Santa Pelágia 

08 de Outubro

Santa Pelágia 

Santa Pelágia vivia em Antioquia na segunda metade do quinto século.  Entregue à dança e aos prazeres impuros, ela era a prostituta mais conhecida desta grande cidade e tinha retirado de seus fundos uma grande fortuna que ela utilizava somente para os cuidados do corpo e em perfumes voluptuosos para atrair novas vítimas às suas redes.
Ela tinha muitos escravos e servidores que a escoltavam quando ela passeava pela cidade, sentada em seu carro luxuoso. Ora, certo dia o Arcebispo de Antioquia havia convidado Nonnus, o Bispo de Edessa, um santo homem cujas palavras inspiradas traziam seus auditores ao arrependimento e o amor à virtude, a pregar diante do povo.
Pelágia acabava de passar diante da assembléia com seu cortejo habitual. Quando todos voltavam os olhos a este espetáculo, São Nonnus olha esta mulher chorando. Ele diz aqueles que o rodeavam: “Pobre de nós, preguiçosos e negligentes, pois nós devemos dar contas no dia do julgamento, por não termos agradado a Deus pelo mesmo zelo e cuidado que põe esta pobre mulher a ornar seu corpo por um prazer passageiro”. E ele ora ardentemente ao Senhor pela sua conversão.
No dia seguinte, quando Nonnus comentava o Santo Evangelho ao curso da Divina Liturgia, Pelágia encontrava-se na assembléia. As palavras do Bispo sobre o julgamento final e a eternidade das penas do inferno penetram no coração da jovem mulher tal como uma espada pontiaguda e despertam nela o único e verdadeiro amor, aquele do esposo celeste.

De retorno ao seu palácio, ela dirige uma carta ao Santo Bispo, pedindo que ele aceitasse  recebê-la e que não desprezasse sua torpeza, sendo ele verdadeiramente discípulo daquele que é vindo para chamar “não os justos, mas os pecadores à conversão” (Mt. 9,13).

Nonnus responde-lhe que se ela estivesse verdadeiramente decidida a arrepender-se, ela deveria apresentar-se na Igreja, diante de toda a assembléia dos clérigos e do povo, para confessar suas faltas.

Pelágia precipita-se à igreja, esquecendo seu cortejo e seu orgulho de outrora. Em seguida ela prostra-se aos pés do Bispo e o suplica de fazê-la renascer à vida divina pelo Santo Batismo, a fim de que o demônio e o hábito não a lembrassem de sua vida de desleixo.

Quando do batismo de Pelágia, toda a cidade de Antioquia rejubila-se neste acontecimento e da salvação desta alma. Ela foi confiada à uma monja romana, que a inicia no combate espiritual e à vida do arrependimento. Pela oração e pelo sinal da cruz, ela vence assim as tentações de retornar à sua vida de pecado, que não tardam a confundi-la.

Alguns dias depois de seu batismo, Pelágia faz distribuir todas as riquezas aos pobres e junta-se aos escravos. Assim, liberada de todo apego do mundo, ela troca seus vestidos femininos por rudes vestimentas masculinas e parte em secreto para praticar a ascese na Palestina, sobre o Monte das Oliveiras.
Ela permanece muitos anos fechada em uma pequena cela, lutando a cada dia contra as paixões que estavam enraizadas em seu corpo e colocando a partir de então todo cuidado que ela tinha outrora pelos cuidados exteriores ao ornamento de sua alma pela vida eterna. Permanecendo na solidão, o renome de seus esforços espalha-se entre os ascetas da Palestina, os quais acreditavam que ela era um homem.
Quando a Santa Penitente rende em paz sua alma a Deus, todos os monges da região reúnem-se para venerar suas santas relíquias e glorificam grandemente o Senhor, aprendendo de um discípulo de Nonnus a verdadeira história de Pelágia, que ensina todos aqueles que estão mergulhados nas trevas do pecado a não mais desesperar, mas a perseverarem com valentia sobre a via do arrependimento.
Fonte: http://santossanctorum.blogspot.com

Nossa Senhora do Rosário

– O Rosário, arma poderosa.
– Contemplar os mistérios do Rosário.
– A ladainha lauretana.

Esta festa foi instituída por São Pio V para comemorar e agradecer à Virgem a sua ajuda na vitória sobre os turcos em Lepanto, no dia 7 de outubro de 1571. É famoso o seu Breve Consueverunt (14-IX-1569), que via no Rosário um presságio da vitória. Clemente XI estendeu a festa a toda a Igreja no dia 3-X-1716. Leão XIII conferiu-lhe um nível litúrgico mais elevado e publicou nove admiráveis Encíclicas sobre o Santo Rosário. São Pio X fixou definitivamente a festa no dia 7 de outubro. A celebração deste dia é um convite para que todos rezemos e meditemos os mistérios da vida de Jesus e de Maria, que se contemplam nesta devoção mariana.

I. E, ENTRANDO O ANJO onde ela estava, disse-lhe: Salve, cheia de graça, o Senhor é contigo 1. Com estas palavras, o anjo saudou Nossa Senhora, e nós as vimos repetindo incontáveis vezes em tons e circunstâncias muito diferentes.

Na Idade Média, saudava-se a Virgem Maria com o título de rosa (Rosa mystica), símbolo de alegria. Adornavam-se as suas imagens – como agora – com uma coroa ou ramo de rosas (em latim medieval Rosarium), como expressão dos louvores que brotavam dos corações cheios de amor. E os que não podiam recitar os cento e cinqüenta salmos do ofício divino substituíam-no por outras tantas Ave-Marias, servindo-se para contá-las de uns grãos enfiados por dezenas ou de nós feitos numa corda. Ao mesmo tempo, meditava-se a vida da Virgem e do Senhor. A Ave-Maria, recitada desde sempre na Igreja e recomendada freqüentemente pelos Papas e Concílios, tinha inicialmente uma forma breve; mais tarde, adquiriu a sua feição definitiva quando lhe foi acrescentada a petição por uma boa morte: rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte; em cada situação, agora, e no momento supremo de nos encontrarmos com o Senhor. Estruturaram-se também os mistérios, o argumento de cada dezena, contemplando-se assim os acontecimentos centrais da vida de Jesus e de Maria, como um compêndio do ano litúrgico e de todo o Evangelho. Também se fixou a recitação da Ladainha: um cântico cheio de amor, de louvores a Nossa Senhora e de súplicas, de manifestações de júbilo e de alegria.

São Pio V atribuiu a vitória de Lepanto – obtida no dia 7 de outubro de 1571 e com a qual desapareceram graves ameaças à fé dos cristãos – à intercessão da Santíssima Virgem, invocada em Roma e em todo o orbe cristão através do Santo Rosário. Por esse motivo, foi acrescentada à ladainha a invocação Auxilium christianorum. Desde então, esta devoção à Virgem foi constantemente recomendada pelos Sumos Pontífices como “oração pública e universal pelas necessidades ordinárias e extraordinárias da Igreja santa, das nações e do mundo inteiro” 2.

Neste mês de outubro, que a Igreja dedica a honrar a nossa Mãe do Céu especialmente através do rosário, devemos verificar com que amor o rezamos, como contemplamos cada um dos seus mistérios, se oferecemos cada dezena por intenções cheias de santa ambição, como aqueles cristãos que, com a sua oração, alcançaram da Virgem uma vitória tão decisiva para toda a cristandade. Perante as dificuldades que experimentamos, perante a ajuda tão grande de que precisamos no apostolado, para levarmos adiante a família e aproximá-la mais de Deus, nas batalhas da vida interior, não podemos esquecer que “como em outros tempos, o Rosário há de ser hoje arma poderosa para vencermos na luta interior e para ajudarmos todas as almas” 3.

II. O NOME ROSÁRIO provém do conjunto de orações, à maneira de rosas, que dedicamos à Virgem 4. Também como rosas foram os dias da Virgem: “Rosas brancas e rosas vermelhas; brancas de serenidade e pureza, vermelhas de sofrimento e amor. São Bernardo diz que a própria Virgem foi uma rosa de neve e sangue. Já tentamos alguma vez desfiar as contas da sua vida, dia a dia, por entre os dedos das nossas mãos?” 5 É o que fazemos ao contemplarmos as cenas – mistérios – da vida de Jesus e de Maria que se intercalam a cada dez Ave-Marias.

Nas cenas do Rosário, divididas em três grupos, percorremos os diversos aspectos dos grandes mistérios da salvação: o da Encarnação, o da Redenção e o da vida eterna 6. Nesses mistérios, de uma forma ou de outra, temos sempre presente a Virgem. Não se trata apenas de repetir monotonamente as Ave-Marias a Nossa Senhora, mas de contemplar também os mistérios que se consideram em cada dezena. A meditação desses mistérios causa um grande bem à nossa alma, pois vai-nos identificando com os sentimentos de Cristo e permite-nos viver num clima de intensa piedade: alegramo-nos com Cristo gozoso, sofremos com Cristo paciente, vivemos antecipadamente na esperança, na glória de Cristo glorificado 7.

Para realizarmos melhor essa contemplação dos mistérios, pode ser-nos útil seguir este conselho prático: “Demora-te por uns segundos – três ou quatro – num silêncio de meditação, considerando o respectivo mistério do Rosário, antes de recitares o Pai-Nosso e as Ave-Marias de cada dezena” 8. É aproximarmo-nos da cena como um personagem mais, imaginar os sentimentos de Cristo, de Maria, de José...

Desse modo, procurando com simplicidade “assomar” à cena que se propõe em cada mistério, o Rosário “é uma conversa com Maria que nos conduz igualmente à intimidade com o seu Filho” 9. Familiarizamo-nos no meio dos nossos assuntos quotidianos com as verdades da nossa fé, e essa contemplação – que pode ser feita mesmo no meio da rua, do trabalho –, ajuda-nos a estar mais alegres, a comportar-nos melhor com as pessoas que se relacionam conosco. A vida de Jesus, por meio da Virgem, torna-se vida também em nós, e aprendemos a amar mais a nossa Mãe do Céu. Quanta verdade nestes versos do poeta: “Tu que achas esta devoção / monótona e cansada, e não rezas / porque sempre repetes os mesmos sons..., / tu não entendes de amores e tristezas: / que pobre se cansou de pedir dons, / que enamorado de dizer coisas ternas?” 10

III. DEPOIS DE CONTEMPLARMOS os mistérios da vida de Jesus e de Nossa Senhora com o Pai-Nosso e a Ave-Maria, terminamos o Rosário com a ladainha lauretana e algumas petições que variam conforme as regiões, as famílias ou a piedade pessoal.

A origem das ladainhas remonta aos primeiros séculos do cristianismo. Eram orações breves, dialogadas entre os ministros do culto e o povo fiel, e tinham um especial caráter de invocação à misericórdia divina. Rezavam-se durante a Missa e, mais especialmente, nas procissões. A princípio, dirigiam-se ao Senhor, mas em breve surgiram também as invocações à Virgem e aos santos. As primícias das ladainhas marianas são os elogios cheios de amor dos cristãos à sua Mãe do Céu e as expressões de admiração dos Santos Padres, especialmente no Oriente.

A Ladainha que se reza atualmente no Rosário começou a ser cantada solenemente no Santuário de Loreto (de onde procede o nome de ladainha lauretana) por volta do ano 1500, mas baseia-se numa tradição antiqüíssima. Desse lugar espalhou-se por toda a Igreja.

Cada invocação é uma jaculatória cheia de amor que dirigimos à Virgem e que nos mostra um aspecto da riqueza da alma de Maria. Agrupam-se em torno das principais verdades marianas: a maternidade divina de Maria, a sua virgindade perpétua, a sua mediação, a sua realeza universal e a sua exemplaridade como caminho para todos os seus filhos. Assim, ao invocá-la como Santa Mãe de Deus, professamos expressamente a sua maternidade; quando a louvamos como Virgem das virgens, reconhecemos a sua virgindade perpétua; quando a invocamos como Mãe de Cristo, professamos a sua íntima união com o verdadeiro Mediador e Rei, e reconhecemo-la, portanto, como Rainha e medianeira...

A Virgem é Mãe de Deus e Mãe nossa, e é esse o título supremo com que a honramos e o fundamento de todos os outros. Por ser Mãe de Cristo, Mãe do Criador e do Salvador, também o é da Igreja e da divina graça, é Mãe puríssima e castíssima, intacta, amável, imaculada, admirável. E pelo privilégio da sua virgindade perpétua, é Virgem prudentíssima, veneranda, digna de louvor, poderosa, clemente, fiel...

A Mãe de Deus é além disso, Medianeira em Cristo 11 entre Deus e os homens, e por isso invocamo-la sob três belíssimos símbolos e outros aspectos da sua mediação universal: Ela é a nova Arca da Aliança, a Porta do Céu através da qual chegamos a Deus, e a Estrela da manhã, que nos permite sempre orientar-nos em qualquer momento da vida; é Saúde dos enfermos, Refúgio dos pecadores, Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos...

Maria é Rainha de todas as coisas criadas, dos céus e da terra, porque é Mãe do Rei do universo. A universalidade do seu reinado começa pelos anjos e continua depois pelos santos (pelos do céu e pelos que na terra buscam a santidade): Ela é Rainha dos anjos, dos patriarcas, dos profetas, dos apóstolos, dos mártires, dos confessores (dos que confessam a fé), das virgens, de todos os santos. E a seguir recordamos quatro outros títulos da sua realeza: Maria é Rainha concebida sem pecado, assunta aos céus, do Santíssimo Rosário e da paz.

Depois de invocá-la como exemplo perfeito de todas as virtudes, aclamamo-la enfim com estes símbolos e figuras de admirável exemplaridade: Espelho da justiça, Sede da sabedoria, Causa da nossa alegria, Vaso espiritual, Vaso honorável, Vaso insigne de devoção, Rosa mística, Torre de Davi, Torre de marfim e Casa de ouro.

Ao determo-nos devagar em cada uma destas invocações, podemos maravilhar-nos com a riqueza espiritual, quase infinita, com que Deus ornou a sua Mãe. Causa-nos uma imensa alegria ter como Mãe a Mãe de Deus, e assim lho dizemos muitas vezes ao longo do dia. Cada uma das invocações da Ladainha pode servir-nos como jaculatória para lhe manifestarmos quanto a amamos, quanto precisamos dEla.

(1) Lc 1, 28; (2) João XXIII, Cart. Apost. Il religioso convegno, 29-IX-1961; (3) São Josemaría Escrivá, Santo Rosário, pág. 7; (4) cfr. J. Corominas, Diccionário crítico etimológico castellano e hispánico, Gredos, Madrid, 1987, verbete Rosa; (5) J. M. Escartin, Meditación del Rosario, Palabra, Madrid, 1971, pág. 27; (6) cfr. R. Garrigou-Lagrange, La Madre del Salvador, Rialp, Madrid, 1976, pág. 350; (7) cfr. Paulo VI, Exort. Apost. Marialis cultus, 2-II-1974, 46; (8) São Josemaría Escrivá, op. cit., pág. 15; (9) R. Garrigou-Lagrange, op. cit., pág. 353; (10) cit. por A. Royo-Marín, La Virgen Maria, BAC, Madrid, 1968, págs. 470-471; (11) cfr. João Paulo II, Enc. Redemptoris Mater, 25-III-1987, n. 38.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


Nossa Senhora do Rosário

07 de Outubro

Nossa Senhora do Rosário

O Rosário é uma forma de oração muito antiga, usada pelos cristãos dos primeiros tempos. Desde os monges do oriente, até os beneditinos e agostinianos, era costume contar as preces com pedrinhas. Aliás, foi um beneditino, o venerável Santo Beda, a sugerir que elas fossem enfileiradas em um cordão, para facilitar o transporte e manuseio.

A prática da oração do Rosário, como conhecemos hoje, nasceu no início do século XVII e tornou-se de grande valia na solução de um problema relevante das novas Ordens de frades mendicantes, franciscanos e dominicanos, onde a maioria era de analfabetos. Nessa época, o Papa Inocêncio III decidiu colocar um fim à heresia albigense, instalada no sul da França. O pontífice enviou para lá dois sacerdotes, Diego de Aceber e Domingos de Gusmão. Como o primeiro teve morte súbita, a missão ficou por conta do segundo. Mas a questão foi resolvida com muita eficiência, pois ele acabou contando com uma forte aliada: a Virgem Maria.

Diz a tradição que, em 1207, o então fundador da Ordem dominicana estava na cidade francesa de Santa Maria de Prouille inaugurando o primeiro convento feminino de sua congregação. Na capela desse convento, Nossa Senhora apareceu a Domingos de Gusmão e ensinou-lhe a oração do Rosário, para ser difundida como arma da fé contra todos os inimigos do cristianismo e também para a salvação dos fieis. A partir daí a Ordem Dominicana se tornou a guardiã do Rosário, cujos missionários iniciaram a propagação do culto em todo o mundo.

Outra intercessão de Nossa Senhora sob a força da oração do Rosário se deu no século XVI, quando os turcos muçulmanos pretendiam dominar a Europa. O papa Pio V convocou as nações católicas a unirem suas tropas e seguirem para Veneza, que há três anos lutava sozinha, impedindo o avanço do exército turco. E pediu para toda comunidade cristã rezar o Santo Rosário pedindo ajuda à Virgem Maria, nesse momento tão decisivo. No dia 7 de outubro de 1571, as tropas cristãs se uniram e houve a famosa batalha naval de Lepanto, nas águas da Grécia, sob domínio turco. Num combate de três horas, os cristãos venceram os muçulmanos, colocando um ponto final na ameaça turca à Europa pelo mar.

No ano seguinte, o mesmo papa Pio V, instituiu a festa a "Nossa Senhora da Vitória", para celebrar o Rosário e recordar o êxito obtido na batalha de Lepanto por intercessão de Maria Santíssima. A celebração ocorria em toda a cristandade, mas em datas diferente. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração em 7 de outubro para toda a Igreja. A partir de 1960, com a reforma do calendário litúrgico, o papa João XXIII proclamou o novo título mariano para essa festa — Nossa Senhora do Rosário — e dedicou o mês de outubro ao Santo Rosário e às missões apostólicas. O culto chegou às Américas através dos missionários dominicanos, vindos com as expedições colonizadoras, nas primeiras décadas do século XVI.

Texto: Paulinas Internet


07 de Outubro 2019

A SANTA MISSA

Memória: Nossa Senhora do Rosário
Cor: Branca

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1ª Leitura: At 1,12-14 

“Todos eles perseveravam unânimes na oração”. 

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Depois que Jesus foi elevado ao céu, 12 os apóstolos voltaram para Jerusalém, vindo do monte das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, a mais ou menos um quilômetro. 13 Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de Tiago. 14 Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Lc 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (R. Cf.54b)

R. O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.

46 A minh’alma engrandece ao Senhor, *
47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,       R.  

48 pois, ele viu a pequenez de sua serva, *
eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita.
49 O Poderoso fez por mim maravilhas *
e Santo é o seu nome!        R.

50 Seu amor, de geração em geração, *
chega a todos que o respeitam.
51 Demonstrou o poder de seu braço, *
dispersou os orgulhosos.        R.

52 Derrubou os poderosos de seus tronos *
e os humildes exaltou.
53 De bens saciou os famintos *
e despediu, sem nada, os ricos.         R.

54 Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,
55 como havia prometido aos nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.         R. 

Evangelho: Lc 1,26-38 

“Eis que conceberás e darás à luz um filho”. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 26 O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria 28 O anjo entrou onde ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!’ 29 Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30 O anjo, então, disse-lhe: ‘Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33 Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim’. 34 Maria perguntou ao anjo: ‘Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?’ 35 O anjo respondeu: ‘O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altissimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37 porque para Deus nada é impossível’. 38 Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!’ E o anjo retirou-se.

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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06 de Outubro 2019

A SANTA MISSA

27º Domingo do Tempo Comum – Ano C
Cor: Verde

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1ª Leitura: Hab 1,2-3; 2,2-4 

O justo viverá por sua fé. 

Leitura da Profecia de Habacuc

2 Senhor, até quando clamarei, sem me atenderes? Até quando devo gritar a ti: ‘Violência!’, sem me socorreres? 3 Por que me fazes ver iniquidades, quando tu mesmo vês a maldade? Destruições e prepotência estão à minha frente; reina a discussão, surge a discórdia. 2,2 Respondeu-me o Senhor, dizendo: ‘Escreve esta visão, estende seus dizeres sobre tábuas, para que possa ser lida com facilidade. 3 A visão refere-se a um prazo definido, mas tende para um desfecho, e não falhará; se demorar, espera, pois ela virá com certeza, e não tardará. 4 Quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé’.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 94,1-2.6-7.8-9 (R. 8)

R. Não fecheis o coração, ouví, hoje, a voz de Deus!

Vinde, exultemos de alegria no Senhor,*
aclamemos o Rochedo que nos salva!
Ao seu encontro caminhemos com louvores,*
e com cantos de alegria o celebremos!       R.

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra,*
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho,*
as ovelhas que conduz com sua mão.        R.

8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:*
‘Não fecheis os corações como em Meriba,
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
em que outrora vossos pais me provocaram,*
apesar de terem visto as minhas obras’.        R. 

 

Leitura: 2Tm 1,6-8.13-14

 Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor.

Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo

Caríssimo: 6 Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. 7 Pois Deus não nos deu um espírito de timidez mas de fortaleza, de amor e sobriedade. 8 Não te envergonhes do testemunho de Nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. 13 Usa um compêndio das palavras sadias que de mim ouviste em matéria de fé e de amor em Cristo Jesus. 14 Guarda o precioso depósito, com a ajuda do Espírito Santo que habita em nós.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho: Lc 17,5-10 

 Se vós tivésseis fé. 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 5 Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé!’ 6 O Senhor respondeu: ‘Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria. 7 Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8 Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?’ 9 Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10 Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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São Bruno

06 de Outubro

São Bruno

 

São Bruno foi um nobre alemão e sacerdote famoso. Porém, ao se deparar com uma realidade sobrenatural, desistiu da fama e fundou uma das Ordens Monásticas mais austeras da Igreja.

A este santo se deve a fundação de uma das Ordens religiosas mais importantes e mais humildes que prestam austeridade e reconhecimento a Deus. A ordem de Cartuxa da Torre (a Ordem dos Cartusianos).

Bruno nasceu na cidade de Colônia, Alemanha, no ano 1030. Nasceu em berço nobre. Ainda muito jovem foi enviado para fazer seus estudos em Reims e Paris, na França.  Destacou-se nos estudos por causa de sua inteligência brilhante. Tornou-se especialista em humanidades, línguas, direito e outras matérias. E, me meio ao mundo universitário, sentiu-se chamado para o sacerdócio.

Quando terminou os estudos, o jovem Bruno voltou para a sua terra natal na Alemanha. Confirmando sua vocação, entrou para o Colegiado de São Cuniberto, onde foi ordenado padre.

Alguns anos mais tarde, o Padre Bruno voltou à cidade de Reims para dar aulas de teologia. Passou algum tempo em Reims e depois foi lecionar teologia em Paris. Estando na França, foi certa vez uma cidade chamada Sena. Ali, um fato mudaria radicalmente o rumo de sua vida. Padre Bruno foi celebrar as exéquias, ou seja, foi fazer a encomendação de um defunto. Quando foram enterrar o morto, padre Bruno ouviu a voz do cadáver por três vezes, sendo que, no final, o morto disse: "Por justo juízo de Deus fui condenado". Presenciar este fato e ouvir estas palavras mexeram profundamente com a vida do padre Bruno. Depois disso ele abandonou totalmente o luxo que os padres tinham na época e entregou sua vida a Deus, com o desejo de viver na contemplação, na caridade para com o próximo, na oração, no silêncio e nos exercícios espirituais.

Os amigos do Padre Bruno, vendo a radicalidade de sua conversão, sentiram-se também chamados a viverem mais radicalmente o Evangelho. Então eles se reuniram, repartiram tudo o que tinham com os pobres e ingressaram na Abadia Beneditina de Solesmes. Ali viveram a vida monástica por algum tempo seguindo a regra de São Bento. 

O Padre Bruno, porém, sentia necessidade de uma vida mais austera. A experiência que tivera rezando por aquele defunto o fez enxergar que tudo nesta vida é passageiro e que devemos fazer todo esforço possível para alcançarmos a verdadeira vida na presença de Deus. Por isso, ele e mais 6 companheiros retiraram-se para uma região rochosa no alto de uma serra chamada Cartuxa. Esses montes ficavam no centro de um deserto que fazia parte da Diocese de Grenoble, também na França.

Na noite anterior à chegada do Padre Bruno e seus companheiros, o bispo de Grenoble teve um sonho: ele viu sete estrelas descerem do céu sobre aquela região desértica. Foi no ano de 1084. Neste ano, São Bruno e seus companheiros assumiram aquele lugar como um presente de Deus. Ali, ergueram barracos bem simples feitos de madeira e uma capelinha dedicada a Nossa Senhora. Quando terminaram de construir a capelinha e de dedicá-la à Virgem Maria, jorrou da terra um jato de água que se transformou numa fonte fornecedora de água e vida para aqueles monges solitários.

Assim nasceu a famosa Ordem Cartuxa. São bruno e seus companheiros escolheram viver uma vida bastante rigorosa. Alimentavam-se apenas de dois em dois dias. Dormiam menos e viviam sob muita disciplina. Vestiam roupas brancas e ásperas e dedicavam suas vidas à oração, ao trabalho e à caridade fraterna. Um abade, superior da comunidade Monástica de Cluny, conheceu a vida de São Bruno e seus companheiros e a descreveu assim:

"... São os mais pobres entre os monges e habitam cada um uma cela com seu tosco habito de penitencia e quase só comem pão. Não comem carne, nem pescado. Aos domingos e as quintas comem ovos e queijo. As segundas e sábados ervas e nos outros dias água e pão. Só comem uma vez ao dia, exceto nos dias de festa quando não comem e guardam estrito silencio, se comunicando através de sinais." 

Depois de alguns anos vivendo no deserto, vários discípulos juntaram-se a São Bruno e seus companheiros. Eles também buscavam uma vida austera, de oração e contemplação. Padre Bruno sentia-se feliz na vida que levava. Porém, o Papa Urbano II, que conhecia o Padre Bruno e sabia de suas qualidades, pois tinha sido seu professor na cidade de Reims, chamou-o para ser seu colaborador em Roma. Padre Bruno aceitou por obediência, vendo nisso um chamado de Deus. 

Alguns discípulos seguiram o Padre Bruno. Em Roma, ele foi nomeado pelo Papa como Arcebispo de Reggio. Em seu coração, porém, a vontade era de voltar à vida na Cartuxa e ao  silencio. Depois de alguns anos, tendo prestado grandes serviços à Igreja no tocante à instrução dos clérigos e à assessoria direta ao Papa, obteve licença do Papa para voltar à solidão monástica, ao silêncio e à contemplação.

O Papa permitiu que Dom Bruno voltasse à vida monástica, porém, dentro da Itália, para que, quando fosse preciso, pudesse encontra-lo com facilidade. Assim, Dom Bruno foi para a Calábria. Lá, ele fundou, acompanhado de seus amigos que o tinham seguido até Roma, o Mosteiro de Santa Maria del Yermo. Sua nova fundação também passou a ser conhecida como Odem Cartuxa da Torre.

Na Calábria, a Ordem recém fundada por Dom Bruno floresceu. Logo foi preciso construir outro mosteiro. Este, construído em Bosco, recebeu o nome de Santo Estéfano. O povo, tendo descoberto a presença de Dom Bruno e sabendo de sua fama de santidade, passou a procura-lo para pedir aconselhamento, auxílio, orações. Assim, muitos foram curados pelas bênçãos e orações de São Bruno. Seu renome chegou a vários cantos da Europa, espalhando-se pela Itália, Alemanha e França.

São Bruno faleceu no dia 6 de outubro do ano 1101. Multidões foram se despedir dele e pedir sua intercessão, tendo a certeza de que ele já estava na glória de Deus. E muitas graças aconteceram. Após sua morte, ele se tornou o padroeiro da cidade de Colônia, na Alemanha.

A festa de São Bruno passou a ser celebrada no dia de sua passagem para o céu, em 6 de outubro.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br


Aumentar a Fé

TEMPO COMUM. VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO. ANO C

– Avivar continuamente o amor a Deus.
– Pedir ao Senhor uma fé firme, que influa em todas as nossas obras.
– Atos de fé.

I. A LITURGIA deste domingo centra-se na fé. Na primeira Leitura 1, o profeta Habacuc queixa-se diante do Senhor do triunfo do mal, tanto pelos pecados do povo castigado pelo invasor, como pelos escândalos deste. Até quando clamarei, Senhor? [...]. Por que me fazes ver iniquidades e trabalhos, violências e catástrofes?, queixa-se o Profeta.

O Senhor responde-lhe por fim com uma visão em que o exorta à paciência e à esperança, pois chegará um dia em que os maus serão castigados: A visão ainda está longe de cumprir-se, mas por fim cumprir-se-á e não falhará; se tardar, espera, porque virá infalivelmente. Quem não tiver a alma reta sucumbirá, mas o justo viverá pela fé. Mesmo que às vezes possa parecer que o mal triunfa, e com ele os que o levam a cabo, como se Deus não existisse, a cada um chegará o seu dia, e então se verá que quem se manteve fiel ao Senhor, sendo paciente e pondo nEle a sua esperança, foi realmente vencedor.

Na segunda Leitura 2, São Paulo exorta Timóteo a permanecer firme na vocação recebida e a encher-se de fortaleza para proclamar a verdade sem respeitos humanos: Aviva o fogo da graça de Deus [...], porque Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de fortaleza, caridade e temperança. Portanto, não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas participa comigo dos trabalhos do Evangelho...

São Tomás comenta que “a graça de Deus é como um fogo, que deixa de brilhar quando é coberto pelas cinzas”; e isso acontece quando a caridade se recobre de tibieza e de respeitos humanos 3.

A fortaleza perante um ambiente adverso e a capacidade de dar a conhecer em qualquer lugar a doutrina de Cristo, de participar dos trabalhos do Evangelho, dependem da vida interior, do amor a Deus, que devemos avivar continuamente, como uma fogueira, com uma fé cada vez mais intensa. Isto é o que pedimos ao Senhor: Ó Deus eterno e todo-poderoso, que no vosso imenso amor de Pai nos concedeis mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia... 4, concedei-nos mais do que ousamos pedir 5, uma fé firme que reanime o nosso amor e nos faça superar as nossas fraquezas, a fim de sermos testemunhas vivas no lugar em que se desenvolve a nossa vida.

“Que diferença entre esses homens sem fé, tristes e vacilantes por causa da sua existência vazia, expostos como cataventos à «variabilidade» das circunstâncias, e a nossa vida confiante de cristãos, alegre e firme, maciça, por causa do conhecimento e do absoluto convencimento do nosso destino sobrenatural!” 6 Que força comunica a fé! Com ela superamos os obstáculos de um ambiente adverso e as dificuldades pessoais, que com muita freqüência são mais difíceis de vencer.

II. EXISTE UMA FÉ MORTA, que não pode salvar: é a fé sem obras 7, que se põe de manifesto em atos realizados de costas para Deus, numa falta de coerência entre aquilo que se crê e aquilo que se vive. Existe também uma “fé adormecida”, “essa forma pusilânime e frouxa de viver as exigências da fé que todos conhecemos pelo nome de tibieza. Na prática, a tibieza é a insídia mais disfarçada que se pode armar à fé de um cristão” 8.

Precisamos de uma fé firme, que nos leve a alcançar metas que estão acima das nossas forças, que aplaine os obstáculos e supere os “impossíveis” na nossa tarefa apostólica. É esta a virtude que nos dá a verdadeira dimensão dos acontecimentos e nos permite julgar retamente todas as coisas. “Só pela luz da fé e pela meditação da palavra de Deus é que se pode sempre e por toda a parte divisar Deus em quem vivemos e nos movemos e somos (At 17, 28), procurar a sua vontade em todos os acontecimentos, ver Cristo em todos os homens, sejam próximos ou estranhos, e julgar com retidão sobre o verdadeiro significado e valor das coisas temporais, em si mesmas e em relação ao fim do homem” 9.

Houve ocasiões em que Jesus chamou aos Apóstolos homens de pouca fé 10, pois não se encontravam à altura das circunstâncias. O Messias estava com eles, e no entanto tremiam de medo diante de uma tempestade no mar 11, ou preocupavam-se excessivamente com o futuro 12, quando fora o próprio Criador quem os chamara para que o seguissem. O Evangelho da Missa relata-nos que um dia os Apóstolos, conscientes da sua pouca fé, pediram a Jesus: Aumenta-nos a fé 13. O Senhor atendeu a esse pedido, pois todos eles acabaram por dar a vida em testemunho supremo da sua firme adesão a Cristo e aos seus ensinamentos. Cumpriu-se a palavra divina: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta árvore: Arranca-te e transplanta-te para o mar, e ela vos obedecerá. A transformação das almas que conviveram com o Senhor foi um milagre ainda maior.

Nós também nos sentimos por vezes faltos de fé diante das dificuldades, da carência de meios, como os Apóstolos... Precisamos de mais fé. E ela aumenta com a petição assídua, com a correspondência às graças que recebemos, com atos de fé. “Falta-nos fé. No dia em que vivermos esta virtude – confiando em Deus e na sua Mãe –, seremos valentes e leais. Deus, que é o Deus de sempre, fará milagres por nossas mãos. – Dá-me, ó Jesus, essa fé, que de verdade desejo! Minha Mãe e Senhora minha, Maria Santíssima, faz que eu creia!” 14

III. SENHOR, AUMENTA-NOS a fé! Que boa jaculatória para que a repitamos ao Senhor muitas vezes! E com a petição, o exercício freqüente dessa virtude. Sempre que nos encontremos diante de alguma necessidade ou numa situação de perigo, quando nos sintamos fracos, diante da dor, nas dificuldades do apostolado, quando pareça que as almas não correspondem..., sempre que nos encontremos diante do Sacrário, peçamos ao Senhor esse acréscimo de fé.

Temos que fazer muitos atos de fé durante a oração e a Santa Missa. Conta-se de São Tomás que, quando olhava para a Sagrada Hóstia, ao elevá-la no momento da Consagração, repetia: Tu rex gloriae, Christe; tu Patris sempiternus es Filius, “Vós sois o rei da glória, Vós sois o Filho eterno do Pai”. E São Josemaría Escrivá costumava dizer interiormente nesses instantes: Adauge nobis fidem, spem et charitatem, “aumenta-nos a fé, a esperança e a caridade” e Adoro te devote, latens Deitas, “Adoro-vos com devoção, Deus escondido”, enquanto fazia a genuflexão 15. Muitos fiéis têm o costume de repetir devotamente nesse momento, com o olhar posto no Santíssimo Sacramento, aquela exclamação do Apóstolo Tomé diante de Jesus ressuscitado: Meu Senhor e meu Deus! De uma ou de outra forma, não podemos deixar passar em branco essa oportunidade de manifestar ao Senhor a nossa fé e o nosso amor.

Apesar do vivo desejo de nos formarmos, de conhecer Cristo cada vez melhor, é possível que num momento ou noutro a nossa fé vacile ou nos assaltem temores e respeitos humanos à hora de manifestá-la. A fé é um dom de Deus que a nossa pequenez nem sempre consegue sustentar. Por vezes, é tão pequena como um grãozinho de mostarda. Não nos surpreendamos com a nossa debilidade, pois Deus conta com ela. Imitemos os Apóstolos quando compreenderam que tudo aquilo que viam e ouviam excedia a sua capacidade. Peçamos então a Cristo, através de Nossa Senhora e com a humildade dos discípulos, que nos aumente a fé, para que, como eles, possamos ser fiéis até o fim dos nossos dias e levemos muitas pessoas até Ele, como fizeram aqueles que o seguiram de perto em todos os tempos.

A nossa Mãe Santa Maria será sempre o ponto de apoio onde alicerçarmos a nossa fé e a nossa esperança, especialmente quando nos sintamos mais fracos e necessitados, com menos forças. “Nós, pecadores, sabemos que Ela é nossa Advogada, que nunca se cansa de estender-nos a sua mão uma vez e outra, tantas quantas caímos e mostramos desejos de levantar-nos; nós, que andamos pela vida aos trancos e barrancos, que somos fracos a ponto de não podermos evitar que nos firam no mais íntimo essas aflições que são condição da natureza humana, nós sabemos que Ela é a consolação dos aflitos, o refúgio onde, em última análise, podemos encontrar um pouco de paz, um pouco de serenidade, esse peculiar consolo que só uma mãe pode dar e que faz com que todas as coisas voltem a correr bem novamente. Nós sabemos também que, nesses momentos em que a nossa impotência se manifesta em termos quase de exasperação ou de desespero, quando já ninguém pode fazer nada por nós e nos sentimos absolutamente sozinhos com a nossa dor ou a nossa vergonha, acuados num beco sem saída, Ela é ainda a nossa esperança, é ainda um ponto de luz. Ela é ainda o recurso quando já não há ninguém a quem recorrer” 16.

(1) Hab 1, 2-3; 2, 2-4; (2) 2 Tim 1, 6-8; 13-14; (3) São Tomás de Aquino, Comentário à segunda Epístola aos Coríntios, 1, 6; (4) Missal Romano, Oração coleta da Missa; (5) ibid.; (6) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 73; (7) cfr. Ti 2, 17; (8) Pedro Rodríguez, Fe y vida de fe, pág. 138; (9) Concílio Vaticano II, Decreto Apostolicam actuositatem, 4; (10) Mt 8, 26; 6, 30; (11) cfr. Mt 8, 26; (12) cfr. Mt 6, 30; (13) Lc 17, 5; (14) São Josemaría Escrivá, Forja, n. 235; (15) cfr. Andrés Vázquez de Prada, O Fundador do Opus Dei, Quadrante, São Paulo, 1989, págs. 314 e segs.; (16) Federico Suárez, La puerta angosta, 9ª ed., Rialp, Madrid, 1985, págs. 227-228.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


Santa Faustina Kowalska

05 de Outubro

Santa Faustina Kowalska

“As almas que divulgam o culto da Minha misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende o seu filhinho e, na hora da morte, não serei para elas Juiz, mas sim, Salvador misericordioso”, disse o Senhor à sua serva Santa Faustina Kowalska, cuja festa é celebrada neste dia 5 de outubro.

Foi a esta santa que Jesus revelou o desejo de instituir a Festa da Divina Misericórdia, sua devoção, bem como a imagem de Jesus Misericordioso.

Santa Faustina nasceu na Polônia em 1905. No dia em que foi receber a Primeira Comunhão, beijou as mãos de seus pais para demonstrar sua pena por tê-los ofendido. Costumava ajudar em casa com as tarefas da cozinha, ordenhando as vacas e cuidando de seus irmãos.

Frequentou a escola, mas só pôde completar três trimestres porque foi dada uma ordem que os alunos mais velhos tinham que sair para dar lugar às crianças mais novas.

Aos 15 anos, começou a trabalhar como empregada doméstica e sentiu mais fortemente o chamado à vocação religiosa. Contou esta inquietude a seus pais em várias ocasiões, mas eles se opuseram.

Assim, entregou-se às vaidades da vida, sem fazer caso do chamado que experimentava, até que escutou a voz de Jesus que lhe pediu para deixar tudo e ir a Varsóvia para entrar em um convento.

Sem despedir-se pessoalmente de seus pais, foi para Varsóvia apenas com um vestido. Lá, falou com um sacerdote, o qual conseguiu hospedagem na casa de uma paroquiana. Batia à porta de vários conventos, mas era rejeitada.

Foi recebida na Casa Mãe da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, mas antes teve que trabalhar como doméstica um ano para pagar seu ingresso. Poucas semanas depois, teve a tentação de deixar o convento e teve uma visão na qual Jesus apareceu com seu rosto destroçado e coberto de chagas.

Ela perguntou: “Jesus, quem te feriu tanto?”. O Senhor respondeu: “Esta é a dor que me causaria deixar este convento. É aqui onde te chamei e não a outro; e tenho preparadas para ti muitas graças”.

Mais tarde, foi enviada para o noviciado, tomou o hábito religioso e chegou a pronunciar seus primeiros votos e os perpétuos. Entre suas irmãs, serviu como cozinheira, jardineira e até mesmo porteira.

A esta simples mulher, piedosa, mas também alegre e caritativa, Jesus apareceu em diversas ocasiões mostrando-lhe o seu infinito amor misericordioso pela humanidade. Da mesma forma, Deus lhe concedeu estigmas ocultos, dons de profecia, revelações e o Terço da Divina Misericórdia.

“Nem as graças, nem as revelações, nem os êxtases, nem nenhum outro dom concedido à alma a fazem perfeita, mas sim a comunhão interior com Deus... Minha santidade e perfeição consistem na íntima união da minha vontade com a vontade de Deus”, escreveu uma vez.

Em 5 de outubro de 1938, após longos sofrimentos suportados com grande paciência, partiu para a Casa do Pai. No ano 2000, foi canonizado pelo seu compatriota São João Paulo II, que estabeleceu o segundo domingo de Páscoa como “Domingo da Divina Misericórdia”.

Fonte: https://www.acidigital.com


A razão da alegria

TEMPO COMUM. VIGÉSIMA SEXTA SEMANA. SÁBADO

– Abertos à alegria.
– A essência da alegria. Onde encontrá-la.
– Santa Maria, Causa da nossa alegria.

I. O EVANGELHO DA MISSA1 ressalta a alegria dos setenta e dois discípulos quando voltaram depois de terem anunciado por toda a parte a chegada do Reino de Deus. Com toda a simplicidade, dizem a Jesus: Até os demônios se nos submetem em virtude do teu nome. O Mestre participa também desse júbilo: Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago. Mas a seguir adverte-lhes: Olhai que vos dei o poder de calcar serpentes e escorpiões, e de vencer toda a força do inimigo; e nada vos fará mal. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos maus vos estão sujeitos, mas alegrai-vos porque os vossos nomes estão escritos no céu.

Jesus deve ter pronunciado estas palavras cheio de uma alegria radiante, comunicativa, externa, porque, a seguir, estalou num canto de júbilo e de agradecimento: Naquela mesma hora estremeceu de alegria no Espírito Santo e disse: Louvo-te, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos pequeninos. Assim é, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.

Os discípulos nunca esqueceriam esse momento, com todas as circunstâncias que o rodearam: as suas confidências ao Mestre, relatando-lhe as suas primeiras experiências apostólicas; a alegria ao sentirem-se instrumentos do Salvador; o rosto resplandecente de Jesus; o seu hino de júbilo e de agradecimento ao Pai celestial... e aquelas palavras inesquecíveis: Alegrai-vos porque os vossos nomes estão escritos no céu.

A esperança da felicidade eterna, junto de Deus para sempre, é a fonte inesgotável da alegria. Ao entrarmos na glória eterna, se tivermos sido fiéis, escutaremos da boca de Jesus estas palavras inefáveis: Entra na alegria do teu Senhor2.

Aqui na terra, cada passo que damos em direção a Cristo aproxima-nos da felicidade verdadeira. E, ao mesmo tempo, permite-nos reconhecer as alegrias naturais, simples, que o Senhor vai semeando no nosso caminho: “a alegria da existência e da vida; a alegria do amor honesto e santificado; a alegria tranqüilizadora da natureza e do silêncio; a alegria, às vezes austera, do trabalho esmerado; a alegria e a satisfação do dever cumprido; a alegria transparente da pureza, do serviço, do saber compartilhar; a alegria exigente do sacrifício. O cristão poderá purificá-las, completá-las, sublimá-las: não pode desprezá-las. A alegria cristã implica um homem capaz de alegrias naturais”3.

O Senhor serviu-se muitas vezes das alegrias da vida corrente para anunciar as maravilhas do Reino: a alegria do semeador e do ceifador; a do homem que encontra um tesouro escondido; a do pastor que encontra uma ovelha perdida; a alegria dos convidados a um banquete; o júbilo das bodas; a profunda alegria do pai que recebe o filho que volta; a de uma mulher que acaba de dar à luz.

O discípulo de Cristo não é um homem “desencarnado”, distanciado das coisas humanas, como também o Mestre não o foi. Os nossos amigos, os que convivem conosco, devem notar que cada vez estamos mais abertos, mais sensíveis a essas alegrias nobres e limpas que Deus coloca no nosso caminho para torná-lo mais suave. Esta disposição estável requererá muitos momentos de sacrifício e mortificação para vencer outros estados de ânimo ou o cansaço.

II. A ALEGRIA é o amor saboreado; é o seu primeiro fruto4. Quanto maior o amor, maior a alegria. Deus é amor5, ensina São João; um Amor sem medida, um Amor eterno. E a santidade é amar, corresponder a esse amor com que Deus se entrega à alma. Por isso, o discípulo de Cristo é uma pessoa alegre, mesmo no meio das maiores contrariedades. Cumprem-se nele perfeitamente as palavras do Mestre: Ninguém vos tirará a vossa alegria6. Tem-se escrito muitas vezes, com toda a verdade, que “um santo triste é um triste santo”. Talvez seja na alegria que se encontra o elemento que permite distinguir as virtudes verdadeiras das falsas, essas que têm somente a aparência de virtude.

Quando o Senhor exige no primeiro Mandamento que o amemos com todo o coração, com toda a alma e com todo o nosso ser..., o que faz é chamar-nos à alegria e à felicidade.

Ele mesmo se entrega a nós: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos a ele e nele faremos a nossa morada7. Ao mesmo tempo, sem a alegria que este Mandamento provoca, todos os outros são, a longo prazo, difíceis ou impossíveis de cumprir8.

No campo das realidades humanas, o Senhor pede-nos o pequeno esforço de estar sempre alegres, lutando por eliminar um gesto severo ou evitar uma palavra destemperada, quando talvez estejamos cansados ou com menos forças para sorrir. No entanto, “a alegria humana não pode ser mandada. A alegria é fruto do amor, e nem todos possuem um amor humano capaz de garantir-lhes uma alegria permanente. Além disso, pela sua natureza, o amor humano é com maior freqüência fonte de tristeza do que de alegria [...]. No campo cristão, porém, não acontece assim. Um cristão que não ame a Deus não tem desculpa, e um cristão a quem o amor de Deus não comunique alegria é alguém que não compreendeu o que o amor lhe dá. Para um cristão, a alegria é algo natural, porque é propriedade essencial da mais importante virtude do cristianismo, quer dizer, do amor. Entre a vida cristã e a alegria há uma relação necessária de essência”9. Também costuma existir a mesma relação entre a tristeza e a tibieza, entre a tristeza e o egoísmo, entre a tristeza e a solidão.

A alegria cresce – ou recupera-se quando perdida – mediante a oração verdadeira, face a face com Deus, “sem anonimato”; mediante a entrega aos outros, sem esperar recompensa; e mediante a Confissão freqüente, que “continua a ser uma fonte privilegiada de santidade e de paz”10. Em resumo, “a condição da alegria autêntica é sempre a mesma: que queiramos viver para Deus e, por Deus, para os outros. Digamos ao Senhor que sim, que queremos, que não desejamos outra coisa senão servir com alegria. Se procurardes comportar-vos assim, a vossa paz interior e o vosso sorriso, o vosso garbo e o vosso bom humor serão luz poderosa de que Deus se servirá para atrair muitas almas para Ele. Dai testemunho da alegria cristã, descobri aos que vos rodeiam qual é o vosso segredo: estais alegres porque sois filhos de Deus, porque buscais o seu trato, porque lutais por ser melhores e por ajudar os outros e porque, quando se quebra a felicidade da vossa alma, correis rapidamente ao Sacramento da alegria, onde recuperais o sentido da vossa fraternidade com todos os homens”11.

III. HÁ VINTE SÉCULOS que a fonte da alegria não cessa de jorrar na Igreja. Chegou com Jesus, que depois a legou ao seu Corpo Místico. A partir desse momento, as criaturas mais alegres foram aquelas que estiveram mais perto de Jesus. Por isso, nunca haverá ninguém mais alegre do que Maria, a Mãe de Jesus e Mãe nossa. Se Maria é a cheia de graça12 – cheia de Deus –, é também quem possui a plenitude da alegria.

Estar perto da Virgem é viver alegre. Ao mesmo ritmo em que derrama a sua graça, leva a sua alegria a todos os lugares e a todos os que a invocam.

“O que terão a voz e as palavras de Maria que geram uma felicidade sempre nova? São como uma música divina que penetra até o fundo da alma, cumulando-a de paz e de amor. Todas as vezes que rezamos o terço, chamamo-la Causa da nossa alegria. E a razão está em que Ela é portadora de Deus. Filha de Deus Pai, é portadora da ternura infinita de Deus Pai. Mãe de Deus Filho, é portadora do Amor até à morte de Deus Filho. Esposa de Deus Espírito Santo, é portadora do fogo e da alegria do Espírito Santo. À sua passagem, o ambiente transforma-se: a tristeza dissipa-se; as trevas dão lugar à luz; a esperança e o amor inflamam-se... Não é a mesma coisa estar com a Virgem e estar sem Ela! Não é a mesma coisa rezar o terço e não rezá-lo”13.

Procuremos esmerar-nos na recitação do terço neste mês de outubro, em que a Igreja nos anima a ir especialmente até a nossa Mãe do Céu por meio dessa devoção mariana. Procuremos aplicá-lo por santas intenções ao rezá-lo neste sábado em que, como tantos cristãos, nos esforçamos por ter a Virgem mais presente e por oferecer em sua honra algum pequeno sacrifício.

Peçamos-lhe hoje que saibamos levar a Deus os nossos amigos e parentes com a nossa alegria. Maria, Causa da nossa alegria, lembrar-nos-á que comunicar alegria e paz – o gaudium cum pace que jamais devemos perder – é uma das maiores provas de caridade, o tesouro mais valioso que possuímos, e muitas vezes a nossa primeira obrigação num mundo freqüentemente triste porque procura a felicidade onde ela não se encontra.

(1) Lc 10, 17-24; (2) Mt 25, 21; (3) Paulo VI, Exortação Apostólica Gaudete in Domino, 9.05.75; (4) São Tomás de Aquino, Suma teológica, I-II, q. 24, a. 5; (5) 1 Jo 4, 8; (6) Jo 16, 22; (7) Jo 14, 23; (8) cfr. P. A. Reggio, Espíritu sobrenatural y buen humor, 2ª ed., Rialp, Madrid, 1966, pág. 34; (9) ibid., págs. 35-36; (10) Paulo VI, Exortação Apostólica Gaudete in Domino; (11) Alvaro del Portillo, Homilia aos participantes no jubileu da juventude, 12.04.84; (12) Lc 1, 28; (13) Antonio Orozco Delclos, Olhar para Maria, págs. 239-240.

Fonte: Livro "Falar com Deus", de Francisco Fernández Carvajal


05 de Outubro 2019

A SANTA MISSA

26ª Semana do Tempo Comum – Sábado 
Cor: Verde

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1ª Leitura: Br 4, 5-12.27-29

“Aquele que trouxe sofrimento para vós,
para vós trará, com a vossa salvação, eterna alegria”
 

Leitura do Livro de Baruc

5 Coragem, meu povo, que sois a lembrança viva de Israel: 6 fostes vendidos às nações, mas não para serdes exterminados; por terdes provocado a ira de Deus é que fostes entregues aos inimigos. 7 Exasperastes aquele que vos criou, oferecendo sacrifícios aos demônios, e não a Deus. 8 Esquecestes o Deus que vos alimentou, o Deus eterno, e entristecestes aquela que vos nutriu, Jerusalém. 9 Ela viu desabar sobre vós a ira de Deus e disse: “Escutai, vizinhas de Sião: Deus fez cair sobre mim uma grande aflição. 10 Eu vi o cativeiro de meus filhos e filhas, que o eterno lhes infligiu. 11 Eu os havia criado com alegria; com lágrimas e luto os vi partir. 12 Ninguém se alegre por ver-me viúva e abandonada por muitos! Por causa dos pecados de meus filhos, fiquei deserta; eles se desviaram da lei de Deus. 27 Animai-vos, meus filhos, e clamai a Deus; ele, que vos fez sofrer, há de lembrar-se de vós. 28 Como por livre vontade vos desviastes de Deus, agora, voltando, buscai-o com zelo dez vezes maior; 29 aquele que trouxe sofrimento para vós, para vós trará, com a vossa salvação, eterna alegria.

– Palavra do Senhor
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 68(69), 33-35.36-37(R. cf. 34a)

R. Nosso Deus atende a prece dos seus pobres

33 Humildes, vede isto e alegrai-vos: +
o vosso coração reviverá, *
se procurardes o Senhor continuamente!
34 Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, *
e não despreza o clamor de seus cativos.
35 Que céus e terra glorifiquem o Senhor *
com o mar e todo ser que neles vive!        R.

36 Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, +
reconstruindo as cidades de Judá, *
onde os pobres morarão, sendo seus donos.
37 A descendência de seus servos há de herdá-las, +
e os que amam o santo nome do Senhor *
dentro delas fixarão sua morada!          R. 

Evangelho: Lc 10, 17-24 

“Ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu” 

– O Senhor esteja convosco
– Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo: 17 Os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: ‘Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome.’ 18 Jesus respondeu: ‘Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. 19 Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20 Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu.’ 21 Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: ‘Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22 Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.’ 23 Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: ‘Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24 Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir.’

– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor! 

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