Obras de misericórdia

TEMPO COMUM. VIGÉSIMA SEGUNDA SEMANA. SEGUNDA‑FEIRA

– Jesus misericordioso. Imitá‑lo.
– Preocupar‑nos pela situação espiritual dos que estão ao nosso lado.
– Outras manifestações da misericórdia.

I. JESUS VOLTOU A NAZARÉonde se tinha criado, e, conforme o costume, entrou na sinagoga no sábado1. Entregaram‑lhe o livro do profeta Isaías para que lesse. Jesus abriu o livro numa passagem diretamente messiânica: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os pobres; Ele me enviou para pregar aos cativos a liberdade e devolver a vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, para anunciar um ano de graça do Senhor.

Jesus, enrolando o livro, devolveu‑o e sentou‑se. Havia uma grande expectativa entre os presentes, seus conterrâneos, com os quais tinha convivido tantos anos. Todos na sinagoga tinham os olhos fixos nEle. Muito provavelmente a Virgem estaria entre os assistentes. Então, o Senhor disse‑lhes com toda a clareza: Hoje cumpriu‑se esta Escritura que acabais de ouvir.

Isaías2 anunciava nessa passagem a chegada do Messias, que livraria o povo das suas aflições, e as palavras do Senhor “são a sua primeira declaração messiânica, à qual se seguem os atos e as palavras conhecidas por meio do Evangelho. Mediante tais atos e palavras, Cristo torna o Pai presente no meio dos homens. É muito significativo – continua a comentar João Paulo II – que estes homens sejam em primeiro lugar os pobres despossuídos de meios de subsistência, os que estão privados de liberdade, os cegos que não vêem a beleza da criação, os que vivem com a amargura no coração ou sofrem por causa da injustiça social e, por fim, os pecadores”3.

Mais tarde, quando os enviados de João Batista lhe perguntarem se é Ele o Cristo ou se devem esperar outro, Jesus responde‑lhes que comuniquem a João o que viram e ouviram: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, os pobres são evangelizados...4

O amor de Cristo expressa‑se especialmente no encontro com o sofrimento, em todos os campos em que se manifesta a fragilidade humana, tanto física como moralmente. Desta maneira revela a atitude que Deus Pai, que é amor5 rico em misericórdia6, manifesta continuamente em relação aos homens.

A misericórdia será o núcleo central da pregação de Cristo e a principal razão dos seus milagres. E, seguindo os seus passos, a Igreja também “cerca de amor todos os afligidos pela fraqueza humana; mais ainda, reconhece nos pobres e sofredores a imagem do seu Fundador pobre e sofredor. Faz o possível por mitigar‑lhes a pobreza e neles procura servir a Cristo”7.

Que outra coisa podemos nós fazer, se queremos imitar o Mestre e ser bons filhos da Igreja?

Temos diariamente diversas oportunidades de pôr em prática os ensinamentos de Jesus a respeito do nosso comportamento perante a dor e a necessidade.

É uma atitude compassiva e misericordiosa que não espera por ocasiões excepcionais, como visitar um preso ou um doente, ou socorrer alguém que está à beira de morrer de fome, mas vai‑se exercitando nas pequenas ocasiões do dia e com aqueles que se têm ao lado. Se vejo um colega de trabalho de cara abatida, se uma pessoa da família se mostra particularmente cansada e sem ânimo, se um amigo me telefona a contar uma aflição em que está, sei ver nessas situações uma oportunidade única de ser “outro Cristo”, sem fechar os olhos ou mostrar‑me indiferente e apressado? Hoje cumpriu‑se esta Escritura que acabais de ouvir...

II. ...UNGIU‑ME PARA EVANGELIZAR os pobres; enviou‑me para pregar aos cativos a liberdade e devolver a vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos... Não há maior pobreza do que a provocada pela falta de fé, nem cativeiro e opressão maiores do que esses que o demônio exerce sobre quem peca, nem cegueira mais completa do que a da alma que ficou privada da graça: “O pecado produz a mais dura das tiranias”, afirma São João Crisóstomo8.

Se a maior desgraça, o pior desastre que existe é afastar‑se de Deus, a nossa maior obra de misericórdia será, em muitas ocasiões, aproximar os nossos familiares e amigos dos sacramentos, fontes de vida, e especialmente da Confissão. Se sofremos com as penas, doenças e desgraças que os afligem, como não nos havemos de doer se vemos que não conhecem Jesus Cristo, que não o procuram ou se afastaram dEle? A verdadeira compaixão, a grande obra de misericórdia começa pelo apostolado.

Entre essas obras, a Igreja destacou desde há muito tempo a que nos anima a “ensinar a quem não sabe”. Quando o número de analfabetos decresceu em tantos países, aumentou em proporções assombrosas a ignorância religiosa, mesmo em nações de antiga tradição cristã. “Por imposição laicista ou por desorientação e negligência lamentáveis, milhares de jovens batizados vêm chegando à adolescência no desconhecimento total das mais elementares noções da Fé e da Moral e dos rudimentos mínimos da piedade. Atualmente, ensinar a quem não sabe significa, sobretudo, ensinar aos que nada sabem de religião, isto é, “evangelizá‑los”, falar‑lhes de Deus e da vida cristã. A catequese passou a ser na atualidade uma obra de misericórdia de primeira importância”9.

Quanto bem não faz a mãe que ensina o catecismo aos seus filhos, e talvez aos amigos dos seus filhos!

Que enorme recompensa não reservará o Senhor aos que dedicam com generosidade o seu tempo a um trabalho de formação doutrinária cristã, aos que aconselham um livro adequado que ilustra a inteligência e desperta os afetos do coração! É abrir aos outros o caminho que conduz a Deus; não há outra necessidade maior que esta.

III. IMITAR JESUS na sua atividade misericordiosa para com os mais necessitados significa consolar e acompanhar os que se encontram sós, os doentes, os que passam pelas agruras de uma pobreza envergonhada ou descarada. Faremos nossa a dor que suportam, ajudá‑los‑emos a santificá‑la, e procuraremos solucionar esse estado na medida em que nos for possível. Quanto podemos confortar essas pessoas com uma visita oportuna, com uma conversa simples e amável, bem preparada, procurando dar às nossas palavras e comentários um tom sobrenatural que deixe no doente ou no idoso uma luz de fé e confiança em Deus! Com delicadeza e oportunidade, atrever‑nos‑emos a prestar‑lhes alguns serviços, a arrumar‑lhes a cama, a ler‑lhes um trecho de algum livro ameno e mesmo divertido10.

Cada dia é mais necessário pedir ao Senhor um coração misericordioso para todos, pois na medida em que a sociedade se desumaniza, os corações tornam‑se duros e insensíveis, e cada qual tende a viver exclusivamente para si próprio. A justiça é uma virtude fundamental, mas só a justiça não basta; é necessária, além dela, a caridade. Por muito que melhore a legislação trabalhista e social, sempre será necessário proporcionar aos outros o calor de um coração humano, fraternal e amigo, que se abeira compassivamente dos homens como filhos de Deus que são, pois a misericórdia “não se limita a socorrer os necessitados de bens econômicos; o seu primeiro propósito é respeitar e compreender cada indivíduo como tal, na sua intríseca dignidade de homem e de filho do Criador”11.

A misericórdia leva‑nos a perdoar prontamente e de todo o coração, mesmo quando aquele que nos ofende não manifesta o menor arrependimento. O cristão não guarda rancores na alma; não se sente inimigo de ninguém.

Devemos esforçar‑nos por estimar mesmo os que são infelizes por culpa própria, ou em conseqüência da sua própria maldade. O Senhor só quer saber se esta ou aquela pessoa é infeliz, se sofre, “pois isso basta para que seja digna do teu interesse. Esforça‑te por protegê‑la contra as suas más paixões, mas desde o momento em que sofre, sê misericordioso. Amarás o teu próximo, não por ele o merecer, mas por ser o teu próximo”12.

O Senhor pede‑nos uma atitude compassiva que se estenda a todas as manifestações da vida, incluído o juízo que fazemos sobre o nosso próximo, a quem devemos olhar sempre sob o ângulo que mais o favorece. “Ainda que vejais algo de mau – aconselha São Bernardo –, não julgueis imediatamente o vosso próximo, mas antes desculpai‑o no vosso interior. Desculpai a intenção se não puderdes desculpar a ação. Pensai que a terá praticado por ignorância, por surpresa ou por fraqueza. Se o erro for tão claro que não o possais dissimular, mesmo então procurai dizer para vós mesmos: a tentação deve ter sido muito forte”13.

Temos de lembrar‑nos freqüentemente de que, se formos misericordiosos, nós mesmos obteremos do Senhor essa misericórdia de que tanto necessitamos para a nossa vida, especialmente para as fraquezas, erros e fragilidades em que incorremos a cada passo e que Ele bem conhece.

Maria, Rainha e Mãe de Misericórdia, dar‑nos‑á um coração capaz de compadecer‑se eficazmente dos que sofrem ao nosso lado.

(1) Lc 4, 16‑30; Evangelho da Missa da segunda‑feira da vigésima segunda semana do TC; (2) cfr. Is 61, 1‑2; (3) João Paulo II, Enc. Dives in misericordia, 30‑XI‑1980, 3; (4) Lc 7, 22 e segs.; (5) 1 Jo 4, 16; (6) Ef 2, 4; (7) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 8; (8) São João Crisóstomo, Comentário ao Salmo 126; (9) J. Orlandis, As oito bem‑aventuranças, págs. 104‑105; (10) cfr. Cura d’Ars, Sermão sobre a esmola; (11) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 72; (12) G. Chevrot, O Sermão da Montanha, 2ª ed., Quadrante, São Paulo, pág. 115; (13) São Bernardo, Sermão 40 sobre o Cântico dos Cânticos.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


02 de Setembro 2019

A SANTA MISSA

22ª Semana do Tempo Comum – Segunda-feira 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 1Ts 4,13-18 

“Deus trará de volta, com Cristo, os que através dele entraram no sono da morte.” 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses

13 Irmãos, não queremos deixar-vos na incerteza a respeito dos mortos, para que não fiqueis tristes como os outros, que não têm esperança. 14 Se Jesus morreu e ressuscitou — e esta é nossa fé —, de modo semelhante Deus trará de volta, com Cristo, os que através dele entraram no sono da morte. 15 Isto vos declaramos, segundo a palavra do Senhor: nós que fomos deixados com vida para a vinda do Senhor não levaremos vantagem em relação aos que morreram. 16 Pois o Senhor mesmo, quando for dada a ordem, à voz do arcanjo e ao som da trombeta, descerá do céu e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17 Em seguida, nós que formos deixados com vida seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor, nos ares. E assim estaremos sempre com o Senhor. 18 Exortai-vos, pois, uns aos outros, com estas palavras.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 95(96) l e 3.4-5.11-12.13(R. 13b)

R. O Senhor vem julgar nossa terra.

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, +
manifestai a sua glória entre as nações, *
e entre os povos do universo seus prodígios!      R.

4 pois Deus é grande e muito digno de louvor,+
é mais terrível e maior que os outros deuses,*
5 porque um nada são os deuses dos pagãos.
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus:+        R.

11 O céu se rejubile e exulte a terra, *
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
12 os campos com seus frutos rejubilem *
e exultem as florestas e as matas.        R.

13 na presença do Senhor, pois ele vem, *
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça, *
e os povos julgará com lealdade.         R. 

Evangelho: Lc 4,16-30 

“Ele me consagrou com a unção
para anunciar a Boa Nova aos pobres.
Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 16 Veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18 ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19 e para proclamar um ano da graça do Senhor.’ 20 Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Então começou a dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.’ 22 Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: ‘Não é este o filho de José?’ 23 Jesus, porém, disse: ‘Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.’ 24 E acrescentou: ‘Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25 De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26 No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27 E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.’ 28 Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29 Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30 Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Beato Apolinário de Posat

02 de Setembro

Beato Apolinário de Posat

O Beato Apolinário Morel nasceu aos 12 de junho de 1739 em Prez Vers Noréaz, junto a Friburgo, filho de pais suíços, oriundos de Posat. No Batismo recebeu o nome de João Tiago Morel. Passou os primeiros anos da sua juventude no Colégio dos Jesuítas, fundado por São Pedro Canísio, em Friburgo. Notabilizou-se pela sua inteligência, pelo bom rendimento dos seus estudos e pelo seu fervor religioso. 

Com a idade de 23 anos entrou no noviciado dos Capuchinhos em Zug, aos 26 de setembro de 1762, recebendo, então, o nome de Frei Apolinário de Posat, terra de origem do seu pai.

Ordenado sacerdote aos 22 de setembro de 1764, começou a dedicar-se ao apostolado típico dos capuchinhos ajudando o clero na paróquias e pregando missões populares. A sua pregação era de muita eficácia no meio do povo, sobretudo, entre os jovens, motivo pelo qual teve muito que sofrer da parte dos inimigos da fé.

Suas virtudes, e particularmente sua reta intenção em todas as atividades pastorais, na instrução catequética e no confessionário, manifestaram-se muito especialmente nas provações dolorosas que lhe foram provocadas com calúnias e incompreensões. Ensinou filosofia e teologia; foi guardião em alguns conventos, prefeito de estudos no Colégio de Stans e diretor dos estudantes de teologia em Friburgo.

Após encontro com o Ministro Provincial da Bretanha, frei Apolinário pediu, em 1788, para ir como missionário para a Síria. Porém, antes de o fazer, teve que ir para Paris a fim de estudar línguas orientais numa escola com esta especialidade.

Na capital francesa, dedicando-se à assistência espiritual de muitos alemães que ali viviam, foi acusado, junto dos superiores e dos seus compatriotas, de ter assinado o Juramento imposto ao clero pela Assembléia Nacional.

Frei Apolinário defendeu-se escrevendo na Imprensa em 1771. Não contente com isso, para retirar todo e qualquer equívoco, apresentou-se aos Comissários da revolução e declarou que não tinha assinado qualquer juramento e pretendia permanecer fiel à Igreja Católica e à Santa Sé.

Foi preso naquele mesmo momento e em 1772 foi levado para o convento dos Carmelitas, transformado em cadeia onde se encontravam também bispos e outros sacerdotes condenados à morte, num total de 160. 

Durante os dias da sua prisão, frei Apolinário converteu-se em anunciador de expectativa feliz, em coerência com os seus sentimentos expressos na carta que escreveu a um dos seus superiores: “Como homem eu tremo, como religioso alegro-me, como pastor estou exultante. Abraço a todos os meus inimigos, perdoo-lhes e amo-os como os meus maiores benfeitores”. 

Naquela prisão, frei Apolinário foi executado com mais 180 companheiros, a 2 de setembro de 1792, tendo sido trucidado barbaramente. Tinha 53 anos de idade. Antes da sua execução, escreveu ainda uma carta a um amigo, de nome Jan, a quem revelou o íntimo do seu espírito, exultando pela certeza de ser imolado por Cristo. 

No seu martírio via o desígnio de Deus para sua vida e, perseguido, entoava o Aleluia pascal que iria cantar para sempre no Céu. 

Aos 17 de outubro de 1926, Frei Apolinário e mais 190 mártires da Revolução francesa foram beatificados pelo Papa Pio IX.

Fonte: http://caminhossenhor.blogspot.com


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01 de Setembro 2019

A SANTA MISSA

22º Domingo do Tempo Comum – Ano C
Cor: Verde

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1ª Leitura: Eclo 3,19-21.30-31 (gr. 17 -18.20.28-29) 

“Sê humilde e encontrarás graça diante do Senhor”.

Leitura do Livro do Eclesiástico

19 Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. 20 Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. 21 Pois grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado pelos humildes. 30 Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado está enraizada nele, e ele não compreende. 31 O homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios, e com ouvido atento deseja a sabedoria.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 67, 4-5ac.6-7ab.10-11 (R. Cf. 11b

R. Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.

Os justos se alegram na presença do Senhor*
rejubilam satisfeitos e exultam de alegria!
5a Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome!*
5c o seu nome é Senhor: exultai diante dele!       R.

6 Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor: *
é assim o nosso Deus em sua santa habitação.
7a É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados,*
7b quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.       R.

10 Derramastes lá do alto uma chuva generosa,*
e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes;
11 e ali vosso rebanho encontrou sua morada;*
com carinho preparastes essa terra para o pobre.        R. 

2ª Leitura: Hb 12,18-19.22-24ª 

“Vós vos aproximastes do monte Sião
e da cidade do Deus vivo”.
 

Leitura da Carta aos Hebreus

Irmãos: 18 Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável: ‘fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade, 19 som da trombeta e voz poderosa’, que os ouvintes suplicaram não continuasse. 22 Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; 23 da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus; de Deus, o Juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; 24a de Jesus, mediador da nova aliança.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Lc 14,1.7-14 

 “Quem se eleva, será humilhado
e quem se humilha, será elevado”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

1 Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7 Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8 ‘Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9 e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar.10 Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados.  11 Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado.’ 12 E disse também a quem o tinha convidado: ‘Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13 Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14 Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Santa Teresa Margarida do Coração de Jesus

01 de Setembro

Santa Teresa Margarida do Coração de Jesus

Ana Maria Redi nasceu na Itália, na cidade de Arezzo, de nobre família, na vigília da Festa de Nossa Senhora do Carmo, dia 15 de julho de 1747. Seus pais, Inácio Fernando Maria Redi e Maria Camila Ballati, tiveram 13 filhos, Ana Maria foi a segunda. Teve três irmãs religiosas e dois irmãos sacerdotes. Foi alma contemplativa desde menina. Frequentemente enchia-se de entusiasmo e questionava: Diga-me, quem é esse Deus?” Desde muito pequenina, gostava de colher flores para oferecê-las a Jesus. Na adolescência, procurava exercitar cada dia uma virtude. Na juventude, gostava de rezar diante do sacrário, onde dizia palpitar não só o Amor, mas o Coração do Amor.

