05 de Maio

São José Benedito de Cottolengo 

José Benedito de Cottolengo nasceu em Brá, província de Piemonte, Itália, em 1786. Seus pais, muito católicos, educaram-no desde cedo para pensar nos mais pobres e condoer-se da situação deles. Contam que, aos cinco anos, viram-no medir os quartos com uma bengala, e quando a mãe lhe perguntou o que estava fazendo, ele respondeu que estava medindo o tamanho dos quartos para saber quantas camas cabiam, porque, quando fosse grande, pretendia encher a casa de pobres.

Muito inteligente e aplicado nos estudos, estudou em Turim e ordenou-se sacerdote. Quando era vigário paroquial em Corneliano de Alba, acordava às três da manhã para presidir a Eucaristia, a fim de que os camponeses que cedo saíam para trabalhar no campo, pudessem participar da missa. Em Turim, ele presenciou a agonia de uma mulher que morreu cercada por seus filhos pequenos e que, por viver em estado de extrema indigência, não teve acesso aos cuidados hospitalares. Esse fato o abalou de tal maneira que ele vendeu tudo o que tinha e alugou dois quartos para abrigar uma velhinha paralítica. Foi assim que, em 1826, em Vila Rossa, teve início o Instituto da Divina Providência cuja finalidade era prestar assistência aos pobres e acolher os doentes rejeitados.

Três anos depois uma epidemia de cólera atingiu a cidade, e as autoridades obrigaram-no a fechar o pequeno hospital. Mas José de Cottolengo não desanimou. A Divina Providência transplantará o abrigo de Volta Rossa para onde lhe aprouver e lá crescerá de modo maravilhoso, profetizou ele. E assim aconteceu. Em Valdocco sua obra renasceu numa pequena casa que recebeu o nome de Pequena Casa da Divina Providência. José de Cottolengo era uma pessoa extremamente sensível. Percebendo o valor das pessoas portadoras de deficiências físicas, tinha para com elas cuidados especiais e para fazê-las sentirem-se úteis e necessárias, oferecia-lhes trabalho adaptado às suas circunstâncias, de modo que todas se sentiam valorizadas, tendo a oportunidade de trabalhar e ajudar na própria subsistência. São José de Cottelengo não resistiu por muito tempo ao duro trabalho e morreu em abril de 1842. Em 1917 foi declarado beato e, em 19 de março de 1934, foi canonizado pelo Papa Pio XI.

Hoje São José de Cottolengo, ao tempo em que nos ensina a colocarmos toda nossa confiança na Divina Providência, nos alerta para o dever cristão de acolher os pobres, idosos e doentes, e   abrir perspectivas de vida para as pessoas portadoras de cuidados especiais, a fim de que elas possam sentir-se gente, parte integrante da sociedade e responsáveis pelo seu próprio destino.

Fonte: Zélia Vianna. Santidade Ontem e Hoje (2005). Salvador: Paróquia de São Pedro