25 de Julho 2019

A SANTA MISSA

Festa: São Tiago Maior, apóstolo
Cor: Vermelha

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1ª Leitura: 2Cor 4,7-15

“Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado.” 

Leitura da Segunda Carta de São Paulo apóstolo aos Coríntios

Irmãos: 7 Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8 Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9 perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10 por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11 De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12 Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós. 13 Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: ‘Eu creio e, por isso, falei’, nós também cremos e, por isso, falamos, 14 certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15 E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6(R. 5)

R. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.

Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, *
parecíamos sonhar;
2a encheu-se de sorriso nossa boca, *
2b nossos lábios, de canções.      R.

2c Entre os gentios se dizia: “Maravilhas *
2d fez com eles o Senhor!”
3 Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, *
exultemos de alegria!      R.

4 Mudai a nossa sorte, ó Senhor, *
como torrentes no deserto.
5 Os que lançam as sementes entre lágrimas, *
ceifarão com alegria.       R.

6 Chorando de tristeza sairão, *
espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão, *
carregando os seus feixes!      R. 

Evangelho: Mt 20, 20-28 

“Vós bebereis do meu cálice.”

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo: 20 A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21 Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. 22 Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23 Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”. 24 Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25 Jesus, porém, chamou-os, e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26 Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27 quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28 Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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São Tiago Apóstolo

25 de Julho

São Tiago Apóstolo

Um dos doze Apóstolos de Jesus, São Tiago é conhecido como Tiago Maior, para diferenciá-lo de Tiago Menor, que era de Nazaré e primo de Jesus. Ele é conhecido também como: São Tiago Apóstolo, Santiago e Santiago de Compostela.

É padroeiro dos cavaleiros, peregrinos, farmacêuticos, veterinários, dos químicos. É também padroeiro da Espanha, Guatemala, Chile e Nicarágua.

São Tiago era irmão de São João Evangelista, o mais novo dos discípulos de Jesus. Era filho de Zebedeu e Salomé. Nascido em Betsaida, às margens do Mar da Galiléia. Tal como Pedro e André, vinha de uma família de pescadores. Zebedeu, Tiago e seu irmão João eram sócios de Pedro e André no trabalho da pesca. São Tiago foi um dos primeiros discípulos chamados por Jesus e fazia parte dos principais, dos mais íntimos, ao lado de Pedro e João. Nos momentos mais importantes da missão de Jesus, como a Transfiguração, a ressurreição da filha de Jairo, a Santa Ceia entre outros, esses três estavam sempre presentes.

São Tiago e seu irmão João foram apelidados por Jesus de “Filhos do Trovão”, como vemos no Evangelho de Marcos 3, 17. Isto aconteceu porque quando Jesus e uma grande comitiva de discípulos se preparavam para atravessar Samaria, os samaritanos recusaram-se a recebe-los. Tiago e João perguntaram a Jesus se poderiam mandar cair fogo do céu sobre os rebeldes. Mas Jesus os repreendeu dizendo que “Não veio para perder, mas para salvar as pessoas”.

O Evangelista Mateus narra uma passagem curiosa. Quando Jesus estava caminhando para seus últimos dias em Jerusalém, Salomé, mãe de Tiago e João, foi até Jesus com os dois filhos, ajoelhou-se e pediu ao Senhor que, quando viesse em sua glória, colocasse um de seus filhos à sua direita e o outro à esquerda. Jesus respondeu que os dois irmãos beberiam o mesmo cálice de sofrimento que Ele (Jesus) beberia. Porém, quanto a estar à direita ou à esquerda, somente o Pai é quem sabe e determina. Os outros discípulos ficaram indignados com o pedido. Jesus, então, deu-lhes uma lição de humildade dizendo que, no Reino dos Céus, o maior é aquele que se coloca a serviço de todos.

São Tiago é o padroeiro da Espanha. Isto se deve a uma tradição que vem desde os primórdios do cristianismo. Conta-se que, logo após receber o Espírito Santo no dia de Pentecostes, São Tiago teria ido para a Espanha anunciar o Evangelho. Depois de ter passados por vários lugares na Península Ibérica, inclusive Portugal, sem obter muito sucesso no seu intento, voltou para Jerusalém, onde foi aclamado o líder da Igreja local. Após sua morte, seus restos mortais teriam sido trasladados para a Espanha e sepultados no local onde hoje se encontra a famosa Catedral de Santiago de Compostela, erguida em sua homenagem.

A última vez que São Tiago aparece nas Sagradas Escrituras é em Atos 12, 1-2, onde se noticia seu martírio. O texto diz que Herodes Agripa, filho de Herodes, o grande (aquele que mandou matar os bebês inocentes em Belém), rei da região sul de Israel chamada Judéia, “Mandou matar Tiago, irmão de João, pelo fio da espada”. Isso aconteceu perto do ano 44, na cidade de Jerusalém. Esta é a única morte de um dos 12 Apóstolos a ser narrada na Bíblia.

Por causa de sua coragem em testemunhar Jesus Cristo a ponto de dar a própria vida por Ele, São Tiago tornou-se patrono do Exército Espanhol e também do Exército Português. A tradição conta que ele inspirou um grande número de soldados no combate à invasão muçulmana na Península Ibérica. Por causa disso foi criada a famosa Ordem de Santiago, para valorizar a honra, a lealdade, a coragem e a fé. Durante alguns séculos, pertencer a esta Ordem era uma grande honra.

Durante a Idade Média, a Igreja concedeu indulgência plenária a todos aqueles que fizessem peregrinação à Catedral de Santiago de Compostela, com espírito de penitência, de arrependimento e de conversão. Por isso, um grande número de fiéis começou a fazer este caminho de peregrinação. A rota da peregrinação foi se estendendo cada vez mais e, hoje, chega a oitocentos quilômetros. O caminho é feito, na maioria das vezes, a pé. Mas também é feito de bicicleta e outros tipos de veículos movidos pelo esforço humano. A peregrinação sempre transforma o peregrino. É raro o peregrino chegar ao seu destino sem ter sido transformado pela oração, pela penitência e pelo “caminho”, que representa uma elevação espiritual.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br


Santa Cristina

24 de Julho

Santa Cristina

A arqueologia não serve apenas para descobrir os dinossauros enterrados pelo mundo. Ela também pode confirmar a existência dos santos mártires que marcaram sua trajetória na história pela fé em Deus. Foi o que aconteceu com Santa Cristina, que teve sua tradição comprovada somente no século XIX, com as descobertas científicas desses pesquisadores.

Segundo os mosaicos descobertos na Igreja de Santo Apolinário, em Ravena, construída no século VI, Cristina era realmente uma das virgens cristãs mártires das antigas perseguições. E portanto, já naquele século, venerada como santa, como se pôde observar pela descoberta de sua sepultura, que também possibilitou o aparecimento de um cemitério subterrâneo, que estava oculto ao lado.

A arte também compareceu para corroborar seu testemunho através dos tempos. O martírio da jovem virgem Cristina foi representado pelas mãos de famosos pintores, como João Della Robbias, Lucas Signorelli, Paulo Veronese e Lucas Cranach, entre outros. Além dos textos escritos em latim e grego que relatam seu suplício e morte, que só discordam quanto à cidade de sua origem.

Os registros gregos mostram como sua terra natal Tiro, enquanto os latinos citam Bolsena, na Toscana, Itália. Esses relatos do antigo povo cristão contam que o pai de Cristina, Urbano, era pagão e um oficial do Império Romano, que, ao saber da conversão da filha e obrigá-la a renunciar ao cristianismo, trancou-a numa torre na companhia de 12 servas pagãs. Para mostrar que não abdicava da fé em Cristo, Cristina despedaçou as estátuas dos deuses pagãos existentes na torre e jogou, janela abaixo, as joias que as adornavam, para que os pobres pudessem pegá-las. Quando tomou conhecimento do feito, Urbano mandou chicoteá-la e prendê-la num cárcere. Nem assim conseguiu a rendição da filha, por isso a entregou aos juízes.

Cristina foi torturada terrivelmente e depois jogada numa cela, onde três anjos celestes limparam e curaram suas feridas. Como solução final, o governante pagão mandou que lhe amarrassem uma pedra ao pescoço e a jogassem num lago. Novamente, anjos intervieram: sustentaram a pedra, que ficou boiando na superfície da água, e levaram a jovem até a margem do lago.

As torturas continuaram, mesmo depois de seu pai ser castigado por Deus e morrer de forma terrível. Cristina ainda foi novamente flagelada, depois amarrada a uma grade de ferro quente e colocada numa fornalha superaquecida, mordida por cobras venenosas e teve os seios cortados, antes de ser morta com duas lanças transpassando seu corpo virgem. Assim o seu martírio foi divulgado pelo povo cristão desde o ano 287.

Texto: Paulinas Internet


24 de Julho 2019

A SANTA MISSA

16ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ex 16, 1-5.9-15 

“Eu farei chover para vós o pão do céu.” 

Leitura do Livro do Êxodo

1 Toda a comunidade dos filhos de Israel partiu de Alim e chegou ao deserto de Sin, entre Elim e o Sinai, no dia quinze do segundo mês da saída do Egito. 2 A comunidade dos filhos de Israel pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, dizendo: 3 ‘Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos juntos às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este deserto para matar de fome a toda esta gente?’ 4 O Senhor disse a Moisés: ‘Eu farei chover para vós o pão do céu. O povo sairá diariamente e só recolherá a porção de cada dia a fim de que eu o ponha à prova, para ver se anda ou não na minha lei. 5 No sexto dia, quando prepararem o que tiverem trazido, terão o dobro do que recolhem diariamente’. 9 E Moisés disse a Aarão: ‘Dize a toda a comunidade dos filhos de Israel: ‘Apresentai-vos diante do Senhor, pois ele ouviu a vossa murmuração’. 10 Enquanto Aarão falava a toda a comunidade dos filhos de Israel, voltando os olhos para o deserto, eles viram aparecer na nuvem a glória do Senhor. 11 O Senhor falou, então, a Moisés, dizendo: 12 ‘Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus’. 13 Com efeito, à tarde, veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orvalho ao redor do acampamento. 14 Quando se evaporou o orvalho que caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos, fina como a geada sobre a terra. 15 Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram entre si: ‘Que é isto?’ Porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: ‘Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 77(78), 18-19.23-24.25-26.27.28(R. 24b)

R. O Senhor deu o pão do céu, como alimento.

18 Se tentaram o Senhor nos corações, *
exigindo alimento à sua gula.
19 Falavam contra Deus e assim diziam: *
‘Pode o Senhor servir a mesa no deserto?‘      R.

23 Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, *
e as comportas das alturas fez abrir;
24 fez chover-lhes o maná e alimentou-os, *
e lhes deu para comer o pão do céu.        R.

25 O homem se nutriu do pão dos anjos, *
e mandou-lhes alimento em abundância;
26 fez soprar o vento leste pelos céus *
e fez vir, por seu poder, o vento sul.       R.

27 Fez chover carne para eles como pó, *
choveram aves como areia do oceano;
28 elas caíram sobre os seus acampamentos *
e pousaram ao redor de suas tendas.        R. 

Evangelho: Mt 13,1-9  

“Produziram à base de cem frutos por semente”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

1 Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia.2 Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia.3 E disse-lhes muitas coisas em parábolas: ‘O semeador saiu para semear.4 Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram.5 Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda.6 Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.7 Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas.8 Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9 Quem tem ouvidos, ouça!’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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As Virtudes Humanas

TEMPO COMUM. DÉCIMA SEXTA SEMANA. QUARTA‑FEIRA

– As virtudes humanas compõem o fundamento das sobrenaturais.
– Em Jesus Cristo, todas as virtudes humanas alcançam a sua plenitude.
– Necessidade das virtudes humanas no apostolado.

I. O EVANGELHO DA MISSA 1 mostra‑nos como a semente da graça cai em terrenos muito diversos: entre espinhos, no caminho endurecido pela passagem dos transeuntes, no meio de um terreno pedregoso..., em terra boa.

Deus quer que sejamos essa terra bem preparada que acolhe a semente e dá a seu tempo uma boa colheita. E as virtudes naturais constituem no homem o terreno bem preparado que permitirá às virtudes sobrenaturais arraigarem e crescerem com a ajuda da graça. São muitos os que, talvez por ignorância, vivem afastados de Deus, mas cultivam essas disposições nobres e honradas, e por isso estão bem preparados para receber a graça da fé, porque o comportamento humano reto constitui como que o ponto de apoio do edifício sobrenatural.

A vida da graça no cristão não se justapõe à realidade humana, mas penetra‑a, enriquece‑a e aperfeiçoa‑a. “Deste modo explica‑se que a Igreja exija dos seus santos o exercício heróico não somente das virtudes teologais, mas também das morais e humanas; e que as pessoas verdadeiramente unidas a Deus pelo exercício das virtudes teologais se aperfeiçoem também do ponto de vista humano e se esmerem nas virtudes da convivência; serão leais, afáveis, corteses, generosas, sinceras, precisamente por terem todos os afetos da alma centrados em Deus” 2.

A ordem sobrenatural não prescinde da ordem natural, e muito menos a destrói, antes pelo contrário “levanta‑a e aperfeiçoa‑a, e cada uma das ordens presta à outra o seu auxílio, como um complemento proporcionado à sua própria natureza e dignidade, já que ambas procedem de Deus, e Deus não pode deixar de estar de acordo consigo mesmo” 3.

Ainda que a graça possa transformar por si mesma as pessoas, o normal é que requeira as virtudes humanas, pois como poderia arraigar, por exemplo, a virtude cardeal da fortaleza num cristão que não vencesse os pequenos hábitos de comodismo ou de preguiça, que estivesse excessivamente preocupado com o calor ou o frio, que se deixasse dominar habitualmente pelos estados de ânimo? Como poderia viver habitualmente o otimismo cristão, conseqüência da vida de fé, quem fosse pessimista e mal‑humorado no seu relacionamento familiar ou social?

“Nada se deve mutilar da essência ou das qualidades boas da natureza humana. Despersonalizar‑se naquilo que o homem tem de bom – que é muito – é o que de mais ruinoso pode fazer um cristão. Desenvolve a tua natureza, a tua atividade humana; desenvolve‑a até ao infinito. Tudo o que empequenece, contrai e estreita, tudo o que nos detém pelo medo, não é cristianismo. É preciso empregar outra palavra que não seja despersonalização para designar a total purificação do pecado e das más inclinações que o homem tem de levar a cabo dentro de si, com a ajuda de Deus” 4. O Senhor quer que tenhamos uma personalidade definida, cada um a sua, que seja resultado do apreço que temos por tudo o que Ele nos deu e do empenho em cultivar esses dons humanos.

A terra bem preparada – as virtudes naturais – permite que a semente divina lance raízes, cresça e se desenvolva com facilidade, sob o impulso da graça e da correspondência pessoal. Por sua vez, o terreno melhora quando a planta cresce. A vida cristã aperfeiçoa as condições humanas, pois dá‑lhes uma finalidade mais alta; o homem é tanto mais humano quanto mais cristão.

II. O SENHOR QUER que pratiquemos todas as virtudes naturais: o otimismo, a generosidade, a ordem, a rijeza, a alegria, a cordialidade, a sinceridade, a veracidade... Em primeiro lugar, porque devemos imitá‑lo, e Ele é perfeito Deus e Homem perfeito. Nele, todas as virtudes próprias da pessoa chegam à plenitude porque, sendo Deus, manifestou‑se profundamente humano.

Jesus “vestia‑se conforme o costume da época, tomava os alimentos correntes, comportava‑se segundo os costumes do lugar, raça e época a que pertencia. Impunha as mãos, ordenava, aborrecia‑se, sorria, chorava, discutia, cansava‑se, sentia sono e fadiga, fome e sede, angústia e alegria. E a união, a fusão entre o divino e o humano era tão total, tão perfeita, que todas as suas ações eram ao mesmo tempo divinas e humanas. Era Deus e gostava de chamar‑se Filho do Homem” 5.

O próprio Cristo exigiu de todos a perfeição humana contida na lei natural6, formou os seus discípulos não só nas virtudes sobrenaturais, mas também no comportamento social, na sinceridade, na veracidade, na nobreza7, instou a que fossem homens de juízo ponderado8... Doeu‑se pessoalmente com a ingratidão de uns leprosos que tinha curado9, e com a falta dessas manifestações de cortesia e de urbanidade10 que são próprias das pessoas educadas. Deu tanta importância às virtudes humanas que chegou a dizer aos seus discípulos: Se não entendeis das coisas terrenas, como entendereis das celestiais? 11

Se procurarmos humanamente ser cada vez mais simples, leais, trabalhadores, compreensivos, equilibrados..., estaremos imitando Cristo, e estaremos preparando‑nos para ser a boa terra em que as virtudes sobrenaturais lançam com facilidade as suas raízes. Para isso devemos contemplar muitas vezes a figura do Mestre, as suas palavras, gestos e critérios, e ver nele a plenitude de tudo o que é nobre e reto. Em Jesus temos o ideal humano e divino a que nos devemos parecer.

III. O CRISTÃO que está no meio do mundo é como uma cidade situada no alto de um monte, como a luz sobre o candeeiro. E o seu lado humano é a primeira coisa que os outros vêem; o exemplo das pessoas íntegras, leais, honradas, valentes... é o que arrasta. Por isso, as virtudes próprias da pessoa – todas as condições naturais boas – convertem‑se em instrumento da graça para aproximar os outros de Deus: o prestígio profissional, a amizade, a simplicidade, a cordialidade..., podem preparar convenientemente as almas para ouvirem com atenção a mensagem de Cristo. As virtudes humanas são, pois, necessárias à prática de um apostolado eficaz. Se os nossos amigos não as vêem, dificilmente chegarão a entender as virtudes sobrenaturais. Se um cristão não é veraz nos assuntos correntes, como é que os seus amigos podem confiar nele quando lhes fala de Deus? Como podemos dar a conhecer o verdadeiro rosto de Cristo se falhamos no que é elementar, nas virtudes do caráter e do respeito à palavra dada, na pontualidade, na magnanimidade, na equanimidade, na paciência?

Devemos dar a conhecer que Cristo vive por meio da nossa alegria habitual, da serenidade nas circunstâncias mais difíceis e penosas, do trabalho bem acabado, da sobriedade e da temperança, da pureza no olhar, nas conversas e no trato com pessoas de outro sexo... Uma vocação cristã vivida integralmente deve dar forma a todos os aspectos da existência.

Todos aqueles que de alguma maneira se relacionam conosco devem notar – a maioria das vezes, pelo nosso comportamento – a alegria da graça que palpita no nosso coração. “Temos que conduzir‑nos de tal maneira que, ao ver‑nos, os outros possam dizer: este é cristão porque não odeia, porque sabe compreender, porque não é fanático, porque está acima dos instintos, porque é sacrificado, porque manifesta sentimentos de paz, porque ama” 12, porque é generoso com o seu tempo, porque não se queixa, porque sabe prescindir do supérfluo e do ostentoso...

O mundo que nos rodeia necessita do testemunho de homens e mulheres que, trazendo Cristo nos seus corações, sejam exemplares. Talvez nunca se tenha falado tanto dos direitos humanos e das conquistas humanas; poucas vezes a humanidade foi tão consciente das suas próprias forças. Mas talvez nunca se tenham deixado tão claramente de lado os valores próprios da pessoa, que são aqueles que possuímos enquanto imagem de Deus.

O mundo espera dos cristãos este ensinamento fundamental: que todos fomos chamados a ser filhos de Deus. E para alcançarmos essa meta, temos de viver em primeiro lugar como homens e mulheres íntegros, desenvolvendo todos os valores naturais que o Senhor nos deu. Assim, com simplicidade, mostraremos ao mundo que, para imitar o Senhor, é necessário que sejamos muito humanos; e que, sendo plenamente humanos, estamos a caminho – porque a graça nunca falta – de ser plenamente filhos de Deus.

(1) Mt 13, 1‑9; (2) A. del Portillo, Escritos sobre el sacerdocio, Palabra, Madrid, 1970, pág. 30; (3) Pio XI, Enc. Divini illius Magistri, 31‑XII‑1929; (4) J. Urteaga, O valor divino do humano, Quadrante, São Paulo, 1975, pág. 44; (5) F. Suárez, El sacerdote y su ministério, pág. 131; (6) Mt 5, 21; (7) Mt 5, 37; (8) Jo 9, 1‑3; (9) Lc 17, 17‑18; (10) Lc 7, 44‑46; (11) Jo 3, 12; (12) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 122.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


Santa Brígida

23 de Julho

Santa Brígida

Santa Brígida, também era conhecida como Brigite. Nasceu em 1303. Era princesa do castelo de Finstad, filha do rei da Suécia. Tinha uma família muito piedosa, a ponto de forneceu alguns santos à Igreja. Construíram hospitais, mosteiros e igrejas. Brígida ajudava em algumas obras de caridade. Ela foi agraciada por Deus com o dom de revelações.

Quando jovem, Santa Brígida trabalhava como dama de companhia da rainha Bianca, em Namur, atual Bélgica. Por isso vivia na corte. Mas ela não se deixou levar por esses ambientes requintados e frívolos. Ela se manteve fiel à sua fé.

Aos 18 anos, Brígida se casou com Ulf Gudmarsson, um nobre, também cristão. Eles tiveram oito filhos. Uma de suas filhas, Catarina, foi canonizada. É conhecida como Santa Catarina da Suécia. Um de seus filhos veio a falecer e, depois disso, fizeram uma peregrinação a Santiago de Compostela, na Espanha. Na volta seu marido adoeceu. Em sonho, Brígida teve uma revelação, por intermédio de são Dionísio. Foi-lhe revelado que seu marido não morreria, o que só ocorreu tempos depois. Brígida ingressou no Mosteiro de Alvastra, onde vivia um de seus filhos, como monge.

Santa Brígida guardava, no coração, o projeto de fundar um mosteiro para homens e outro para mulheres. Assim nasceu a Ordem do Santo Salvador, que seguia as regras de Santo Agostinho. Brígida viveu neste mosteiro até que a Ordem fosse aprovada pela Igreja. Depois, mudou-se para Roma, onde viveu por vinte e quatro anos, trabalhando na moralização dos costumes. Na época, o Papa vivia em Avignon, na França, por causa de divisões na Igreja, e Brígida lutou para que o Pontífice voltasse para Roma. Com ajuda do rei da Suécia, ela construiu 78 mosteiros em toda a Europa.

Santa Brígida morreu em 23 de julho de 1373. Estava em peregrinação na Terra Santa. A Ordem do Santo Salvador começou a ser dirigida por sua filha, Santa Catarina da Suécia. A Ordem ficou muito conhecida. Santa Brígida foi canonizada dezoito anos depois de sua morte. Seu culto se espalhou rapidamente pela Europa. Uma igreja dedicada a ela foi construída no local de seu falecimento, situada na praça Farnese.

Fonte: https://www.rs21.com.br


23 de Julho 2019

A SANTA MISSA

16ª Semana do Tempo Comum – Terça-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Ex 14, 21-15, 1 

“Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto.” 

Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias: 21 Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e as águas se dividiram. 22 Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda. 23 Os egípcios puseram-se a prossegui-los, e todos os cavalos do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro. 24 Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. 25 Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Disseram, então, os egípcios: ‘Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós’. 26 O Senhor disse a Moisés: ‘Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros’. 27 Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas. 28 As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinha entrado no mar em perseguição de Israel. Não escapou um só. 29 Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda. 30 Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar, 31 e a mão poderosa do Senhor agir contra eles. O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. 15,1 Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Ex 15, 8.9.10 e 12.13 e 27 (R. 1b)

R. Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória!

8 Ao soprar a vossa ira amontoaram-se as águas, +
levantaram-se as ondas e formaram uma muralha, *
e imóveis se fizeram, em meio ao mar, as grandes vagas.      R.

9 O inimigo tinha dito: ‘Hei de segui-los e alcançá-los! +
Repartirei os seus despojos e minh’alma saciarei; *
arrancarei da minha espada e minha mão os matará!’        R.

10 Mas soprou o vosso vento, e o mar os recobriu; +
afundaram como chumbo entre as águas agitadas.
12 Estendestes vossa mão, e a terra os devorou;       R.

17 Vós, Senhor, o levareis e o plantareis em vosso Monte, +
no lugar que preparastes para a vossa habitação,
no Santuário construído pelas vossas próprias mãos.        

Evangelho: Mt 12,46-50 

 “E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse:
Eis minha mãe e meus irmãos”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo: 46 Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47 Alguém disse a Jesus: ‘Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo.’ 48 Jesus perguntou àquele que tinha falado: ‘Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?’ 49 E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: ‘Eis minha mãe e meus irmãos. 50 Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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A Nova Família de Jesus

TEMPO COMUM. DÉCIMA SEXTA SEMANA. TERÇA‑FEIRA

– A nossa união com Cristo é mais forte do que qualquer vínculo humano. Os laços que resultam do seguimento do Senhor num mesmo caminho são mais fortes que os do sangue.
– Devemos ter o necessário desprendimento e independência para levarmos a bom termo a nossa vocação.
– Maria, Mãe dessa nova família de Jesus que é a Igreja, é também Mãe de cada um de nós.

I. O EVANGELHO DA MISSA 1 mostra‑nos Jesus ocupado uma vez mais em pregar. Encontra‑se numa casa tão abarrotada de gente que a sua Mãe e outros parentes não podem chegar até Ele e mandam‑lhe um recado. Alguém disse‑lhe: a tua mãe e os teus irmãos estão ali fora e procuram‑te. Ele, porém, estendeu a mão para os discípulos e disse‑lhes: Eis a minha mãe e os meus irmãos. Porque todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão e irmã e mãe.

Noutra ocasião, uma mulher do povo, ao escutar as palavras cheias de vida de Jesus, exclamou em louvor de Maria: Bem‑aventurado o ventre que te trouxe e os peitos que te amamentaram. Mas o Senhor deu a impressão de querer rejeitar o louvor dessa mulher, e respondeu: Antes bem‑aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática 2.

O São Papa João Paulo II relaciona estas duas cenas com a resposta que Jesus deu a Maria e a José quando o encontraram em Jerusalém, à idade de doze anos, depois de uma busca aflita durante três dias. Naquela ocasião, Jesus disse‑lhes, com um amor sem limites e com uma clareza total: Por que me buscáveis? Não sabíeis que devo ocupar‑me nas coisas de meu Pai? 3 Desde o começo, Jesus dedicou‑se às coisas de seu Pai. Anunciava o Reino de Deus e, à sua passagem, todas as coisas alcançavam um novo sentido; entre elas, o parentesco. “Nesta nova dimensão, também um vínculo como o da «fraternidade» significa uma coisa diversa da «fraternidade segundo a carne», que provém da origem comum dos mesmos pais. E mesmo a «maternidade» [...] alcança um outro sentido” 4, mais profundo e mais íntimo.

O Senhor ensina‑nos repetidamente que, por cima de qualquer vínculo e autoridade humana, mesmo a familiar, está o dever de cumprir a vontade de Deus, as exigências da vocação a que cada qual foi chamado. Diz‑nos que segui‑lo de perto pela fidelidade à vocação significa compartilhar a sua vida em tal grau de intimidade que daí resulta um vínculo mais forte que o familiar 5. São Tomás explica‑o dizendo que “todo o fiel que cumpre a vontade do Pai, isto é, que lhe obedece, é irmão de Cristo, porque é semelhante Àquele que cumpriu a vontade do Pai. E quem não se limita a obedecer, mas também converte outras pessoas, gera Cristo neles, e assim chega a ser como a Mãe de Cristo” 6.

O vínculo que deriva de se ter o mesmo sangue é muito forte, mas aquele que resulta de se seguir o Senhor por um mesmo caminho é mais forte ainda. Não há nenhuma relação humana, por mais estreita que seja, que se assemelhe à nossa união com Jesus e com aqueles que o seguem.

II. QUEM É A MINHA MÃE...?  “Será que, com essa pergunta, Cristo se afasta daquela que foi a sua mãe segundo a carne? Quererá deixá‑la na sombra desse ocultamento que Ela mesmo escolheu? Se assim pode parecer devido ao sentido literal dessas palavras, devemos observar no entanto que a maternidade nova e diferente de que Jesus fala aos seus discípulos refere‑se precisamente a Maria de um modo especialíssimo” 7.

Maria é amada por Jesus de modo absolutamente singular por causa do vínculo de sangue pelo qual Maria é sua Mãe segundo a carne. Mas Jesus ama‑a mais e está mais estreitamente ligado a Ela pelos laços da delicada fidelidade que a unem à sua vocação, ao seu perfeito cumprimento da vontade divina. Por isso a Igreja recorda‑nos que a Santíssima Virgem “acolheu plenamente as palavras com que o seu Filho – exaltando o Reino por cima das raças e dos vínculos da carne e do sangue – proclamou bem‑aventurados os que ouvem e guardam a palavra de Deus, tal como Ela mesmo o fazia fielmente”8.

A nossa vocação faz‑nos amar humana e sobrenaturalmente os pais, os filhos, os irmãos; Deus dilata e afina o nosso coração. Mas, ao mesmo tempo, pede‑nos a necessária independência e desprendimento de qualquer laço, para levarmos a cabo o que Ele quer de cada um: que sigamos a chamada única e irrepetível que nos dirigiu, ainda que às vezes, por razões compreensíveis, isso possa causar dor àqueles a quem mais queremos na terra. Não podemos esquecer que Maria e José, que há três dias buscavam o Menino perdido no Templo, não compreenderam a explicação que Jesus lhes deu9, apesar de Maria ser a cheia de graça e José justo, plenamente compenetrados com Deus. Puderam entendê‑la mais tarde – Maria num grau mais profundo –, à medida que os acontecimentos do seu Filho se iam desenvolvendo. Não nos deve surpreender, portanto, que às vezes os nossos parentes não nos entendam.

Que alegria pertencer com laços tão fortes à nova família de Jesus! Como devemos amar e ajudar os que nos estão fortemente unidos pelos vínculos da fé e da vocação! Então entendemos as palavras da Escritura: Frater qui adiuvatur a fratre quasi civitas firma10, o irmão, ajudado pelo seu irmão, é como uma cidade amuralhada. Nada pode abalar a caridade e a fraternidade bem vividas. “O poder da caridade! – A vossa mútua fraqueza é também apoio que vos mantém erguidos no cumprimento do dever, se viveis a vossa bendita fraternidade: como mutuamente se sustêm, apoiando‑se, as cartas do baralho” 11.

III. TODO AQUELE QUE FAZ a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão e irmã e mãe. Do lugar em que se encontrava, Maria ouviu provavelmente essas palavras, ou talvez alguém lhas tenha repetido a seguir. Ela bem sabia dos laços profundos que a uniam Àquele que queria ver: vínculos resultantes da natureza, e outros, mais profundos ainda, derivados da sua perfeita união com a Santíssima Trindade.

Ela sabia também, de um modo cada vez mais perfeito, que fora chamada desde a eternidade para ser a Mãe dessa nova família que se ia formando em torno de Jesus. Por meio da fé, correspondeu à chamada que Deus lhe dirigia para ser a Mãe do seu Filho, e, “na mesma fé, descobriu e acolheu a outra dimensão da maternidade, revelada por Jesus no decorrer da sua missão messiânica. Pode‑se afirmar – diz o Papa João Paulo II – que esta dimensão da maternidade era possuída por Maria desde o início, isto é, desde o momento da concepção e do nascimento do Filho. Desde então, Ela foi «aquela que acreditou». Mas, à medida que se ia esclarecendo aos seus olhos e no seu espírito a missão do Filho, Ela própria, como Mãe, ia‑se abrindo cada vez mais àquela «novidade» da maternidade que devia constituir o seu «papel» junto do Filho” 12.

Mais tarde, no Calvário, descerrou‑se por completo o véu do mistério da sua maternidade espiritual sobre aqueles que ao longo dos séculos haviam de crer em Jesus: Eis aí o teu filho13, disse‑lhe Jesus apontando para João. E nele estávamos representados todos os homens. Essa maternidade estende‑se de modo particular a todos os batizados e aos que estão a caminho da fé, porque Maria é Mãe da Igreja inteira 14, da grande família do Senhor que se prolonga através dos tempos.

Existe uma particular correspondência entre o momento da Encarnação do Filho de Deus e o nascimento da Igreja no dia de Pentecostes, e “a pessoa que une esses dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém. Em ambos os casos, a sua presença discreta, mas essencial, indica o caminho do «nascimento do Espírito». Assim, Aquela que esteve presente no mistério de Cristo como Mãe, tornou‑se – por vontade do Filho e por obra do Espírito Santo – presente no mistério da Igreja” 15.

A presença de Maria na Igreja é uma presença materna, e assim como numa família a relação de maternidade e de filiação é única e irrepetível, assim a nossa relação com a Mãe do Céu é única e diferente para cada cristão. E da mesma forma que João a acolheu em sua casa, cada cristão deve entrar “no raio de ação daquela «caridade materna»” 16.

Maria ama‑nos a cada um de nós como se fôssemos o seu único filho, e desvela‑se pela nossa santidade e pela nossa salvação como se não tivesse outros filhos na terra. Devemos chamá‑la Mãe muitas vezes! E agora, ao terminarmos este tempo de oração, dizemos‑lhe na intimidade da nossa alma: Minha Mãe, não me abandones! Ajuda‑me a estar sempre junto do teu Filho e a viver muito unido àqueles a quem estou ligado pelos laços da fraternidade sobrenatural, teus filhos também.

(1) Mt 12, 46‑50; (2) Lc 11, 27‑28; (3) Lc 2, 49; (4) João Paulo II, Enc. Redemptoris Mater, 25‑III‑1987, 20; (5) cfr. Sagrada Bíblia, Santos Evangelhos, nota a Mc 4, 31‑35; (6) São Tomás, Comentário sobre o Evangelho de São Mateus, 12, 49‑50; (7) João Paulo II, op. cit.; (8) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 58; (9) Lc 2, 50; (10) Prov 18, 19; (11) Josemaría Escrivá, Caminho, n. 462; (12) João Paulo II, op. cit.; (13) Jo 19, 26; (14) cfr. C. Pozo, Maria en la obra de la salvación, BAC, Madrid, 1974, págs. 61‑62; (15) João Paulo II, op. cit., 24; (16) ib.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


22 de Julho 2019

A SANTA MISSA

Festa: Santa Maria Madalena
Cor: Branca

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1ª Leitura: Ct 3,1-4ª 

“Encontrei o amor de minha vida.”

Leitura do Cântico dos Cânticos

Eis o que diz a noiva: 1 Em meu leito, durante a noite, busquei o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei. 2 Vou levantar-me e percorrer a cidade, procurando pelas ruas e praças, o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei. 3 Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade. “Vistes por ventura o amor de minha vida?” 4a E logo que passei por eles, encontrei o amor de minha vida.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 62(63), 2.3-4.5-6.8-9(R. 2b)

R. A minh’alma tem sede de vós, Senhor!

Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! *
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minh’alma tem sede de vós, +
minha carne também vos deseja, *
como terra sedenta e sem água!  R.

3 Venho, assim, contemplar-vos no templo, *
para ver vossa glória e poder.
4 Vosso amor vale mais do que a vida: *
e por isso meus lábios vos louvam.       R.

5 Quero, pois vos louvar pela vida, *
e elevar para vós minhas mãos!
6 A minh’alma será saciada, *
como em grande banquete de festa;
cantará a alegria em meus lábios, *
ao cantar para vós meu louvor!       R.

8 Para mim fostes sempre um socorro; *
de vossas asas à sombra eu exulto!
9 Minha alma se agarra em vós; *
com poder vossa mão me sustenta.       R. 

Evangelho: Jo 20, 1-2.11-18 

“Mulher, por que choras? A quem procuras?” 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2 Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 11 Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12 Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14 Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”. 16 Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabunni” (que quer dizer: Mestre). 17 Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18 Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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O Trabalho de Marta

TEMPO COMUM. DÉCIMO SEXTO DOMINGO. ANO C

– O Senhor era bem recebido e atendido em Betânia. Amizade com Jesus.
– Trabalhar sabendo que o Senhor está ao nosso lado. Presença de Deus no trabalho.
– Trabalho e oração.

I. SENHOR, SE ACHEI GRAÇA diante dos teus olhos, não passes ao largo do teu servo. Mas eu trarei um pouco de água, e lavareis os vossos pés, e descansareis debaixo desta árvore [...], e depois continuareis o vosso caminho; porque para isso viestes ao vosso servo1. São palavras que Abraão dirigiu a Javé quando lhe apareceu com dois anjos, como peregrino, no vale de Mambré, na hora do maior calor do dia. Abraão acolheu magnanimamente o Senhor, e o Senhor nunca esqueceu as demonstrações de hospitalidade de Abraão.

O Evangelho da Missa narra a chegada de Jesus com os seus discípulos a casa de uns amigos2 – Lázaro, por quem o Senhor havia chorado e a quem havia ressuscitado, Marta e Maria3 – em Betânia. Estava a caminho de Jerusalém e deteve‑se nessa aldeia, situada a uns três quilômetros da cidade. Na casa dos três irmãos, que Jesus amava de todo o coração, encontrou Ele a acolhida e o repouso necessários para descansar depois de uma longa jornada; ali sentia‑se muito à vontade: tratavam‑no bem e sempre o recebiam com alegria e afeto.

Nesse clima de confiança, as duas irmãs movem‑se com naturalidade e simplicidade, e manifestam atitudes diversas. Marta afadigava‑se na contínua lida da casa; devia ser a mais velha (São Lucas diz: uma mulher por nome Marta recebeu‑o em sua casa), e foi ela quem se ocupou com todo o esmero de atender o Senhor e os que o acompanhavam. O trabalho devia ser abundante; atender um grupo tão numeroso, sobretudo tendo‑se apresentado de improviso, não era tarefa fácil. E Marta, que desejava recepcionar dignamente o Senhor, ocupava‑se com eficiência em preparar o necessário.

Sabemos que, num determinado momento, perdeu a paz e afligiu‑se, sem dúvida por ter‑lhe faltado retidão de intenção no princípio. Maria, pelo contrário, estava sentada aos pés do Senhor, escutando as suas palavras, alheia aos preparativos do almoço. “Marta, no seu empenho em preparar para o Senhor a refeição, andava ocupada numa multiplicidade de afazeres. Maria, sua irmã, preferiu que fosse o Senhor a dar‑lhe de comer. Esqueceu‑se de sua irmã e sentou‑se aos pés do Senhor, onde, sem fazer nada, escutava as suas palavras”4.

Nós, com a ajuda da graça, temos que procurar alcançar a harmonia da vida cristã, que se manifesta na unidade de vida – isto é, em unir Marta e Maria –, de forma que o amor de Deus, a santidade pessoal, seja inseparável do impulso apostólico e se manifeste na retidão com que realizamos o nosso trabalho.

II. A IRMÃ MAIS VELHA dirige‑se a Jesus com confiança e em certo tom de queixa: Senhor, não te importa que minha irmã me tenha deixado só com o serviço da casa? Diz‑lhe, pois, que me ajude.

Durante muitos séculos, quis‑se apresentar estas duas irmãs como dois modelos de vida contrapostos: em Maria, quis‑se representar a contemplação, a vida de união com Deus; em Marta, a vida ativa de trabalho, “mas a vida contemplativa não consiste em estar aos pés de Jesus sem fazer nada: isso seria uma desordem, se não pura e simples poltronice”5. Os afazeres de cada um são precisamente o lugar em que encontramos a Deus, “o eixo sobre o qual assenta e gira a nossa chamada à santidade”6. Sem um trabalho sério, consciente, prestigioso, seria muito difícil – para não dizer impossível – ter uma vida interior profunda e exercer um apostolado eficaz no meio do mundo.

Durante muito tempo, insistiu‑se com demasiada ênfase nas dificuldades que as ocupações terrenas, seculares, podem representar para a vida de oração. No entanto, é aí, no meio desses trabalhos e através deles, não apesar deles, que Deus convida a maioria dos cristãos a santificar o mundo e a santificar‑se nele, com uma vida transbordante de oração que vivifique e dê sentido a essas tarefas7. Foi este o ensinamento constante do Fundador do Opus Dei, que ensinou milhares de pessoas a encontrarem a Deus no meio dos seus afazeres diários. Certa vez, dirigindo‑se a um grupo numeroso de pessoas, dizia‑lhes:

“Devem compreender agora – com uma nova clareza – que Deus os chama a servi‑lo em e a partir das tarefas civis, materiais, seculares da vida humana. Deus espera‑nos cada dia no laboratório, na sala de operações de um hospital, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no seio do lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Não esqueçam nunca: há algo de santo, de divino, escondido nas situações mais comuns, algo que a cada um de nós compete descobrir [...].

“Não há outro caminho [...]: ou sabemos encontrar o Senhor na nossa vida de todos os dias, ou não o encontraremos nunca. Por isso, posso afirmar que a nossa época precisa devolver à matéria e às instituições aparentemente vulgares o seu sentido nobre e original: pondo‑as ao serviço do Reino de Deus, espiritualizando‑as, fazendo delas meio e ocasião para o nosso encontro contínuo com Jesus Cristo”8. Temos de chegar ao amor de Maria enquanto levamos a cabo o trabalho de Marta.

Jesus respondeu afetuosamente a Marta: Marta, Marta, tu te afadigas e te inquietas por muitas coisas. Mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada. Foi como se lhe tivesse dito: Marta, andas ocupada em muitas coisas, mas estás‑te esquecendo de Mim; sentes‑te vencida pelas muitas tarefas necessárias, mas estás descuidando o essencial: a união com Deus, a santidade pessoal. Essa inquietação e essa azáfama não podem ser boas quando te fazem perder a presença de Deus enquanto trabalhas, embora o trabalho seja em si mesmo bom e necessário.

Jesus não questiona toda a atitude de Marta, como não ajuíza todo o comportamento de Maria. Muda os termos do problema com toda a profundidade e aponta para um aspecto mais essencial: a atitude interna de Marta, que está tão absorvida no seu trabalho e tão preocupada com ele, que quase se esquece do mais importante: a presença de Cristo naquela casa.

Quantas vezes o Senhor poderia dirigir‑nos essa mesma censura carinhosa! Planos, trabalhos necessários, que não podem justificar nunca que esqueçamos Jesus nas nossas tarefas, por mais santas que sejam em si, pois, como já se disse, não podemos trocar o “Senhor das coisas” pelas “coisas do Senhor”; não se pode relativizar a importância da oração com a desculpa de que talvez estejamos trabalhando em tarefas apostólicas, de formação, de caridade, etc.9

III. DEVEMOS ALCANÇAR tal unidade de vida que o próprio trabalho nos leve a estar na presença de Deus e, ao mesmo tempo, os momentos expressamente dedicados a falar com o Senhor nos ajudem a trabalhar melhor: “Entre as ocupações temporais e a vida espiritual, entre o trabalho e a oração, não pode existir apenas um «armistício» mais ou menos bem conseguido; tem que dar‑se uma plena união, uma fusão sem resíduo. O trabalho alimenta a oração e a oração «embebe» o trabalho. E isto até se chegar ao ponto de o trabalho em si mesmo, enquanto serviço feito ao homem e à sociedade – e, portanto, de acordo com as mais claras exigências do profissionalismo –, se converter em oração agradável a Deus”10.

Para conseguirmos ter o Senhor presente enquanto trabalhamos, temos que recorrer a expedientes humanos, a “estratagemas” que nos recordem que o nosso trabalho é para Deus e que Ele está perto de nós, contemplando as nossas obras como testemunha excepcional que é da nossa atividade. Trata‑se de olhar de vez em quando para o crucifixo que se tem na parede do escritório ou na mesa de trabalho, de dizer uma breve oração ou jaculatória quando se é interrompido pelo telefone, de cumprimentar o Anjo da Guarda da pessoa que nos procura para resolver um assunto, etc., etc.

Muitas vezes ajudar‑nos‑á nesse sentido a consideração de que o Senhor está numa igreja próxima. “Aí, nesse lugar de trabalho, deves conseguir que o teu coração escape para o Senhor, junto ao Sacrário, para lhe dizer, sem fazer coisas estranhas: – Meu Jesus, eu te amo.

“– Não tenhas medo de chamá‑lo assim – meu Jesus – e de chamá‑lo amiúde”11.

Todas as ocupações, desempenhadas com retidão de intenção, podem ser ocasião de vivermos cada dia a caridade, a mortificação, o espírito de serviço aos outros, a alegria e o otimismo, a compreensão, a cordialidade, o apostolado de amizade... Numa palavra, o trabalho é o meio com que nos santificamos.

E isto é o que verdadeiramente importa: encontrar Jesus nos meios desses afazeres diários, não esquecer em momento algum “o Senhor das coisas”; e menos ainda quando esses afazeres se referem mais diretamente a Ele, pois, do contrário, talvez acabássemos por realizá‑los com a atenção posta em nós mesmos, procurando neles somente a nossa realização pessoal, o gosto ou a mera satisfação de um dever cumprido, e deixando de lado a retidão de intenção, esquecendo o Mestre.

Ao terminarmos estes minutos de oração, pedimos à Virgem Maria que nos alcance o espírito de trabalho de Marta e a presença de Deus de Maria, daquela que, sentada aos pés de Jesus, escutava embevecida as suas palavras.

(1) Gen 18, 1‑5; Primeira leitura da Missa do décimo sexto domingo do TC, ciclo C; (2) Lc 10, 38‑42; (3) Jo 11, 35; (4) Santo Agostinho, Sermão 103, 3; (5) A. del Portillo, Homilia, 20‑VII‑1968, em Romana, ano II, n. 3, pág. 268; (6) Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 62; (7) cfr. J. L. Illanes, A santificação do trabalho, Quadrante, São Paulo, 1982, pág. 70‑72; (8) Josemaría Escrivá, Questões atuais do cristianismo, 3ª ed., Quadrante, São Paulo, 1986, n. 114; (9) cfr. João Paulo II, Alocução, 20‑VI‑1986; (10) A. del Portillo, Trabajo y oración, em Palabra, maio 1986, pág. 30; (11) Josemaría Escrivá, Forja, n. 746.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal