providência onde passou a trabalhar num orfanato. Mas Francisca tinha outros planos.

Devota de São Francisco Xavier, acalentou por muito tempo a idéia de seguir seus passos e ir para o Oriente, como missionária, porém a certa altura da vida, decidiu avaliar melhor essa opção.

Após consultar o Papa Leão XIII, e tendo em vista as péssimas condições dos imigrantes italianos na América, concluiu que em vez do Oriente, deveria ir para o Ocidente.

No dia dez de novembro de 1880, ela e mais sete companheiras deixaram a Casa da Providência e alojaram-se num precário convento franciscano, dando assim início à Congregação das Missionárias do Sagrado Coração, obra cujo carisma era a instrução humana e religiosa da juventude. Quatro dias depois, no dia 14 de novembro de 1880 teve início o novo Instituto.

Preocupada com o drama de milhares de emigrantes italianos que viviam em Nova Iorque, totalmente desamparados, privados de escolas, de saúde, enfim de toda assistência material e espiritual, Francisca, incentivada por Monsenhor Scalabrini, resolveu seguir em 1879 para aquela cidade.

Em Nova Iorque, apesar das dificuldades, construiu casas, escolas e hospitais. Como Santa Teresa, costumava dizer; “com Deus e cinco centavos posso fazer grandes coisas”. Com quase 40 anos de idade começou uma série ininterrupta de viagens pelo Ocidente. Percorreu a América inteira, e a sua ação estendeu-se até a Califórnia e Chicago. Sua obra chegou à América Latina, inclusive ao Brasil. Ficou conhecida como a Mãe dos Emigrados. Morreu em 1917, em meio a uma viagem para Chicago. Foi canonizada em 1946.

Hoje Santa Francisca Cabrini, uma mulher que apesar de sua fragilidade e saúde delicada que não teve receio de sair de sua terra, para generosamente dedicar-se à promoção humana e espiritual dos migrantes, nos convida a cultivarmos um coração sem fronteiras, capaz de ir ao encontro de todos, sobretudo daqueles que, sem perspectivas em sua terra, se vêem obrigados a emigrar para outros lugares, em busca de melhores condições de vida.

Fonte: Zélia Vianna. Santidade Ontem e Hoje (2005). Salvador: Paróquia de São Pedro