Aos nove anos, junto com a irmã, Eleonora Catarina, foi mandada para Florença para receber formação com as Beneditinas de Santa Apolônia. Recebeu a Primeira Comunhão no dia da Assunção de 1757.  Após ter lido a vida de Santa Margarida Maria Alacoque nasceu nela uma grande devoção ao Sagrado Coração.

Tinha 17 anos quando ouviu uma voz que lhe dizia: «Sou Teresa de Jesus e quero-te entre as minhas filhas». Foi o seu chamamento ao Carmelo, à «casa dos Anjos», como gostava de chamar os conventos de carmelitas, assim como Santa Teresa de Jesus lhes chamava «pombais de Nossa Senhora». A exemplo da amiga Cecília Albergotti resolveu entrar no Carmelo. A separação da família foi dolorosíssima. No dia 1° de setembro de 1764 foi recebida no Mosteiro de Santa Maria dos Anjos de Florença, recebendo o nome de Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus.

Quando era postulante uma doença provocada por um tumor maligno a fez sofrer muito. Uma vez restabelecida, iniciou o Noviciado tomando o véu em 11 de março de 1765. Fez a profissão religiosa em 12 de março de 1766.

Por ocasião da sua profissão religiosa, por amor a Jesus, renunciou a manter a troca de correspondência com seu pai. Custou-lhe muitíssimo, mas eles combinaram que a partir daquela data todas as noites, antes do repouso, se encontrariam no Coração de Jesus.

Quando ainda jovem professa desejou profundamente conhecer a vida escondida de Jesus. Apagar a sede de Deus através da imitação de Cristo se tornou o objetivo de sua existência. Nasceu assim a singular expressão: "Que bela escada, que escada preciosa, indispensável é o nosso Bom Jesus!", Mestre, modelo e instrumento para compreender e entrar no Mistério Divino.

O mistério da Cruz e os espinhos que rodeavam o Coração de Cristo atraíam-na fazendo-a humilde, alegre e caridosa. No dizer das Irmãs, era um anjo do Céu no convento de Florença.

Durante toda a sua vida viveu o lema: "Escondida com Cristo em Deus". Mais que mestra foi um contínuo e magnífico testemunho de vida espiritual. Outro lema que lhe era muito caro, como fiel herdeira do espírito do Carmelo, era "padecer e calar".

No domingo 28 de junho de 1767, encontrando-se no coro para o Ofício de Terça, ouviu a leitura breve: Deus é amor, e quem permanece no amor, permanece em Deus (Ep. Jo. 1, 4-16). Um sentimento sobrenatural a invadiu e por vários dias ficou abalada. Doou então o seu coração a Cristo, oferecendo-se para ser consumida por Seu amor. Havia chegado ao último degrau da escada... Pediu ao confessor a permissão para fazer a oferta de Santa Margarida Maria Alacoque: colocar a sua vontade própria na Chaga do Lado de Cristo e entrar em Seu Coração.

O amor de Deus se concretizou no ofício de auxiliar de enfermeira, cargo que exerceu com extraordinária abnegação, em particular com uma irmã que devido a problemas psíquicos havia se tornado violenta. A sua caridade foi silenciosa e heroica.

Ardente foi também seu amor pela Eucaristia: "No Ofertório renovo a profissão (religiosa): antes que elevem o Santíssimo, rogo a Nosso Senhor que assim como Ele opera o milagre de tornar aquele pão e aquele vinho no Seu preciosíssimo Corpo e Sangue, assim também se digne transmudar-me nEle mesmo. Quando O elevam, O adoro e renovo ainda a minha profissão, depois peço o que desejo dEle".

A festa do Sagrado Coração foi celebrada pela primeira vez na comunidade por sua influência, pondo ela todo empenho em que a festa fosse solene. Nisto foi apoiada pelo pai e pelo tio, o jesuíta Diego Redi. Eram os anos em que essa devoção começava a se propagar, nem sempre bem acolhida devido à influência dos jansenistas.

No dia 4 de março de 1770 pediu ao confessor que a ouvisse em confissão geral, pois queria comungar no dia seguinte tão preparada como se fosse a última vez. No dia 5 de março, depois de comungar fervorosamente, caiu doente. A doença degenerou em gangrena que lhe provocava dores horríveis e insuportáveis. O Crucifixo, que sempre teve nas mãos, foi a sua força. Morreu dois dias depois da doença se ter declarado, aos 23 anos, no dia 7 de março de 1770. Expirou abraçada a seu crucifixo. O seu corpo emanava um perfume suave e ainda hoje permanece incorrupto no Mosteiro das Carmelitas Descalças de Florença, no passado antiga herdade da família Redi.

Um século antes, outra carmelita, Santa Maria Madalena de Pazzi, tinha glorificado Florença com a sua santidade. Teresa Margarida hauriu nas chagas de Cristo e no seu Coração o segredo da sua pureza, simplicidade, amor e caridade.

O papa Pio XI a beatificou no dia 9 de junho de 1929 e a canonizou no dia 19 de março de 1934, definindo-a como neve ardente. A ata de beatificação chama-a "jovem flor do Carmelo, a imitar a brancura das açucenas”.

A seu respeito, disse o papa Pio XII: Santa Teresa Margarida, ardente do amor divino, mais se assemelhou a um anjo que a uma criatura humana, podendo assim ajudar muitas almas a alcançar a virtude”. 

Fonte: http://heroinasdacristandade.blogspot.com


Os Primeiros Lugares

TEMPO COMUM. VIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO. ANO C

– Lutar contra o desejo desordenado de louvores e de honras.
– Meios para viver a humildade.
– Os bens da humildade.

I. AS LEITURAS DA MISSA de hoje falam-nos de uma virtude que constitui o alicerce de todas as outras: a humildade. É uma virtude tão necessária que Jesus aproveita qualquer circunstância para pô-la em destaque.

No episódio narrado pelo Evangelho, o Senhor foi convi­dado para um banquete em casa de um dos principais fari­seus. Jesus repara que os convidados vão ocupando os pri­meiros lugares, os de maior honra. Quando possivelmente já estavam sentados e podia estabelecer-se uma conversa, o Se­nhor expôs-lhes uma parábola1 que terminou com estas pa­lavras: Quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, vem mais para cima. Então serás honrado na presença de todos os convivas. Porque todo aquele que se exalta será humilhado; e aquele que se humilha será exaltado.

Esta parábola recorda-nos a necessidade de ocuparmos o nosso lugar, de evitarmos que a ambição nos cegue e nos leve a converter a vida numa corrida louca atrás de postos cada vez mais altos; postos que em muitos casos não tería­mos condições de exercer e que talvez nos viessem a humi­lhar mais tarde.

A ambição, uma das formas de soberba, é causa fre­qüente de mal-estar em quem se deixa levar por ela. "Por que ambicionas os primeiros lugares? Para estar por cima dos outros?", pergunta-nos São João Crisóstomo2. Todos os homens têm o desejo - certamente bom e legítimo - de des­frutar de apreço e consideração no meio em que vivem, mas a ambição aparece no momento em que esse desejo se torna desordenado.

A verdadeira humildade não se opõe ao legítimo desejo de progredir na vida social, de gozar do devido prestígio profissional, de receber louvor e honra. Tudo isso é compatí­vel com uma profunda humildade; mas quem é humilde não gosta de exibir-se. No posto que ocupa, sabe que o seu obje­tivo não é brilhar e ser considerado, mas cumprir uma mis­são diante de Deus e a serviço dos outros.

Esta virtude não tem nada a ver com a timidez, a pusilanimidade ou a mediocridade. A humildade leva-nos a ter plena consciência dos talentos que Deus nos deu, mas para fazê-los render com o coração reto; impede-nos a desordem de nos jactarmos deles e de cairmos na presunção; leva-nos a ser sabiamente moderados e a dirigir para Deus os desejos de glória que se escondem no coração humano: Non nobis, Domine, non nobis. Sed nomini tuo da gloriam3. Não para nós, Senhor, não para nós, mas para Ti seja toda a glória.

A humildade faz que tenhamos consciência clara de que os nossos talentos e virtudes, tanto naturais como na ordem da graça, pertencem a Deus, porque da sua plenitude, todos recebemos4. Tudo o que é bom vem de Deus; a deficiência e o pecado, esses, sim, são nossos. Por isso, "a viva consi­deração das graças recebidas torna-nos humildes, porque o conhecimento gera o reconhecimento" 5.

Penetrar, com a ajuda da graça, naquilo que somos e na grandeza da bondade divina, permite que nos coloquemos no nosso lugar; antes de mais nada, diante de nós mesmos: "Por acaso os mulos deixam de ser animais torpes e disfor­mes por estarem carregados de perfumes e móveis preciosos do príncipe?" 6 Esta é a verdadeira realidade da nossa vida: Ut iumentum factus sum apud te, Domine 7, diz a Sagrada Escritura: somos como um jumento que o amo, quando quer, carrega com tesouros valiosíssimos.

II. PARA CRESCERMOS na virtude da humildade, é necessá­rio que, a par do reconhecimento do nosso nada, saibamos olhar e admirar os dons que o Senhor nos concede, os talentos de que espera fruto. "Apesar das nossas misérias pes­soais, somos portadores de essências divinas de um valor inestimável: somos instrumentos de Deus. E como queremos ser bons instrumentos, quanto mais pequenos e miseráveis nos sintamos, com verdadeira humildade, tanto mais Nosso Senhor porá em nós tudo o que nos faltar"8. Iremos pelo mundo com essa altíssima dignidade de ser "instrumentos de Deus" para que Ele atue no mundo. Humildade é reconhe­cer que valemos pouco - nada -, e ao mesmo tempo saber-mo-nos "portadores de essências divinas de um valor inesti­mável".

Esta visão, a mais real de todas, leva-nos ao agradeci­mento contínuo, às maiores audácias espirituais porque nos apoiamos no Senhor, a olhar para os outros com todo o res­peito e a não mendigar pobres louvores e admirações huma­nas que valem tão pouco e duram tão pouco.

A humildade elimina os complexos de inferioridade - que com freqüência resultam da soberba ferida -, torna-nos alegres e serviçais, sequiosos de amor de Deus: "Nosso Senhor porá em nós tudo o que faltar".                     

Para aprendermos a caminhar pela senda da humildade, temos que saber aceitar as humilhações externas que certa­mente encontraremos no decorrer das nossas jornadas, pedin­do ao Senhor que nos ensine a considerá-las como um dom divino que nos permite desagravá-lo, purificar-nos e cumular-nos de amor ao Senhor, sem nos deixarmos abater, recorren­do ao Sacrário se alguma vez nos doem um pouco mais.

A sinceridade plena conosco próprios é um meio seguro de crescermos nesta virtude. Devemos chegar a essa profun­didade que só é possível no exame de consciência feito na presença de Deus; a essa sinceridade com o Senhor que nos levará a pedir-lhe perdão muitas vezes, porque as nossas fra­quezas são muitas.

Aprender a retificar é também um caminho seguro de humildade. "Só os tolos é que são cabeçudos; os muito to­los, muito cabeçudos" 9. Os assuntos humanos não têm uma solução única; "também os outros podem ter razão: vêem a mesma questão que tu, mas de um ponto de vista diferente, com outra luz, com outra sombra, com outros contornos" 10, e essa confrontação de pareceres é sempre enriquecedora. O soberbo que nunca dá o braço a torcer, que sempre se julga possuidor da verdade em coisas de per si opináveis, nunca participará de um diálogo aberto e enriquecedor. Além disso, retificar quando nos enganamos não é só questão de humil­dade, mas de elementar honradez.

Todos os dias deparamos com muitas ocasiões de prati­car essa virtude: sendo dóceis aos conselhos de quem nos orienta espiritualmente; acolhendo de bom grado as indica­ções e correções que nos fazem; lutando contra a vaidade, sempre viva; reprimindo a vontade de dizer sempre a última palavra; procurando não ser o centro das atenções; reconhe­cendo os nossos erros e equívocos em matérias em que pare­cíamos ter plena certeza de estar na verdade; esforçando-nos por ver sempre o nosso próximo com uma visão otimista e positiva; não nos considerando imprescindíveis...

III. EXISTE UMA FALSA HUMILDADE que nos move a dizer "que não somos nada, que somos a própria miséria e o lixo do mundo; mas sentiríamos muito que nos tomassem a pala­vra ao pé da letra e a divulgassem. Em sentido contrário, fingimos esconder-nos e fugir para que nos procurem e per­guntem por nós; damos a entender que preferimos ser os úl­timos e situar-nos num canto da mesa, para que nos dêem a cabeceira. A verdadeira humildade procura não dar aparentes mostras de sê-lo, nem gasta muitas palavras em proclamá-lo"11. E o mesmo São Francisco de Sales volta a aconse­lhar-nos: "Não abaixemos nunca os olhos, mas humilhemos os nossos corações; não demos a entender que queremos ser os últimos, se desejamos ser os primeiros" 12. A verdadeira humildade está cheia de simplicidade e brota do mais pro­fundo do coração, porque é antes de mais nada uma atitude diante de Deus.

Da humildade derivam inúmeros bens. O primeiro deles é podermos ser fiéis ao Senhor, pois a soberba é o maior obstáculo que se interpõe entre Deus e nós. A humildade atrai sobre si o amor de Deus e o apreço dos outros, ao pas­so que a soberba os repele. Por isso, a primeira Leitura da Missa13 aconselha-nos: Nos teus assuntos, procede com hu­mildade, e haverão de amar-te mais que ao homem genero­so. E na mesma passagem: Torna-te pequeno nas grandezas humanas, e alcançarás o favor de Deus, porque è grande a misericórdia de Deus, e Ele revela os seus segredos aos hu­mildes.

O homem humilde compreende melhor a vontade divina e sabe o que Deus lhe vai pedindo em cada circunstância. Por isso, está centrado, sabe estar no seu lugar e é sempre uma ajuda; chega a conhecer melhor os próprios assuntos humanos, pela sua natural simplicidade. O soberbo, pelo contrário, fecha as portas ao que Deus lhe pede, pois só tem olhos para os seus gostos, as suas ambições, a realização dos seus caprichos; mesmo nas coisas humanas, engana-se com freqüência, pois vê tudo sob o prisma deformado do seu olhar doente.

A humildade dá consistência a todas as virtudes. De mo­do especial, o humilde respeita os outros, as suas opiniões e as suas coisas; possui uma especial fortaleza, pois apóia-se constantemente na bondade e onipotência de Deus: Quando sou fraco, então sou forte 14, proclamava São Paulo. A nossa Mãe Santa Maria, em quem o Senhor fez grandes coisas porque viu a sua humildade, há de ensinar-nos a ocupar o lugar que nos corresponde diante de Deus e dos outros. Ela nos ajudará a progredir nesta virtude e a amá-la como um dom precioso.

(1) Lc 14, 1; 7-11; (2) São João Crisóstomo, Homílias sobre o Evan­gelho de São Mateus, 65, 4; (3) SI 113, 1; (4) Jo 1, 16; (5) São Francisco de Sales, Introdução à vida devota, III, 4; (6) ik; (7) SI 72, 23; (8) São Josemaria Escrivá, Carta, 24-111-1931; (9) São Josemaria Escrivá, Sulco, n. 274; (10) ib., n. 275; (11) São Francisco de Sales, op. cit., pág. 159; (12) /6.; (13) Eclo 3, 19-21; 30-31; (14) 2 Cor 12, 10.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


São Raimundo Nonato

31 de Agosto

São Raimundo Nonato

Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela.

Dotado de grande inteligência, fez com certa tranquilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Com isso, queria demovê-lo da ideia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário.

Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma.

Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. Ordenou-se sacerdote e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se nessa missão de coração e alma. Por isso foi mandado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos muçulmanos. Conseguiu libertar cento e cinquenta escravos e devolvê-los às suas famílias.

Quando se ofereceu como refém, sofreu no cativeiro verdadeiras torturas e humilhações. Mas mesmo assim não abandonou seu trabalho. Levava o conforto e a Palavra de Deus aos que sofriam mais do que ele e já estavam prestes a renunciar à fé em Jesus. Muitas foram as pessoas convertidas por ele, o que despertou a ira dos magistrados muçulmanos, os quais mandaram que lhe perfurassem a boca e colocassem cadeados, para que Raimundo nunca mais pudesse falar e pregar a doutrina de Cristo.

Raimundo sofreu durante oito meses essa tortura até ser libertado, mas com a saúde abalada. Quando chegou à pátria, na Catalunha, em 1239, logo foi nomeado cardeal pelo papa Gregório IX, que o chamou para ser seu conselheiro em Roma. Empreendeu a viagem no ano seguinte, mas não conseguiu concluí-la. Próximo de Barcelona, na cidade de Cardona, já com a saúde debilitada pelos sofrimentos do cativeiro, Raimundo Nonato foi acometido de forte febre e acabou morrendo, em 31 de agosto de 1240, quando tinha, apenas, quarenta anos de idade.

Raimundo Nonato foi sepultado naquela cidade e o seu túmulo tornou-se local de peregrinação, sendo, então, erguida uma igreja para abrigar seus restos mortais. Seu culto propagou-se pela Espanha e pela Europa, sendo confirmado por Roma em 1681. São Raimundo Nonato, devido à condição difícil do seu nascimento, é venerado como Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras.

Fonte: https://franciscanos.org.br


31 de Agosto 2019

A SANTA MISSA

21ª Semana do Tempo Comum – Sábado 
Cor: Verde

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1ª Leitura: 1Ts 4, 9-11

“Aprendestes de Deus mesmo a amar-vos uns aos outros” 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo apóstolo aos Tessalonicenses

Irmãos: 9 Não é preciso escrever-vos a respeito do amor fraterno, pois já aprendestes de Deus mesmo a amar-vos uns aos outros. 10 É o que já estais fazendo com todos os irmãos, em toda a Macedônia. Só podemos exortar-vos, irmãos, a progredirdes sempre mais. 11 Procurai viver com tranquilidade, dedicando-vos aos vossos afazeres e trabalhando com as próprias mãos, como recomendamos.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 97(98), 1.7-8.9 (R. 9)

R. O Senhor julgará as nações com justiça.

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo *
alcançaram-lhe a vitória.         R.

7 Aplauda o mar com todo ser que nele vive, *
o mundo inteiro e toda gente!
8 as montanhas e os rios batam palmas *
e exultem de alegria,        R.

9 na presença do Senhor, pois ele vem, *
vem julgar a terra inteira.
Julgará o universo com justiça *
e as nações com equidade.         R.

Evangelho: Mt 25,14-30 

 “Como foste fiel na administração de tão pouco,
vem participar de minha alegria”.

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 14 Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15 A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16 O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. 17 Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18 Mas aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19 Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20 O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21 O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel! como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 22 Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23 O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 24 Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25 Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26 O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27 Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence.’ 28 Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29 Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30 Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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Os pecados de omissão

TEMPO COMUM. VIGÉSIMA PRIMEIRA SEMANA. SÁBADO

– A parábola dos talentos. Recebemos muitos bens e dons do Senhor. Somos administradores e não donos.
– Responsabilidade de fazer render os talentos pessoais.
– Omissões. Atuação dos cristãos na vida social e na pública.

I. O SENHOR, DEPOIS DE FAZER um apelo à vigilância, propõe no Evangelho da Missauma parábola que é uma nova chamada à responsabilidade perante as graças que recebemos. Um homem rico – diz‑nos – teve de sair de viagem e, antes de partir, confiou aos seus servos todos os seus bens para que os administrassem e fizessem render. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, segundo a capacidade de cada um. O talento era uma unidade contábil que equivalia a cerca de cinqüenta quilos de prata, e utilizava‑se para medir grandes quantias de dinheiro2. Nos tempos de Cristo, valia perto de seis mil denários, e um denário aparece no Evangelho como o salário de um dia de um trabalhador do campo. Mesmo o servo a quem menos bens se confiou (um talento) recebeu do Senhor uma quantia de dinheiro muito grande. Um primeiro ensinamento desta parábola: recebemos bens incontáveis.

Entre outros dons, recebemos a vida natural, o primeiro presente de Deus; a inteligência, para compreender as verdades criadas e através delas ascender até o Criador; a vontade, para querer o bem, para amar; a liberdade, com a qual nos dirigimos como filhos para a Casa paterna; o tempo, para servir a Deus e dar‑lhe glória; bens materiais, para realizar boas obras em favor da família, da sociedade, dos mais necessitados...

Em outro plano, incomparavelmente mais alto e de maior valor, recebemos a vida da graça – participação na vida eterna de Deus –, que nos torna membros da Igreja e beneficiários da Comunhão dos Santos, e a chamada de Deus para segui‑lo de perto. Temos à nossa disposição os sacramentos, especialmente o dom inestimável da Sagrada Eucaristia; foi‑nos dada como Mãe a Mãe de Deus; recebemos os sete dons do Espírito Santo que nos impelem constantemente a ser melhores; e um Anjo que nos guarda e protege...

Recebemos a vida e os dons que a acompanham como um legado, para fazê‑los render. E desse legado hão de pedir‑nos contas no final dos nossos dias. Somos administradores de uns bens, alguns dos quais só possuiremos durante este curto tempo de vida. Depois o Senhor dir‑nos‑á: Dá‑me contas da tua administração. Não somos donos, mas apenas gestores de um cabedal divino.

Há, assim, duas maneiras de entender a vida: sentirmo‑nos administradores e fazer render o que recebemos com responsabilidade, diante de Deus, ou viver como se fôssemos donos, em benefício da nossa própria comodidade, do nosso egoísmo e dos nossos caprichos. Perguntemo‑nos hoje, na nossa oração, qual dessas duas atitudes é a nossa.

II. O SENHOR ESPERA VER o seu patrimônio bem administrado; e espera um rendimento de acordo com o que recebemos. O prêmio é imenso: esta parábola ensina que o muito daqui, da nossa vida na terra, é pouco em relação com o prêmio do Céu. Assim o compreenderam os dois primeiros servos da parábola: puseram em jogo os talentos recebidos e ganharam com eles outro tanto. Por isso, cada um deles pôde ouvir dos lábios do seu Senhor estas palavras: Muito bem, servo bom e fiel; porque foste fiel no pouco, eu te constituirei sobre o muito; entra na alegria do teu Senhor. Fizeram o melhor negócio: ganhar a felicidade eterna.

Os bens desta vida, ainda que sejam muitos, são sempre pouco em comparação com o que Deus dará aos que o servem e amam.

O terceiro servo enterrou o seu talento na terra, não negociou com ele: perdeu o tempo e não tirou nenhum proveito daquilo que tinha recebido. A sua vida foi um cúmulo de omissões, de oportunidades desperdiçadas, de bens materiais e de tempo mal gastos. Apresentou‑se diante do seu Senhor de mãos vazias. A sua existência foi um viver inútil em relação ao que realmente importava: ocupou‑se talvez em outras coisas, mas não levou a cabo o que realmente se esperava dele.

Enterrar o talento que Deus nos confiou é ter capacidade de amar e não amar, poder tornar felizes os que estão junto de nós e deixá‑los na tristeza e na infelicidade; ter bens e não fazer o bem com eles; poder levar os outros a Deus e desaproveitar as oportunidades, por pensar que ninguém nos manda meter‑nos na vida dos outros, quando é Cristo que no‑lo manda; é abandonar a prática religiosa ou mantê‑la num mínimo medíocre, quando a vida interior de oração e sacrifício está chamada a crescer...

Para o estudante, fazer render os talentos significa estudar em consciência, aproveitando bem o tempo, sem deixar‑se contagiar nesciamente pela ociosidade dos outros. Para o profissional, para a dona de casa, fazer render os talentos significa realizar um trabalho exemplar, intenso, em que se tem presente a pontualidade e a perfeição na execução. De maneira especial, Deus há de pedir‑nos contas daqueles que, por diversos motivos, tenha colocado sob os nossos cuidados. Santo Agostinho diz que quem está à frente dos seus irmãos e não se preocupa com eles é foenus custos, um guardião de palha, como um espantalho que nem sequer serve para afugentar os pássaros que vêm e comem as uvas3.

Seria triste se, olhando para trás, a nossa vida passada desfilasse diante de nós como uma grande avenida de ocasiões perdidas, se percebêssemos nesse momento que a capacidade que Deus nos deu tinha estacionado numa via morta por preguiça, abandono ou egoísmo. Nós queremos servir o Senhor; mais do que isso: é a única coisa que nos importa. Peçamos‑lhe que nos ajude a dar frutos de santidade: de amor e sacrifício. E que estejamos convencidos de que não basta, não é suficiente simplesmente “não cometer o mal”, é necessário “negociar o talento”, fazer positivamente o bem.

III. PÔR EM JOGO os talentos recebidos abarca todas as manifestações da vida pessoal e social. A vida cristã leva‑nos a desenvolver a personalidade, a capacidade de amizade, de cordialidade, as possibilidades de fazer o bem... Temos que exercitar essas qualidades através de iniciativas cheias de fé, que nos hão de levar a vencer os respeitos humanos e a provocar conversas a sós que animem os nossos parentes, amigos ou colegas de trabalho a aproximar‑se de Deus, a retificar defeitos do caráter que comprometem o rendimento profissional ou a paz familiar, a ser muito responsáveis na educação humana e religiosa dos filhos.

Temos que ser homens empreendedores, que lançam ou secundam com o seu tempo e trabalho atividades de benemerência, obras de promoção do meio social e sobretudo de formação humana e cristã da juventude. O mundo dos nossos dias afunda‑se na apatia e na desilusão, no desconcerto e na crítica negativa. Um punhado de homens de esperança, decididos e audazes, pode devolver‑lhe o entusiasmo, a grandeza de alma e o otimismo cristão. E nós temos de ser esse pequeno fermento que leveda toda a massa. Que o Senhor possa dizer‑nos um dia, após uma vida em que não nos omitimos: Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, estava nu e me vestistes4.

O tempo com que podemos contar para realizar o que Deus quer de nós é sempre escasso; não sabemos até quando se prolongarão esses dias que fazem parte do talento que recebemos. Todos os dias podemos tirar muito rendimento dos dons que Deus colocou em nossas mãos: uma infinidade de pequenas tarefas, uma seqüência de pequenos atos de fé e de serviço podem preencher a medida do rendimento que Deus espera de nós. Não pensemos em grandes façanhas. Humildemente, pensemos nos dons que Deus nos deu e partamos deles – do que temos e somos com a graça de Deus – para multiplicá‑los numa cadeia de boas obras constantes, cuja continuidade estará assegurada porque não se tratará de uma obra humana, mas de uma colaboração com os planos divinos.

A Confissão freqüente ajudar‑nos‑á a evitar as omissões que empobrecem a vida de um cristão. “Nela (na confissão freqüente) deve prestar‑se especial atenção aos deveres descuidados, ainda que com freqüência sejam deveres de pouca importância, às inspirações da graça que ficaram sem correspondência, às ocasiões de fazer o bem que foram desaproveitadas, aos momentos perdidos, ao amor ao próximo não demonstrado ou demonstrado insuficientemente. Devem despertar nela um profundo e sério pesar e uma decidida vontade de lutar conscientemente contra as menores omissões de que tenhamos consciência. Se recorrermos à Confissão com esse propósito, ser‑nos‑á concedida na absolvição do sacerdote a graça de reconhecermos melhor essas omissões e de as tomarmos a sério”5. Com essa graça do sacramento, ser‑nos‑á mais fácil evitar esses pecados de omissão e cumular a vida de frutos abundantes para Deus. Porque foste fiel no pouco, eu te constituirei sobre o muito.

(1) Mt 25, 14‑30; (2) cfr. 2 Sam 12, 30; 2 Rs 18, 14; (3) cfr. Santo Agostinho, Miscellanea agustianensis, Roma, 1930, vol. I, pág. 568; (4) cfr. Mt 25, 35 e segs.; (5) B. Baur, La confesión frecuente, págs. 112‑113.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal