São Mateus, Apóstolo e Evangelista
21 de Setembro
São Mateus, Apóstolo e Evangelista
No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o 'dom de Deus'. Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: 'Segue-me'. Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rentável negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.
Acredita-se, mesmo, que tal mudança não tenha realmente ocorrido dessa forma, mas sim pelo seu próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na verdade, o que se imagina é que Levi, havia algum tempo, cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã.
Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.
Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo, e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém, foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram, para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde, mais uma vez, foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém, o príncipe herdeiro morreu, e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina, fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.
São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.
No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo.
Texto: Paulinas Internet
21 de Setembro 2019
A SANTA MISSA

Festa: São Mateus, Apóstolo e Evangelista
Cor: Vermelha
1ª Leitura: Ef 4,1-7.11-13
Foi Cristo quem instituiu alguns como apóstolos,
outros como evangelistas.
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios
Irmãos: 1 Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: 2 Com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. 3 Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. 4 Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. 5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6 um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos. 7 Cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. 11 E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. 12 Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, 13 até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 18(19A),2-3.4-5 (R. 5a)
R. Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
2 Os céus proclamam a glória do Senhor, *
e o firmamento, a obra de suas mãos;
3 o dia ao dia transmite esta mensagem, *
a noite à noite publica esta notícia. R.
4 Não são discursos nem frases ou palavras, *
nem são vozes que possam ser ouvidas;
5 seu som ressoa e se espalha em toda a terra, *
chega aos confins do universo a sua voz. R.
Evangelho: Mt 9,9-13
“Não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo: 9 Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: ‘Segue-me!’ Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10 Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11 Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: ‘Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?’ 12 Jesus ouviu a pergunta e respondeu: ‘Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13 Aprendei, pois, o que significa: `Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores’.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
São Mateus Apóstolo e Evangelista
– Correspondência de São Mateus à chamada do Senhor. A nossa correspondência.
– A alegria da vocação.
– Uma vocação essencialmente apostólica.
São Mateus, Apóstolo e Evangelista, nasceu em Cafarnaum, e quando Jesus o chamou para fazer parte do grupo dos Doze, exercia o ofício de cobrador de impostos. A Tradição é unânime em reconhecê-lo como o autor do primeiro Evangelho, escrito em arameu e traduzido pouco depois para o grego. Segundo a Tradição, pregou e sofreu o martírio no Oriente, provavelmente na Pérsia.
I. SÃO MARCOS, SÃO LUCAS e o próprio São Mateus narram a vocação deste Apóstolo imediatamente após o relato da cura do paralítico de Cafarnaum. Provavelmente no mesmo dia ou no dia seguinte, Jesus dirigiu-se às margens do lago seguido por uma grande multidão1. E no caminho passou pelo lugar onde se pagavam os tributos pela circulação de mercadorias de uma região para outra. Cafarnaum, além de um pequeno porto de mar, era uma cidade fronteiriça da região da Peréia, situada do outro lado do Jordão.
Mateus, como publicano, estava ao serviço de Herodes e, sem ser funcionário, era arrendatário de impostos. Esse ofício era mal visto e mesmo desprezado pelo povo, embora também fosse muito cobiçado porque permitia enriquecer-se em pouco tempo. Mateus devia ter uma boa posição, pois pôde oferecer um grande banquete em sua casa, de que participou grande número de publicanos e outros, que estavam sentados à mesa com eles 2.
Passando Jesus, convidou-o a segui-lo. E ele, levantando-se, seguiu-o 3. Foi uma resposta rápida e generosa. Mateus, que certamente conhecia o Mestre de outras ocasiões, devia estar à espera desse grande momento, pois não duvidou à primeira insinuação em deixar todas as coisas para seguir Jesus. Só Deus sabe o que viu em Mateus naquele dia, e só o Apóstolo sabe o que viu em Jesus para deixar imediatamente a mesa dos impostos e segui-lo. “Ao manifestar uma decisão pronta e ao desprender-se tão subitamente de todas as coisas da vida, Mateus testemunhava muito bem, pela sua perfeita obediência, que o Senhor o tinha chamado no momento oportuno” 4.
O instante e a situação em que o Senhor se insinua numa alma e lhe pede uma entrega sem reservas são os que Deus previu na sua Providência, e são portanto os mais oportunos. Umas vezes, será em tenra idade e, para essa pessoa, esse será o melhor momento para seguir a chamada do Senhor. Outras, Cristo chama na maturidade e nas circunstâncias mais diversas, de família, trabalho, saúde, etc. Com a vocação, Deus concede a graça necessária para se responder prontamente e para sempre. Além disso, pode acontecer que, quando se diz não ao Senhor, na esperança de dizer-lhe sim mais adiante, num tempo que subjetivamente pareça mais oportuno, esse momento não se apresente, porque toda a resistência à graça endurece o coração5. Também é possível que o Senhor não passe uma segunda vez: que a chamada amorosa não volte a repetir-se.
Isto levava Santo Agostinho a animar todos os fiéis a corresponderem à graça quando Deus a dá; e acrescentava: Timeo Iesum praetereuntem et non redeuntem, temo que Jesus passe e não volte6.
O Mestre fixa o seu olhar em todos nós, seja qual for a nossa idade e condição. Sabemos bem que Jesus passa perto da nossa vida, que nos olha e se dirige a cada um de nós de maneira singular. Convida-nos a segui-lo mais de perto e ao mesmo tempo – na maior parte dos casos – deixa-nos onde nos encontrávamos: no meio da sociedade, do trabalho, da família... “Pensa no que diz o Espírito Santo, e enche-te de pasmo e agradecimento: «Elegit nos ante mundi constitutionem» – escolheu-nos antes de criar o mundo –, «ut essemus sancti in conspectu eius!» – para que sejamos santos na sua presença.
“Ser santo não é fácil, mas também não é difícil. Ser santo é ser bom cristão: parecer-se com Cristo. – Aquele que mais se parece com Cristo, esse é mais cristão, mais de Cristo, mais santo. – E que meios temos? – Os mesmos dos primeiros fiéis, que viram Jesus ou o entreviram através dos relatos dos Apóstolos ou dos Evangelistas”7.
II. PARA CELEBRAR e agradecer a sua vocação, São Mateus deu um grande banquete, ao qual convidou os seus amigos, muitos dos quais eram tidos por pecadores. Esse gesto reflete a alegria do novo Apóstolo pela sua vocação, que é um grande bem e que deve alegrar-nos sempre.
Se reparamos apenas na renúncia que todo o convite de Deus para segui-lo com passo mais firme traz consigo, se nos detemos apenas no que é preciso deixar e não no dom de Deus, no bem que Ele vai realizar em nós e através de nós, pode acometer-nos a tristeza do jovem rico, que não quis deixar as suas riquezas e se retirou triste8; pensou apenas nas coisas que deixava, e não chegou a conhecer a maravilha de estar com Cristo e de ser instrumento para coisas grandes. “Talvez ontem fosses uma dessas pessoas amarguradas nos seus sonhos, decepcionadas nas suas ambições humanas. Hoje, desde que Ele se meteu na tua vida – obrigado, meu Deus! –, ris e cantas, e levas o sorriso, o Amor e a felicidade aonde quer que vás”9.
A vida de quem foi chamado por Cristo – e todos nós o fomos – não pode ser como a daquele personagem que Jesus menciona quando já parece ter concluído a parábola do filho pródigo: o irmão mais velho que permaneceu na casa paterna, que foi um bom trabalhador, que não saiu dos limites da fazenda, que foi fiel..., mas sem alegria, sem caridade para com o irmão que por fim acabava de voltar. É a imagem viva do justo que não consegue compreender que a possibilidade de servir a Deus e gozar da sua amizade e presença é já uma contínua festa. Não entende que a recompensa já se encontra no próprio serviço a Deus, que servir é reinar. Deus espera de nós um serviço alegre, não de má vontade nem forçado, porque Deus ama aquele que dá com alegria10.
Quando servimos o Senhor, quando dizemos sim às suas chamadas, sempre temos suficientes motivos de festa, de ação de graças, de alegria.
São Mateus converteu-se numa testemunha excepcional da vida e dos atos do Mestre. Um pouco mais tarde, seria escolhido como um dos Doze que seguiriam o Senhor em todos os seus passos: escutou as suas palavras, contemplou os seus milagres, esteve entre os íntimos que celebraram a Última Ceia, assistiu à instituição da Eucaristia, ouviu o testamento do Senhor centrado no preceito do Amor e acompanhou Cristo no Horto das Oliveiras, onde começaria, com os outros discípulos, um calvário de angústia, especialmente por ter também abandonado Jesus. Depois, muito poucos dias depois, saboreou a alegria da Ressurreição e, antes de Ascensão, recebeu o mandato de levar a Boa Nova até os confins da terra. Mais tarde, também com os discípulos e a Santíssima Virgem, recebeu o fogo do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Ao escrever o seu Evangelho, reviveu sem dúvida todos os gratos momentos passados ao lado do Mestre. Compreendeu que a sua vida tinha valido a pena. Que diferença se tivesse ficado naquela manhã agarrado ao telônio dos impostos e não tivesse seguido Jesus que passava! A nossa vida, bem o sabemos, só vale a pena se a vivermos junto de Cristo, com uma correspondência cada vez mais fiel..., se soubermos responder a cada apelo de Jesus com sim pronto e alegre.
III. AO BANQUETE oferecido por Mateus assistiram os seus amigos e muitos conhecidos. Alguns eram publicanos. Os fariseus e escribas murmuravam entre si e diziam aos discípulos de Jesus: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores?11 São Jerônimo, numa nota à margem do texto e em tom jocoso, anota que aquilo deve ter sido um festim de pecadores.
O Mestre assistiu ao banquete em casa do novo discípulo. E deve tê-lo feito de bom grado, com gosto, aproveitando aquela oportunidade para conquistar a simpatia dos amigos de Mateus. E aos comentários mal-intencionados dos fariseus, respondeu-lhes com um ensinamento cheio de sabedoria e simplicidade: Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos12.
Muitos dos assistentes ao banquete sentiram-se acolhidos pelo Senhor, e é provável que, decorrido algum tempo, tivessem recebido o batismo e passado a ser cristãos fiéis. O Senhor ensina-nos com o seu exemplo a estar abertos a todos para ganhar a todos. “O diálogo de salvação não ficou condicionado pelos méritos daqueles a quem se dirigia, nem pelos resultados favoráveis ou contrários: Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos... O diálogo de salvação abriu-se, é oferecido a todos; abriu-se para todos os homens sem discriminação alguma...”13
Ninguém pode ser-nos indiferente; quanto maior a necessidade, maior deve ser o nosso empenho apostólico, maiores os meios sobrenaturais e humanos que temos de empregar. Vejamos agora na nossa oração se mantemos um trato acolhedor com todas as pessoas, mesmo com aquelas que parecem estar mais longe das nossas idéias e do nosso modo cristão de pensar e de ver a vida.
“Tens razão. – Do alto do cume – escreves-me –, em tudo o que se divisa (e é um raio de muitos quilômetros), não se enxerga uma única planície; por detrás de cada montanha, outra ainda. Se em algum lugar a paisagem parece suavizar-se, mal se levanta o nevoeiro, aparece uma serra que estava oculta. É assim mesmo, assim tem que ser o horizonte do teu apostolado; é preciso atravessar o mundo. – Mas não há caminhos feitos para vós... Tereis que fazê-los, através das montanhas, à força das vossas passadas”14.
Agradeçamos hoje ao Apóstolo o Evangelho que nos legou. E peçamos-lhe, por intercessão da Virgem Maria, que saibamos também ir em busca dos nossos antigos amigos – e procurar sempre outros novos – para que conheçam o Mestre e se sentem à mesa com Ele. Que o Senhor nos torne audazes e nos dê espírito de conquista.
(1) Mc 2, 13; (2) Lc 5, 29; (3) Mt 9, 9; (4) São João Crisóstomo, Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, 30, 1; (5) cfr. Federico Suárez, A Virgem Nossa Senhora, Prumo, Lisboa, 1983, pág. 64; (6) Sagrada Escritura, Santos Evangelhos, Braga, nota a Lc 18, 35-43; (7) Josemaría Escrivá, Forja, n. 10; (8) cfr. Lc 18, 18; (9) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 81; (10) 2 Cor 9, 7; (11) Lc 5, 30; (12) Mt 9, 12; (13) Paulo VI, Enc. Ecclesiam suam, 6-VIII-1964; (14) Josemaría Escrivá, Caminho, n. 928.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
Santo André Kim, Paulo Chóng e Companheiros
20 de Setembro
Santo André Kim, Paulo Chóng e Companheiros
A Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.
Foi ali que os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, 'A verdadeira doutrina de Deus'. Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coreia.
As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados pelo bispo de Pequim de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.
Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis. Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos, como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.
Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.
André nasceu em 1821, numa família profundamente cristã da nobreza coreana. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma 'Igreja particular' em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos 44 anos, por não renegar a fé em Cristo.
André tinha 15 anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa em clima de perseguição, tanto na ida quanto na volta, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.
Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.
André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coreia.
Na mesma ocasião, foram martirizados 103 homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.
Texto: Paulinas Internet
20 de Setembro 2019
A SANTA MISSA

24ª Semana do Tempo Comum – Sexta-feira
Memória: SS. André Kim Taegon, presbítero,
Paulo Chang Hasang, e Comps., mártires
Cor: Vermelha
1ª Leitura: 1Tm 6,2c-12
“Mas tu, homem de Deus, pratica a justiça”
Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo
Caríssimo, 2c ensina e recomenda estas coisas. 3 Quem ensina doutrinas estranhas e discorda das palavras salutares de nosso Senhor Jesus Cristo e da doutrina conforme à piedade, 4 é um obcecado pelo orgulho, um ignorante que morbidamente se compraz em questões e discussões de palavras. Daí é que nascem invejas, contendas, insultos, suspeitas, 5 porfias de homens com mente corrompida e privados da verdade que fazem da piedade assunto de lucro. 6 Sem dúvida, grande fonte de lucro é a piedade, mas quando acompanhada do espírito de desprendimento. 7 Porque nada trouxemos ao mundo como tampouco nada poderemos levar. 8 Tendo alimento e vestuário, fiquemos satisfeitos. 9 Os que desejam enriquecer caem em tentação e armadilhas, em muitos desejos loucos e perniciosos que afundam os homens na perdição e na ruína, 10 porque a raiz de todos os males é a cobiça do dinheiro. Por se terem deixado levar por ela, muitos se extraviaram da fé e se atormentam a si mesmos com muito sofrimentos. 11 Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. 12 Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 48(49), 6-7.8-10.17-18.19-20(R. Mt 5, 3)
R. Felizes os humildes de espírito,
porque deles é o Reino dos céus.
6 Por que temer os dias maus e infelizes, *
quando a malícia dos perversos me circunda?
7 Por que temer os que confiam nas riquezas *
e se gloriam na abundância de seus bens? R.
8 Ninguém se livra de sua morte por dinheiro *
nem a Deus pode pagar o seu resgate.
9 A isenção da própria morte não tem preço; *
não há riqueza que a possa adquirir,
10 nem dar ao homem uma vida sem limites *
e garantir-lhe uma existência imortal. R.
17 Não te inquietes, quando um homem fica rico *
e aumenta a opulência de sua casa;
18 pois ao morrer não levará nada consigo, *
nem seu prestígio poderá acompanhá-lo. R.
19 Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo: *
‘Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!’
20 Mas vai-se ele para junto de seus pais, *
que nunca mais e nunca mais verão a luz! R.
Evangelho: Lc 8,1-3
“Andavam com ele várias mulheres que ajudavam a Jesus
e aos discípulos com os bens que possuíam”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 1 Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3 Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
Servir o Senhor
TEMPO COMUM. VIGÉSIMA QUARTA SEMANA. SEXTA‑FEIRA
– As santas mulheres que aparecem no Evangelho.
– Servir o Senhor com as nossas qualidades. A contribuição da mulher para a vida da Igreja e da sociedade.
– A entrega ao serviço dos outros.
I. E ACONTECEU DEPOIS – narra São Lucas no Evangelho da Missa 1 – que Jesus caminhava pelas cidades e aldeias pregando e anunciando o reino de Deus. Acompanhavam‑no os doze e algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios, e Joana, mulher de Cusa, procurador de Herodes; e Susana, e outras muitas que o assistiam com as suas posses.
Na vida pública de Jesus, vemos este grupo de mulheres desempenhar um papel comovedor pela sua ternura e adesão ao Mestre. É bonito considerar como o Senhor quis apoiar‑se na generosidade e no desprendimento dessas mulheres. Ele, que nunca deixou de agradecer qualquer favor, como não lhes retribuiria tanto desvelo e delicadeza em atender às suas necessidades domésticas e às dos seus discípulos! E nas horas da Paixão, essas mulheres parecem exceder‑se e superam os discípulos em constância e valor; à exceção de João, foram as únicas que tiveram a coragem de permanecer ao pé da cruz, de contemplar de perto os derradeiros instantes de Jesus e de ouvir as suas últimas palavras. E quando, já morto, o Senhor é retirado do patíbulo, estão presentes no embalsamamento e dispõem‑se a completá‑lo no primeiro dia da semana, depois do repouso obrigatório do sábado.
O Senhor quis apressar‑se a recompensar essa decidida fidelidade, e, na aurora da Ressurreição, não foi aos discípulos, mas às mulheres, que apareceu em primeiro lugar. Os anjos também foram vistos unicamente por elas; João e Pedro verificaram que o sepulcro estava vazio, mas não viram os anjos. As mulheres foram favorecidas com essa visão talvez por estarem mais bem preparadas que os homens e, sobretudo, porque lhes coube a missão de continuar o papel dos anjos e de preparar a fé nascente da Igreja. Têm um espírito aberto e um zelo inteligente. “Desde o início da missão de Cristo, a mulher demonstra para com Ele e para com o seu mistério uma sensibilidade especial, que corresponde a uma característica da sua feminilidade. É preciso dizer também que uma confirmação particular disso se verifica em relação ao mistério pascal, não só no momento da Cruz, mas também na manhã da Ressurreição” 2. Elas apressam‑se a cumprir a indicação de avisar os discípulos e de lhes recordar o que Jesus tinha anunciado antes da Paixão. Também estão presentes nas últimas manifestações de Jesus ressuscitado. E são, sem dúvida, as mesmas que voltaram da Galiléia após a Ascensão, com os discípulos e com as outras mulheres de Jerusalém e arredores, como as irmãs de Lázaro de Betânia. Com elas estava Maria, a Mãe de Jesus 3.
O exemplo destas mulheres fiéis, que servem o Senhor com os seus bens e não o desamparam nos piores momentos, é um apelo à nossa fidelidade e a um serviço incondicional a Deus. Deve ser um serviço feito exclusivamente por amor, sem esperar retribuição alguma, como não a esperavam as santas mulheres de Cristo morto e sepultado. Serviam! Eu te servirei, Senhor, todos os dias da minha vida.
II. SE ALGUÉM ME SERVE, siga‑me; e onde eu estou, estará também ali o que me serve. Se alguém me serve, meu Pai o honrará 4.
Desde os primeiros momentos da Igreja, a mulher prestou uma colaboração de valor inestimável na tarefa de expandir o Reino de Deus. “Vemos em lugar de destaque aquelas mulheres que se tinham encontrado pessoalmente com Cristo, que o tinham seguido e, depois da sua partida, eram assíduas na oração no Cenáculo de Jerusalém, até o dia de Pentecostes, juntamente com os Apóstolos. Naquele dia, o Espírito Santo falou por meio de filhos e filhas do Povo de Deus, cumprindo o anúncio do profeta Joel (cfr. At 2, 17). Aquelas mulheres, e depois outras mais, tiveram parte ativa e importante na vida da Igreja primitiva, na edificação da primeira comunidade cristã desde os começos – e das comunidades que se seguiram – mediante os seus carismas e com o seu serviço multiforme” 5.
Pode‑se afirmar que o cristianismo começou na Europa com uma mulher, Lídia, que empreendeu imediatamente a sua missão de converter o novo continente começando pelo seu lar 6. Algo de semelhante aconteceu entre os samaritanos, que ouviram falar pela primeira vez do Redentor por intermédio de uma mulher 7; os Apóstolos, que tinham ido à aldeia em busca de alimento, possivelmente não se atreveram a anunciar aos habitantes do lugar – como o faria mais tarde a mulher – que o Messias estava ali mesmo, nos arredores da cidade. A Igreja sempre teve uma profunda compreensão do papel que a mulher cristã, como mãe, esposa e irmã, devia desempenhar na propagação do cristianismo. Os escritos apostólicos mencionam muitas dessas mulheres: Lídia em Filipos, Priscila e Cloé em Corinto, Febe em Cêncris, a mãe de Rufo – que também foi como uma mãe para Paulo –, as filhas de Filipe de Cesaréia, etc.
Todos temos de pôr ao serviço do Senhor e dos outros aquilo que recebemos.
“A mulher está destinada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, algo de característico, que lhe é próprio e que só ela pode dar: a sua delicada ternura, a sua generosidade incansável, o seu amor pelo concreto, a sua agudeza de engenho, a sua capacidade de intuição, a sua piedade profunda e simples, a sua tenacidade...” 8 A Igreja espera da mulher um compromisso em favor do que constitui a verdadeira dignidade da pessoa humana. O Corpo Místico de Cristo “não cessa de enriquecer‑se com o testemunho das numerosas mulheres que realizam a sua vocação para a santidade. As mulheres santas são uma personificação do ideal feminino, mas são também um modelo para todos os cristãos, um modelo de seqüela Christi – de seguimento de Cristo –, um exemplo de como a Esposa deve corresponder com amor ao amor do Esposo” 9.
O Senhor pede a todos que o sirvamos a Ele, à Igreja santa, à sociedade e aos nossos irmãos os homens, com os nossos bens, com a nossa inteligência, com todos os talentos que nos deu. Então entenderemos a profundidade desta verdade: Servir é reinar 10.
III. “O HOMEM, a única criatura na terra que Deus quis por si mesma, não pode encontrar‑se plenamente senão por um dom sincero de si mesmo” 11. O Papa João Paulo II aplica estas palavras do Concílio Vaticano II especialmente à mulher, que “não pode encontrar‑se a si mesma senão dando amor aos outros” 12.
É no amor, na entrega, no serviço aos outros que a pessoa humana, e talvez de um modo especial a mulher, realiza a vocação recebida de Deus. Quando a mulher coloca ao serviço dos outros as qualidades recebidas do Senhor, então “a sua vida e trabalho serão realmente construtivos e fecundos, cheios de sentido, quer passe o dia dedicada ao marido e aos filhos, quer se entregue plenamente a outras tarefas, se renunciou ao casamento por alguma razão nobre. Cada uma no seu próprio caminho, sendo fiel à vocação humana e divina, pode realizar e realiza efetivamente a plenitude da personalidade feminina. Não esqueçamos que Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, é não apenas modelo, mas também prova do valor transcendente que pode alcançar uma vida aparentemente sem relevo” 13.
Hoje, ao considerarmos a generosidade dessas mulheres que seguiram o Senhor, pensemos como é a nossa. Vejamos se contribuímos, também materialmente – com meios econômicos – para a expansão do Reino de Cristo, se somos magnânimos com o nosso tempo no serviço aos outros... E se, ao levarmos a cabo todas as nossas tarefas, as impregnamos de uma profunda alegria, da particular felicidade que essa generosidade produz.
Não esqueçamos, ao terminarmos a nossa oração, que, tanto na vida pública como nas horas da Paixão, e muito provavelmente nos dias que se seguiram à Ressurreição, essas mulheres mencionadas por São Lucas gozaram de um especial privilégio: permaneceram num trato com Maria mais assíduo e mais íntimo do que os próprios discípulos. Aqui encontraram o segredo da generosidade e da constância com que seguiram o Mestre. Recorremos à Virgem para que nos ajude a ser fiéis e desprendidos. Junto dEla, só encontraremos ocasiões de servir, e assim conseguiremos esquecer‑nos de nós mesmos.
(1) Lc 8, 1‑3; (2) João Paulo II, Carta Apostólica Mulieris dignitatem, 15.08.88, 16; (3) cfr. P. Indart, Jesús en su mundo, Herder, Barcelona, 1963, pág. 81 e segs.; (4) Jo 12, 26; (5) João Paulo II, Carta Apostólica Mulieris dignitatem, 27; (6) cfr. At 16, 14‑15; (7) cfr. Jo 4, 39; (8) São Josemaría Escrivá, Questões atuais do cristianismo, 3ª ed., Quadrante, São Paulo, 1986, n. 87; (9) João Paulo II, Carta Apostólica Mulieris dignitatem, 27; (10) cfr. Concílio Vaticano II, Constituição Lumen gentium, 36; (11) Concílio Vaticano II, Constituição Gaudium et spes, 24; (12) João Paulo II, Carta Apostólica Mulieris dignitatem, 30; (13) São Josemaría Escrivá, Questões atuais do cristianismo, n. 87.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
19 de Setembro 2019
A SANTA MISSA

24ª Semana do Tempo Comum – Quinta-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: 1Tm 4,12-16
“Tem cuidado contigo e com o teu ensino:
assim salvar-te-ás a ti e àqueles que te ouvem”
Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo
Caríssimo, 12 ninguém te despreze por seres jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. 13 Até que eu chegue, dedica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14 Não descuides o dom da graça que tu tens e que te foi dada por indicação da profecia, acompanhada da imposição das mãos do presbitério. 15 Com perseverança, põe estas coisas em prática, para que todos vejam o teu progresso. 16 Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas. Mostra-te perseverante. Assim te salvarás a ti mesmo e também àqueles que te escutam.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 110(111), 7.8.9-10(R. 2a)
R. Grandiosas são as obras do Senhor!
7 Suas obras são verdade e são justiça, *
seus preceitos, todos eles, são estáveis,
8 confirmados para sempre e pelos séculos, *
realizados na verdade e retidão. R.
9 Enviou libertação para o seu povo, +
confirmou sua Aliança para sempre. *
Seu nome é santo e é digno de respeito. R.
10 Temer a Deus é o princípio do saber, +
e é sábio todo aquele que o pratica. *
Permaneça eternamente o seu louvor. R.
Evangelho: Lc 7,36-50
“Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados
porque ela mostrou muito amor”.
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo: 36 Um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37 Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38 e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 39 Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: ‘Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora.’ 40 Jesus disse então ao fariseu: ‘Simão, tenho uma coisa para te dizer.’ Simão respondeu: ‘Fala, mestre!’ 41 ‘Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. 42 Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?’ 43 Simão respondeu: ‘Acho que é aquele ao qual perdoou mais.’ Jesus lhe disse: ‘Tu julgaste corretamente.’ 44 Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: ‘Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45 Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46 Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47 Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor.’ 48 E Jesus disse à mulher: ‘Teus pecados estão perdoados.’ 49 Então, os convidados começaram a pensar: 50 Mas Jesus disse à mulher:
‘Tua fé te salvou. Vai em paz!’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!
Receber bem a Jesus
TEMPO COMUM. VIGÉSIMA QUARTA SEMANA. QUINTA‑FEIRA
– Um fariseu convidou Jesus para almoçar.
– O Senhor vem à nossa alma.
– Preparação da Comunhão.
I. O EVANGELHO DA MISSA relata‑nos que certa vez Jesus foi convidado para almoçar por um rico fariseu chamado Simão1. Quando a refeição já tinha começado, e de modo inesperado para todos, entrou na sala uma mulher pecadora que havia na cidade.
Foi mais uma ocasião para que Jesus demonstrasse a grandeza do seu Coração e da sua misericórdia; apesar da sua má vida, essa mulher sentiu‑se desde o primeiro momento compreendida, acolhida e perdoada. Talvez já tivesse escutado Jesus em outras ocasiões, e os propósitos de mudança que brotaram então chegavam agora ao auge. O amor por Cristo deu‑lhe a audácia necessária para se apresentar no meio daquela sala, coisa deveras impressionante se se têm em conta os costumes judeus da época. Os comensais devem ter ficado confusos e admirados. A pecadora pública tornava‑se o centro dos olhares e pensamentos de todos. Talvez tenha sido por isso que ninguém reparou no descumprimento das normas tradicionais de hospitalidade por parte do anfitrião.
Mas Jesus, sim, foi consciente desses esquecimentos. As palavras do Senhor deixam entrever que os notou, como notara a falta de agradecimento daqueles leprosos que tinham sido curados por Ele. A descortesia de Simão ressalta ainda mais pelo contraste com as provas de amor da pecadora, que levou um vaso de alabastro cheio de bálsamo e, colocando‑se a seus pés por detrás dele, começou a banhar‑lhe os pés com lágrimas, e os enxugava com os cabelos da sua cabeça, e os ungia com o bálsamo. A delicadeza dessa mulher para com o Senhor foi como um espelho em que se refletiu mais claramente a falta dos pormenores de hospitalidade e de atenção que Simão deveria ter tido com Ele, como hóspede de honra que era.
Perante os juízos negativos e mesquinhos dos comensais para com a mulher, Jesus não teve nenhum reparo em mostrar‑lhes a verdadeira realidade, a realidade diante de Deus, que é a que conta. Voltando‑se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; e esta, com as suas lágrimas, banhou os meus pés e enxugou‑os com os seus cabelos. Não me deste o ósculo da paz; e esta, desde que entrou, não cessou de beijar os meus pés. Não ungiste a minha cabeça com óleo; e esta ungiu os meus pés com perfume. E, a seguir, a maior recompensa que uma alma pode receber: Pelo que te digo: são‑lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou. Depois, umas palavras imensamente consoladoras para os pecadores de todos os tempos, para nós: ... Aquele a quem menos se perdoa, menos ama.
As fraquezas diárias – as próprias quedas, se o Senhor as permite – devem levar‑nos a amar mais, a unir‑nos mais a Cristo mediante a contrição e o arrependimento.
Então Jesus disse à mulher: São‑te perdoados os teus pecados. E a mulher retirou‑se com uma grande alegria, com a alma limpa e uma vida nova por estrear.
III. NAS PALAVRAS DE JESUS a Simão nota‑se – como no caso dos leprosos curados2 – um certo tom de tristeza: Entrei em tua casa e não me deste água para os pés. O Senhor, que não põe limites aos seus sofrimentos quando se trata de padecer pela salvação das almas, sente agora a falta dessas manifestações de carinho, dessa cortesia no trato. Não terá hoje alguma coisa a censurar‑nos pelo modo como o recebemos?
O exemplo simples de um catequista a uns meninos que se preparavam para receber o Senhor pela primeira vez pode ajudar‑nos hoje a refletir. Dizia‑lhes que, na casa onde morou um personagem ilustre, para que não se apague a memória do acontecimento, costuma‑se colocar uma placa com uma inscrição: “Aqui morou Cervantes”; “Nesta casa hospedou‑se o Papa N.”; “Neste hotel hospedou‑se o Imperador X”... Sobre o peito do cristão que recebeu a Sagrada Comunhão poderia escrever‑se: “Aqui hospedou‑se Jesus Cristo”3.
Se o quisermos, o Senhor pode vir diariamente à nossa casa, à nossa alma: Adoro‑Vos com devoção, Deus escondido4, dir‑lhe‑emos na intimidade do nosso coração. E procuraremos recebê‑lo melhor do que a qualquer pessoa importante da terra, de tal maneira que nunca tenha que dizer‑nos: Entrei em tua casa e não me deste água para os pés..., não tiveste muitas atenções comigo, estiveste com a mente posta em outras coisas, não me atendeste...
“Temos de receber o Senhor, na Eucaristia, como aos grandes da terra, e melhor! Com adornos, luzes, roupa nova... – E se me perguntas que limpeza, que adornos e que luzes hás de ter, responder‑te‑ei: limpeza nos teus sentidos, um por um; adorno nas tuas potências, uma por uma; luz em toda a tua alma”5. Já nos ocorreu pensar como nos comportaríamos, se só pudéssemos comungar uma vez na vida?
“Quando eu era criança – recordava o bem-aventurado Josemaría Escrivá –, ainda não estava estendida a prática da Comunhão freqüente. Lembro‑me do modo como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em preparar bem a alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente limpo, talvez até com um pouco de perfume... Eram delicadezas próprias de gente enamorada, de almas finas e enérgicas, que sabiam pagar com amor o Amor”. E em seguida recomendava vivamente: “Comunguemos com fome, mesmo que nos sintamos gelados, mesmo que a emotividade não nos acompanhe: comunguemos com fé, com esperança, com inflamada caridade”6.
É o que procuraremos fazer, alegrando‑nos em extremo porque o Senhor nos visita e se coloca à nossa disposição.
III. NUM SERMÃO sobre a preparação para receber o Senhor, São João de Ávila exclamava: “Que alegre partiria um homem deste sermão se lhe dissessem: «O rei irá a tua casa amanhã e te fará grandes mercês!» Acredito que não comeria de tanto gozo e cuidado, nem dormiria em toda a noite, pensando: «O rei vem a minha casa, como poderei recebê‑lo bem?» Irmãos, eu vos digo da parte do Senhor que Deus quer vir até vós e que traz um reino de paz”7. É uma realidade imensa! É uma notícia para nos cumular de alegria!
O próprio Cristo, que está glorioso no Céu, vem sacramentalmente à nossa alma. Ele deseja estar conosco, e repete‑nos a cada um aquelas memoráveis palavras da última Ceia: Desejei ardentemente comer convosco esta Páscoa...8 “Vem com amor; recebe‑o com amor”9. O amor implica a aspiração ardente de ter o Senhor conosco do melhor modo possível.
“A morada que Ele deseja é a alma de cada um; aí quer Ele descansar, e que a pousada esteja bem arrumada, muito limpa, expurgada de tudo o que é terreno. Não há relicário, não há ostensório, por mais rico que seja, por mais pedras preciosas que contenha, que se iguale a esta pousada para Jesus Cristo. Com amor vem hospedar‑se na tua alma; com amor quer ser recebido”10, não com tibieza ou de espírito distraído. É o maior acontecimento do dia e da própria vida! Os anjos enchem‑se de admiração quando vamos comungar. Quanto mais próximo estiver esse momento, mais vivo deve ser o nosso desejo de receber o Senhor.
E com o desejo de recebê‑lo, deve crescer em nós a vontade de purificar‑nos, de chorar as nossas faltas, como a pecadora do Evangelho. “O maior louco que já houve e haverá é Ele. É possível maior loucura do que entregar‑se como Ele se entrega, e àqueles a quem se entrega? Porque, na verdade, já teria sido loucura ficar como um Menino indefeso; mas, nesse caso, até mesmo muitos malvados se enterneceriam, sem atrever‑se a maltratá‑Lo. Achou que era pouco: quis aniquilar‑se mais e dar‑se mais. E fez‑se comida, fez‑se Pão. Divino Louco! Como é que te tratam os homens?... E eu mesmo?”11
Quanto mais amiúde comungamos, porventura não sentimos mais a nossa indignidade, a carência de um amor que é sempre pequeno para o Amor divino? Ou será que nos habituamos e tornamos compatíveis as nossas comunhões com uma vida cheia de imperfeições, de desleixos consentidos?
A Virgem Nossa Senhora há de ensinar‑nos a receber e a ter conosco o seu Filho com a pureza e a devoção com que Ela o recebeu. Nenhuma criatura soube tratá‑lo melhor do que Ela.
(1) Lc 7, 36‑50; (2) cfr. Lc 17, 17‑18; (3) cfr. C. Orffizar, El Catecismo explicado con ejemplos; (4) Hino Adoro te devote; (5) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 834; (6) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 91; (7) São João de Ávila, Sermão 2 para o III Domingo do Advento; (8) Lc 22, 15; (9) São João de Ávila, Sermão 41, na Infraoitava do Corpus; (10) ibid.; (11) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Forja, n. 824.
Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal
Nossa Senhora de La Salette
19 de Setembro
Nossa Senhora de La Salette
Corria o ano de 1846, era o mês de setembro, inicio de outono na Europa, mais precisamente o dia 19, na pequena cidade de La Salete, na França, Diocese de Grenoble.
A vida seguia seu rumo sem grandes acontecimentos para aquele povoado de camponeses simples e humildes. Os campos de La Salete, próximo aos Alpes, estavam revestidos divinamente de flores diversas, miosótis, margaridas e lírios dos Alpes, formando um espetáculo de rara beleza.
Foi neste cenário que os pastorinhos Maximino Giraud (11 anos) e Melânia Calvat (15 anos), enquanto pastoreavam o rebanho, foram visitados pela Virgem Maria, nossos pastorinhos eram apenas amigos.
Após o almoço, daquele Sábado ensolarado, os pastores, mais precisamente Melânia, avistou no fundo do vale, uma estranha luz que brilhava como o sol.
A pequena pastora chamou a atenção de seu companheiro para o fenômeno.
Ao se aproximarem da luz, esta se abriu ao meio e os pastores puderam contemplar a figura de uma linda mulher sentada sobre uma pedra, com os cotovelos apoiados sobre os joelhos e o rosto escondido entre as mãos, demonstrando uma profunda tristeza.
“A Bela Senhora”, como os pastores definiram a aparição, ao perceber que os mesmos estavam assustados, chamou-os para perto dela, a fim de acalmá-los.
“Vinde, meus filhos, não temais, aqui estou para vos comunicar uma grande noticia. Se meu povo não quiser aceitar, vejo-me forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não posso mais segurar. A tanto tempo que sofro por vós...”.
E continuou:
“Os que conduzem os carros (de boi), não o fazem sem abusar do nome de meu Filho. Se a colheita se estraga, não é senão por vossa causa. Bem vo-lo mostrei no ano passado com a colheita das batatas e não fizestes caso. Ao contrário, quando encontráveis estragada, era então que em tom de revolta, pronunciáveis o nome de meu Filho”.
“Se tiverdes trigo, não o semeeis, pois os animais comerão tudo. O que semeardes e o que vingar, reduzir-se-á a pó quando for malhado. Sobrevirá uma grande fome”.
“... os outros farão penitências pela fome. As nozes estragar-se-ão; as uvas hão de apodrecer. Se vocês se converterem, até as pedras e as rochas se transformarão em montões de trigo e as batatas aparecerão semeadas por sobre a terra”.
E ainda continuou:
“...e vocês, meus filhos, fazem bem suas orações?
- Não muito bem, responderam os pastorinhos!
- Ah! Meus filhos, é preciso fazê-la bem, à noite e de manhã. Quando não puderdes rezar mais, recitai ao menos o Pai-Nosso e uma Ave-Maria, devotamente. Quando tiverdes tempo, é preciso rezar mais”.
E ainda falou:
“Somente algumas mulheres idosas vão à missa, os outros trabalham aos domingos, durante o verão. E no inverno, quando não sabem o que fazer, vão a missa para somente zombar da religião. Durante a quaresma vão ao açougue como cães, atrás de carnes”.
E a Virgem concluiu depois, dizendo:
“Pois bem, meus filhos, transmitam tudo o que lhes revelei a todo o meu povo”.
Após ficar alguns instantes suspensa entre o céu e a terra, ela ergueu os olhos para o alto e foi desaparecendo lentamente. Maximino apressou-se então para juntar algumas flores, que a bela senhora tinha sob os pés, mas elas sumiram repentinamente.
Os pastorinhos voltaram para a vila ao escurecer e contaram a seus patrões tudo o que tinha visto e ouvido da bela senhora. Após o dia 21 de setembro, começaram as romarias ao local da aparição, cuja veracidade foi comprovada por inúmeros milagres.
No ano de 1852, o Bispo de Grenoble, fundou a Congregação dos Missionários, para propagar a mensagem da Virgem de la Salete e também iniciou a construção do Santuário que ficou pronto em 1879.
Maximino morreu muito jovem e Melânia tornou-se religiosa, sendo uma das fundadoras das “Filhas do Zelo do Divino Coração de Jesus”, e faleceu em 1904, em odor de santidade.
A mensagem das lágrimas
Mélania descreveu pranto de Nossa Senhora: “A Santíssima Virgem chorava quase o tempo todo enquanto falava. Suas lágrimas corriam lentamente até os seus joelhos e desapareciam com as faíscas de luz. Eram brilhantes e cheias de amor”.
“... as lágrimas de Nossa Mãe, longe de diminuir seu ar de majestade, Rainha e Senhora, pareciam embelezá-la e torná-la mais bela e a mais amorosa das mães”.
A cruz e a corrente
Melânia descreve: “Nossa Senhora tinha uma belíssima cruz pendurada no pescoço. Essa cruz era dourada e sobre ela o crucificado [...] Quase nas duas extremidades da cruz, de um lado havia um martelo e do outro uma torquês”. Geralmente interpreta-se o martelo como símbolo daqueles que pela sua má vida e pelo menosprezo a lei divina, pregam ainda mais nosso Senhor Jesus Cristo na cruz. Nesta mesma concepção a torquês representa aqueles que por suas boas ações aliviam as dores do Nosso Senhor, tentando despregá-lo da cruz.
Os olhos
Sobre os olhos da Virgem Mélania descreveu “os olhos da virgem Maria, pareciam mil vezes mais belos que os brilhantes, os diamantes e todas as pedras preciosas mais procuradas. Eles brilhavam como sóis, eram doces, luminosos como um espelho. Em seus olhos via-se o Paraíso, eles atraiam a ela”.
A Mensagem
A Virgem aparece com trajes de camponesa, sentada sobre uma pedra, traz na cabeça um rico diadema dourado, com flores, trajava um avental e seus pés cobertos de flores.
A Virgem falava com simplicidade, do jeito simples dos pastores simples, falava da terra, das plantações e colheitas, do gado e da fome, da oração e da missa. A linguagem era de fácil entendimento para os pastorinhos analfabetos e humildes.
O que a Virgem anunciou aconteceu um ano depois. Um grande flagelo sobre as parreiras (era então desconhecido o oídio), ou mal branco. O escritor e poeta Paul Cloudel afirmou: “as uvas apodreceram”.
Leon Bloy disse: “Os maiores devotos de Maria são ou os grandes pecadores arrependidos ou os inocentes e simples, aqueles que amam com um amor mais intenso se encontra ou entre aqueles que conheceram bem o pecado ou entre aqueles que o pecado não os conheceu”.
Fonte: http://arquisp.org.br
18 de Setembro 2019
A SANTA MISSA

24ª Semana do Tempo Comum – Quarta-feira
Cor: Verde
1ª Leitura: 1Tm 3,14-16
“Grande é o mistério da piedade!”
Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo
Caríssimo, 14 escrevo com a esperança de ir ver-te em breve. 15 Se tardar, porém, quero que saibas como proceder na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. 16 Não pode haver dúvida de que é grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, foi justificado no espírito, contemplado pelos anjos, pregado às nações, acreditado no mundo, exaltado na glória!
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 110 (111), 1-2.3-4.5-6 (R. 2a)
R. Grandiosas são as obras do Senhor!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Eu agradeço a Deus de todo o coração *
junto com todos os seus justos reunidos!
2 Que grandiosas são as obras do Senhor, *
elas merecem todo o amor e admiração! R.
3 Que beleza e esplendor são os seus feitos! *
Sua justiça permanece eternamente!
4 O Senhor bom e clemente nos deixou *
a lembrança de suas grandes maravilhas. R.
5 Ele dá o alimento aos que o temem *
e jamais esquecerá sua Aliança.
6 Ao seu povo manifesta seu poder, *
dando a ele a herança das nações. R.
Evangelho: Lc 7, 31-35
“Tocamos flauta para vós e não dançastes;
fizemos lamentações e não chorastes!”
– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus: 31 Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32 São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’ 33 Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!’ 35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.’
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor!